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CC PRATICA SIMULADA III[1]

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PROCURAÇÃO
OUTORGANTE: NOME, nacionalidade, profissão, estado civil, portador (a) da carteira de identidade n°, expedido por, inscrito no CPF sob o n°, residente e domiciliado na Rua, Bairro, Estado, Cidade, CEP.
NOMEIA E CONSTITUI COMO SEU ADVOGADO
OUTORGADO: NOME DO ADVOGADO, inscrito na Ordem dos Advogados n°, com escritório profissional na Rua, Bairro, Estado, Cidade, CEP, a quem concede com fulcro no art. 44 do Código de Processo Penal, PODERES ESPECIAL PARA INGRESSAR EM JUIZO COM QUEIXA-CRIME contra:
EX ADVERSUS: NOME, (qualificação), porque há menos de seis meses (DESCRIÇÃO DO CRIME)
LOCAL/DATA
______________________________________
CASO CONCRETO. Pedro, engenheiro de uma renomada empresa da construção civil, possui um perfil em uma das redes sociais existentes na Internet e o utiliza diariamente para entrar em contato com seus amigos, parentes e colegas de trabalho. Além disso, também utiliza constantemente as ferramentas da Internet para contatos profissionais e lazer, como o fazem milhares de pessoas no mundo contemporâneo. No dia 19/04/2016, sábado, Pedro comemora aniversário e planeja, para a ocasião, uma reunião à noite com parentes e amigos para festejar a data em uma famosa churrascaria da cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Na manhã de seu aniversário, resolveu, então, enviar o convite por meio da rede social, publicando postagem alusiva à comemoração em seu perfil pessoal, para todos os seus contatos. Helena, vizinha e ex-namorada de Pedro, que também possui perfil na referida rede social e está adicionada nos contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do motivo da comemoração. Então, de seu computador pessoal, instalado em sua residência, um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, publicou na rede social uma mensagem no perfil pessoal de Pedro. Naquele momento, Helena, com o intuito de ofender o ex-namorado, publicou o seguinte comentário: não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha e, com o propósito de prejudicar Pedro perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê -lo! Imediatamente, Pedro, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de Helena em seu perfil pessoal. Pedro, mortificado, não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Marcos, Miguel e Manuel, que estavam ao seu lado naquele instante. Muito envergonhado, Pedro tentou disfarçar o constrangimento sofrido, mas perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser realizada. No dia seguinte, Pedro procurou a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos Crimes de Informática e narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada. Passados quatro meses da data dos fatos, Pedro procurou seu escritório de advocacia e narrou os fatos acima. Você, na qualidade de advogado de Pedro, deve assisti-lo. Informa-se que a cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, possui Varas Criminais e Juizados Especiais Criminais. Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. Indique também o último dia para oferecimento da peça cabível.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO __ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE NITEROI – RJ.
INQUERITO POLICIAL n°
PEDRO, nacionalidade, estado civil, engenheiro, portador da cédula de identidade n°, expedido por, inscrito no CPF sob o n°, residente e domiciliado na Rua, Bairro, Cidade, Estado, CEP, endereço eletrônico, vem, através do seu advogado, com instrumento procuratório anexado, em face de HELENA, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora da cédula de identidade n°, expedido por, residente e domiciliado na Rua, Bairro, Cidade, Estado, CEP, endereço eletrônico, propor
QUEIXA-CRIME
Com fulcro nos arts. 30 e 41 do CPP e art. 100 §2 do CP, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
Narra-se que, no dia 19 de abril de 2016, um sábado, por ocasião do aniversário do querelante, este resolveu em seu perfil na rede social, postar um convite alusivo ao seu aniversário, convidando seus amigos e parentes para o evento a realizar-se em uma famosa churrascaria na cidade de Niterói.
Ao ver a postagem, a ex-namorada, e sua vizinha, ora querelada, resolveu postar no perfil do querelante palavras ofensivas ao aludido querelante, como por exemplo, idiota, bêbado, porco, irresponsável e outros impropérios.
O querelante, ao visualizar a postagem da querelada, ficou extremamente envergonhado, especialmente porque, ao seu lado, estavam os seus amigos, Marcos, Miguel e Manoel. Entristecido, pois todos podiam visualizar a postagem, decidiu o querelante por suspender o evento na churrascaria.
