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QUESTIONÁRIO DE TRIBUTÁRIO CORRIGIDO

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QUESTIONÁRIO DE TRIBUTÁRIO
1. O imposto é tributo vinculado? Qual sua natureza jurídica? Qual a sua hipótese de incidência?
Imposto é um tributo não vinculado, O Tributo Não Vinculado é aquele tipo de tributo que você paga e será utilizado de forma generalizada. Sendo assim, a contraprestação que recebemos não é específica: esse dinheiro poderá ser utilizado para pagar o salário de algum funcionário público, por exemplo. Somente os impostos são considerados tributos não vinculados. Paga-se o imposto exatamente por realizar um comportamento possível que revela riqueza apta a ser transferida para os cofres públicos. A hipótese de incidência dos impostos e sua respectiva base de cálculo, revela fato signo de riqueza, ou seja, sempre será riqueza revelada pelo contribuinte.
2. A iluminação pública é serviço universal ou específico? Qual sua natureza jurídica?
A iluminação é um serviço universal, pois esta não pode ser especifica e nem divisível. É um serviço geral, universal que alcança toda comunidade. Você se utiliza da iluminação pública, assim como segurança pública e nós não conseguimos especificar e nem mensurar quanto cada cidadão se utiliza daquele serviço. Sua hipótese de incidência deve ser vinculada, englobando benefício especial advindo do serviço de iluminação pública que favorece o imóvel de propriedade do contribuinte. É de competência exclusiva dos municípios.
3. Afirmação sobre art. 150 da CF. Era para dizer se era constitucional ou não e explicar.
Na CF art. 150 (traz os princípios constitucionais tributários), cuja leitura se identifica a natureza jurídica do pedágio: Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é VEDADO à União, aos Estados, ao DF e ao s Municípios: V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributo s interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; Então, ele diz : não pode haver nenhuma cobrança de tributo que limite o tráfego de pessoas e bens, a não ser a cobrança de pedágio. Vejam, se o art.150, V, ressalva a cobrança do pedágio, ele fala: aqui está o gênero, tributo. Não pode cobrar tributo a não ser pedágio. O art. 150, V insere o pedágio nessa categoria mais geral de tributo. O pedágio, em princípio, em função do art. 150, V, seria tributo. O STF e diz: “o pedágio tem natureza jurídica de taxa”. O art. 150, V fala que pedágio é tributo porque se não fosse não faria sentido aquela ressalva e, sendo tributo, tem natureza jurídica de taxa. Nem sempre o pedágio será tributo. O pedágio vai ser tributo se ele estiver diante de uma prestação compulsória. Se eu não tiver escolha quanto àquele valor, ou seja, eu não tenho nenhuma rodovia vicinal, nenhum outro caminho possível para fazer/chegar ao lugar que eu quero. Se eu não tiver escolha, sim, não tenham dúvida, o pedágio é tributo. Então, o pedágio será tributo se tiver essa natureza compulsória e aí o fundamento é o art. 150, V, da CF.
4. O prefeito municipal de uma cidade brasileira, ao elaborar o projeto de Lei orçamentaria anual, decide vincular a receita do IPTU a despesa relativa ao incremento da administração tributária, visando melhorar tecnologicamente a cobrança dos tributos municipais, com a implementação de sistemas digitais. Diante do regime jurídico constitucional dos impostos está correta a decisão do prefeito? Justifique.
Sim, existem ressalvas que estão no Art. 167, IV CF, que diz que existem exceções após o exercício da competência, após a arrecadação os entes podem repartir o produto da arrecadação dos impostos, no art. 158 CF, III diz sobre IPVA 50 % do produto arrecadado, vinculação de impostos para realização de atividades da administração tributária.
5. Segundo a CF de 1988 as hipóteses de incidência do empréstimo compulsório são: Guerra externa ou sua iminência; Calamidade pública quando não houver recursos suficientes; Investimento público de urgência e relevância nacional. A afirmativa está correta?
Não, a competência para criação dessa espécie de tributo é privativa da União, que deverá exercê-la por meio de lei complementar. A CF prevê as situações que uma vez existentes autorizam a criação desse tributo pela União: despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública ou guerra externa efetiva ou iminente; investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. Importante destacar que as situações acima mencionadas, não são os fatos geradores do tributo empréstimo compulsório, são apenas circunstâncias previstas na lei que condicionam o exercício da competência tributária da União. Esta, quando instituir o empréstimo compulsório, escolherá livremente qual será o fato gerador da obrigação de pagar o tributo, podendo ser uma situação vinculada a uma atividade estatal específica relativa à pessoa do contribuinte, ou uma situação vinculada ao contribuinte que revele capacidade econômica. É o ente tributante (União) que escolhe o fato gerador, mas somente pode exercitar a competência tributária e criar o empréstimo compulsório se presente uma das situações indicadas na CF.
