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refugiados em uso (Reparado)

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SUMÁRIO
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1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO	4
2 TEMA	4
3 DELIMITAÇÃO DO TEMA	4
4 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA	4
5 JUSTIFICATIVA 	4
6 OBJETIVOS 	5
7 EMBASAMENTO TEÓRICO	5
8 METODOLOGIA	6
9 CRONOGRAMA	6
10 PROPOSTA DE SUMÁRIO	8
11 REFERÊNCIAS	8��
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Aluno autor do projeto: Diana Paula Wysocki Leite
Professor orientador: Lucas Monteiro
Área temática: Direito Internacional / Direitos Humanos
TEMA : REFUGIADOS
Em face da própria evolução na prática de acolhida a estrangeiros perseguidos e também da necessidade de tornar ainda mais eficaz o instituto, a doutrina foi cristalizando e estabeleceu-se o gênero “direito de asilo”, o qual se subdivide-se nas espécies “asilo diplomático e territorial” e o refúgio. 
 É importante definir o termo refugiado para que não ocorra interpretações desencontradas ou confusas em relações a institutos diferentes como o asilo político, que em muitas situações são definidas como institutos iguais. No entanto o instituto do refúgio é muito mais amplo, abarcando diversas situações em que pode ser solicitado no momento em que um indivíduo busca proteção e somente outro Estado pode responder por esse pedido. 
 O conceito jurídico de asilo originou-se no Tratado de Direito Penal Internacional de Montevidéu, de 1889, sendo asilo, e sua modalidade diplomática, instituto característico da América Latina. Por sua vez, o termo refugiado foi aplicado aos huguenotes , franceses que fugiram para a Inglaterra após a revogação do edito de Nantes, em 1805.
Refugiado é uma expressão usada frequentemente de forma generalizada, não havendo uma definição clara entre pessoas que foram obrigadas a sair de seu país e daquelas que apenas se deslocaram dentro de sua própria pátria.
DELIMITAÇÃO DO TEMA
A PROBLEMÁTICA DOS REFÚGIADOS E A TUTELA JURÍDICA APLICADA NO DIREITO BRASILEIRO
A complexa e sofrida situação dos refugiados é um trágico fenômeno que acompanha o ser humano desde os primórdios de sua existência na terra. Homens, mulheres e povoações inteiras são perseguidos por diversos motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social, opinião política, etc., provocam movimento migratório intenso em todos os continentes. Apesar da humanidade ter avançado tecnológica-cientificamente em todas as áreas, está cada vez mais presente a intolerância entre os povos, a ganância dos governos, a subjugação entre as nações, os conflitos insolúveis, distanciam o ser humano dele mesmo. 
Vivemos um momento histórico de conflitos e guerras, que produzem uma migração intensa entre os povos, que se vem obrigados a buscarem outros locais para abrigar e proteger sua família ou simplesmente fugir do mal que lhe vem ao encalço. Esse fenômeno resulta num contingente enorme de refugiados, problema este que antigamente ocorriam nos continentes africanos, asiáticos e europeus, e hoje está à porta de nosso país, como indicam as estatísticas com expressivo aumento de solicitações de refúgio. São levas de angolanos, colombianos, da República do Congo, e recentemente de sírios e haitianos, e outros das mais diversas nacionalidades, que viram no Brasil a chance de reconstruir suas vidas. 
Diante da problemática, impôs-se ao Brasil criar legislação própria para adequar, regulamentar e regularizar a situação desses refugiados. O presente trabalho tem como objetivo compor um quadro da situação jurídica do refugiado no Brasil, apresentando a evolução da legislação, das políticas adotadas para promoção e proteção, dos organismos envolvidos e suas competências.
FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
A diferença entre o tratamento jurídico aplicado para os refugiados no âmbito internacional e o aplicado na jurisdição brasileira?
O refugiado é definido pela Convenção das Nações Unidas relativa ao Estatuto dos Refugiados como a pessoa que, em razão de fundados temores de perseguição devido à sua raça, religião, nacionalidade, associação a determinado grupo social ou opinião política, encontra-se fora de seu país de origem e que, por causa dos ditos temores, não pode ou não quer regressar ao seu Estado. 
Atualmente muitos países se recusam a receber em seu território pessoas procurando refúgio, alegando que o alto índice de migração gera prejuízos, desaceleração do crescimento, risco à população nativa e até mesmo a falência econômica do país, quebram convenções, protocolos e tratados não recebendo os refugiados, os deixando a mercê da sorte, muitas vezes terminadas em tragédia, mortes banais que poderiam ser evitadas.