DO DIREITO
Meritíssimo Senhor Juiz, é de clareza salutar que os fatos narrados enquadram-se como uma luva nos crimes de injúria quando a querelada escreve no perfil do querelante palavras ofensivas a sua honra.
Comete, ainda, crime de difamação quando escreve palavras ofensivas à sua honra e que todos passam a ter conhecimento, deixando o querelante envergonhado diante de seus amigos, denegrindo assim a sua imagem, quando o chama de bêbado entre outros impropérios.
Ademais, tendo em vista o cometimento de dois crimes com uma só ação, a querelada está em curso no concurso de crimes na forma do art. 70 do Código Penal Brasileiro.
Deveras ressaltar que a forma ou o modo em que a querelada encontrou para denegrir a imagem e injuriar o querelante propagou de forma imensurável, pois covardemente utilizou uma rede mundial de computadores para proferir os impropérios, merecendo, assim, um aumento de pena.
DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
A citação da querelada para responder ao processo;
A procedência do pedido conforme art. 139 e 140, todos do Código Penal;
Assim como, a aplicação do art. 141, III do CP;
Fixação de indenização, conforme art. 387, IV do CPP;
A condenação nas custas processuais;
DAS PROVAS
Admissibilidade das provas, especialmente documental e testemunhal.
Aguarda Deferimento
NITERÓI, 19 de outubro de 2016.
Advogado
OAB
TESTEMUNHAS
Marcos
Manoel
Miguel
Mateus, de 26 anos de idade, foi denunciado pelo Ministério Público como incurso nas penas previstas no art. 217-A, §1º, c/c art.234-A, III, todos do Código Penal, por crime praticado contra Maísa, de 19 anos de idade. Na peça acusatória, a conduta delitiva atribuída ao acusado foi narrada nos seguintes termos: No mês de agosto de 2016, em dia não determinado, Mateus dirigiu-se à residência de Maísa, ora vítima, para assistir, pela televisão, a um jogo de futebol. Naquela ocasião, aproveitando-se do fato de estar a sós com Maísa, o denunciado constrangeu-a a manter com ele conjunção carnal, fato que ocasionou a gravidez da vítima, atestada em laudo de exame de corpo de delito. Certo é que, embora não se tenha valido de violência real ou de grave ameaça para constranger a vítima a com ele manter conjunção carnal, o denunciando aproveitou-se do fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência aos seus propósitos libidinosos assim como de dar validamente o seu consentimento, visto que é deficiente mental, incapaz de reger a si mesma. Nos autos, havia somente a peça inicial acusatória, os depoimentos prestados na fase do inquérito e a folha de antecedentes penais do acusado. O juiz da 2.ª Vara Criminal do Estado XXXX recebeu a denúncia e determinou a citação do réu para se defender no prazo legal, tendo sido a citaçãoefetivada em 18/11/2016. Alessandro procurou, no mesmo dia, a ajuda de um profissional e outorgou-lhe procuração ad juditia com a finalidade específica de ver-se defendido na ação penal em apreço. Disse, então, a seu advogado que a vítima não era deficiente mental, e que já a namorava havia algum tempo. Disse ainda que sua avó materna, Olinda, e sua mãe, Alda, que moram com ele, sabiam do namoro e que todas as relações que manteve com a vítima eram consentidas. Disse, ainda, que a vítima não quis dar ensejo à ação penal, tendo o promotor, segundo o réu, agido por conta própria. Por fim, Mateus informou que não havia qualquer prova da debilidade mental da vítima e que a mesma poderia comparecer para depor a seu favor em juízo. Em face da situação hipotética apresentada, redija, na qualidade de advogado (a) constituído (a) pelo acusado, a peça processual, privativa de advogado, pertinente à defesa de seu cliente. Indique, ainda, o último dia para oferecimento da peça cabível.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2° VARA CRIMINAL DA COMARCA DO ESTADO XXX.
Processo: xxx
MATEUS, nacionalidade, profissão, estado civil, inscrito no CPF n°, RG n°, expedido por, residente e domiciliado na Rua, Bairro, Cidade, Estado, CEP, endereço eletrônico, por seu advogado legalmente constituído com escritório situado na Rua, Bairro, Estado, Cidade, CEP, com procuração ora carreada nos autos da ação penal movida pelo Ministério Público, vem, perante Vossa Excelência, apresentar RESPOSTA A ACUSAÇÃO, com fulcro no art. 396 e 396-A do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
DAS PRELIMINARES
DA ILEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Verifica-se que a presente ação criminal tem como parte autora o parquet, no qual ofereceu denúncia pela prática do art. 217-A, ambos do CP. Contudo, só há legitimidade para propor nesta demanda a própria vítima que, por sinal, é maior de dezoito anos.
