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Parâmetros Granulométricos em Sedimentos Detríticos

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PARÂMETROS GRANULOMÉTRICOS 
EXERCÍCIOS E PRÁTICA DE LABORATÓRIO 
 
 
 
 
 
 
 
CAÇAPAVA DO SUL – RS 
2014 
 
JORGE LUÍS DARONCO 
 
Sedimentologia – Análise Granulométrica – Exercício 1 
1 TABELAS DE AMOSTRAS 
Cálculo da frequência simples e da frequência acumulada para duas amostras diferentes (A1 e A2): 
 
Tamanho (𝟇) -2,5 -2 -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 ∑ 
A2 (g) 0 0 0 0 0 0 0 0,05 0,7241 3,191 26,8574 8,89 1,1644 0,4452 41,3221 
Freq. Simples 0 0 0 0 0 0 0 0,121 1,7523 7,7222 64,9954 21,5139 2,8178 1,0773 ~100 
FAC 0 0 0 0 0 0 0 0,121 1,8733 9,5953 74,5907 96,1046 98,9224 99,9999 ~100 
 
2 PARÂMETROS GRANULOMÉTRICOS SEGUNDO FOLK & WARD (1957) 
2.1 MÉDIA 
Média gráfica calculada para amostras A1 e A2. 
𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝐴1 =
ϕ16 + ϕ50 + ϕ84
3
 𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝐴1 =
−1,2 + 1,4 + 2,1
3
 𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝐴1 = 0,76ϕ 
𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝐴2 =
ϕ16 + ϕ50 + ϕ84
3
 𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝐴1 =
2,1 + 2,3 + 2,6
3
 𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝐴1 = 2,33ϕ 
2.2 MEDIANA 
Mediana das amostras A1 e A2. 
𝑀𝑒𝑑𝑖𝑎𝑛𝑎 𝐴1 = ϕ50 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑎𝑛𝑎 𝐴1 = 1,4 ϕ 
𝑀𝑒𝑑𝑖𝑎𝑛𝑎 𝐴2 = ϕ50 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑎𝑛𝑎 𝐴2 = 2,3 ϕ 
Tamanho (𝟇) -2,5 -2 -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 ∑ 
A1 (g) 0,6583 2,4209 2,5268 5,1265 4,0091 2,0598 4,1131 1,8168 3,0973 4,9314 16,0323 2,733 0,21 0,0525 49,787 
Freq. Simples 1,3222 4,8625 5,0752 10,2962 8,0525 4,1372 8,2613 3,6491 6,2211 9,9049 32,2001 5,4893 0,4217 0,1054 ~100 
FAC 1,3222 6,1847 11,2549 21,5567 29,6092 33,7464 42,0077 45,6568 51,8779 61,7828 93,9829 99,4722 99,8939 99,9993 ~100 
2.3 MODA 
É o intervalo de classe com maior porcentagem de peso. 
𝑀𝑜𝑑𝑎 𝐴1 = 2,5 ϕ 
𝑀𝑜𝑑𝑎 𝐴2 = 2,5 ϕ 
2.4 GRAU DE SELEÇÃO 
Grau de seleção calculado das amostras A1 e A2. 
𝜎ϕ A1 =
ϕ84 − ϕ16
4
+ 
ϕ95 − ϕ5
6,6
 𝜎ϕ A1 =
2,1 − (−1,2)
4
+ 
2,7 − (−2,1)
6,6
 𝜎ϕ A1 = 1,55 
𝜎ϕ A2 =
ϕ84 − ϕ16
4
+ 
ϕ95 − ϕ5
6,6
 𝜎ϕ A2 =
2,6 − 2,1
4
+ 
2,9 − 1,8
6,6
 𝜎ϕ A2 = 0,30 
2.5 ASSIMETRIA (SK) 
Assimetria calculada das amostras A1 e A2. 
𝑆𝑘 𝐴1 =
ϕ16 + ϕ84 − 2ϕ50
2(ϕ84 − ϕ16)
+
ϕ5 + ϕ95 − 2ϕ50
2(ϕ95 − ϕ5)
 
𝑆𝑘 𝐴1 =
−1,2 + 2,1 − 2 ∗ 1,4
2(2,1 − (−1,2))
+
−2,1 + 2,6 − 2 ∗ 1,4
2(2,6 − (−2,1))
 
𝑆𝑘 𝐴1 = −0,54 
 
𝑆𝑘 𝐴2 =
ϕ16 + ϕ84 − 2ϕ50
2(ϕ84 − ϕ16)
+
ϕ5 + ϕ95 − 2ϕ50
2(ϕ95 − ϕ5)
 
𝑆𝑘 𝐴2 =
2,1 + 2,6 − 2 ∗ 2,4
2(2,6 − 2,1)
+
1,8 + 2,9 − 3 ∗ 2,4
2(2,9 − 1,8)
 
