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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL II BLOCOS DE CONCRETO BLOCO VAZADO: componente de alvenaria cuja área liquida é igual ou inferior a 75% da área bruta. BLOCOS TIPO CANALETA: vazados ou não, criados para racionalizar a execução de vergas, contravergas e cintas. AREA BRUTA: área da seção perpendicular aos eixos dos furos, sem desconto das áreas dos vazios. ARAEA LIQUIDA: área media da seção perpendicular aos eixos dos furos, descontadas as áreas médias dos vazios. Dimensões nominais: dimensões comerciais dois blocas, indicadas pelo fabricante, múltiplas do módulo M=10cm e seus submódulos M/2 e M/4. Dimensões reais: aquelas obtidas ao medir cada bloco, equivalentes as dimensões nominais diminuídas em 1cm, que correspondem à espessura média da junta de argamassa. BLOCOS MODULARES: blocos com dimensões coordenadas, para a execução de alvenarias modulares (alvenarias com dimensões múltiplas do modulo M=10cm e seus submódulos). FAMILIAS DE BLOCOS: conjunto de componentes de alvenaria que interagem modularmente entre si e com outros elementos construtivos. Os blocos que compõem a família, segundo suas dimensões, são designados como bloco inteiro (bloco predominante), blocos de amarração L e T (blocos para encontros de paredes), blocos compensadores A e B (blocos para ajuste de modulação) e blocos tipo canaleta. ALVENARIA ESTRUTURAL CLASSE A: com função estrutural, para uso em elementos de alvenaria acima ou abaixo do nível do solo. (fk ≥6,00 MPa) CLASSE B: com função estrutural, para uso em elementos de alvenaria acima do nível do solo. (fk ≥4,00 Mpa) CLASSE C: com função estrutural, para uso em elementos de alvenaria acima do nível do solo. (fk≥3,00 Mpa) CLASSE D: sem função estrutural, para uso em elementos de alvenaria acima do nível do solo. (fk ≥2,00 Mpa) NOTA: recomenda-se o uso de bloco com função estrutural classe C designados M10 para edificações de no máximo um pavimento, os designados M12,5 para edificações de no máximo dois pavimentos e os designados de M15 e M20, para edificações maiores. Os blocos de concreto são componentes vibro-prensado. Suas características e desempenho dependem: desempenho do equipamento/ qualidade dos materiais empregados/ proporção adequada dos materiais. Recomenda-se que a dimensão máxima característica do agregado não ultrapasse a metade da menor espessura de parede do bloco./ os aditivos mais usados na produção de blocos de concreto são os plastificadores./ os pigmentos devem resistir à alcalinidade do cimento, exposição dos raios solares e intempéries. Composição da parede: - blocos/ - argamassa de assentamento / - graute (preenchimento dos vazios dos blocos)/ - aço. As tolerâncias permitidas nas dimensões dos blocos são de 2,0 mm para a largura e 3,0 mm para a altura e para o comprimento e 1,0 mm para a espessura. Resistência característica a compressão “fk”: valor resultante do tratamento estatísticos de um conjunto de valores de resistência a compressão de uma determinada amostra. O valor característico é escolhido de modo que 95% das resistências verificadas do respectivo lote seja superior a “fk”. Absorção total (a%): relação entre a massa total de agua absorvida pelo bloco e sua massa seca M1:massa do corpo de prova seco/ M2: massa do corpo de prova saturado a%= [(M2-M1)/M1]x 100 retração linear por secagem (S%): relação entre as médias das variações do comprimento e a média dos comprimentos das bases de medidas dos corpos de prova. S=L/G. L=variação media da dimensão do corpo-de-prova, entre a condição saturada e o ponto de consistência de massa ou de comprimento. G= comprimento médio das bases de medida do corpo-de-prova. Propriedades desejáveis das argamassas: -trabalhabilidade/capacidade de retenção de água / capacidade de sustentar os blocos / resistência inicial adequada / capacidade (potencial) de aderência / teor de ar incorporado. Propriedade desejáveis das juntas de argamassa: resistência mecânica adequada / capacidade de absorver (ou acomodar) deformações em micro-fissuras