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FACULDADE AGES DE SENHOR DO BONFIM Curso : Administração Disciplina: Introdução ao Direito Público e Privado Prof°: Tardelli Boaventura Aluna: Thifany De Sousa Oliveira ● Manutenção e forma do tribunal do júri no Brasil merecem ser reavaliadas “Um julgamento justo. Este é, sem dúvida, o objeto de busca incessante por todos os aplicadores do direito ao longo dos séculos, sobretudo na seara criminal. Um processo que contemple a aplicação da lei penal no caso concreto, com a concretização da pena, respeitados seus fundamentos (repressão ao injusto, prevenção geral e social e ressocialização do preso) é, pode-se dizer, o grande objetivo e desafio não só do Processo Penal brasileiro, mas também de diversos outros países e ordenamentos jurídicos ao redor do globo.” O tribunal do júri faz parte da tradição do nosso país dentro do sistema de justiça, e de acordo com o Código de Processo do Império de 1832, sua competência abrangia uma grande quantidade de delitos. O processo de julgamento pelo júri é regulado pelo artigo 406, que consiste em “Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional.” onde por fim, sua competência é restrita aos crimes de homicídios doloso, infanticídio, indução, instigação ou auxílio ao suicídio e aborto. Desta forma, o fundamento do tribunal do júri, segundo posição adotada pelos autores, reside justamente na necessidade de regime democrático uma vez que o mesmo permite aos acusadores serem defendidos por seus iguais, representando assim, uma segurança para aqueles que serão submetidos a julgamento. Explica-se, portanto, porque a defesa no âmbito do Tribunal do Júri deve ser “perfeita”. No processo comum o réu é amparado pela ampla defesa, tendo como suporte a defesa técnica. Caso ela não se opere convenientemente, o magistrado pode corrigir o erro de ofício na sentença, a qual deverá contar com a devida fundamentação, possibilitando, assim, nos casos de inconformismo, a interposição de recursos. Já no Tribunal do Júri o desfecho do processo se dá pelos jurados populares, que são juízes leigos e, por isso, a defesa do réu deve se aproximar da perfeição, para o convencimento deles. Vale lembrar que no Tribunal Popular a decisão não é fundamentada, uma vez que os jurados apenas votam, condenando ou absolvendo o acusado. Ademais, como o Tribunal do Júri é soberano, suas decisões não são passíveis de revista, quanto ao mérito, por tribunais togados. Por essas razões é crucial que a defesa em Plenário seja sempre plena, e se o advogado ou juiz deixarem o mesmo, não há possibilidades para prosseguir, porque jamais terá alguém no ato para substitui-lo. Fenômeno inimaginável no século passado , tem servido para tornar o júri ainda mais ineficiente.
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