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2 aula. Politica Saúde Mental

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A Política Nacional de 
Saúde Mental- 
 
Prof. Elaine Soi 
 
 
 
Política de Saúde Mental 
 
• A atual política de saúde mental brasileira é resultado da 
mobilização de usuários, familiares e trabalhadores da Saúde 
iniciada na década de 1980. 
 
 
• Nas últimas décadas, esse processo de mudança se expressa 
especialmente por meio do Movimento Social da Luta 
Antimanicomial e de um projeto coletivamente produzido de 
mudança do modelo de atenção e de gestão do cuidado: a Reforma 
Psiquiátrica. 
Política de saúde mental 
 
• Ainda na década de 1980, experiências municipais 
iniciaram a desinstitucionalização. 
 
 
• A atenção aos portadores de transtornos mentais passa a 
ter como objetivo o pleno exercício de sua cidadania, e não 
somente o controle de sua sintomatologia. 
 
• Isso implica em organizar serviços abertos, com a 
participação ativa dos usuários e formando redes com outras 
políticas públicas (educação, moradia, trabalho, cultura etc). 
Política de saúde mental 
• Em 2001, após mais de dez anos de tramitação no 
Congresso Nacional, é sancionada a Lei nº 10.216 que 
afirma os direitos das pessoas portadoras de transtornos 
mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde 
mental. 
 
LEI N. 10.216 DE 6 DE ABRIL DE 2001 
 
Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas 
portadoras de transtornos mentais e redireciona o 
modelo assistencial em saúde mental. 
 
 
 
Política de saúde mental 
• Na década de 2000, com financiamento e regulação 
tripartite, amplia-se fortemente a rede de atenção psicossocial 
(Raps), que passa a integrar, a partir do Decreto Presidencial 
nº 7508/2011. 
 
• Entre os equipamentos substitutivos ao modelo manicomial 
podemos citar os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), os 
Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), os Centros de 
Convivência (Cecos), as Enfermarias de Saúde Mental em 
hospitais gerais, as oficinas de geração de renda, entre outros. 
 
• As Unidades Básicas de Saúde cumprem também uma 
importante função na composição dessa rede comunitária de 
assistência em saúde mental. 
A POLITICA NACIONAL DE SAUDE MENTAL 
 
 
Antes da Reforma Psiquiátrica Depois da Reforma 
 Cuidado Centrado na internação 
em Hospital Psiquiátrico: 
 
 Isolamento; 
 Normatização dos sujeitos; 
 Lógica da Instituição total; 
 Violação dos direitos 
humanos. 
 
 
 Criação de ampla rede de 
cuidado em saúde: 
 
 Territorial; 
 Complexificação do objeto de 
cuidado; 
 Ampliação das práticas e 
saberes; 
 Co-responsabilização pelo 
cuidado. 
 
Alguns Marcos da Reforma Psiquiátrica 
• 2000: 
 2001 – Lei 10.216 (06 de abril) – redireciona o modelo assistencial em saúde 
mental. 
 
• 2010: 
 Portaria 4279, de 30 de dezembro de 2010- Estabelece diretrizes para a 
organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de 
Saúde (SUS); 
 Portaria 3.088, (23 DE DEZEMBRO DE 2011) Institui a Rede de Atenção 
Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com 
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no 
âmbito do Sistema Único de saúde (SUS). 
 
 Rede de AtençãoPsicossocial 
 A Política Nacional de Saúde Mental busca consolidar 
um modelo de atenção aberto e de base comunitária. 
 
 A proposta é garantir a livre circulação das pessoas com 
problemas mentais pelos serviços, pela comunidade e pela 
cidade. 
 