não prejudicias / durabilidade. Características dos blocos: sucção inicial / condições superficiais / retração por secagem Fatores que influenciam a trabalhabilidade: formato dos grãos / granulometria da areia / proporção e natureza dos finos plastificantes / natureza do plastificante / composição mineralógica / relação água-aglomerante ARGAMASSA TIPO M: recomendada para alvenaria em contato com o solo, tais como fundações, muros de arrimo, etc. possui alta resistência à compressão e excelente durabilidade. ARGAMASSA TIPO S: recomendada para alvenaria sujeita a esforços de flexão. É boa resistência à compressão e produz uma boa resistência à tração na interface com a maioria dos tipos de unidades. ARGAMASSA TIPO N: recomendado para uso geral em alvenarias expostas, sem com contato com o solo. É de média resistência à compressão e boa durabilidade. ARGAMASSA TIPO O: pode ser usada em alvenaria de unidade maciças onde a tensão de compressão não ultrapasse 0,70 Mpa e não esteja exposta em meio agressivo. É de baixa resistência à compressão e conveniente para o uso em paredes interiores em geral. GRAUTE: é um concreto ou argamassa fluidos lançados nos vazios dos blocos, com a finalidade de solidarizar as ferragens à alvenaria, preenchendo as cavidades onde elas se encontram e aumentando a capacidade de resistência à compressão da parede. Slump = 20 a 28 cm. a/c = 0,8 e 1,1. Resistência 2 vezes maior que a do bloco. MATERIAIS BETUMINOSOS Hidrocarboneto, ou mistura, de origem natural ou artificial, que é completamente solúvel em dissulfeto de carbono: CS2 Por aspectos de economia e puraza do produto, em relação aos asfaltos naturais, os asfaltos artificiais constituem-se, atualmente, na principal fonte de suprimento. ASFALTOS: betumes de petróleo que ocorrem na natureza, puros ou associados a outros minerais, ou obtidos pela refinação do petróleo bruto. ALCATRÃO: betumes produzidos pela destilação destrutiva de matérias, tais como carvão mineral e vegetal, madeira, etc. É base para impermeabilizantes, plásticos. ASFALTO natural ASFALTO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO: obtido através da destilação de tipos específicos de petróleo, na qual as frações leves (gasolina, diesel e querosene) são retiradas no refino. Produto resultante = Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP). ASFALTO DILUÍDO (AD): - gasolina: AD de cura rápida (CR) / - querosene: AD de cura média (CM) / - óleo diesel: AD de cura lenta (CL). EMULSÇOES ASFÁLTICAS: são pequenas partículas ou glóbulos de CAP suspensas em água contendo agente emulsificante. São dispersões de cimento asfáltico (CAP) em fase aquosa estabilizada com tensoativos. O tempo de ruptura depende, dentre outros fatores, da quantidade e do tipo do agente emulsificante e a viscosidade depende principalmente da quantidade do ligante residual. A quantidade de asfalto pode variar entre 60 a 70%. MISTURAS A QUENTE: -vantagens: são menos sensíveis à ação da água; podem ser usadas com menos perigo com agregados ácidos; tem envelhecimento lento; são menos desgastáveis; são mais duráveis. -desvantagens: são mais caras; exigem instalações complexas para a mistura; exigem equipamento especial de espalhamento; exigem aquecimento do agregado; não permitem estocagem. MISTURA A FRIO -vantagens: são mais baratas; são obtidas com instalações simples; podem ser espalhadas com patrol; não exigem aquecimento; permitem estocagem. -desvantagens: são mais sensíveis à ação da agua; são mais perigosas com agregados ácidos; envelhecem mais rapidamente; são mais desgastáveis; são menos duráveis. Ponto de fulgor: temperatura limite que pode o material asfáltico ser aquecido na obra, sem risco de incêndio e, simultaneamente, é um indicativo da presença de certos constituintes voláteis indesejáveis no asfalto. IMPRIMAÇÃO: consiste na aplicações de uma camada de material asfáltico sobre a superfície de uma base concluída, antes da execução de um revestimento betuminoso. PINTURA DE LIGAÇÃO: consiste na aplicação de uma camada de ligante asfálticoe a formação de película