𝑆𝑘 𝐴2 = 0,14 
2.6 CURTOSE 
Curtose calculada das amostras A1 e A2. 
𝐾𝐴1 =
ϕ95 − ϕ5
2,44(ϕ75 − ϕ25)
 𝐾𝐴1 =
2,6 − (−2,1)
2,44(2,1 − (−0,7))
 𝐾𝐴1 = 0,68 
 
𝐾𝐴2 =
ϕ95 − ϕ5
2,44(ϕ75 − ϕ25)
 𝐾𝐴2 =
2,9 − 1,8
2,44(2,5 − 2,2)
 𝐾𝐴2 = 1,5 
 
3 CLASSIFICAÇÕES VERBAIS PARA AS AMOSTRAS A1 E A2 
Amostra A1: 
Amostra de sedimentos detríticos, possui diâmetro mediano de 1,4 ϕ e média gráfica de 0,76 ϕ (areia 
grossa). É pobremente selecionada e possui curva assimétrica muito negativa no sentido dos sedimentos 
grossos, também apresenta curva de curtose platicúrtica (sedimento fortemente bimodal). 
Amostra A2: 
Amostra de sedimentos detríticos, possui diâmetro mediano de 2,4 ϕ e média gráfica de 2,33 ϕ (areia 
fina). É muito bem selecionada e tem a curva de distribuição com caráter assimétrico positivo no sentido 
dos sedimentos finos, também apresenta curva de curtose muito leptocúrtica. 
4 DISCUSSÕES DOS RESULTADOS OBTIDOS 
Este estudo dos parâmetros granulométricos de sedimentos de origem detríticas tem como 
objetivo a correta utilização da metodologia estatística, assim como a classificação verbal e discussão dos 
resultados obtidos. Para tanto, é utilizado como base deste estudo o parâmetro textural granulométrico 
(bidimensional) diâmetro de grão em escala de “fi” (ϕ). 
Parte-se do pressuposto que a tabela fornecida para a elaboração do exercício tenha sido 
originada pela realização do ensaio de peneiramento à seco de duas amostras distintas de sedimentos. A 
tabela relaciona o número de intervalos de classes granulométricas (em ϕ) com o correspondente valor 
em gramas da massa de sedimento retida neste intervalo de classe. A tabela também contém o somatório 
total da massa submetida ao peneiramento. 
Com base na tabela calcula-se a distribuição de frequência granulométrica simples e acumulada 
da amostra de sedimento. Neste processo as diversas classes de tamanho de grão são distribuídas em 
porcentagens. Na frequência simples, o resultado do cálculo expressa a fração resultante da massa de 
determinado intervalo de classe granulométrica em relação ao somatório total de massa da amostra 
submetida ao peneiramento. Já na distribuição de frequência acumulada, que é a soma da frequência 
simples da classe granulométrica retida na peneira com as frequências anteriores (de forma acumulativa), 
é a expressão da relação entre a porcentagem de sedimento retido em determinado intervalo de diâmetro 
ϕ somado aos diâmetros antecessores já retidos. 
Devido a porcentagem de sedimento que passa pela peneira ficar retida em uma classe de 
diâmetro ϕ de peneira, conclui-se que o sedimento é mais fino que o diâmetro da peneira superior e mais 
grosso que a peneira em que ficou retida. É por isto que o estudo dos parâmetros granulométricos 
realizados com ensaio de peneiramento à seco reflete a distribuição granulométrica obtida de forma 
indireta. Diferente da análise granulométrica a laser, por exemplo, que analisa cada grão da alíquota 
como indivíduo e não como pertencente à um intervalo de classe. 
Na natureza os sedimentos inconsolidados possuem distribuição granulométrica controlada pela 
geometria dos grãos, pela disponibilidade das subpopulações de detritos rochosos, pelo grau de 
competência do agente de transporte, assim como pela interação entre as subpopulações de classes 
granulométricas presentes no ambiente deposicional. Devido a estes processos condicionantes a 
distribuição granulométrica possui caráter geométrico e a expressão da curva de frequência se dá de 
modo log-normal. A distribuição log-normal tende a tornar a curva mais simétrica (Moss 1962). 
Após a construção da curva de frequência acumulada é possível estabelecer relações e parâmetros 
estatísticos que constituem uma base para a interpretação do registro hidráulico do processo de fluxo 
responsável pela deposição dos sedimentos. A seguir serão discutidas as medidas descritivas. 
a) Mediana: É a medida gráfica de tendência central que tenta se aproximar da média 
granulométrica, porém somente se verifica de fato a mediana como tendência central no caso da amostra 
ter caráter estritamente Gaussiano, o que é raro. Proposta por Trask (1930), como sendo o diâmetro em 
ϕ (unidade posterior a esta proposta) para o percentil 50. 
A amostra A1 possui mediana de 1,4 ϕ e a amostra A2 possui mediana de 2,4 ϕ. Sabe-se que a 
mediana corresponde a dividir a distribuição em duas metades com pesos iguais, desta maneira uma 
metade será constituída por partículas mais grossas e uma metade por partículas mais finas. A mediana é 
fortemente influenciada pelas características granulométricas do material fornecido pela rocha fonte 
(Vilas Boas & Bittencourt, 1992). 
Comparando o resultado das medianas das duas amostras é possível concluir que a A2 é enriquecida 
em grãos de maior valor ϕ do que a amostra A1. Esta relação indica que a amostra A2 pertence a um 
ambiente com maior frequência de partículas localizadas no sentido dos sedimentos finos da distribuição. 
Esta conclusão permite supor que a amostra A2 pertença a um ambiente mais distante da área fonte de 
sedimentos clásticos em relação à amostra A1 (enriquecida em diâmetros mais grosso). 
b) Média: É a medida gráfica de tendência central que expressa o diâmetro médiodas partículas. 
Folk & Ward (1957) propõem um cálculo de média granulométrica que não ignora o terço central da 
distribuição, pois leva em consideração a distância entre o percentil 16 e 84 da curva de frequência 
acumulada, representando assim, a quantidade ponderal de partículas cujo desvio padrão é de 34% para 
cada lado do percentil 50. 
A amostra A1 possui como média o diâmetro de 0,76 ϕ, equivalente ao tamanho de grão areia grossa, 
já a amostra A2 possui 2,33 ϕ como média, o que significa tamanho médio de areia fina. 
Segundo Mendes (1984), há uma tendência no diâmetro dos clastos a reduzir-se no decorrer do 
transporte por efeito de abrasão. No transporte pelas águas ou pelos ventos, ocorre sempre uma 
separação das partículas de acordo com o tamanho das mesmas e, em parte, de acordo com a sua forma. 
Devido a diferença entre as médias granulométricas das duas amostras, conclui-se que a amostra A2 
possui maior frequência de grão mais finos em relação à amostra A1. 
Mesmo supondo que a amostra A2 pertença à um ambiente onde partículas médias a finas são 
geradas, esta ideia não se sustentaria devido ao alto grau de seleção e homogeneidade desta amostra. 
Caso estivesse localizada próxima à sua área fonte, a amostra apresentaria distribuição granulométrica 
com tendência de os grãos se distribuírem dispersos em torno do valor médio, porém como será discutido 
mais a frente, a amostra possui alto grau de seleção. Desta forma, creio que amostra A2 possui média 
granulométrica mais fina em relação à amostra A1 devido seu ambiente deposicional possuir maior 
maturidade textural e condições de fluxo e energia altamente segregadoras, além de que os grãos já 
sofreram maior desgaste pelo transporte e abrasão. 
 