Assim, essa espécie de crime procede-se mediante ação penal condicionada a representação, segundo descreve o art. 225 do Código Penal.
Por isso, o parquet não é parte legítima para demandar na presente ação, sendo esta nula, conforme art. 564, II, CPPB.
DOS FATOS
O querelado foi denunciado pela prática do crime de estupro de vulnerável praticado contra a Maísa, de 19 anos de idade, com aumento de pena pelo fato de ter engravidado a vítima.
Além disso, aduz que o querelado, no mês de agosto, em um dia não determinado, dirigiu-se a residência da vítima para assistir, pela televisão ao jogo de futebol e que, este, se aproveitou que em todo momento estaria sozinho com a vítima para manter conjunção carnal com ela.
Aduz, também, que a vítima se trata de uma incapaz e por isso enseja na cumulação do art. 234-A, como aumento de pena por ser incapaz e por isso, não ter a possibilidade de promover sua autodefesa, uma vez que segundo o parquet, esta, possui deficiência mental.
Nos autos, havia somente a peça inicial acusatória, os depoimentos prestados na fase do inquérito e a folha de antecedentes penais do acusado.
DOS DIREITO
DO ESTUPRO DE VULNERÁVEL E DA NÃO INCIDENCIA DE AUMENTO DE PENA
O querelado foi denunciado pela prática de estupro de vulnerável por ter mantido conjunção carnal com suposta vulnerável. Porém, não foi apresentado nenhum documento que atestasse a sua incapacidade pelo parquet, mas, tão somente, nos autos, havia somente a peça inicial acusatória, os depoimentos prestados na fase do inquérito e a folha de antecedentes penais do acusado.
Assim, apenas foi juntada o laudo de gravidez.
Ora, a vítima não era deficiente mental, e ambos namoravam havia algum tempo. 
Além disso a avó e a mãe do querelado, que moram com ele, sabiam do namoro e que todas as relações que manteve com a vítima eram consentidas.
Assim, não há o que se falar na imputação do crime do art. 217-A, nem a incidência do aumento de pena do art. 234-A,III do CP.
Por derradeiro, nos crimes que deixem vestígios, deve ser promovido o exame de corpo de delito, exame este de cunho obrigatório.
Contudo, o parquet apenas juntou aos autos o laudo de gravidez, o que necessariamente não implica na existência de crime.
Assim, de acordo com o art. 564, III, b do Código de Processo Penal, constitui nulidade o fato de não ser apresentado o Exame de Corpo de Delito nos crimes que apresentem, isto é, deixem vestígio.
Ressalta-se que, o parquet deve demonstrar indícios probatórios mínimos para seguir a ação, o que não fez.
Da mesma forma, o parquet requereu a imputação do crime no aumento de pena, conforme art. 234-A,III, o qual descreve ter aumento de pena pela metade, quando o crime resultar de gravidez.
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer:
Que seja acolhida a preliminar de ilegitimidade ativa, extinguindo o feito sem resolução do mérito;
Que seja o processo anulado desde o inicio, tendo em vista o vício de formalidade, conforme art. 564, IV do CPPB;
Caso não seja esse o entendimento de Vossa Excelência requer seja absolvido sumariamente o acusado nos termos do artigo 397, III, do Código de Processo Penal.
Se não for o caso, requer seja intimada as testemunhas ao final arroladas para que sejam ouvidas na audiência de instrução e julgamento.
Aguarda Deferimento
Local, 28 de novembro de 2016.
ADVOGADO
OAB
ROL DE TESTEMUNHAS
1.
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3.
4.
5.
6.
7.
8.
