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Resumo Processo Penal - Medidas Cautelares

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Direito Processual Penal II Victória Barbosa Bonfim Resumo - 2º bimestre
Medidas Cautelares
- ALTERAÇÃO DA LEI 12.403/2011
• Até 2011 prisão cautelar era regra, liberdade era exceção.
• Inversão pela lei acima. Liberdade agora é regra.
• Não sendo possível a manutenção da liberdade, aplicam-se as medidas cautelares 
diversas da prisão. Não aplicáveis estas, aplicar-se-ão as prisões cautelares. 
- ASPECTOS GERAIS DAS MEDIDAS CAUTELARES
• Art. 282 CPP - incisos e parágrafos.
- Medidas cautelares deverão observar:
• Só há decretação quando indispensável à aplicação da lei penal, investigação, ou 
instrução criminal, e nos casos expressamente previstos pela Lei, p/ evitar prática de 
infrações penais.
• Necessidade de individualização das medidas cautelares, adequação não só à 
gravidade do crime, mas também às características do acusado e das circunstâncias 
do caso concreto. 
• Podem ser aplicadas mais de uma medida cautelar à mesma pessoa 
cumulativamente.
• Podem ser decretadas de ofício pelo juiz, ou a requerimento das partes, do MP, ou da 
autoridade policial quando da investigação.
• Necessidade de o juiz intimar a parte contrária, exceto em casos de extrema urgência 
ou de ineficácia da medida, para que esta saiba do requerimento formulado.
• Juiz poderá revogar a cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para 
sua subsistência ou manutenção. Pode também decretá-la novamente se as razões 
que justifiquem a aplicação da cautelar sobrevenham após certo tempo.
• Só se aplica a prisão preventiva quando não couber nenhum outro tipo de medida 
cautelar em substituição.
• Art. 283, CPP
- Não se aplicam cautelares em tipos penais que não se sujeita à prisão privativa de 
liberdade.
- Mandado de medidas cautelares podem ser cumpridos a qualquer dia e qualquer hora, 
respeitada a inviolabilidade do domicílio. Inviolabilidade: CF/88 e CPP. 
PUC - SP - 8º Semestre Prof. Des. Hugo Crepaldi Neto �1
Direito Processual Penal II Victória Barbosa Bonfim Resumo - 2º bimestre
- PRISÃO CAUTELAR X PRISÃO PENA 
• Prisão pena
- Prevista pela LEP 
-  Tem como foco a pessoa do condenado. 
- Houve fase pré-processual, fase processual e sentença condenatória, aplicando pena. 
Se a pena = privativa de liberdade, estamos diante de prisão-pena. 
- Decorre da sentença condenatória. 
- Finalidade retributiva, preventiva, geral e especial, positiva e negativa, e também de 
reintegração social. 
- Existem indícios certos de autoria e materialidade. 
- Aconteceria após o trânsito em julgado da condenação (julgamento do HC 126.292).
• Prisões cautelares 
- Não têm o viés de pena.
- Servirão e serão aplicadas no decorrer do processo (por lógica, não há condenação), e 
terão como foco a manutenção da persecução criminal, ou terão como função a colheita 
de provas, entre outras circunstâncias. 
- Para sua aplicação é necessária a existência de INDÍCIOS de autoria e materialidade (≠ 
de certeza).
- Não pode ser vista como antecipação da pena. 
- É aplicada para que seja possível a formação de elementos de convicção ou para a 
preservação da formação destes elementos. 
- Ocorre anteriormente ao trânsito em julgado. 
- São provisórias (Ex.: art. 301 - relaxamento). 
- Necessidade de respeito aos princípios, garantias e direitos fundamentais presentes no 
art. 5º da CF/88 (Ex: presunção de inocência, vedação à pena cruel, direito ao silêncio).
PUC - SP - 8º Semestre Prof. Des. Hugo Crepaldi Neto �2
Direito Processual Penal II Victória Barbosa Bonfim Resumo - 2º bimestre
- ESPÉCIES DE PRISÃO CAUTELAR
• Prisão em flagrante - Art. 301 e seguintes, CPP.
- Art. 301 CPP 
• Qualquer do povo poderá dar voz de prisão e os policiais deverão prender em 
flagrante, qualquer agente seja. 
- Art. 302 CPP 
• Considera-se em flagrante delito: 
- Quando a pessoa está cometendo ou acabou de cometer a infração (flagrante 
próprio - incisos I e II). 
- Quando, após perseguição por autoridade, ofendido ou qualquer pessoa, encontre-
se a pessoa em situação que se faça presumir que esta seja a autora da ação 
(quase flagrante - inciso III). 
- Quando, em momento posterior ao crime, a pessoa for encontrada com objetos, 
armas, papeis, documentos, etc. que façam presumir a autoria do crime cometido 
(flagrante presumido - inciso IV). 
- Flagrante forjado - circunstância onde não havia flagrante, mas autoridade policial 
planta objeto que o configuraria (obviamente ilegal).
- Flagrante preparado - SÚMULA 145 STF - quando os atos preparatórios impedem a 
consumação do crime, o flagrante é ilegal. Quando a autoridade policial vai até o 
local do crime, e estimula a pratica do crime. Autoridade policial insuflou o sujeito à 
prática do crime. (também ilegal).
- Flagrante esperado - lei de organizações criminosas. modalidade de ação 
controlada. autoridade policial tem todos os instrumentos para realizar a prisão em 
flagrante, mas espera até o momento mais propício e satisfatório do ponto de vista 
probatório para realizá-la. (é legal)
- Dinâmica da prisão em flagrante
 