c) Moda: É o maior intervalo de classe da distribuição e pode ser especialmente útil para decifrar a 
origem dos sedimentos, no estudo de fontes mistas de material com significado genético (Suguio, 1973). 
Embora as duas amostram possuam moda contida em um mesmo intervalo de classes, 2,5 ϕ , este 
parâmetro quando confrontado com o polígono de frequência construído no histograma releva que a 
amostra A2 possui deficiência de sedimentos grossos quando comparada à amostra A1. Além disto, a 
amostra A1 possui diversidade maior de tamanhos de classe que integram a alíquota. Fica evidente que a 
amostra A2 trata-se de um ambiente com mais homogeneidade granulométrica, enquanto a amostra A1 
pertence a um ambiente onde várias subpopulações granulométricas coexistem. A ocorrência do 
tamanho de areia fina como moda das duas amostras, mesmo com diferenças quanto ao espalhamento 
da distribuição entorno da tendência central, pode estar ligado ao fato das areias oferecerem menor 
resistência ao transporte e desta forma estar presente de forma significativa em vários ambientes 
distintos. 
 
d) Grau de Seleção: É o desvio padrão que pode ser utilizado como medida de dispersão, que 
significa a tendência de os grãos se distribuírem em torno do valor médio (Suguio, 1973), ou seja, o desvio 
padrão mede o grau de seleção de um sedimento, indicando as flutuações das condições de energia 
cinética do agente depositante (Sahu, 1964). Os autores Folk & Ward (1957) propõem que se pondere os 
68% centrais da distribuição (dois desvios padrões) e os 90% centrais da mesma distribuição. O desvio 
padrão tem um significado muito importante, que é a capacidade dos diferentes agentes geológicos de 
poder selecionar um determinado sedimento. 
A amostra A1 possui como grau de seleção σ1=1,55 e a amostra A2 possui 2=0,30. De acordo com as 
designações para os valores do grau de seleção (σ) propostos por Folk & Ward (1957) (Tabela 3), é possível 
descrever a amostra A1 como mal selecionada e a amostra A2 como muito bem selecionada. 
Tabela 3 – Modificado de Folk & Ward (1957). 
Sedimentos bem selecionados 
implicam em grãos com pequena 
dispersão dos seus valores 
granulométricos, ou dos valores das 
medidas de tendência central. Com o 
aumento do transporte ou da agitação 
do meio as partículas de diferentes 
tamanhos tendem a ser separadas por 
tamanho (Suguio, 1973). Comparando as amostras A1 e A2 percebemos que tratam-se de duas 
designações muito diferentes quanto ao grau de seleção de sedimentos. 
Considerando que a carga sólida é ajustada às condições de fluxo (Middleton, 1968), procura-se 
modelar as condições de fluxo responsáveis pela configuração do depósito sedimentar. Sabe-se que as 
partículas grossas tendem a serem deixadas para trás quando o fundo fluvial é erodido por uma corrente 
mais fraca que a precedente (Suguio, 1973), esta afirmação indica que a amostra A2, por apresentar muito 
boa seleção pertence a um ambiente de alta energia onde predominam areias finas a médias bem 
selecionadas. 
O diâmetro médio e o desvio padrão envolvem as noções de distância da área fonte e do grau de 
seleção, sendo melhor estudados por meio de populações bimodais submetidas ao mesmo transporte, 
onde o diâmetro médio seria função da disponibilidade local de sedimentos de uma ou mais modas (Folk 
& Ward, 1957). 
σ (em 𝛟) Designação 
<0,35 Muito bem selecionado 
0,35 a 0,50 Bem selecionado 
0,50 a 0,71 Moderadamente bem selecionado 
0,71 a 1 Moderadamente selecionado 
1 a 2 Mal selecionado 
2 a 4 Muito mal selecionado 
>4 Extremamente mal selecionado 
A amostra A1 possui textura bimodal de areia-cascalho (78% e 22%, respectivamente), enquanto a 
amostra A2 possui textura concentrada somente na classe das areias. Sabe-se que a areia e o cascalho 
constituem a carga de fundo quando relacionada ao transporte fluvial e desta forma são transportadas 