Jorge, com 21 anos de idade, em um bar com outros amigos, conheceu Analisa, linda jovem, por quem se encantou. Após um bate-papo informal e trocarem beijos, decidiram ir para um local mais reservado. Nesse local trocaram carícias, e Analisa, de forma voluntária, praticou sexo oral e vaginal com Jorge. Depois da noite juntos, ambos foram para suas residências, tendo antes trocado telefones e contatos nas redes sociais. No dia seguinte, Jorge, ao acessar a página de Analisa na rede social, descobre que, apesar da aparência adulta, esta possui apenas 13 (treze) anos de idade, tendo Jorge ficado em choque com essa constatação. O seu medo foi corroborado com a chegada da notícia, em sua residência, da denúncia movida por parte do Ministério Público Estadual, pois o pai de Analisa, ao descobrir o ocorrido, procurou a autoridade policial, narrando o fato. Por Analisa ser inimputável e contar, à época dos fatos, com 13 (treze) anos de idade, o Ministério Público Estadual denunciou Jorge pela prática de dois crimes de estupro de vulnerável, previsto no artigo 217- A, na forma do artigo 69, ambos do Código Penal. O Parquet requereu o início de cumprimento de pena no regime fechado, com base no artigo 2º, §1º, da lei 8.072/90, e o reconhecimento da agravante da embriaguez preordenada, prevista no artigo 61, II, alínea l, do CP. O processo teve início e prosseguimento na XX Vara Criminal da cidade de Curitiba, no Estado do Paraná, local de residência do réu. Jorge, por ser réu primário, ter bons antecedentes e residência fixa, respondeu ao processo em liberdade. Na audiência de instrução e julgamento, a vítima afirmou que aquela foi a sua primeira noite, mas que tinha o hábito de fugir de casa com as amigas para frequentar bares de adultos. As testemunhas de acusação afirmaram que não viram os fatos e que não sabiam das fugas de Ana para sair com as amigas. As testemunhas de defesa, amigos de Jorge, disseram que o comportamento e a vestimenta da Analisa eram incompatíveis com uma menina de 13 (treze) anos e que qualquer pessoa acreditaria ser uma pessoa maior de 14 (quatorze) anos, e que Jorge não estava embriagado quando conheceu Analisa. O réu, em seu interrogatório, disse que se interessou por Analisa, por ser muito bonita e por estar bem vestida. Disse que não perguntou a sua idade, pois acreditou que no local somente pudessem frequentar pessoas maiores de 18 (dezoito) anos. Corroborou que praticaram o sexo oral e vaginal na mesma oportunidade, de forma espontânea e voluntária por ambos. A prova pericial atestou que a menor não era virgem, mas não pôde afirmar que aquele ato sexual foi o primeiro da vítima, pois a perícia foirealizada longos meses após o ato sexual. O Ministério Público pugnou pela condenação de Jorge nos termos da denúncia. A defesa de Jorge foi intimada no dia 24 de abril de 2014 (quinta-feira). Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, no último dia do prazo, excluindo a possibilidade de impetração de Habeas Corpus, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes
Excelentíssimo Doutor Juiz de Direito da XX Vara Criminal da Comarca de Curitiba – Paraná.
Processo n°
Jorge, devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, que lhe move Ministério Público, por seu advogado, vem, perante V. Excelência, apresentar 
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
com base no art. 403 §3 do Código de Processo Penal Brasileiro, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
Compulsando os autos do presente processo, verifica-se que o Réu foi denunciado pelo parquet por infringir as regras do art. 217-A, duas vezes, na forma do art. 69, isto é, em concurso de crimes, ambos do CP; requer ainda, a acusação, a condenação do denunciado na agravante de embriaguez pré-ordenada e, por fim, que lhe seja aplicado o regime fechado, com base na hediondez.
Após apresentar Resposta Preliminar Obrigatória, o Douto magistrado designou audiência de instrução e julgamento, cumprida fielmente conforme os ditames legais.
Encerrada a instrução determinou o juízo a apresentação de alegações finais por memoriais.
É o relatório.
DO DIREITO
No que tange à alegação do agente ter cometido dois crimes de estupro de vulnerável, não retrata a realidade eis que, o momento fático da relação sexual foi um só, servindo o sexo oral como uma preliminar, assim, não há o que se falar em dois crimes de estupro.
Nesse sentido não há que se falar em concurso material.
Analisando a inteligente do art. 217-A do CP, pode-se observar que com a nova redação do crime de estupro de vulnerável, há necessidade de se verificar objetivamente a intenção do agente.
