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Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 1 Técnicas imunológicas utilizadas em investigação e diagnóstico Técnicas de Imunidade celular que permitem o estudo dos linfócitos e outras células I. Isolamento dos linfócitos e outras células = Fracionamente de PBMC (peripheral blood mononuclear cells) II. Caracterização da especificidade, frequência e função dos linfócitos I. Isolamento dos linfócitos e outras células = Fracionamento de PBMC Etapas do Fracionamento: I. Centrifugação II. Separação Magnética III. Cromatografia de afinidade IV. Citometria de fluxo FACS: Fluorescence-Activated Cell Sorter I. CENTRIFUGAÇÃO: Operação unitária para separação de duas fases (camadas separadas) duma mistura por ação da força centrifuga a que fica sujeita quando em movimento de rotação. I. Separação de diferentes fases: Partículas insolúveis numa amostra sedimentam no fundo do tubo da centrífuga, restando o chamado sobrenadante (fase líquida) por cima do sedimento. O sobrenadante é então aspirado ou decantado e o sedimento restirado do tubo. Utilizada para a separação dos elementos figurados do sangue do plasma sanguíneo. As células são então depositadas no fundo do tubo e o plasma passa a poder ser separado e analisado. II. Centrifugação Diferencial: Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 2 Técnica introduzida por Albert Claude em 1940 As partículas são separadas de acordo com a forma, densidade e tamanho e segundo passos com aumentos gradativos no tempo e na velocidade de centrifugação. Utilizada na separação das células sanguíneas do plasma ( o plasma fica no cimo do tubo e as células sanguíneas, devido à sua maior densidade, depositam-se no fundo do tubo). III. Centrifugação em gradiente: Técnica introduzida por N.G.Anderson e M.K.Braje em meados de 1950 Separação de partículas com base na sua massa e forma numa solução de densidade (de sacarose) e/ou concentração (de sais) crescente. A amostra é colocada no cimo do tubo e durante a centrifugação migra de acordo com a sua velocidade e sediementação. Ex: gradiente de Ficoll-Hypaque Os linfócitos humanos podem ser separados do sangue, através de uma centrifugação em gradiente de densidade sobre um tubo de centrífuga com uma mistura de Ficoll. Ficoll: Polimeto de HC e metrizamida Gradiente de Ficoll-Hypaque: mistura de soluções de concentrações progressivamente crecentes que se distribuem ao longo do tubo de centrifuga, ficando as soluções de maior densidade no fundo. Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 3 Contagem das células: o Hemacitometro – Câmara de Neubauer: Ex: Nº de células contadas: 48 Volume de suspensão celular: 10ml A suspensão inicial foi diluída 1:1 (0,1 ml suspensão + 0,1 ml de meio) antes da contagem. Determinação do nº de células/ml o Utilizando o nº de células obtido (48 +/- 2), multiplicamos por 1x104 (fator do hemacitometro) e por 2 (fator de diluição) Determinação do nº de células total: o Multiplicamos o nº de células obtido pelo volume total (10ml): Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 4 Células coradas de azul não se contam: células mortas Só se contam as células posicionadas em cima de 2 traços para minimizar o erro II. SEPARAÇÃO MAGNÉTICA: Método de isolamento de populações celulares pela utilização de AC monoclonais contra moléculas da superfície das células conjugadas com beads magnéticas (microesferas magnéticas associadas aos AC) Procedimento: Ac associados a beads magnéticas As células com recetores para os AC magnetizados fcam retidas no campo magnético. Retira-se o campo magnético e reservam-se as células (imunocomplexo) As reações reversíveis do imunocomplexo podem ser quebradas através de uma variação do pH I. Separação Magnética direta: O AC especifico está diretamente conjugado com a partícula magnética. Permite uma separação mais rápida uma vez que requer um único passo de marcação. Mais rápida mas mais cara II. Separação magnética indireta: Usada quando não existem microbeads diretas. Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 5 As células são marcadas com um AC primário (puro, biotinilado ou conjugado com fluorocromo). Existe ainda a adição de um AC secundário (anti-Ig, anti-biotina, antifluorocromo ou conjugado com a estreptavidina) É um método adequado para separar células com expressão reduzida do marcador em causa, uma vez que permite amplificar a marcação. III. Separação magnética positiva: As células-alvo desejadas são magneticamente marcadas e retidas na coluna. Em seguida a coluna é retirada do magneto e as células alvo são eluídas com um tampão apropriado. Vantagens: i. Rapidez ii. Excelente pureza iii. Enriquecimento de células raras iv. Viabilidade e função das células não são afetadas. Resumo: o que quero isolar é o que está ligado ao AC e que fica retido no campo IV. Separação magnética por depleção magnetica: O isolamento das células é feito por depleção de células não desejadas. Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 6 As células não desejadas são marcadas magneticamente e eliminadas da mistura celular. As células alvo estão contidas na fração não marcada. Resumo: tudo o que não interessa está marcado e fica retido na coluna O que sai primeiro é o que eu quero. Utilização: o Remoção de células indesejadas o Se não é desejável a ligação do AC às células alvo o Subsequente isolamento de uma subpopulação celular através de seleção positiva III. CROMATOGRAFIA: Técnica mais utilizada para separação de proteínas Consiste na passagem da proteína através de uma coluna (fase estacionaria) que é desenhada para reter ou diminuir a velocidade de passagem da fase móvel onde estão as macromoléculas (proteínas) Baseia-se numa propriedade particular, como o tamanho, carga ou afinidade química. I. Cromatografia de Afinidade: Esta técnica é utlizada para analisar um AC especifico a partir de um antissoro, através da união especifica dos AC ao AG imobilizado numa matriz sólida. Na coluna existem AC com afinidade para o que eu quero isolar que se ligam após a colocação da solução na coluna. Para retirar o que eu quero (ex.isoleucina 1) provoco uma variação de pH que provoca a desnaturação do imunocomplexo (reações reversíveis). Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 7 IV. CITOMETRIA DE FLUXO: Metodologia topo de gama, permite caraterizar as células em vários parâmetros Citometria: analise quantitativa de parâmetros celulares (células, núcleos, cromossomas, mitocôndrias, etc.) Citometria de fluxo: analise multiparametrica de células (uma a uma) em suspensão através de ferramentas ópticas.. Principio: o Passagem das partículas (células) em suspensa, de uma forma alinhada num fluxo contínuo, através de um feixe de luz (ex:laser) o Deteção de sinais gerados pela interação das partículas com o feixe de luz. Os sinais podem ser gerados por: Light scatter: dispersão do feixe de luz Intensidade de fluorescência: luz emitida por fluorocromos (ligados Às células) após excitação pelo feixe de luz. o Conversão dos sinais óticos em sinais eletrónicos pelos detetores o O computador analisa os sinais eletrónicos emitidos pelos detetores, transformando-os em gráficos, permitindo uma análise multivariada. o Resumo: Uma suspensão celular a caraterizar passa num tubo muito fina em fila indiana Sobre cada célula incidem feixes de luz que nos vão dar determinadas informações Feixes pelas extremidades das células (forward scatter- FSC) que nos dão informação acerca da dimensão da célula. Feixes pelos organelos da célula (side scatter-SSC) que nos dão informação sobre a complexidade da célula ou granulosidade. Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 8 o Citometro de fluxo – componentes: Fluídos: Suspensão de partículas Fluxo laminar Injeção da amostra no líquido de envolvimento (“sheath fluid”), passando por um orifico central do fluxo (50-300Rm) As partículas fluem no centro não se misturando com o restante líquido de envolvimento. A amostra é injetada em fluxo laminar. Ótica – foca o laser, capta e filtra s dispersão de luz e a emissão de fluorescência Fonte de iluminação: produzem a uz que irradia as células o Lasers o Árgon ion, krypton ion, HeNe, HeCd, YAG, diodes o Lâmpadas de mercúrio Camara de fluxo Filtração da dispersão de luz e fluorescência Captação da dispersão de luz e fluorescência Sistemas de deteção: medem a luz que vem dos componentes das células o Detetores da dispersão da luz (light scatter) Foto-sensor de dispersão frontal (FSC): Capta a intensidade da luz dispersa frontalmente A intensidade da dispersão frontal é proporcional ao tamanho das partículas. Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 9 Foto-sensor de dispersão lateral (SSC) Capta a intensidade da luz dispersa a 90º A intensidade da dispersão é proporcional à granulosidade e forma das partículas. o Detetores da dispersão de fluorescencia (PMT) A fluorescência emitida é detetada por foto-sensores que recebem o comprimento de onda selecionado A especificidade da deteção de cada sensor é controlada pela seleção do comprimento de onda, através de uma conjugação de filtros e de espelhos. Fluorescência: O fluorocromo é uma molécula que emite fluorescência quando excitada com o comprimento de onda adequado. O fluorocromo absorve a energia da luz incidente e liberta a energia absorvida por: o Vibração e dissipação de calor o Emissão de um fotão com um comprimento de onda maior (menos energético) A intensidade da fluorescência emitida está diretamente relacionada com o numero de locais de ligação da molécula de reconhecimento. Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 10 o Tubos fotomultiplicadores (PMT) – medem a fluorescência emitida pelos componentes fluorescentes da célula, dando informação da ligação dos ACs marcados à célula e, desse modo, da expressão de proteínas a superfície da célula Eletrónica: conversão do sinal ótico em eletrónico que envia para o computador para ser analisado. Conversão das sinas em valores analógicos-digitais traduzidos num histograma ou dot plot. Aquisição, processamento, análise e armazenamento no computador Análise segundo a direção de dispersão da luz: Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 11 Análise segundo a dispersão de fluorescência: o Um fluorocromo encontra-se ligado a um AC que vai reconhecer o recetor celular, para o qual é especifico, após incubação das células com esse AC. o A intensidade de fluorescência representa a quantidade desse componente (recetor de superfície, moléculas intra-celulares, DNA e RNA). - Intensidade de fluorescência (quantidade desse componente) - Percentagem de células que expressam um marcador - Percentagem de células que expressam um ou dois marcadores. -Correlação com 2 marcadores Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 12 Informações obtidas por Citometria de Fluxo: o Tamanho (FSC) o Complexidade (SSC) o Fluorescencia relativa (FL1, FL2, FL3) o Analise multiparametrica complexa o Quantificação de células em suspensão o Separação de células vivas e células mortas o Quantificação de 105 a 107 partículas em aproximadamente 1 min. o Mede a dispersão de luz da partícula, a fluorescência inata bem como a fluorescência adquirida por ligação a um AC marcado com fluorocromo. o Separação das subpopulações de células para análise subsequente. Áreas de aplicação da Citometria de fluxo: o Hematologia o Anatomia Patologica o Biologia Celular o Oncologia o Imunologia: Separação de células sanguíneas Diferenciação de sub-populações de linfócitos T Diferenciação de linfócitos B Diferenciação de células NK Variações linfoproliferativas (idade, imunodeficiências, neoplasias, transplantes, doenças autoimunes, inflamações) Fagocitose Análise de monócitos Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 13 V. Fluorescence-activated cell sorter (FACS): Instrumento que permite separar células com base na citometria de fluxo. Separa as células com base nas propriedades medidas em fluxo, ao contrário da Citometria de fluxo que apenas mede essas propriedades. Permite separar subpopulações de linfócitos com base nas diferentes proteínas expressas à superfície (ex: células B, células T CD4+, células T CD8+) Cada tipo celular é marcado com um AC especifico que se encontra acoplado a um fluorocromo O citometro de fluxo deteta e conta individualmente as células que passam através do laser Os sinais gerados pelos detetores criam uma carga elétrica (+ ou -) no fluxo de células que, entretanto, é quebrado, gerando gotas constituídas por uma única célula. As gotas, por terem carga elétrica, vão ser desviadas ao passarem por placas carregadas: o As gotas carregadas positivamente, são atraídas pela placa negativa e vice-versa, sendo assim separadas e conduzidas para os tubos de colheita respetivos. As gotas carregadas (que não contêm células ou aquelas cujas células não cuprem os critérios pré- selecionados de fluorescência e tamanho) são transferidas para um outro tubo de colheita. Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 14 II. Caraterização da especificade, frequência e função dos linfócitos: I. Componentes da Resposta Imunologica adaptativa (especifica de AGs): II. Avaliação de respostas de linfócitos específicos de AGs Interesse: o Medir a eficiência com que um individuo responde a um determina AG o Medir o grau com que se estabeleceu uma memória imunológica especifica Métodos: o Deteção da ativação de células de modo a exercerem uma função em particular (secreção de citoquinas, citotoxicidade). o Deteção direta das células através do seu recetor III. Determinação da frequência dos linfócitos específicos de AG Métodos que detetam ativação das células: o Proliferação celular o Cultura de diluição limitante o ELISPOT o Deteção intracelular de citoquinas por citometria de fluxo o Captura de citoquinas por citometria de fluxo o Captura de citoquinas secretadas na superfície de células T vivas o Ensaios de citotoxicidade (para células T citotóxicas) Métodos de deteção direta das células através do seu recetor: o Tetrâmeros de complexos MHC: péptido biotinilados conjugados com estreptavidina- fluorocromo Proliferação de Linfocitos: o Em resposta a AGs Antigénios: induzem a mitose somente em linfócitos específicos para esse AG Para que se produzam células efetoras (com determinada especificidade) em nº suficiente,os linfócitos específicos de AG têm de proliferar. Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 15 As células T de ratinhos ou humanos imunizados com Ag A proliferam quando expostas ao Ag A juntamente com células apresentadoras de antigénio, mas tal não acontece quando expostas a Ag contra os quais não huve imunização (ex: Ag B) Este ensaio, apesar de medir respostas de células T após imunização, revela pouco acerca das capacidades funcionais das células que respondem É difícil detetar a proliferação de linfócitos em resposta a um Ag específico, uma vez que somente uma pequena porção de células são estimuladas a dividir-se o Em resposta a Mitogénios Mitogénios policlonais: Substâncias que induzem a mitose em linfócitos de diferentes especificidades e origens clonais. São estímulos não específicos. o Métodos para avaliar a proliferação linfocitária: Incorporação de timidina tritíada ([3H-timidina]: Avaliada por contagens de cintilações por minuto num contador de radiação β Ensaio baseado na capacidade das células em proliferação incorporarem timidina tritíada no seu ADN. Procedimento: o As células são incubadas na presença de um estímulo apropriado o O processo de divisão celular, associado à duplicação do DNA, começa cerca de 48h depois. o A adição de timidina tritíada nessa altura vai permitir a incorporação de trítio radioativo no DNA das células em divisão Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 16 o Após 16-24h a cultura é terminada, as células são colhidas num aparelho automatic (“harvester”), ficando presas num filtro, enquanto a timidina não incorporada é removida por lavagens. o A radioatividade do filtro, correspondente à extensão de replicação de ADN e proliferação, é medida num contador de radiação 𝛽. Incorporação de bromodeoxiuridina (BrdU): Avaliada por citometria de fluxo ou imunofluorescência. Ensaio baseado na capacidade das células em proliferação incorporarem BrdU (análogo da timidina) no seu DNA. Procedimento: o As células são incubadas com o estímulo apropriado (AG ou mitogénio) na presença de BrdU (nas ultimas horas de cultura) o No fim da cultura, as células são fixadas e marcadas com Ac anti-BrdU conjugado com um fluorocromo Para que o anti-BrdU tenha acesso ao DNA é necessário desnatura-lo por exemplo com uma DNAse o As células marcadas com anti-BdrU correspondem às células em proliferação o Os resultados podem ser avaliados por citometria de fluxo ou imunofluorescência. Através de marcadores com Ac (conjugados com outros fluorocromos) dirigidos para marcadores da célula, é possível perceber quais as células que proliferaram. Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 17 Marcação com CFSE (5,6 Carboxyfluoroscein Diacetate Succinimidyl Ester): Avaliada por citometria de fluxo. CFSE: corante fluorescente que não é prejudicial às células, após entrar nas células sofre clivagem do seu éster e difunde-se pelo citoplasma. - Á medida que as células se dividem, a molécula CFSE é repartida igualmente entre as células-filhas, resultando na sua diminuição de deteção do sinal CFSE. - Possui aplicações: in vitro in vivo: o colher células de um animal e marcá-las com CFSE. o Inocular células marcados no animal. o Colher células mais tarde e analisar quantas divisões celulares ocorreram num determinado espaço de tempo. O sinal CFSE é avaliado por citometria de fluxo A população inicial é a população com maior intensidade de fluorescência de CFSE. Cada divisão celular (1-5) resulta numa redução de sinal. Esta técnica dá informação da cinética da proliferação É possível determinar o nº de divisões celulares e a frequência de células em cada divisão. Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 18 ELISPOT ( medição da freq. De células T especificas): Variante do ELISA em que ACs imobilizados em placas são usados para capturar citocinas secretadas por células T individuais. Procedimento: o Estimulação das células T com o Ag de interesse. o Adição das células T estimuladas a poços de microplacas revestidos com AC para a citocina a ser medida. As células T ativadas secretam citocinas que serão capturadas pelos AC imobilizados na placa. o Remoção das células após um período de tempo o Adição de um 2º AC anti-citocina marcado com uma enzima e, posteriormente do substrato para revelar o círculo de citocinas em volta da posição de cada célula T ativada (correspondente à formação de um “spot” colorido). o O cálculo da frequência de células T que secretam uma determinada citocina é feito contando cada spot e considerando o nº de células T inicialmente adicionado à placa. Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 19 Desvantagens das técnicas de cultura de diluição limitante e ELISPOT: o Não avaliam o fenótipo das células o É difícil determinar se as células individuais são capazes de segregar diferentes citocinas simultaneamente. o Solução: Técnicas com base na citometria de fluxo que permite detetar citocinas marcadas com fluorescência dentro das células T ativadas. Métodos para avaliar o perfil de produção de citocinas a nível da célula individual: o Marcação intracelular de citocinas: Para evitar a perda da associação entre as citocinas e a célula produtora, é usado um inibidor do transporte das citocinas para o exterior da célula, permitindo a acumulação das citocinas no reticulo endoplasmático. As células são fixadas para manter as proteínas no interior das células e nas membranas celulares aquando da subsequente permeabilização. As células são permeabilizadas para que os AC anti-citocinas marcados com fluorocromos possam entrar para o interior da célula. As células podem também ser incubadas com os AC (marcados com outros fluorocromos) que se ligam a proteínas de superfície, o que permite avaliar que subpopulações de células T produzem uma ou mais citocinas. As células são adquiridas num citómetro de fluxo. Avaliação por citometria de fluxo: Permite: o Definir a % de células produtoras de citocinas numa população o Caraterizar fenotipicamente a célula produtora da citocina o Estudar a produção simultânea de várias citocinas. Desvantagens da marcação intracelular de citocinas: As células têm de ser mortas (fixadas) e permeabilizadas com detergentes para que seja possível a deteção de citocinas Solução: Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 20 o Técnica de captura, na superfície de células T vivas, de citocinas secretadas marcadas. o Captura de citocinas (ensaio de secreção de citocinas) Permite analisar as células produtoras de citocinas se as matar As células T ativadas são incubadas com ACs híbridos (em que os dois sítios de ligação ao AG reconhecen diferentes ligandos – um marcador especifico da célula T e a citocina em questão). Se a célula T produz uma determinada citocina, esta é capturada antes de se difundir para fora da superfície da célula. A deteção da citocina produzida é feita com um segundo AC anti-citocina marcado com um fluorocromo Existe a possibilidade de isolar as células secretoras de citocinas Marcação das células com AC anti-fluorocromo conjugado com microbeads magnéticas. Separação magnética das c+elulas secretoras das citocinas. Ensaios de citotoxicidade: o Ensaios com base na morte de células-alvo causada por células Tc (células T CD8+ ativadas)o Ensaio de libertação de 51Cr: Incubação das células-alvo com cromato de sódio marcado radioactivamente. Adição de células T citotóxicas provocando a morte de células-alvo que, assim, libertam 51Cr. As células vivas não libertam 51Cr Medição de 51Cr nos sobrenadantes das co-culturas de células T citotóxicas: células- alvo.
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