por arraste e saltação, sabe-se também que as areias constituem a classe granulométrica com mais 
chances de ser transportada, consequentemente possuem maior oportunidade de serem selecionadas 
progressivamente (Russel, 1972). Enquanto areais mais homogêneas e com menor diâmetro ϕ são 
características de uma maior maturidade textural (ambiente seletivo já longe da área-fonte), os 
sedimentos integrantes de uma amostra composta pela interação de subpopulações de grânulos e areias 
grossas indicam relativa proximidade à área-fonte dos clastos rochosos e minerais. 
 
e) Assimetria: Assimetria é o grau de desvio de uma curva no sentido horizontal podendo esse desvio 
ser positivo ou negativo (Andriotti, 2003). Vários autores consideram a assimetria como sendo o 
parâmetro granulométrico mais sensível para se caracterizar um ambiente, principalmente com relação 
ao nível energético (alta e baixa energia). 
Folk & Ward (1957) ponderam o valor de assimetria utilizando os percentis 16 e 84 (considerando 
68% da parte central da curva) com o valor da assimetria considerando os percentis 5 e 95 (90% da curva). 
Muitas vezes, a assimetria reflete-se nas partes extremas da curva, desta forma a assimetria é muito 
significativa para contar como as subpopulações de sedimentos interagem. A assimetria e a curtose, 
segundo Folk & Ward (1957), fornecem um meio para determinação da bimodalidade de uma curva. 
Com base em vários estudos, Mason & Folk (1958) chegaram à conclusão que areias de praia possuem 
assimetria negativa, características de fluxos bidirecionais, enquanto que areias de dunas possuem 
assimetria positiva. Além disto, sedimentos que mostram altos valores de curtose e uma assimetria 
positiva indicam pequeno volume de silte incluso nos mesmos, como pode ocorrer em areias de dunas. 
A amostra A2 foi classificada como muito bem selecionada de distribuição assimétrica positiva e curva 
de curtose muito leptocúrtica (alto valor de curtose), com estas características confrontadas às 
informações bibliográficas fica evidente que a amostra A2 trata-se de areia de duna.f) Curtose: A maior parte das medidas de curtose ou grau de agudez da curva, denotam a 
razão entre as dispersões (espalhamento) na parte central e nas caudas das curvas de distribuição. Muitos 
autores preferem usá-la como uma medida do grau de seleção. Cronan (1972), estudando sedimentos do 
nordeste do Mar da Irlanda, concluiu que as variações na assimetria e na curtose estão relacionadas com 
a mistura de duas ou mais populações granulométricas em proporções variadas. 
 Tabela 4 – Modificado de Folk (1968). 
 Valores de curtose muito altos e muito baixos 
podem sugerir que um tipo de material foi 
selecionado em uma região de alta energia, e 
posteriormente transportado, sem mudanças 
significativas das suas características, para um outro 
ambiente, até que o mesmo foi misturado com outro 
sedimento, possivelmente em um regime de baixa 
energia, originado um sedimento fortemente bimodal. 
A amostra A1 é pobremente selecionada e possui curva assimétrica muito negativa no sentido dos 
sedimentos grossos, também apresenta curva de curtose platicúrtica e textura bimodal de areia-cascalho. 
Curtose Designação Verbal 
<0,67 Muito platicúrtico 
0,67 a 0,90 Platicúrtico 
0,90 a 1,11 Mesocúrtico 
1,11 a 1,50 Leptocúrtico 
1,50 a 3,00 Muito leptocúrtico 
>3,00 Extremamente leptocúrtico 
Confrontada com as informações bibliográficas, suponho que a amostra A1 trata-se de sedimentos 
fluviais. Mesmo não inferindo maior detalhamento quanto ao leito sedimentar inerente à amostra é 
possível classifica-la quanto à origem como epiclasto terrígeno. 
5 CONCLUSÃO 
De acordo com os parâmetros granulométricos discutido anteriormente, acredito que a amostra A1 trata-
se de sedimentos de canal fluvial e a amostra A2 trata-se de areia de duna. 
6 REFERÊNCIAS 
SUGUIO, K., 1980. Rochas Sedimentares. Ed. Edgard Blücher Ltda. São Paulo. 500 p.; 
 