No caso em tela, o estupro não se presume e o agente, ao ver a suposta vítima idealizou uma mulher, e não uma menor, conforme provas testemunhas acostadas aos autos.
Diante dos fatos, como a relação sexual fora realizada voluntariamente pelas partes, sem violência física ou moral e entendendo o acusado não ser a vítima uma menor, não há que falar em crime, sendo o fato atípico.
Entendendo pela atipicidade da conduta, deve ser afastada a possibilidade do cumprimento de pena em regime fechado como dispõe a legislação mais severa de crimes de grande repulsa social.
Por fim, diante das provas de que o agente não estava embriagado, deve ser afastado o art. 61, II, l, do CP.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
A absolvição sumária conforme art. 386,III, CPP;
Que seja afastada a agravante por embriaguez pré-ordenada.
O afastamento do concurso material
O afastamento da hediondez
Que seja aplicada a atenuante da menoridade
Aguarda Deferimento
Rio de Janeiro, 29 de abril de 2014.
ADVOGADO
OAB
EXCELENTÍSSIMO DOUTOR. JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL DA COMARCA XXX- XXX.
Processo n°: XXX
TICIO, devidamente qualificado nos autos da ação em epígrafe, que lhe move o Ministério Público, por seu advogado que abaixo subscreve, vem, perante Vossa Excelência, apresentar suas
ALEGAÇÕES FINAIS
com base no art. 403 §3 do Código de Processo Penal Brasileiro, pelas razões a seguir expostas.
DAS PRELIMINARES
DOS FATOS
Conforme os autos, o réu foi denunciado pela prática do crime de aborto provocado por terceiros, com base no art. 125 do Código Penal Brasileiro.
A descrição dos autos dispõe que o réu, ofereceu uma carona a vítima, que estava grávida, e ao empregar velocidade excedente ao limite legal, pois este queria chegar a tempo de assistir ao jogo de futebol, por imprudência, caracterizada pela inobservância do dever de cuidar, perder o controle do carro ao tentar fazer uma curva fechada e bate seu carro.
O processo foi instruído corretamente, pois foi realizada a oitiva da vítima, assim como das testemunhas de acusação de defesa, e em seguida, do réu, o qual responde em liberdade.
Assim, o réu foi intimado para que apresente suas alegações finais por memoriais.
DO DIREITO
DA DESQUALIFICAÇÃO DO CRIME
Verifica-se que, conforme os fatos narrados, o agente não agiu com o interesse doloso, isto é, não agiu de forma a objetivar a consumação de qualquer crime.
Por outro lado, este agiu com imprudência, pois, acreditava em suas habilidades automotivas, sendo certo que o agente jamais esperava que tal fato aconteceria.
Assim, não há o que se falar em crime dolo, sendo certo que, infelizmente, ocasionou no aborto. Porém, não era esse o objetivo do réu, mas sim, o de chegar em casa a tempo de assistir ao jogo de futebol.
DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
A competência do Tribunal de Júri é encontrada na Constituição Federal no art. 5, XXXVIII, assim como, no art. 74 §1 do Código de Processo Penal Brasileiro e, conforme se observa neste artigo, não foi incluso o crime de lesão corporal na direção de veículo automotor conforme art. 303 do Código de Trânsito Brasileiro.
Assim, diante de tal assertiva, descabe a competência do tribunal do júri para julgar essa espécie de crime, sendo a competência dos Juizados Especiais Criminais, conforme preconiza a Lei 9099/95. Trata-se, portanto, de incompetência absoluta.
Ademais, uma vez que o crime tem sua pena, em abstrato, de seis a dois anos. Trata-se, portanto, de crime de menor potencial ofensivo, diante do qual é cabível a transação penal.
DO PEDIDO
Ante ao exposto, requer:
A desqualificação do crime de aborto, haja vista não existir dolo do réu para consumar ou mesmo praticar tal crime;
Caso não seja o entendimento do Tribunal que seja declinada a competência para o Juizado Especial Criminal para que o réu tenha o devido processo legal e ampla defesa no órgão competente;
Aguarda Deferimento
Local, 14 de fevereiro de 2017.