1. Prisão em flagrante;
2. Encaminhamento à sede da 
delegacia de polícia; 
3. Apresentação à autoridade 
policial (delegado de 
polícia); 
4. Oitiva dos condutores e 
colhidas suas assinaturas; 
5. Recibo de entrega do 
preso; 
6. Entrega do termo aos 
condutores e posterior 
liberação destes; 
7. Inquirição de testemunhas; 
8. Caso não haja 
testemunhas, serão 
inquiridas duas pessoas 
que presenciaram a 
chegada do preso à 
delegacia; 
9. Interrogatório do preso; 
10. Recolhimento de 
assinaturas; 
11. Lavratura por completo do 
auto de prisão em flagrante. 
Caso possível, 
determinação 

de fiança. 
12. Auto de prisão em flagrante 
deverá ser remetido em 
24h ao juiz competente - 
art. 306, § 1º CPP. 
13. No mesmo prazo, será 
entregue ao preso a nota 
de culpa - contém o motivo 
da 

prisão, nome do condutor e 
nome das testemunhas. 

PUC - SP - 8º Semestre Prof. Des. Hugo Crepaldi Neto �3
Direito Processual Penal II Victória Barbosa Bonfim Resumo - 2º bimestre
- Art. 310 CPP 
• Juiz terá 3 possibilidades frente ao auto de prisão em flagrante: 
- Relaxamento, se prisão foi ilegal; 
- Conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva - se presentes os 
requisitos, e se não couber nenhuma outra medida cautelar alternativa. 
- Concessão de liberdade provisória, com ou sem pgto. de fiança.
- P. único - se ato praticado foi feito nos termos do art. 23 do Código Penal (legitima 
defesa, extrema necessidade, etc.), juiz pode conceder liberdade condicional 
mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais. Delegado não 
pode deixar de lavrar o auto de prisão em flagrante, só o juiz pode liberar o agente.
• Prisão temporária - LEI 7.960/89
- Tem prazo limitado à 5 dias, renovável por mais 5. 
- Quando se tratar de crime hediondo: prazo de 30 dias, renovável por outros 30.
- Só é compatível com a fase pré-processual - decretada apenas para realização de atos 
investigatórios.
• Prisão preventiva - art. 311 e seguintes, CPP 
- Aplicável à fase pré-processual e também à processual. 
- Não tem prazo determinado em lei, mas ela não pode durar ad eternum - Princípio da 
razoabilidade. 
- Requisitos para decretação - art. 312, CPP.
• Necessidade de garantia à ordem pública; 
• Necessidade de garantia à ordem econômica; 
• Necessidade de garantia à aplicação da lei penal; 
• Necessidade de garantia à persecução criminal.
PUC - SP - 8º Semestre Prof. Des. Hugo Crepaldi Neto �4
Direito Processual Penal II Victória Barbosa Bonfim Resumo - 2º bimestre
- LIBERDADE PROVISÓRIA
• Não se equipara à liberdade definitiva - esta só ocorre quando o acusado é definitivamente 
absolvido ou quando o acusado não teve contra ele nenhum motivo de prisão provisória.
• O réu que, nocurso do processo, não foi preso provisoriamente, não pode estar em 
liberdade provisória porquanto sua liberdade nunca foi afastada, respondeu sempre em 
liberdade.
• Art. 310, parágrafo único: hipossuficiência do acusado dá o direito a dispensa de fiança, 
poderá o juiz conceder sua liberdade provisória e determinar seu comparecimento ao 
fórum para assinatura de termo.
• Distingue-se do relaxamento do flagrante ou da revogação da prisão preventiva.
- Nesses casos, o acusado é devolvido à condição de liberdade pura, pois o motivo foi 
considerado ilegal ou insubsistente.
- Na liberdade provisória, o motivo da prisão é válido, mas há substituição desta por 
aquela.
• O acusado permanece sob uma causa de prisão que fica suspensa, e, 
consequentemente, pode ser revigorada com a revogação da liberdade provisória, se 
houver fundamento para tanto.
• Liberdade provisória sem fiança
- Hipóteses
• Salvo se o acusado é reincidente em crime doloso com pena privativa de liberdade, 
deverá ser concedida liberdade provisória, independentemente do pagamento de 
fiança, no caso de ter sido cometida infração que, isolada ou cumulativamente, 
comina em pena privativa de liberdade ou o seu máximo não exceda 3 meses.
• Em qualquer infração, porém, poderá haver a liberação independente de fiança, 
concedida pelo juiz, desde que ouvido o Ministério Público.
- O juiz deverá perceber, nesses casos:
• Se há excludente de criminalidade da infração praticada;
• Se este verifica a inocorrência de qualquer uma das hipóteses autorizadoras da 
prisão preventiva.
- Obs.: em ambas o flagrante deverá ter sido válido, vez que é pressuposto 