FOLK, R. L. & WARD, W. C., 1957. Brazos River bar: a study in the significance of grain parameters. Journal of 
Sedimentary Petrology. v. 27 n. 1. p. 3-26; 
 
SUGUIO, Kenitiro. Introdução à sedimentologia. Editora Edgard Blucherltda. São Paulo, 1973; 
 
SELLEY, Richard. Applied Sedimentology, 2nd Edition, 2001; 
 
DIAS, J. A. A análise sedimentar e o conhecimento dos sistemas marinhos. Universidade do Algarve. Faro. 2004; 
 
Borba, Alexandre Luiz. ESTUDOS SEDIMENTOLÓGICOS, MORFODINÂMICOS E DA VULNERABILIDADE DAS PRAIAS 
DA PIEDADE, CANDEIAS E BARRA DAS JANGADAS – MUNICÍPIO DO JABOATÃO DOS GUARARAPES-PE, 1999; 
 
Laboratório de Sedimentologia 
- Análise Granulométrica - 
1 TABELA DA AMOSTRA L1 
Cálculo da frequência simples e da frequência acumulada para amostra de sedimentos inconsolidados (L1) relacionados 
ao exercício prático realizado no Laboratório de Sedimentologia: 
Tamanho (𝟇) -1 0 1 2 3 4 >4 ∑ 
L1 (g) 3,7148 11,4943 25,5004 7,3222 0,8149 0,109 0,0322 49,0624 
Freq. Simples 7,5715 23,4279 51,9754 14,9242 1,6609 0,2221 0,0656 99,8476 
FAC 7,5715 30,9994 82,9748 97,899 99,5599 99,782 99,8476 99,8476 
 
2 PARÂMETROS GRANULOMÉTRICOS SEGUNDO FOLK & WARD (1957) 
2.1 MÉDIA 
Média gráfica calculada para amostras L1. 
𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝐿1 =
ϕ16 + ϕ50 + ϕ84
3
 𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝐿1 =
−0,5 + 0,45 + 0,95
3
 𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝐿1 = 0,3ϕ 
2.2 MEDIANA 
Mediana da amostra L1 (fi do segundo quartil). 
𝑀𝑒𝑑𝑖𝑎𝑛𝑎 𝐿1 = ϕ50 
 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑎𝑛𝑎 𝐿1 = 0,45 ϕ 
2.3 MODA 
Moda da amostra L1. 
𝑀𝑜𝑑𝑎 𝐿1 = 1 ϕ 
2.4 GRAU DE SELEÇÃO 
Grau de seleção calculado da amostra L1. 
𝜎ϕ L1 =
ϕ84 − ϕ16
4
+ 
ϕ95 − ϕ5
6,6
 𝜎ϕ L1 =
0,95 − (−0,5)
4
+ 
1,8 − (−1)
6,6
 
 𝜎ϕ L1 = 0,78 
2.5 ASSIMETRIA 
Assimetria (Sk) calculada da amostra L1. 
𝑆𝑘 𝐿1 =
ϕ16 + ϕ84 − 2ϕ50
2(ϕ84 − ϕ16)
+
ϕ5 + ϕ95 − 2ϕ50
2(ϕ95 − ϕ5)
 𝑆𝑘 𝐿1 =
−0,5 + 0,95 − (2 ∗ 0,45)
2(0,95 − (−0,5))
+
−1 + 1,8 − (2 ∗ 0,45)
2(1,8 − (−1))
 
𝑆𝑘 𝐿1 = −0,17 
2.6 CURTOSE 
Curtose calculada da amostra L1. 
𝐾𝐿1 =
ϕ95 − ϕ5
2,44(ϕ75 − ϕ25)
 𝐾𝐴1 =
1,8 − (−1)
2,44(0,85 − (−0,15))
 𝐾𝐴1 = 1,14 
 