ADVOGADO
OAB
Alberto e Benedito foram presos em flagrante por agentes policiais do 4º Distrito Policial da Capital, na posse de um automóvel marca Fiat, Tipo Uno, que haviam acabado de furtar. O veículo qua ndo da subtração, encontrava-se estacionada regularmente em via pública da Capital. O Dr. Delegado de Polícia que presidiu o Auto de Prisão em Flagrante capitulou os fatos como incursos no artigo 155, § 4º, IV, do Código Penal. Motivo pelo qual não arbitrou fiança, determinando o recolhimento de ambos ao cárcere e entregando-lhes nota de culpa. A cópia do Auto de Prisão em Flagrante foi remetida pelo juiz da 4ª Vara Criminal da Capital, Alberto reside na Capital, é primário e trabalhador. Elaborar na qualid ade de defensor de Alberto a medida cabível.
 
EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ, DE DIREITO DA 4° VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL/ UFF.
Processo:
Alberto, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade n°, expedido por, inscrito n CPF sob o n°, residente e domiciliado na Rua, Bairro, Cidade, Estado, CEP, endereço eletrônico, por seu advogado abaixo subscrito, vem, perante V. Exa., requer a concessão de
LIBERDADE PROVISÓRIA COM ARBITRAMENTO DE FIANÇA
Com base no art. 5, LXVI, da Constituição Federal, bem como nos art. 310, III do CPP, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
DOS FATOS
O requerente foi preso na cidade da Capital, pois portava um veículo de Marca Fiat, Tipo Uno, objeto de furto. Tal veículo estava estacionado regularmente em via pública, quando foi subtraído.
Ao ser preso, o requerente foi autuado em flagrante pela tipificação do artigo 155, §4 IV, por furto qualificado em concurso de pessoas, sendo, assim, recolhido ao cárcere e recebendo devidamente as notas de culpa.
Embora a autoridade policial tenha optado pela não concessão da fiança, vê-se, Excelência, que o acusado é pessoa de boa conduta social, sendo primário e trabalhador, o que leva a concluirque não é um indivíduo corriqueiro a atividades criminosas.
DO DIREITO
A decretação de prisão preventiva no direito penal é considerada ultima ratio. Significa dizer que a regra é que o réu responda em liberdade.
Porém, existem situações que deverá ser decretada a prisão preventiva. A prisão preventiva será cabível em certas situações para garantir a ordem pública, econômica ou quando for para assegurar a aplicação da lei penal, ou quando houver prova da existência do crime ou indícios suficientes de autoria, conforme art. 312 do CPP.
Todavia, uma vez que o réu não apresenta qualquer ameaça a ordem das situações descritas no artigo anteriormente citado, não há necessidade de prisão preventiva.
Por outro lado, ressaltar que o réu, tem bons antecedentes e possui atividade laborativa, fato este que assegura a desnecessidade de tal medida.
DO PEDIDO
Diante o exposto, requere a concessão de liberdade provisória com a decretação de fiança, com a expedição do competente alvará de soltura. Caso não seja esse o entendimento, requer a conversão em medida cautelar a ser definida pelo M. juiz.
Aguarda Deferimento
Local/Data
Advogado
OAB
No dia 15/11/2016, por volta das 22 horas, Matias conduzia veículo automotor, marca Volkswagen, modelo Gol, placa XYX0611, pela Av. Brasil, na Comarca da Capital, na altura do nº YY, quando foi abordado por uma guarnição da Policia Militar, sendo certo que os policiais constataram que o Matias dirigia veículo produto de crime. Desta maneira, Matias foi preso em flagrante delito pelos PM´s como incurso nas penas do art. 180, do CP. 
Já em sede policial, a Sra. Miranda , proprietária do veículo, reconheceu, em conformidade com o art. 226 do CPP, Matias como autor do crime de roubo ocorrido 2 dias antes, ou seja, em 13/11/2016. 
EXCENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL- UFF
Processo n°
MATIAS, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade n°, expedido por, inscrito no CPF sob o n°, residente e domiciliado na Rua, Bairro, Cidade, Estado, CEP, endereço eletrônico, por seu advogado abaixo subscrito, vem, perante Vossa Excelência, apresentar pedido de 
RELAXAMENTO DE PRISÃO
com base no art. 310, I do Código de Processo Penal Brasileiro, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
DOS FATOS
O requerendo foi abortado por policias quando transitava, pela Av. Brasil, por volta das 22 horas, conduzindo o veículo Volkswagen, modelo Gol, placa XYK0611, na altura do n° YY, quando foi preso sob a alegação de estar conduzindo veículo produto de crime.
