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CCE0255 MECÂNICA DOS SOLOS EMENTA - PLANO DE AULAS Unidade 2 - Características Gerais Prof. Dr. Guillermo Ruperto Martín Cortés 1 Unidade 2 - Características Gerais 2.0 Introdução 2.1. Origem, formação, tipos, química e mineralogia dos solos 2.2. Solos residuais e sedimentares 2 Unidade 2 - Características Gerais 2.0 Introdução à Mecânica dos Solos Disciplina da engenharia civil que procura prever o comportamento de maciços terrosos quando sujeitos a solicitações provocadas, por obras de engenharia. Todas as obras de engenharia civil, apóiam-se sobre o solo de uma forma ou de outra. Algumas obras utilizam o próprio solo como elemento de construção. Ex.: barragens, aterros de estradas e outras. 3 Unidade 2 - Características Gerais. 2.0 Introdução. Estabilidade, comportamento funcional e estético da obra serão determinados, em grande parte, pelo desempenho dos materiais usados nos maciços terrosos. O peso de uma edificação é suportado e distribuído, através das fundações pelo solo, o qual, dependendo de sua constituição, apresenta maior ou menor resistência. Por isso nesta unidade vamos estudar os solos: origem, tipos e propriedades. 4 Unidade 2 - Características Gerais 2.1. Origem, formação, tipos, química e mineralogia dos solos GERALIDADES Todos os solos se originam da decomposição das rochas que constituíam inicialmente a crosta terrestre. A decomposição é decorrente de agentes físicos e químicos. Variações de temperatura provocam trincas, nas quais penetra a água, atacando quimicamente os minerais. O congelamento da água nas trincas, entre outros fatores, exerce elevadas tensões, do que decorre maior fragmentação dos blocos. 5 A presença da fauna e flora favorece o ataque químico, através de hidratação, hidrólise, oxidação, lixiviação, troca de cátions, carbonatação, etc. O conjunto destes processos, que são muito mais atuantes em climas quentes do que em climas frios, leva à formação dos solos que, em conseqüência, são misturas de partículas pequenas que se diferenciam pelo tamanho e pela composição química. A maior ou menor concentração de cada tipo de partícula num solo depende da composição química da rocha que lhe deu origem. 6 Unidade 2 - Características Gerais 2.1. Origem, formação, tipos, química e mineralogia dos solos Dependendo do tipo de rocha existente na crosta, da composição mineralógica da mesma e do ambiente de intemperismo predominante, assim será o solo a produzir. Rochas Ígneas, Metamórficas e Sedimentares. Ambientes de Intemperismo: Tropical (úmido e quente); Temperado; Glacial entre outros. 7 Unidade 2 - Características Gerais 2.1. Origem, formação, tipos, química e mineralogia dos solos 7 Rochas Ígneas pela profundidade da origem podem ser intrusivas ou extrusivas. Intrusivas podem ser: Plutônicas ou abissais (origem mais profunda) Porfíricas ou hipoabissais (origem em profundidade intermédia) Extrusivas ou vulcânicas (lavas e cinzas vulcânicas) 8 Unidade 2 - Características Gerais 2.1. Origem, formação, tipos, química e mineralogia dos solos Pela composição* podem ser: Ácida > 65% de SiO2 , félsicas ou claras: granito, granodiorito e outras; Intermediária 52 à 65% de SiO2 Sienito, diorito e outras. Básica 45 à 52% de SiO2 máficas ou escuras: gabro, diabásio, e outras Ultrabásicas < 45% de SiO2 ultra – máficas: Peridotitos, dunitos e harzburgitos. Segundo o Prof. Dr. Antonio Misson Godoy - DPM-IGCE-UNESP do Instituto de Geociências e Ciências Exatas do Depto. Petrologia e Metalogenia do Campus de Rio Claro. 9 Unidade 2 - Características Gerais 2.1. Origem, formação, tipos, química e mineralogia dos solos Caso granito: (rocha ígnea ácida intrusiva) em ambiente de intemperismo próprio de clima tropical, úmido e quente. A composição fundamental dos granitos é: quartzo, feldspato e mica. O quartzo (SiO2), praticamente inalterável no final do processo origina areia de diferentes granulometrias. 