3 CLASSIFICAÇÃO VERBAL 
Amostra L1: 
Amostra de sedimentos detríticos, possui diâmetro mediano de 0,45 ϕ e média gráfica de 0,3 ϕ (areia grossa). É 
moderadamente selecionada e possui curva assimétrica negativa no sentido dos sedimentos grossos, também apresenta 
curva de curtose leptocúrtica. 
4 DISCUSSÃO 
Considerando que uma amostra de sedimentos detríticos com massa significativa tenha sido coletada em campo, 
quando levada ao laboratório deve-se lavar esta amostra. Após estar totalmente seca, a amostra é homogeneizada através 
da sua passagem pelo Quarteador de Jones, este equipamento consiste em calhas inclinadas dispostas ora para um lado, 
ora para outro. O número de calhas do quarteador deve ser par e todas devem ter a mesma largura, para que quando os 
sedimentos inconsolidados sejam despejados sobre a calha a amostra inicial seja dividida aproximadamente pela metade. 
Este processo é repetido até que se obtenha a massa de sedimento necessária para a análise dos parâmetros 
granulométricos através do ensaio de peneiramento à seco. 
Após realizar o processo de quarteamento até a massa de sedimentos ser reduzida à uma quantia suficiente para a 
realização do ensaio de peneiramento, deve-se pesar a alíquota em uma balança de precisão. É muito importante o 
tratamento de dados amostrais com uma boa precisão numérica, pois desta forma assegura-se a precisão dos parâmetros 
granulométricos obtidos através de cálculos de forma que se possibilite inferir interpretações sobre a amostra estudada. 
Sabe-se que a precisão está relacionada desde às configurações da balança até o correto processamento da amostra, ou 
ainda mesmo da configuração da máquina utilizada para tratar os dados obtidos. 
Como experiência própria, já obtive resultado inverídico de uma medida descritiva devido ao uso de apenas uma casa 
decimal após a vírgula, somente foi possível corrigir o erro após realizar o cálculo aplicando o software Sysgran, pois este 
programa revela o diâmetro em fi de determinado percentil com precisão de três casas decimais após a vírgula (0,001). 
Deixo claro que não realizei integralmente meus cálculos com base nesse software, apenas o utilizei para corrigir um 
problema gerado pela subjetividade que um ponto plotado em folha monolog (A4) pode gerar devido à precisão de apenas 
uma casa após a vírgula (0,1) para expressar o diâmetro em fi de determinado percentil. O erro em questão jogou o valor 
da assimetria para o lado oposto da curva de frequência, um erro como este faz com que a interpretação da medida 
descritiva não possua caráter verdadeiro. 
Após obter a massa precisa da alíquota L1 (49,0624 gramas) realizou-se o peneiramento à seco da amostra. O ensaio 
de peneiramento tem como objetivo subdividir a alíquota em intervalos de classes de diâmetro de grão. Neste ensaio de 
peneiramento foi utilizado os seguintes tamanhos de abertura de peneiras: 2mm, 1mm, 0.500mm, 0.250mm, 0.125mm e 
0,0625mm. Estes valores de abertura de peneira em milímetros são equivalentes em escala fi (ϕ), respectivamente: -1 ϕ, 
0 ϕ, 1 ϕ, 2 ϕ, 3 ϕ e 4 ϕ. Percebe-se que foram usadas 6 peneiras diferentes para realizar o ensaio, porém na realidade 
tratam-se de 7 intervalos de classes de sedimentos, porque após a peneira de 4 ϕ há um compartimento que acumula os 
sedimentos menores que 4 ϕ (>4 ϕ). 
Após construir uma tabela que contenha a distribuição de frequência simples e a distribuição de frequência 
acumulada dos intervalos de classes granulométricas, é possível expressar graficamente as distribuições através da 
construção de um histograma (com o polígono de frequência simples traçado sobre este), e também com a construção da 
curva de frequência acumulada. Ésobre a curva de frequência acumulada que encontram-se os dados necessários para 
realizar os cálculos estatísticos que expressam as tendências granulométricas capazes de descrever as características dos 
sedimentos, e desta forma auxiliar na descrição e melhorar a compreensão sobre os depósitos sedimentares. A seguir 
serão discutidas as medidas descritivas calculadas: 
a) Mediana: Folk & Ward definiram o valor da mediana como diâmetro em fi do percentil 50 da curva de 
distribuição acumulada. Este valor divide a amostra em duas partes de igual peso. Em uma curva de distribuição a mediana 
coincide com a média granulométrica, porém este caso é extremamente raro, por este e outros motivos a curva de 
distribuição log-normal é adotada. 
O transporte de sedimentos é um processo dinâmico controlado pela natureza caótica da interação do fluxo de 
um rio com o leito fluvial, ou mesmo da interação do vento com uma duna, por exemplo. Dada uma condição específica 
de energia de um fluido em determinado leito sedimentar, a carga de sedimentos presentes no depósito será ajustada ao 
fluxo de energia. 
A competência e a capacidade dos agentes geológicos determinam o tipo de transporte que ocorrerá para cada 
tamanho de grão que sofre erosão (desagregando-se), ou que já se encontra inconsolidados no leito sedimentar. Durante 
o transporte o grão sofre constante processo de abrasão devido a interação com o fundo do leito, com outros grãos, ou 
mesmo com o próprio fluido. Processos como a abrasão, por exemplo, reduzem o tamanho do grão e o retrabalham 
tornando-o progressivamente mais selecionado. Há certa dificuldade em diferenciar o processo de redução do diâmetro 
médio do processo de seleção (Suguio, 1980). 
A amostra L1 possui mediana de 0,45 ϕ, acredito que esta é uma característica fortemente herdada da rocha-
fonte, o referido valor de diâmetro é equivalente ao tamanho areia grossa, tratam-se de clastos de 1 a 0,5mm. O tamanho 
areia é equivalente ao depósito sedimentar que quando litificado recebe o nome de arenito, porém como será discutido 
mais a frente, a amostra L1 não é composta apenas por areia. Creio que a mediana pode indicar a presença de rochas 
sedimentares como rocha-fonte dos sedimentos coletados, pois caso a areia fosse de origem predominantemente de 
cristais faneríticos de rochas cristalinas, a presença de sedimentos rudáceos haveria de ser mais predominante ainda. 
b) Média: É a medida gráfica de tendência central que expressa o diâmetro médio das partículas, Folk & 
Ward (1957) propõem distribuição de frequência dos 68% centrais da curva granulométrica, desta forma a amostra é 
ponderada por partículas cujo desvio padrão é de 34% para cada lado do percentil 50. 
Segundo Sahu (1964), a média está relacionada à energia cinética média (velocidade) do agente deposicional, 
sendo dependente da distribuição do tamanho e da disponibilidade do material da fonte. É possível estabelecer relação 
entre o tamanho da partícula e a velocidade de um fluxo de água necessário para que ocorra transporte, erosão ou 
deposição de sedimentos. A curva de Hjulstron 
(Fig. 1) apresenta a relação entre o tamanho das 
partículas e a velocidade de fluxo. A média da 
amostra L1 é de 0,3 ϕ, com auxílio do gráfico é 
possível inferir que a velocidade de corrente 
responsável pelo transporte do tamanho 
equivalente à média granulométrica da 
amostra L1 ocorre na faixa de velocidade que 
vai de 2cm/s a 20cm/s. 
 