continua sobre a superfície de base/solo-cimento ou pavimento. Objetivo promover aderência do novo revestimento e a camada subjacente. TRATAMENTOS SUPERFICIAIS: consistem no espalhamento de ligante asfáltico sobre a base de um pavimento, seguido da aplicação do agregado e compactação com rolo de pneus. Eles podem ser divididos em simples (uma camada de ligante e um agregado), duplos (duas camadas de cada) ou triplos (três camadas de cada). MACADAME BETUMINOSO: é uma camada de pavimento realizada por intermédio de duas aplicações alternadas de ligante betuminoso sobre agregados de tamanho e quantidades especificadas; é espalhada, nivelada e comprimida na pista. PLÁSTICOS Material deformável, capaz de ser moldado nas diversas formas, por deformação plástica. Possui longas cadeias de moléculas. São atacados por solventes orgânicos. Monômero: pequena molécula, que condensando com outras forma a grande molécula. Polímero: macromoléculas em que existe uma unidade que se repete, chamada monômero. Formado por hidrocarbonetos não saturados, ligações múltiplas. TERMOPLÁSTICOS: amolecem quando aquecidos e podem ser novamente moldados. TERMOENDURECIDAS OU TERMOFIXAS: amolecem quando aquecidas e continuando a aquecimento endurecem e tornam-se rígidas. VANTAGENS: fácil fabricação; baixa densidade; resistentes à corrosão; isolantes elétricos e térmicos. DESVANTAGENS: baixa resistência; dimensões instáveis; termicamente instáveis; atacados pelo ar e sol; dificuldade de reparos quando danificados; custo elevado. Tubos de PVC; calha de PVC; tubos de PVC para drenagem; redes de esgoto; divisórias em PVC; revestimentos de paredes e tetos; revestimento em fachadas (siding); esquadrias; pisos; forma para concreto; mantas de PVC para impermeabilização. PLÁSTICOS ACRÍLICOS: é um material termoplástico rígido, transparente e incolor; também pode ser considerado um dos polímeros mais modernos e com maior quantidade de mercado, por sua facilidade de adquirir formar, por sua leveza e alta resistência. É também chamado vidro acrílico ou simplesmente acrílico. PLÁSTICOS DE CELULOSE: vidros para veículos e vernizes. ÉPOXIS: recuperação estrutural, rejuntes, juntas de dilatação, trincas e fissuras. PLÁSTICOS FENÓLICOS: adesivo em chapas de madeira compensada. BORRACHA: produto primário da coagulação do látex da seringueira. A borracha sintética é produzida a partir de derivados de petróleo. Neopreme; Buna (usada como isolante térmico de tubulações); Ebonite (dura e quebradiça, usada como isolante térmico de tubulações); Guta-percha: base de resinas, retirada de arvores. MATERIAIS CERÂMICOS A argila é um solo que apresenta características marcantes de plasticidade; quando suficientemente úmido molda-se facilmente em diferentes formas, quando seco apresenta grande coesão. –infusíveis: são bastante puras, não deformam à temperatura de 1500C e tem baixo coeficiente de condutividade térmica. – refratárias. – fusíveis: deformam e vitrificam abaixo de 1200C. – argila gorda: alta plasticidade. – argila magra: baixa plasticidade. As argilas podem ser residuais ou sedimentares. São de grande plasticidade quando úmidas e tem alta resistência mecânica depois de secas. Baixa retração. TRANSFORMAÇÕES AO CALOR - natureza física: variação de densidade, dureza, resistência, plasticidade, textura, condutibilidade térmica e elétrica. - natureza química: desidratação, decomposição e formação de novos compostos. PERDA DE PESO DA ARGILA - água de absorção ou capilaridade: 110C. - água zeolítica: elimina-se a aproximadamente 300 a 400C. esta intercaladas na rede cristalina do mineral. - água de constituição: elimina-se a temperaturas acima de 400C. POROSIDADE REAL: é composta pelos poros abertos e fechados POROSIDADE APARENTE: poros abertos. AUMENTO DA POROSIDADE: -adição de matérias que desaparecem com a queima; são em geral matérias carbonosas, como serragem de madeira dura, carvão moído. – pela adição de matérias porosas, como a vermiculita. –criação de uma fase gasosa estável durante a secagem e a queima: em geral se utiliza a reação entre alumínio ou zinco, ambos em pó, e hidróxidos alcalinos. DIMINUIÇÃO DA POROSIDADE: -pela vitrificação da massa de argila, por fundentes ou por calor. Os fundentes são substancias que na queima se combinam com os constituintes da argila e formam uma massa v´trea que enche os poros. – pela adição de eletrólitos à argila em estado seco, tais como álcalis, hidróxido de cálcio, grandes quantidades de ácidos. IMPUREZAS: algumas melhoram a resistência, aumentam a plasticidade e a refratariedade.