Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADE DE TEOLOGIA AVIVAMENTO BÍBLICO CURSO BACHAREL EM TEOLOGIA MAYARA DE CONTI LOURENÇO DE OLIVEIRA ATIVIDADE PENTECOSTALISMO SÃO BERNARDO DO CAMPO – 2017 MAYARA DE CONTI LOURENÇO DE OLIVEIRA ATIVIDADE PENTECOSTALISMO 8º SEMESTRE Trabalho elaborado a pedido do professor Elmer Mendes, na disciplina de História do Pentecostalismo, do curso de Teologia da FATAB. SÃO BERNARDO DO CAMPO OUTUBRO – 2017 ATIVIDADES • Faça uma pesquisa e entregue o trabalho sobre o Transito Religioso no Brasil. OBS: Usar reportagens, livros, sites e artigos que falam sobre as idas e vindas em várias igrejas por muitos que hoje são considerados pentecostais. Tratar também do assunto Surgimento de Novas igrejas. • Faça uma pesquisa e monte uma tabela das principais igrejas do Brasil contendo as seguintes informações. Nome da Igreja, Data da Fundação, e quantidade de membros no Brasil. OBS: esta é uma pesquisa de estatística, procure em sites das igrejas ou em panfletos e informativos. Nome da Igreja Data de Fundação Quantidade de Membros 1 Igreja Assembleia de Deus 1911 12.314.410 2 Igreja Evangélica Batista 1907 3 723 853 3 Igreja Congregação Cristã do Brasil 1910 2 289 634 4 Igreja Universal do Reino de Deus 1977 1 873 243 5 Igreja do Evangelho Quadrangular 1951 1 808 389 6 Igreja Evangélica Adventista 1896 1 561 071 7 Igreja Evangélica Luterana 1824 999 498 8 Igreja Evangélica Presbiteriana 1859 921 209 9 Igreja Deus é Amor 1962 845 383 10 Igreja Maranata 1968 356 021 Transito Religioso no Brasil Hoje, os evangélicos somam mais 42 milhões e 60% desse total são pentecostais, o grupo que mais cresce no Brasil. Hoje, os evangélicos são 22% da população do Brasil, e as previsões dizem, que antes de 2020, os evangélicos serão maioria no país. Senso 2013. O campo religioso sofreu transformações nas últimas décadas que levaram à fragmentação institucional e à intensa circulação de pessoas pelas novas alternativas religiosas. Especialmente a partir da segunda metade do século XX, mudanças significativas vem ocorrendo no campo religioso brasileiro. O Brasil de hoje apresenta um quadro de diversificação religiosa, apesar dos censos assinalarem a presença hegemônica de segmentos cristãos na sociedade brasileira.1 Os últimos recenseamentos demonstram o decrescimento constante do catolicismo romano, em contraposição à vitalidade dos evangélicos pentecostais, sem deixar de mencionar o quadro de secularização, num momento em que o número de sem religião também continua crescendo. Os católicos foram os que mais perderam fiéis em números absolutos nas últimas décadas. Contudo, apesar da volumosa perda, o catolicismo mantém-se como o maior grupo religioso no Brasil, com 67,4% da população, dividido equilibradamente entre os sexos, com maior concentração nas regiões Norte/Nordeste e sendo mais confesso por pessoas com idade superior a 41 anos e jovens com menos de 25 anos. Em parte, este último dado se explica pelo fato de as pessoas herdarem a religião dos pais e iniciarem preferencialmente – se for o caso – um processo de mudança religiosa quando mais velhas. Fonte: https://manualdoa.files.wordpress.com/2014/05/ibge_religiao2010.png Como Silvia Fernandes, que analisa os resultados do Censo de 2010, indicando a experimentação da religião como uma característica da mobilidade religiosa: Nós temos analisado o fenômeno religioso nos tempos atuais tendo a experimentação como uma de suas principais características. Isso não significa dizer que as pessoas não mais se vinculam ou passam a pertencer a uma dada religião, mas antes demonstra que a escolha é menos definitiva e problematiza o antigo significado de conversão. [...] Assim, a transitoriedade da adesão religiosa é uma marca desses tempos. Há um tempo agorístico delimitado por uma subjetividade difícil de ser mensurada uma vez que muitos fatores podem catalisar ou desestimular o vínculo religioso [...]. A religião é buscada como refúgio no presente para se viver o aqui e o agora. Deus não pode ser uma figura do passado ou um ser longínquo. Os fiéis falam que o buscam e o querem encontrar no dia a dia. Esse é o desafio das narrativas religiosas encampadas pelas instituições tradicionais (FERNANDES, 2012). Em 2005, o teólogo Paulo Romeiro já fazia observações sobre o “trânsito religioso”: Existe hoje no Brasil um contingente significativo de evangélicos, principalmente nos grandes centros urbanos, que estão sempre circulando de igreja em igreja. Não criam raízes, não conseguem cultivar relacionamentos e são avessos aos compromissos que normalmente surgem do relacionamento entre o fiel e a igreja: frequentar os cultos, contribuir sistematicamente com a igreja local e participar de suas atividades (ROMEIRO, 2005). O conhecido “trânsito religioso” não é um fenômeno recente, logo visto que sempre uma denominação protestante nasce de outra e causa uma migração. O protestantismo desde sempre conhece o intercâmbio de crentes entre suas denominações. Tal fenômeno pode estar acontecendo por inúmeros fatores, como a pouca estrutura espiritual, falta de organização e necessidade de seguir um culto racional à Deus. Falta estrutura doutrinária, ética, e certa ênfase nos relacionamentos, no contato humano, no amor ao próximo. Algumas igrejas infelizmente se perderam, mudaram seu foco, e muitas buscam mais quantidade, do que qualidade. E isso afeta os membros. O “trânsito religioso” não é somente aquele crente que pula de igreja em igreja atrás de “bênçãos”, pois já há um contingente do trânsito que busca de igreja em igreja pregações mais profundas e firmeza doutrinária. Existem pessoas, que tem buscado uma comunidade mais “séria” e comprometida com a Bíblia. E inclusive, este assunto, já foi tema de artigos em revistas e sites. Pois realmente é um assunto do momento. Portanto, o que tem acontecido são dois pontos diferentes, um é que muitas pessoas estão se decidindo pela fé em Deus, e não quer uma denominação especial para seguir, ou se não, optam em frequentar mais de uma denominação. E o outro é a mudança de igreja em igreja, como citado acima. Referências Bibliográficas FERNANDES, Silvia Regina. A (re)construção da identidade religiosa inclui dupla ou tripla pertença Entrevista IHU online. Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/511249-estamos- falando-de-re-construcao- de-identidade-religiosa-entrevista-especial-com-silvia-fernandes>. Acesso em: 16 nov. 2017. ROMEIRO, Paulo. Decepcionados com a Graça. 1 ed. São Paulo: Mundo Cristão, 2005. p 159.
Compartilhar