 
 
 
Figura 1 - Curva de Hjulstrom, 1935 - modificado. 
c) Moda: É o intervalo de classes granulométricas mais frequente na distribuição da frequência simples (Krumbein 
& Pettijohn, 1938 ). A moda principal da distribuição de frequência simples da amostra L1 é intervalo de 0 ϕ a 1 ϕ, ou seja 
o tamanho de grão mais frequente é o de areia grossa. Segundo Suguio (1973) a moda pode ser útil para decifrar a origem 
dos sedimentos no estudo de fontes mistas de material com significado genético. Analisando o histograma de distribuição 
simples da amostra L1 é possível visualizar que a maior parte dos sedimentos se concentram na classe dos sedimentos 
areníticos, ainda que haja mistura de sedimentos mais grosso e mais finos que areia. 
 
d) Grau de Seleção: O desvio padrão (σ) descreve a dispersão em relação à média, ou seja, o grau de seleção do 
sedimento, os autores Folk & Ward (1957) propõem que se pondere os 68% centrais da distribuição e os 90% centrais da 
mesma distribuição (dois desvios padrões). McLaren (1981) sugeriu que a granulometria média, o grau de seleção e a 
assimetria das distribuições de frequências granulométricas seguem tendências, que identificam o transporte e os 
processos sedimentares de seleção, deposição seletiva e deposição total. 
É fundamental que exista uma designação verbal que dê significado qualitativo ao valor do desvio padrão calculado 
da amostra (tabela 2). A amostra L1 possui valor de desvio padrão de σ = 0,78 sendo classificada como moderadamente 
selecionada. 
Segundo Russel (1939), a seleção pode ser processada pela 
ação de três tipos de mecanismos diferentes: seleção local (durante 
a deposição) e seleção progressiva (durante o transporte), ou ambas 
ao mesmo tempo. O terceiro caso é o mais comum, em que o grau 
de seleção é determinado pelo balanço entre transporte e 
deposição. Sabe-se que os sedimentos tornam-se progressivamente 
melhor selecionado em direção à jusante, isto deve-se à redução do 
tamanho de grão. Também é notório que a energia de transporte de 
um rio decai devido à redução no gradiente de relevo conforme o 
curso do rio se aproxima de áreas planas e desta forma a 
competência do transporte é reduzida, este processo também 
colabora para a seleção granulométrica. 
 