 O direito fundamental de não ser devolvido ao país em que sua vida ou liberdade esteja sendo ameaçada dentre os direitos garantidos à pessoa do refugiado faz-se necessário. Esse direito constitui um princípio geral do direito internacional de proteção dos refugiados e dos direitos humanos, princípio do non-refoulement (não devolução) devendo, portanto, ser reconhecido como um princípio do jus cogens e encontra- se consagrado no art. 33, n. 1 da Convenção de 1951.
O Brasil tem tradição e inova na concessão de abrigo e proteção a pessoas perseguidas por motivos políticos, raciais e sociais. O instituto jurídico do refúgio no Brasil é regulado por lei que define os mecanismos para implementação do Estatuto dos Refugiados no Brasil.
JUSTIFICATIVA 
O mundo vive a maior crise de migratória de refugiados, a solução para a crise humanitária dos refugiados passa obrigatoriamente pela paz e estabilidade democrática nos países de origem. Conflitos armados decorrentes da invasão do Iraque e Afeganistão, em países africanos ou pós Primavera Árabe respondem, em grande medida, pelo maior número de refugiados no mundo desde a Segunda Guerra Mundial. 
Governos internacionais ainda não entram num acordo quando a recepção dos refugiados. Alemanha e Suécia, por exemplo, têm se mostrado receptivas aos refugiados. Por outro lado, Hungria e Reino Unido defendem um número limite de refugiados e políticas de deportação. Outros têm alertado refugiados que não estão preparados para recebê-los. 
A legislação brasileira é considerada moderna, por conta de sua definição abrangente de refugiado. Aplica o direito de reunião familiar, estendendo-se a concessão do refúgio aos demais membros da família do refugiado. O Brasil foi o primeiro país na América do Sul a elaborar uma legislação nacional específica na área, tendo sido também pioneiro na adesão ao regime internacional para os refugiados. 
As convenções internacionais e a lei brasileira de 1997 não elencam, no entanto, as flutuações da economia entre os riscos de graves violações aos direitos humanos. 
Em 2017 é adotada uma nova lei de migração, onde visa dar maior suporte aos estrangeiros e refugiados. A nova legislação substitui Estatuto do Estrangeiro de 1980 que foi criado na época do regime militar. A lei brasileira acaba com o conceito de que o estrangeiro tem que ser visto como uma ameaça a soberania nacional. Os princípios e garantias que regem essa nova lei estão contidos no artigo 3° e 4° da referida lei. São eles como: universalidade, indivisibilidade, interdependência dos direitos humanos, acesso igualitário e livre do migrante a serviços, programas e benefícios sociais, bens públicos, educação, assistência jurídica integral pública, trabalho, moradia, serviço bancário e seguridade social. (LEI DE MIGRAÇÃO N° 13445/17). Os pontos positivos que vale destacar são: Os vistos humanitários que sofreram uma desburocratização no processo de concessão. 
O papel do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e da Organização Internacional para Migração (OIM) é essencial para lidar com a crise de imigração vivenciada no mundo atual, de forma a se colocar em prática a proteção aos migrantes em diferentes instrumentos normativos internacionais, como o Estatuto dos Refugiados e a Declaração de Genebra. Novos aspectos que podem auxiliar e motivar diferentes Estados e receberem migrantes e introduzi-los nos ambientessocial, econômico e cultural interno.
OBJETIVOS 
OBJETIVO GERAL 
O presente trabalho visa por meio de uma análise surgimento dos direitos humanos e tratados internacionais, destacar a proteção dos direitos humanos dos refugiados e sua evolução na ordem internacional e efetividade na ordem jurídica brasileira, e por fim, destacar que o Brasil serve de modelo para outros países que, infelizmente, ainda não aceitam a proteção a essas pessoas de forma adequada.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Analisar a ordem jurídica nacional e internacional. 
Revisar as modificações da lei , políticas públicas e os planos de ação do Estado brasileiro
Analisar o papel da ACNUR e o direito dos refugiados.
Analisar a evolução da Legislação para Refugiados, no Brasil e mundialmente por tratados através do ACNUR.
Analisar o Direito Internacional Humanitário: as Convenções de Genebra;
 Analisar Estatuto dos Refugiados de 1951 e o Protocolo de 1967
Analisar Direito Internacional dos Direitos Humanos: os sistemas de proteção global e regional: Discussão sobre a atuação ACNUR e o amparo aos Refugiados.
 Revisar o regime jurídico brasileiro de proteção dos refugiados e Condição jurídica dos refugiados no Brasil. 