6. O estado de SP resolveu instituir taxa de segurança pública vinculada a prestação de serviços de segurança ostensiva, em razão dos altos índices de criminalidade e diante da necessidade incrementar os recursos destinados a melhoria do serviço. Com previsão em lei, a referida taxa será cobrada de todos os habitantes que no estado residem e mantem conta telefônica, mediante um valor fixo estipulado na fatura respectiva. Está correta tal cobrança diante do regime jurídico constitucional das taxas? Explique. 
Não está correta, pois a ideia da legislação em relação ao serviço público especifico e divisível é afastar por completo a possibilidade de incidência de taxas sobre serviços públicos prestados em caráter universal, aqueles prestados a toda coletividade indistintamente sem poder ser prestado individualmente ou destacado em unidades autônomas. Assim como a iluminação pública não pode ser cobrada como taxa, a segurança pública, limpeza e conservação de logradouros e o asfaltamento de ruas também não podem incidir a cobrança de taxa.
7. Qual a natureza jurídica das taxas? 
A natureza jurídica da taxa é a prestação de serviço público ou efetivo poder de polícia por parte do Estado. Taxa é um tributo autônomo e vinculado, ao qual o fato gerador sempre corresponderá a uma atividade estatal especifica e dirigida de modo especial ao contribuinte: decorrente do exercício regular do poder de polícia ou decorrente da utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos ou divisíveis, prestados ao contribuinte. Sua base de cálculo será sempre o custo da prestação de serviços). 
8. Afirmava que os tributos do art. 149, da CF, eram originárias por não terem destinação específica, você concorda com essa afirmação? Justifique.
Não, a afirmação está incorreta. Receitas originárias são aquelas que são obtidas com a exploração do próprio patrimônio da administração pública por meio da alienação de bens ou serviços, não é este o caso, o art. 149 CF prevê que é competência privativa da União de criar as contribuições: sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesses de categorias profissionais ou econômicas. São chamadas de contribuições especiais ou parafiscais, já que tem objetivo específico de atuar em cada uma das respectivas áreas. A destinação que é dada ao produto arrecadado, ou seja, à receita oriunda da referida arrecadação que a União obtém com a contribuição, é destinada ao fim para o qual foi instituída a contribuição. Deve-se salientar que o constituinte utilizou como critério classificatório das contribuições a sua finalidade, a destinação do produto arrecadado, a qual deve ser rigorosamente observada pelo legislador infraconstitucional no momento da instituição das contribuições. Este é o entendimento pacificado do STF: “apenas baseados naanálise das hipóteses de incidência ou fatos geradores das contribuições instituídas com fulcro no art. 149, não é possível estabelecermos a sua natureza jurídica específica, ou seja, a característica que permite distingui-las como espécie tributária diversa das demais, pois, além da apreciação do fato gerador ou da hipótese de incidência, para se determinar a natureza jurídica específica das contribuições do art. 149 da CF, é necessário verificar o destino do produto de sua arrecadação”.
9. O empréstimo compulsório é restituível? Justifique. 
O empréstimo compulsório é um tributo restituível, é imprescindível a devolução do produto em dinheiro. A lei fixara o prazo do empréstimo e as condições para que seja restituído. O empréstimo compulsório é um tributo restituível, deve, após determinado lapso temporal, ser devolvido ao contribuinte. A competência para criação dessa espécie de tributo é privativa da União, que deverá exercê-la por meio de lei complementar. O que significa que o empréstimo compulsório somente pode ser criado por meio de lei complementar.
10. A CF de 1988 cria tributos? Justifique. 
A Constituição Federal de 1988 não cria tributos e sim, define competências dos entes políticos da federação, limitando o seu poder de tributar, ao estabelecer princípios e imunidades. Classifica os tributos conforme suas espécies; determinar a regra-matriz dos impostos e traçar as limitações ao exercício das competências tributarias. 