 A Rede é composta por serviços e equipamentos 
 variados, tais como: os Centros de Atenção 
Psicossocial(CAPS); os Serviços Residenciais Terapêuticos 
(SRT); os Centros de Convivência e Cultura, as Unidade de 
Acolhimento (UAs), e os leitos de atenção integral (em 
Hospitais Gerais, nos CAPS III). 
 REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL 
 DIRETRIZES PARA PROMOVER A COESÃO 
 
 
 
• Fortalecimento de Rede de saúde mental diversificada, integrada, 
articulada, considerando as especificidades loco-regionais de 
base comunitária, atuando na perspectiva territorial; 
 
• Promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da 
saúde; 
 
• Combate a estigmas e preconceitos favorecendo a inclusão social 
com vistas à promoção de autonomia e ao exercício da cidadania; 
 
• Garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado 
integral e assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar; 
 
• Atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas; 
 
 
 
 
 
 
 
REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: 
DIRETRIZES PARA PROMOVER A COESÃO 
 
 Participação dos usuários e de seus familiares no controle social; 
 
 Organização dos serviços em rede de atenção à saúde, com 
estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a 
integralidade do cuidado; 
 
 Promoção de estratégias de educação permanente; 
 
 Desenvolvimento de estratégias de Redução de Danos; 
 
 Desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com transtornos 
mentais e com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e 
outras drogas, tendo como eixo central a construção do projeto 
terapêutico singular. 
 
 
Organização da 
REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL 
• Unidade Básica de Saúde; 
• Núcleo de Apoio a Saúde da Família; 
• Consultório na Rua; 
• Centros de Convivência e Cultura. 
Atenção Básica em Saúde 
• Centros de Atenção Psicossocial, nas suas diferentes 
modalidades, 
Atenção Psicossocial 
Estratégica 
• SAMU 192; 
• UPA 24 horas e portas hospitalares de atenção à 
urgência/pronto socorro, Unidades Básicas de Saúde. 
Atenção de Urgência e 
Emergência 
• Unidade de Acolhimento; 
• Serviço de Atenção em Regime Residencial CT´s. 
Atenção Residencial de 
Caráter Transitório 
• Leitos de saúde mental em Hospital Geral. Atenção Hospitalar 
• Serviços Residenciais Terapêuticos; 
• Programa de Volta para Casa. 
Estratégias de 
Desinstitucionalização 
• Iniciativas de Geração de Trabalho e Renda; 
• Fortalecimento do Protagonismo de Usuários e 
Familiares. 
Estratégias de 
Reabilitação Psicossocial 
Componentes da Rede de Atenção Psicossocial 
INTERNAÇÃO PSIQUIÁTRICA 
 
 
 A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo 
médico circunstanciado que caracterize os seus motivos. 
 
 Parágrafo único. São considerados os seguintes tipos de internação 
psiquiátrica: 
 
 I - internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do 
usuário 
 
 II - internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do 
usuário e a pedido de terceiro 
 
 III - internação compulsória: aquela determinada pela Justiça 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Portaria n.º 336/GM Em 19 de fevereiro de 2002. 
 
 
 Estabelece que os Centros de Atenção Psicossocial 
poderão constituir-se nas seguintes modalidades de 
serviços: 
 
 CAPS I, CAPS II e CAPS III, definidos por ordem 
crescente de porte/complexidade e abrangência 
populacional, conforme disposto nesta Portaria. 
 
CONCEITO 
 
 Os CAPS são instituições destinadas a acolher os 
pacientes com transtornos mentais, estimular sua 
integração social e familiar, apoiá-los em suas 
iniciativas de busca da autonomia, oferecer-lhes 
atendimento médico e psicológico. 
 
 Os CAPS constituem a principal estratégia do processo 
de reforma psiquiátrica. 
 
 
OBJETIVO 
  O objetivo dos CAPS é oferecer atendimento à 
população de sua área de abrangência, realizando o 
acompanhamento clínico e a reinserção social dos 
usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos 
direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e 
comunitários. 
 
 É um serviçode atendimento de saúde mental criado 
para ser substitutivo às internações em hospitais 
psiquiátricos. 
 
 
 
 
 
Deverão contar, no mínimo, com os seguintes recursos 
físicos: 
 
 consultórios para atividades individuais (consultas, 
entrevistas, terapias) 
 
 salas para atividades grupais. espaço de convivência, 
oficinas 
 
 refeitório (o CAPS deve ter capacidade para oferecer 
refeições de acordo com o tempo de permanência de cada 
paciente na unidade) 
 
 sanitários, área externa para oficinas, recreação e esportes. 
 
Quem pode ser atendido CAPS 
 As pessoas atendidas nos CAPS são aquelas que apresentam 
intenso sofrimento psíquico, que lhes impossibilita de viver e 
realizar seus projetos de vida. 
 