Analisar os Princípios constitucionais e de Direito Internacional dos Direitos Humanos aplicáveis às situações jurídicas refúgio: dignidade humana, tolerância e solidariedade. 
Analisar a criação do CONARE. 
EMBASAMENTO TEÓRICO
O presente estudo tem por objetivo fazer uma análise atual da aplicação dos Direitos Internacionais e Direitos Humanos para solucionar a problemática dos refugiados no mundo, assunto de interesse da comunidade internacional. Ainda, tem por objetivo o presente estudo analisar o processo de incorporação dos direitos internacionais dos direitos humanos no ordenamento jurídico brasileiro, especialmente quanto ao Direito Internacional dos Refugiados.
Tema atual e constante nos diversos meios de mídia que cercam a todos diariamente. A relevância desse assunto é tão imensa que para abordá-lo necessário se faz voltarem-se os olhos a tutela dos direitos humanos e, assim, a um dos pontos de maior relevância quando se fala em tutela de direitos, que é o marco inicial da internacionalização dos direitos humanos, a Carta das Nações Unidas, a qual foi criada logo após o final do segundo grande conflito, em 1945, a qual demarca um novo cenário, uma nova ordem internacional e, logo sucedida pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Foi a partir desta nova ordem internacional que sobreveio da necessidade de prevenir, a nível internacional, que novas barbáries fossem cometidas com os seres humanos, que houve uma conscientização dos Estados da necessidade de uma ordem além-fronteiras que fosse capaz de tutelar os direitos do homem de forma universal. Foi assim que surgiram as mais importantes cartas de direitos humanos, o que trouxe a universalização dos direitos do homem.
Em âmbito internacional, o Direito Internacional dos Refugiados, que abarca os diplomas internacionais e regionais que tratam de normas jurídicas para regular a situação desses indivíduos, está previsto principalmente na Convenção de Genebra (1951) e no Protocolo de Nova Iorque (1967). Outros instrumentos também possuem relevo na regulação, a exemplo da Convenção Europeia sobre Direitos Humanos e Liberdades Fundamentais (1950), Convenção sobre Asilo Político (1993), Pacto de São José da Costa Rica (1969), Declaração de Cartagena sobre Refugiados (1984). Várias Resoluções da Assembleia Geral das Nações Unidas também disciplinam o tema.
O Brasil, signatário de vários Tratados Internacionais de Direitos Humanos, deu início à adequação do ordenamento jurídico aos novos direitos, o que foi marcado pela promulgação da Constituição federal de 1988, com a institucionalização dos direitos humanos e adesão a importantes instrumentos internacionais de direitos humanos. A Constituição Federal de 1988 trouxe rico texto, no que se refere aos direitos humanos e aos direitos fundamentais. Assim, com uma Constituição que é firme no sentido de assegurar a proteção e a promoção dos direitos humanos, o Brasil destacasse por ser um dos países mais acolhedores de refugiados da América Latina. Isso se deve, também, à legislação brasileira (Lei nº 9.474/97 e Lei nª 13.445) que é referência mundial no assunto refugiados, além de o Brasil ser signatário da Convenção de 1951, do Protocolo 11 de 1967 e da Declaração de Cartagena de 1984, com o apoio do Governo e de organizações não governamentais para os refugiados. Para a elaboração desta monografia, do ponto de vista dos procedimentos técnicos, optou-se pelas pesquisas bibliográfica e documental, levando-se a efeito pesquisas em livros, artigos, jornais, entre outros. Tecnicamente, fez-se a leitura e a análise de diversas obras, principalmente dos seguintes autores: Flávia Piovesan, Paulo Bonavides e Paulo Henrique Gonçalves Portela.
 A leitura dos livros selecionados destinou-se a compor base de informações gerais e não ocasionou a exclusão das demais fontes de pesquisa, porquanto, em virtude da diversidade e da complexidade do tema, precisou-se complementar o conhecimento por meio de artigos, de jornais e de leis, disponibilizados em meios eletrônicos.
DEFINIÇÃO DE TERMOS: 
REFUGIADOS, LEGISLAÇÃO, ORGÃOS OFICIAIS, ORGANISMOS INTERNACIONAIS, ESTATUTO DO REFUGIADO
METODOLOGIA
MÉTODO DE ABORDAGEM
Forma de abordagem teórica da pesquisa: método de abordagem dedutiva
TÉCNICAS DE PESQUISA
. Seguindo os objetivos colocados nesse trabalho, a metodologia aplicada para pesquisa é do tipo bibliográfico. Colocaremos todas as fontes bibliográficas que foram utilizadas para elaboração, formação deste trabalho. O método de abordagem utilizado é o dialético, em que vamos explanar a respeito dos objetivos, fazendo avaliações sobre o assunto e transmitindo informações sobre o contexto social e histórico de que se trata o feito.
CRONOGRAMA
	Etapas
	Ano
	