11. Explique a expressão "o dinheiro não tem cheiro". 
Esta expressão surgiu em Roma. Significa que o tributo não tem cheiro, o direito tributário atenta-se a relação econômica do negócio jurídico, pouco importando a atividade praticada pelo contribuinte e se o fato gerador da obrigação tributária é lícito ou ilícito, independentemente dos atos ilícitos que o sujeito possa cometer, basta realizar a conduta de adquirir dinheiro para pagar o tributo, ou seja, não importa a origem do dinheiro, o que é levado em consideração pela legislação tributária é se auferiu renda, tem que pagar o imposto.
12. Qual a hipótese de incidência das Contribuições de melhoria? Justifique.
A Hipótese de Incidência é a descrição de um evento da realidade contida na CF e na Lei que se e quando acontecida no mundo da realidade faz nascer o dever de pagar o tributo, no caso das contribuições de melhoria que é um tributo que tem por hipóteses de incidência uma atuação estatal indiretamente referida ao contribuinte. A hipótese de incidência das contribuições de melhoria é sempre a realização de uma obra pública. Sua base de cálculo será conforme a valorização do imóvel, cujo limite individual não poderá exceder a 3% do maior valor fiscal do imóvel, que corresponde ao valor final do imóvel, só podendo ser cobrado uma única vez e por obra realizada, após o seu término. 
13. O estado ALFA institui duas contribuições mensais compulsórias devidas por todos os seus servidores. A primeira, com alíquota de 10% sobre a remuneração mensal de cada servidor, destina-se ao custeio do regime previdenciário próprio, mantido pelo estado ALFA. A segunda, no valor equivalente a 1/60 da remuneração mensal de cada servidor, destina-se ao custeio da assistência à saúde do funcionalismo público daquele estado. Sobre a situação apresentada, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir:
a)É valida a contribuição compulsória instituída pelo Estado ALFA para o custeio do regime previdenciário próprio de seus servidores?
Sim, é válida a contribuição. Os Estados podem instituir contribuição para o custeio do regime previdenciário de seus servidores, conforme o Art. 149, § 1º, da CRFB/88. 
b) é válida a contribuição compulsória instituída pelo estado ALFA para a assistência à saúde de seus servidores?
É inconstitucional qualquer outra contribuição compulsória instituída pelos Estados, além daquela exclusivamente voltada ao custeio do regime previdenciário de seus servidores. Portanto, não é válida a contribuição que, no caso proposto, foi instituída pelo Estado Alfa conforme o Art. 149, da CRFB/88. 
.
14. A lei federal que criou o adicional de indenização ao trabalhador portuário enunciou como sujeito passivo desse tributo, de modo genérico, o operador portuário. A união federal, por meio de decreto do presidente da república, equiparou ao operador portuário aos importantes exportadores e consignatários de mercadorias importadas do exterior. Pergunta-se:
Esse tributo foi criado por lei em razão da competência residual da união, tendo como base de cálculo a renda de empresas. É constitucional tal cobrança?
É inconstitucional. Como a hipótese de incidência e base de cálculo a referida atividade (exportação e importação) já estão previstos no artigo 153, I e II, CF, a união não poderá criar um imposto residual (imposto novo), pois este só pode ser criado desde que não se assemelhe a nenhum imposto já previsto na constituição federal. Outra ilegalidade é o fato do presidente da república ter definido o operador portuário como sujeito passivo, sendo que apenas a legislação poderá defini-lo como tal.
15. Determinado município de São Paulo criou uma taxa em face do recapeamento asfáltico realizado em determinadas ruas do bairro de pinheiros, localizado no mesmo município, tendo como base de cálculo o custo da referida obra. O estado de são Paulo, por seu turno, resolveu cobrar uma contribuição especial de seguridade social destinada ao órgão de saúde respectivo. Pergunta-se: 
Quais os vícios, se existentes, de flagrante desrespeito ao conceito constitucional e legal acerca dos referidos tributos, que prejudicam a sua valida cobrança e instituição.
Há vícios existentes, serviços públicos prestados em caráter universal (não é usufruído individualmente pelo contribuinte) como é o caso do recapeamento asfáltico, não há incidência de taxas. Base de cálculo de taxa é o custo na prestação de serviço. 
Na segunda afirmação, os vícios são: Compete exclusivamente a União instituir contribuições sociais, existe uma exceção, compete aos Estados instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em beneficio destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos da União. Não pode ser destinada a órgão de saúde, as contribuições especiais são tributos e não tem como objetivo custear as funções gerais e indivisíveis do Estado. .

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