e) Assimetria: Assimetria (Sk) é o grau de desvio de uma curva no sentido horizontal podendo esse desvio ser positivo 
ou negativo (Andriotti, 2003). A assimetria da curva expressa o enriquecimento de populações granulométricas em finos 
ou grossos, que provocam desvios relativos à curva normal. 
Uma curva de distribuição de carater estritamente gaussiano não apresentará assimetria. A expressão da curva 
assimetrica quantifica através de sua forma o desvio 
existente entre a média e a mediana (que na curva 
normal são coincidentes). A amostra L1 possui 
assimetria de valor -0,17 sendo classificada como 
assimetria negativa, o qua significa um 
enriquecimento de populações granulompetricas no 
sentido dos grosos. 
σ (em 𝛟) Designação 
<0,35 Muito bem selecionado 
0,35 a 0,50 Bem selecionado 
0,50 a 0,71 Moderadamente bem selecionado 
0,71 a 1 Moderadamente selecionado 
1 a 2 Mal selecionado 
2 a 4 Muito mal selecionado 
>4 Extremamente mal selecionado 
Tabela 2-Designação verbal para o valor de desvio padrão, modificado de 
Folk & Ward (1957). 
Sk Designação Verbal 
+1,00 a +0,30 Fortemente assimétrica no sentido dos finos 
+0,30 a +0,10 Assimétrica no sentido dos finos 
+0,10 a –0,10 Aproximadamente simétrica 
-0,10 a –0,30 Assimétrica no sentido dos grossos 
-0,30 a –1,00 Fortemente assimétrica no sentido dos grossos 
Tabela 3- Designações para os valores da assimetria. 
Figura 3 – Grau de seleção e parâmetro de identificação 
visual (Society for Sedimentary Geology, 1984) 
 
 
f) Curtose: A curtose é a medida que retrata o grau de agudez dos picos nas curvas de distribuição de frequências 
(Suguio, 1973). Para classificar uma curva, segundo os valores de curtose propostos por Folk & Ward, utiliza-se os limites 
indicados na tabela 4. 
 
 
As variações nos valores de curtose ocorrem devido a mistura de diferentes populações granulométricas em 
proporções variadas (Cronan, 1972). A amostra L1 possui curtose com valor de 1,14 designada como curva leptocúrtica.A 
distribuição granulométrica da amostra L1 concentra-se na classe das areias, de acordo com o valor de curtose parece não 
haver alterações de regimes de fluxos que causem a mistura demasiada de diferentes classes, o que tornaria a curva de 
caráter platicúrtica. 
5 CONCLUSÃO 
De acordo com os parâmetros granulométricos discutidos, concluo que a amostra L1 trata-se de sedimentos 
predominantemente areníticos de origem clástica associados ao ambiente fluvial. 
 
 
 
 
 
 
Curtose Designação Verbal 
<0,67 Muito platicúrtico 
0,67 a 0,90 Platicúrtico 
0,90 a 1,11 Mesocúrtico 
1,11 a 1,50 Leptocúrtico 
1,50 a 3,00 Muito leptocúrtico 
>3,00 Extremamente leptocúrtico 
Tabela 4 – Modificado de Folk (1957). 
Figura 3 – Curva de distribuição assimétrica com os 
percentis utilizados para o cálculo da assimetria 
(adaptado de Inman, 1952). 
Figura 4 – Exemplos de curvas de assimetria quanto ao caráter negativo, normal ou positivo 
da distribuição. Esta imagem ilustra o sentido do enriquecimento de subpopulações expresso 
pelas caudas das curvas, a amostra L1 possui assimetria negativa, portanto a distribuição tem 
sentido para os sedimentos grossos. 
Figura 5 - Exemplos de graus de achatamento para 
diferentes valores de curtose. 
6 REFERÊNCIAS 
TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M. de; FAIRCHILD, T. R.; TAIOLI, F. Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. 568 p.; 
 
SUGUIO, K., 1980. Rochas Sedimentares. Ed. Edgard Blücher Ltda. São Paulo. 500 p.; 
 
FOLK, R. L. & WARD, W. C., 1957. Brazos River bar: a study in the significance of grain parameters. Journal of Sedimentary Petrology. 
v. 27 n. 1. p. 3-26; 
 
SUGUIO, Kenitiro. Introdução à sedimentologia. Editora Edgard Blucherltda. São Paulo, 1973; 
 
SELLEY, Richard. Applied Sedimentology, 2nd Edition, 2001; 
 
DIAS, J. A. A análise sedimentar e o conhecimento dos sistemas marinhos. Universidade do Algarve. Faro. 2004; 
 
Borba, Alexandre Luiz. ESTUDOS SEDIMENTOLÓGICOS, MORFODINÂMICOS E DA VULNERABILIDADE DAS PRAIAS DA PIEDADE, 
CANDEIAS E BARRA DAS JANGADAS – MUNICÍPIO DO JABOATÃO DOS GUARARAPES-PE, 1999; 
 
José, Flávia Ozório. ANÁLISE DO EFEITO DO RESSALTO HIDRÁULICO NA EROSÃO/SEDIMENTAÇÃO DE CANAIS EM PLANICIE DE 
INUNDAÇÃO. 2011. 
 
 
 
 
"no 'overall' parameter or 
combination of them is adequate to reveal all the properties 
of a complex frequency distribution; the entire curve must 
be seen to be appreciated, just as no anthropologist can 
adequately characterize a Brigitte Bardot by four 
measurements alone". 
Robert L. Folk

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