	2017
	2017
	2018
	2018
	
	1º sem.
	2º sem.
	1º sem.
	2º sem.
	1. Revisão bibliográfica
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	2. Definição da pesquisa/objetivos
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	3. Elaboração do instrumento de pesquisa/Coleta de dados
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	4. Análise e discussão dos dados
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	5. Elaboração do relatório para de pesquisa
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	6. Exame de Qualificação 
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	7. Redação final do TCC
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	8. Defesa 
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	9. Redação de artigos
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PROPOSTA DE SUMÁRIO
SUMÁRIO
	1
	EVOLUÇÃO HISTORICA DO REFUGIADO
	00
	1.1
	Conceito de Refugiado
	00
	1.2
	Proteção Internacional dos Refugiados 
	00
	1.3
	O Direito internacional Humanitário
	00
	
	
	
	
2.
	ALTO COMISSARIO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA REFUGIADOS - ACNUR
	
00
	2.1
	Tratados Internacionais 
	00
	2.2
	Aplicação da Legislação.
	00
	
3.
	PROTEÇÃO NACIONAL DOS REFUGIADOS
	
00
	3.1
	Da concessão do Refugio na legislação Brasileiro
	00
	3.2
	Avanços das Bases Legais de Proteção Nacional
	00
REFERÊNCIAS
ALTO COMISSARIADO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA REFUGIADOS. Manual de Procedimentos e Critérios a Aplicar para Determinar o Estatuto de Refugiado: de acordo com a Convenção de 1951 e o Protocolo de 1967 relativos ao Estatuto dos Refugiados – Genebra: [s.n.], 1992.
BAPTISTA, Luiz Olavo. O Direito Internacional do Terceiro Milênio – Estudo em Homenagem ao Professor Vicente Marotta Rangel. Ed. LTr, 1998.
JUBILUT, Liliana Lyra. O Direito Internacional dos Refugiados e a sua aplicação no Ordenamento Jurídico Brasileiro. São Paulo: Método, 2007.
PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito internacional público e privado. 5ª ed. rev. ampl. e atual. Salvador: Juspodivm, 2013
PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e o direito constitucionalinternacional. 10ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
CARITAS. Disponível em: . Acesso em: 24 ago. 2006.

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