Assim, o requerendo foi preso em flagrante incurso no artigo 180 do Código Penal Brasileiro, isto é, incurso no crime de receptação de produto havido de crime.
Logo após, o requerente foi conduzido a delegacia onde foi lavrado tal termo, sendo este reconhecido pela Sra. Miranda, proprietária do veículo, como autor do crime de roubo, ocorrido no dia 13/11/2016.
DO DIREITO
Ora, meritíssimo, descabe qualquer tipo de medida de prisão preventiva, uma vez que o requerido está incurso no artigo 180 do Código Penal, crime de receptação, onde não cabe prisão preventiva.
Além disso, não ocorreu a interrogatório do acusado, conforme o artigo 304, assim o confere.
Ainda assim, quando ocorre a prisão de qualquer pessoa, deverão ser comunicados da prisão e do local onde se encontra o acusado ao Juiz, ao Ministério Público, assim como aos familiares do acusado, ou a pessoa que este indique, conforme descreve o artigo 306 do CPP. O prazo para que seja encaminhado o ato de prisão em flagrante ao juiz competente é de vinte e quatro horas a contar da prisão, sendo, logo em seguida, enviado comunicação ao seu advogado, ou cópia integral a Defensoria Pública para que possa promover sua defesa, como preceitua o art. 306 §1 do Código de Processo Penal.
Por outro lado, ao receber os autos de prisão em flagrante, o juiz deverá f fundamentadamente relaxar a prisão ilegal; converter a prisão em flagrante em preventiva ou conceder liberdade provisória com ou sem fiança, essa última a qual se requer.
Assim, Excelência, foi violado o direito do acusado de ter sua defesa promovida, conforme preceitua o art. 5, LV, anulando-se o seu direito de contraditório e ampla defesa.
Diante do exposto requer o relaxamento da prisão, concedendo ao requerente a liberdade provisória com ou sem fiança, conforme for seu entendimento.
Aguarda Deferimento
Local/Data
Advogado
OAB
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA CAPITAL.
NOME, nacionalidade, estado civil, advogado, inscrito na OAB/RJ n°, com endereço profissional na Rua, Bairro, Cidade, Estado, CEP, endereço eletrônico, vem, perante Vossa Excelência, nos termos dos artigos 647 e seguintes do Código Penal Brasileiro, impetrar a presente ordem de :
HABEAS CORPUS C/ PEDIDO LIMINAR
Em favor de, Michel da Silva, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG n°, expedido por, inscrito no CPF n°, filho de, residente e domiciliado na Rua, Bairro, Cidade, Estado, CEP, endereço eletrônico, contra o ato praticado pelo Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 22° Vara do Trabalho da Capital, nos autos do processo n° xxx, onde foi denegada a liberdade provisória do paciente.
DOS FATOS
O paciente foi preso em razão de uma notícia crime, sob autoria de sua esposa, a qual afirmara que o paciente permanecia sob sua posse de armas com a numeração raspada e drogas no interior de sua casa e que isso a assustava.
Diante do consentimento e das informações por ela prestadas, os policiais dirigiram-se a sua residência e efetuaram uma varredura e, assim, encontraram revolveres com numeração raspada e 50 munições, bem como um papelote com 0,9 decigramas de cocaína.
Ao ser perguntado sobre, o paciente informou que as armas foram adquiridas de um amigo e que as drogas eram para uso pessoal.
O paciente foi preso em flagrante e o processo foi distribuído sob a competência do 22° Vara Criminal da Capital. Requerida sua liberdade provisória, esta foi denegada, pois o Doutor Juiz entendeu ser crime grave.
Ressalta-se que não há anotações em sua folha de antecedentes.
DO DIREITO
O art. 312 do Código de Processo Penal rege-se pela proteção da garantir a ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime ou indícios de autoria.
Além disso, no art. 313, descreve as situações onde poderá ser decretada:
Art. 313, CPP:
Nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade, máxima superior a 4 anos;
Se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado;
Se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgências;
Ora, excelência, compulsando os autos e analisando os fatos, não é possível encontrar nenhuma das situações descritas no artigo mencionado. E, além disso, reza de forma imperiosa salientar que, não há anotações na folha de antecedentes do paciente, razão esta que, não há o porquê de imputar-lhe prisão preventiva.