 São, preferencialmente, pessoas com transtornos mentais severos 
e/ou persistentes, ou seja, pessoas com grave comprometimento 
psíquico, incluindo os transtornos relacionados às substâncias 
psicoativas (álcool e outras drogas) e também crianças e 
adolescentes com transtornos mentais. 
 
 O importante é que essas pessoas saibam que podem ser 
atendidas e saibam o que são e o que fazem os CAPS. 
 
 
DIAS E HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO DOS CAPS 
 
 Os CAPS funcionam, pelo menos, durante os cinco dias úteis da semana (2ª a 6ª 
feira). Seu horário e funcionamento nos fins de semana dependem do tipo de 
CAPS: 
 
 CAPS I – municípios com população entre 20.000 e 70.000 habitantes 
 Funciona das 8 às 18 horas. De segunda a sexta-feira 
 
 CAPS II – municípios com população entre 70.000 e 200.000 habitantes 
 Funciona das 8 às 18 horas 
 De segunda a sexta-feira. Pode ter um terceiro período, funcionando até 21 
horas 
 
 CAPS III – municípios com população acima de 200.000 habitantes 
 Funciona 24 horas, diariamente, também nos feriados e fins de semana 
 CAPSi – municípios com população acima de 200.000 habitantes 
 Funciona das 8 às 18 horas. De segunda a sexta-feira 
 
OS CAPS são diferentes: 
  CAPS I e CAPS II: são CAPS para atendimento diário de 
adultos, em sua população de abrangência, com 
transtornos mentais severos e persistentes. 
 
 CAPS III: são CAPS para atendimento diário e noturno de 
adultos, durante sete dias da semana, atendendo à 
população de referência com transtornos mentais severos e 
persistentes. 
 
 CAPS i: CAPS para infância e adolescência, 
 
 CAPS ad: CAPS para usuários de álcool e drogas, para 
atendimento diário à população com transtornos 
decorrentes do uso e dependência de substâncias 
psicoativas, como álcool e outras drogas. 
 
Programa de Volta Para Casa 
 Tem por objetivo garantir a assistência, o acompanhamento e 
a integração social, fora da unidade hospitalar, de pessoas 
acometidas de transtornos mentais, com história de longa 
internação psiquiátrica. 
 
 É parte integrante deste Programa o auxílio-reabilitação, no 
valor de R$ 240,00, pago ao próprio beneficiário durante um 
ano, podendo ser renovado, caso necessário. 
 
 Pode ser beneficiária do Programa qualquer pessoa com 
transtorno mental que tenha passado 2 ou + anos internada, 
ininterruptamente, em instituições psiquiátricas e também 
aquela que mora em residência terapêutica ou que tenha 
vivido em hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico ( 
manicômio judiciários) pelo mesmo período. 
 
Serviços Residenciais Terapêuticos 
 São casas localizadas no espaço urbano, constituídas para 
responder às necessidades de moradia de pessoas com transtornos 
mentais graves egressas de hospitais psiquiátricos ou hospitais de 
custódia e tratamento psiquiátrico, que perderam os vínculos 
familiares e sociais; moradores de rua com transtornos mentais 
severos, quando inseridos em projetos terapêuticos acompanhados 
nos CAPS. 
 
 O número de usuários em cada SRT pode variar de uma pessoa até 
um pequeno grupo de no máximo oito pessoas, que deverá contar 
com suporte profissional sensível às demandas e necessidades de 
cada um. Os SRTs deverão estar vinculados aos CAPS ou a outro 
serviço ambulatorial. 
 
 São prioritários para implantação de SRTS os municípios-sede de 
hospitais psiquiátricos e com CAPS. 
 
HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS 
 
 
 A política de Saúde Mental tem como ou ma de suas 
principais diretrizes a reestruturação da assistência 
hospitalar psiquiátrica, objetivando a redução 
contínua e programada de leitos em hospitais 
psiquiátricos, com a garantia da assistência desses 
pacientes na rede de atenção extra-hospitalar, 
buscando sua reinserção no convívio social. 
 
 
OBRIGADO 
 
 
 
 
 
 
 Prof. Elaine Soi

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