10 Unidade 2 - Características Gerais 2.1. Origem, formação, tipos, química e mineralogia dos solos O feldspato alterado origina argilas cauliníticas. As micas parte se liberam como lamelas ou escamas, parte se altera pelo conteúdo de metais que oxidam. Solo resultante: arenoso-argiloso ou argiloso-arenoso dependendo da fase que predomine a de areia ou a de argilas o que depende de outras condicionantes como: profundidade de origem do granito, relevo original, erosão, capacidade de carga das correntes de água entre outros. 11 Unidade 2 - Características Gerais 2.1. Origem, formação, tipos, química e mineralogia dos solos Caso lavas basálticas e cinzas vulcânicas (rocha ígnea básica extrusiva) em ambiente de alteração marinho ou lacustre. Minerais predominantes, plagioclásio básico e augita com ou sem olivina, não muito bem cristalizados por se tratar de rocha de rápido esfriamento. 12 Unidade 2 - Características Gerais 2.1. Origem, formação, tipos, química e mineralogia dos solos Solo resultante predominantemente argiloso com silte e areias na composição fundamental mas sem descartar a presença de pedregulhos provenientes da sílice livre. 13 Unidade 2 - Características Gerais 2.1. Origem, formação, tipos, química e mineralogia dos solos Casos das rochas metamórficas e sedimentares vai depender do mineral predominante em cada uma delas e a análise será parecida com as vistas para as rochas ígneas intrusivas e extrusivas. 14 Unidade 2 - Características Gerais 2.1. Origem, formação, tipos, química e mineralogia dos solos Material de Origem Classes Químicas Rochas Metamórficas Quartzitos, granitos, arenitos, etc. R. Quartzo– feldspaticas Gnaisses e quartzitos Argilitos, folhelhos, etc. R. Aluminosas Ardósia, filito e micaxisto Calcários e Dolomitos R. Carbonatadas Mármore e escarnito R. de magma gábrico, dioritos R. Básicas Anfibolitos e metabasitos Peridotitos e serpentinitos R. Magnesianas Talcoxisto e talcito Sedimentos ferruginosos. R. Ferruginosas Itabiritos Unidade 2 - Características Gerais 2.2. Solos residuais e sedimentares Solo residual –permanece no local da rocha de origem; Solo sedimentar – são deposições de agentes transportadores como o vento (eólicos), a água (aluvionares), a gravidade (coluvionares) e geleiras (glaciares); Solos orgânicos –originados da decomposição vegetal ou animal. 15 Unidade 2 - Características Gerais Prática do laboratório: GRANULOMETRIA OBJETIVO Apresentar aos alunos o conhecimento sobre as características do solo com ensaios em laboratório. 16 Prática do laboratório GRANULOMETRIA Aparelhagem necessária a) Conjunto de peneiras ABNT ( da 44 [4,76 mm] à 200 [0,74 mm]) b) Base vibratória (Peneirador mecânico) c) Balança 1000 g (precisão: 0,01 g) d) Estufa até 200 oC e) Recipientes para secar o solo na estufa 17 Prática do laboratório GRANULOMETRIA (continuação) O solo a ensaiar será granulado (areia ou areia-argila, ou pedregulho) O solo deve estar seco ( 24 hrs a 110 oC deve ser suficiente) Pesar 100 a 150 g após esfriado Selecionar conjunto de peneiras adequadas, colocar o material na peneira superior e levar para a base vibratória. Deixar vibrando de 10 a 15 minutos Determinar a massa acumulada em cada peneira (não passante) 18 Prática do laboratório GRANULOMETRIA (continuação) Somar o material retido nas peneiras, a ordem de grandeza deve ser similar à massa inicial. Calcular as porcentagens retidas em cada peneira. Calcular a porcentagem acumulada para as diversas peneiras. Traçar curva granulométrica segundo pares de valores: peneira porcentagem acumulada retida. 19 Prática do laboratório GRANULOMETRIA (continuação) Exemplo: 20 Peneira Φ(mm) PESO AMOSTRA SECA Retido Passado Acumulado % <Φ 16 1,20 30 0,60 40 0,42 50 0,30 100 0,15 �� Sódico (Albita (NaAlSi3O8) Plag. �Oligoclásio ácidos Andesina ( Intermediários �FELDSPATOS Calcio-alcalino Labradorita Bytonita Básicos Cálcico ( Anortita CaAl2Si2O8
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