Em observância ao princípio constitucional da não-culpabilidade, o Julgador deve fundamentar a necessidade da medida excepcional em fatos concretos, sendo inadmissível mera referência a artigos legais ou conjecturas e ilações de que a liberdade do réu trará empecilhos ao tramitar processual.
A constrição da liberdade consiste em medida excepcional, só podendo ser restrita, ultima ratio, mediante decisão judicial na qual se demonstre, de forma subsistente, estar configurado o periculum libertatis.
DA LIMINAR
A concessão de liminar em “habeas corpus” é medida excepcional, reservada para casos em que se evidencie, de modo flagrante, coação ilegal ou derivada de abuso de poder, em detrimento do direito de liberdade, exigindo demonstraçãoinequívoca dos requisitos autorizadores do “periculum in mora” e do “fumus boni iuris”.
Frise-se que o indeferimento da liminar trará prejuízos irreparáveis ao Paciente, pois este terá que permanecer preso até o julgamento de mérito do “writ”, cujo trâmite, apesar de ser um pouco mais célere se comparado a outros procedimentos, posterga-se no tempo.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
A concessão de LIMINAR, a fim de declarar a ilegalidade da prisão do Paciente, colocando-o em liberdade, expedindo-se o competente ALVARÁ DE SOLTURA em seu favor;
A expedição de OFÍCIO à autoridade coatora, a fim de que esta preste as informações necessárias;
A ABERTURA DE VISTA dos autos à Procuradoria-Geral de Justiça, para lançamento de parecer;
No MÉRITO, a confirmação da LIMINAR, concedendo-se em definitivo a ordem almejada.
Aguarda Deferimento
Local/Data
OAB
ADVOGADO
EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ, DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL.	
NOME, nacionalidade, estado civil, advogado, inscrito na ordem dos advogados n°, com escritório situado na Rua, Bairro, Cidade, Estado, CEP, endereço eletrônico, vem, perante Vossa Excelência, em virtude do ato praticado pelo Excelentíssimo Sr. Delegado de Polícia do Distrito Policial da Capital, com fulcro no art. 647 do Código de Processo Penal c/c art. 5, LXVIII, impetrar:
HABEAS CORPUS PREVENTIVO
Em favor de SARAJANE, nacionalidade, estado civil, acompanhante, portadora da carteira de identidade n°, expedido por inscrita no CPF sob o n°, residente e domiciliada na Rua, Bairro, Cidade, Estado, CEP, endereço eletrônico, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
DOS FATOS
Por derradeiro inconveniente e falta de senso lógico técnico, o sr. Delegado de Policia da circunscrição do Distrito da Capital, em uma entrevista para uma rádio local, afirmou ser veemente contra a prática do trabalho das garotas de programas. Assim, afirmou que mandaria que efetuassem a prisão de todas as garotas de programas com o objetivo de promover a restauração dos bons costumes.
Sob seu discurso assemelhado aos vigilantes dos filmes de super-heróis, esse, determinou a prisão de todas as que se haviam de encontrar atuantes na região.
Ora, utilizar-se do direito para satisfazer ideologia a qual não é atribuída como lei, embora considerada por muita imoral, é um ato constrangedor e de imenso repúdio.
A paciente deixou de realizar sua atividade, e assim, cessaram-se seus proventos, deixando-a em dificuldades para se sustentar. Tudo isso por medo de ser presa.
DOS DIREITOS
A paciente está sendo constrangida pela autoridade, uma vez que pela ordem de prisão as que garotas de programa da região, esta tem medo de sair.
Além disso, a paciente está tendo seu direito de exercício profissional cerceado pela autoridade coatora.
Ressalta-se excelência, não há sequer no texto penal pátrio, dentre os seus trezentos e sessenta e um artigos qualquer paralelismo com alguma prática penal, ou mesmo, tal prática ser denominada criminal.
DO ABUSO DE PODER
A autoridade coatora agiu com pleno e claro abuso de poder, pois, ao revés de está oferecendo seus serviços para prestação de proteção a sociedade, utiliza-se de suas prerrogativas para abusar e impetrar suas ideologias de foro íntimo.
DOS PEDIDOS
Diante o exposto, requer:
a nulidade da ordem demandada pela autoridade coatora, assim como sua cessação;
Aguarda Deferimento
Local/Data
ADVOGADO
OAB

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