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Exercícios Direito Administrativo

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1. A Administração de certo estado da federação abre concurso para preenchimento de 100 (cem) cargos de professores, conforme constante do Edital. Após as provas e as impugnações, vindo todos os incidentes a ser resolvidos, dá-se a classificação final, com sua homologação.
Trinta dias após a referida homologação, a Administração nomeia os 10 (dez) primeiros aprovados, e contrata, temporariamente, 90 (noventa) candidatos aprovados. 
Teriam os noventa candidatos aprovados, em observância à ordem classificatória, direito subjetivo à nomeação?
RESPOSTA
Primeiramente cabe ressaltar que para a abertura de um concurso público é necessário a presença de dois requisitos : necessidade de preenchimento das vagas e disponibilidade financeira para remuneração desses cargos.
Quanto aos noventa candidatos aprovados os mesmos tem direito subjetivo à nomeação, que decorre da vinculação da Administração à necessidade de preenchimento das vagas que fundamentou a abertura do concurso, exceto se houver fato posterior que elimine essa necessidade.
2 . O Presidente da República, inconformado com o número de servidores públicos na área da saúde que responde a processo administrativo disciplinar, resolve colocar tais servidores em disponibilidade e, para tanto, edita decreto extinguindo os respectivos cargos.
Considerando a hipótese apresentada, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso, responda aos itens a seguir.
A) A extinção de cargos públicos, por meio de decreto, está juridicamente correta? Justifique. 
R: Não. A extinção de Cargo público necessita de Lei conforme o Art. 48 §X da Constituição Federal,(criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas) aprovação do Congresso Nacional e após o veto do Presidente da República, assim poderá extinguir cargos públicos. Porém se o cargo estivesse vagoseria possível a extinção através de Decreto conforme estabelece o Art. 84 inciso VI, b(Extinção de funções ou cargos públicos quando vagos).
B) É juridicamente correta a decisão do Presidente da República de colocar os servidores em disponibilidade? 
R: Colocar os servidores em disponibilidade como forma de punição é inconstitucional, pois a Constituição Federal no Art. 41, §3º( Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo).A disponibilidade não tem por finalidade sancionar o servidor público, no caso em tela a extinção do cargo se deu por desvio de finalidade.
C) Durante a disponibilidade, os servidores públicos percebem remuneração? 
R: Sim, a remuneração será proporcional ao tempo de serviço.
Padrão de Resposta / Espelho de Correção
A) A resposta é negativa. Trata-se de matéria a ser disciplinada por lei, na forma do Art. 48, inciso X, da CRFB.
Espera-se que o examinando desenvolva o tema registrando que seria possível a extinção de cargos públicos por decreto apenas se estivessem vagos. (Art. 84, inciso VI, “b”, CRFB).
B) A opção é inconstitucional, pois o Chefe do Executivo utiliza o instituto da disponibilidade com desvio de finalidade. O examinando deve deixar claro que a disponibilidade não tem por finalidade sancionar disciplinarmente servidores públicos.
C) A remuneração será proporcional ao tempo de serviço (Art. 41, §3º, da CRFB).
3. Recentemente, 3 (três) entidades privadas sem fins lucrativos do Município ABCD, que atuam na defesa, preservação e conservação do meio-ambiente,  foram qualificadas pelo Ministério da Justiça como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.Buscando obter ajuda financeira do Poder Público para financiar parte de seus projetos, as 3 (três) entidades apresentaram requerimento à autoridade competente, expressando seu desejo de firmar um termo de parceria.
Considerando a narrativa fática acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e apresentando a fundamentação legal pertinente ao caso.
A) O poder público deverá realizar procedimento licitatório (Lei n. 8666/93) para definir com qual entidade privada irá formalizar termo de parceria? 
R: Não, será necessário realizar o Procedimento licitatório na integra. O art. 2 da lei 8666/93 no parágrafo único estabelece que a administração  fará um contrato para celebrar todo e qualquer ajuste aos órgãos ou entidades da administração pública e particulares. Oscip: sign. Organização da Sociedade Civil de Interesse Público a doutrina chama de terceiro setor, uma nova forma de administração pública, apesar de não ser realizado a licitação, deverá ser observado os princípios previsto no art. 37 da Constituição Federal.
(Art. 24 § 24 da lei 8666/93 / 9790/99- lei oscip / decreto 3100/99
B) Após a celebração do termo de parceria, caso a entidade privada necessite contratar pessoal para a execução de seus projetos, faz-se necessária a realização de concurso público? 
R: Não, pois a oscip não integram a administração, portanto não se submetem a regras previstas no art. 37  II referente aos concursos públicos. 
Padrão de Resposta / Espelho de Correção
Gabarito comentado:
A) Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) é a qualificação jurídica conferida pelo Poder Público, por ato administrativo, às pessoas privadas sem fins lucrativos e que desempenham determinadas atividades de caráter social, atividades estas que, por serem de relevante interesse social, são fomentadas pelo Estado. A partir de tal qualificação, tais entidades ficam aptas a formalizar “termos de parceria” com o Poder Público, que permitirá o repasse  de recursos orçamentários para auxiliá-las na consecução de suas atividades sociais.
As OSCIPs integram o que a doutrina chama de “Terceiro Setor”, isto é, uma nova forma de organização da Administração Pública por meio da formalização de parcerias com a iniciativa privada para o exercício de atividades de relevância social. Sendo assim, como  as ideias de “mútua colaboração” e a ausência de “contraposição de interesses” são inerentes a tais ajustes, o “termo de parceria” tem sido considerado pela doutrina e pela  jurisprudência como espécies de convênios e não como contratos, tendo em vista a comunhão de interesses do Poder Público e das entidades privadas na consecução de tais atividades.
Contudo, apesar de desnecessária a licitação formal nos termos da Lei n. 8666/93, não se pode olvidar que deverá a administração observar os princípios do art. 37 da CRFB/88 na escolha da entidade além de, atualmente, vir prevalecendo o entendimento da doutrina, da jurisprudência e dos Tribunais de Contas no sentido de que, ainda que não se deva realizar licitação nos moldes da Lei n. 8.666/93, deverá ser realizado procedimento licitatório simplificado a fim de garantir a observância dos princípios da Administração Pública, como forma de restringir a subjetividade na escolha da OSCIP a formalizar o “termo de parceria”.
B) Não. Por não integrarem a Administração Pública, as OSCIP’s não se submetem às regras de concurso público, nos termos do art. 37, II, da CRFB.
Ë importante ressaltar que, por se tratar de prova discursiva, será exigido do examinando o desenvolvimento do tema apresentado. Desse modo, além de resposta conclusiva acerca do arguido, a mera menção a artigo não é pontuada, nem a mera resposta negativa desacompanhada do fundamento correto.

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