(desengordurante para a correção da plasticidade; substancias inseparáveis por decantação; substancias separáveis por decantação). IMPUREZAS SEGUNDO A COMPOSIÇÃO -sílica: reduz a plasticidade e a retração durante a secagem e a queima; aumento da brancura; reduz a resistência à tração; influi no coeficiente de dilatação térmica e na refratariedade. - compostos de alumínio: fundentes; diminuem a plasticidade; aumentam a resistência, a densidade e a impenetrabilidade. - composto de ferro: coloração avermelhada; diminuem a plasticidade e a refratariedade. -compostos cálcios: causam eflorescências; expandem na hidratação e na carbonatação. - material carbonoso: influi na plasticidade; aumenta a retração na queima e a porosidade; emprego na fabricação de agregados leves; queima rápida. PURIFICAÇÃO DA ARGILA: -processos mecânicos: lavagem, peneiramento; - processos químicos; - processos físico-quimicos: filtros eletromagnéticos. BARREIRA: jazida de argilas METEORIZAÇÃO: processo natural de decomposição ou desintegração de solos por ação dos efeitos químicos, físicos e biológicos que resultam da sua exposição à fatores ambientais. APODRECIMENTO: fermentação das partículas orgânicas, aumentando a plasticidade e oxidação de piritas. DESAERAÇÃO: redução do ar contido ou incluído na massa cerâmica pela ação das misturas e da água agregada. ANÁLISE QUALITATIVA: composição da argila, a pureza, as características físicas e o comportamento na secagem e na queima. ANÁLISE QUANTITATIVA: volume disponível e a forma de escavação. METEREORIZAÇÃO: exposição da argila e desengordurantes em camadas alternadas (80cm) ao intemperismo. Dissolução de sais; oxidação de minerais; desagregação de torrões. AMADURECIMENTO: repouso da argila ao abrigo das intempéries para a homogeneização da umidade por aproximadamente 24h. LEVIGAÇÃO: lavagem e purificação por decantação. PROCESSOS MECANICOS DE TRATAMENTO: trituração; peneiração; amassamento e mistura; laminação e refino. SECAGEM: evaporação da agua ate a umidade de equilíbrio com o ambiente; mecanismo de secagem: evaporação superficial e difusão da umidade do interior para a superfície da peça. QUEIMA: curva temperatura x queima: controle da fissuração, da deformação e da ruptura das peças. –desidratação: evaporação da agua livre e queima da matéria carbonosa, acontece ate 700C. – oxidação: Fe2O3 se transforma em Fe3O4 que é mais estável, ate 900C. – vitrificação: contração e fechamento dos poros, 1200C. Materiais de argila: - POROSOS: tijolos, telhas - VIDRADOS OU GRESSIFICADOS: ladrilhos, manilhas, revestimento. Materiais de louça (ausência de ferro): - PÓ DE PEDRA, POROSO: azulejos e materiais sanitários com absorção de 15 a 20%. - GRÉS: maior vitrificação: materiais sanitários, ladrilhos e pastilhas, absorção de 1 a 2%. - PORCELANA: vitrificação completa: pastilhas, ladrilhos, azulejos, absorção de 0%, translucido. MATERIAIS REFRATÁRIOS: elevado ponto de fusão, resistência piroscópica, temperatura máxima a cujo efeito o material resiste sem colapsar, amolecer ou deformar; resistência à ação de diversos tipos de gases; alta resistência à abrasão a quente; baixa condutibilidade térmica. BLOCOS CERÂMICOS: componente da alvenaria de vedação que possui furos prismáticos perpendiculares às faces que os contem. Não deve apresentar defeitos sistemáticos que impeçam o seu emprego na função especificada. Deve possuira forma de um prisma reto, com dimensões padronizadas. Blocos usados com furos na horizontal: f≥1,5 Blocos usados com furos na vertical: f≥3,0.
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