essencial da liberdade provisória. Se não for válido o flagrante, cabe apenas o 
relaxamento deste.
- A concessão de liberdade provisória não anula o flagrante.
PUC - SP - 8º Semestre Prof. Des. Hugo Crepaldi Neto �5
Direito Processual Penal II Victória Barbosa Bonfim Resumo - 2º bimestre
• Liberdade provisória após pronúncia em crime inafiançável
- Art. 413, § 3º: autoriza a liberdade provisória para que se aguarde o julgamento do 
júri.
- Poderá ser revogada se surgir hipótese de decretação de prisão preventiva.
• Se o acusado começar a ameaçar os jurados, é o caso de revogar a liberdade 
provisória, restaurando-se a prisão preventiva, e não de nova decretação desta 
última.
• Liberdade provisória em processo com sentença condenatória pendente de 
julgamento de apelação
- Art. 387, § 1º: autoriza a liberdade provisória para que se aguarde o julgamento do 
recurso.
- Princípio da presunção de inocência e direito à liberdade.
• Fiança
- Havendo prisão em flagrante, pronuncia ou condenação recorrível, se o crime for 
considerado afiançável, o acusado se manterá ou será colocado em liberdade desde 
que a preste.
- Depósito em dinheiro ou valores feito pelo acusado ou em seu nome para liberá-lo da 
prisão, nos casos previstos em lei, com a finalidade de compeli-lo ao dever de 
comparecer e permanecer vinculado ao distrito da culpa.
• Via de regra é prestada em dinheiro, mas pode ter como objeto pedras, objetos ou 
metais preciosos, títulos de crédito ou representativos de capital, e até mesmo 
imóveis, os quais deverão ser avaliados.
- Art. 325, CPP: O valor da fiança é arbitrado pela autoridade que a conceder, segundo 
faixas correspondentes à maior ou menor gravidade da infração, tendo em vista:
• As condições econômicas do acusado;
• Sua vida pregressa;
• As circunstâncias indicativas de sua periculosidade;
• A importância provável das custas processuais.
- A fiança, se cabível, será concedida logo após a lavratura do auto de prisão em 
flagrante.
- Poderá ser concedida ao longo do processo penal, até o transito em julgado da 
sentença, se surgir hipótese legal para tanto.
- Art. 581, V, CPP - poderá ser concedida independentemente de pronunciamento do 
Ministério Público, mas este terá vistas dos autos para requerer o que entender de 
direito e recorrer, em sentido estrito, desta decisão.
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Direito Processual Penal II Victória Barbosa Bonfim Resumo - 2º bimestre
- A não concessão de fiança nos casos em que é cabível é razão suficiente pra impetrar 
habeas corpus.
- Autoridade policial só pode conceder fiança nos casos dos crimes em que a pena for de 
prisão simples ou de detenção.
- Em crimes de reclusão, somente o juiz poderá conceder a fiança.
- Não será concedida fiança:
• Crimes com pena de reclusão que a pena mínima, prevista em abstrato, for maior que 
dois anos;
• Crimes hediondos;
• Crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade, se o réu já tiver sido 
condenado por crime doloso com sentença transitada em julgado;
• Crimes punidos com reclusão que provoquem clamor público, ou que tenham sido 
cometidos mediante violência ou grave ameaça;
• Aos acusados que houverem quebrado anteriormente, ou infringido as obrigações de 
comparecer quando intimado, de não mudar de residência sem autorização da 
autoridade processante, ou de não ausentar-se por mais de 8 dias sem comunicar 
onde poderá ser encontrado;
• Nos casos de prisão civil, militar, administrativa, disciplinar, ou multa;
• Ao réu que estiver no gozo de suspensão condicional da pena ou de livramento 
condicional, salvo se processado por crime culposo ou contravenção que admita 
fiança;
- Reforço da fiança poderá ser necessário caso haja valorização ou desvalorização do 
bem oferecido, ou mudança no enquadramento da conduta por ele praticada.
- Cassação da fiança poderá ocorrer se ela tiver sido concedido fora das hipóteses 
autorizantes.
- Quebramento da fiança poderá ocorrer caso o acusado descumpra as obrigações 
decorrentes de sua prestação.
- Haverá restituição do valor pago a título de fiança se o acusado for absolvido ou se for 
extinta a ação penal.
• Se for condenado, pode haver restituição parcial após incidir a dedução das custas, 
reparação do dano e a pena de multa.
- Ocorrerá perda total do valor pago se o acusado, condenado, não se apresentar à 
prisão.
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