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<p>REFORMA PSIQUIÁTRICA E POLÍTICA</p><p>NACIONAL DE SAÚDE MENTAL</p><p>Reforma Psiquiátrica</p><p>• Surge na década de 1980 em nosso país, com propostas nos campos</p><p>técnico, político, cultural, social e jurídico, com vistas a modificar a</p><p>relação da sociedade com o portador de transtornos mentais e</p><p>transformar as práticas estabelecidas durante séculos, por meio da</p><p>superação do aparato manicomial e da criação de outras formas de</p><p>lidar com o sofrimento psíquico.</p><p>• Buscava-se uma humanização dos serviços, e o foco ainda era o</p><p>hospital psiquiátrico.</p><p>• O grande movimento da rede ambulatorial se insere nesse contexto.</p><p>18 de maio – “Dia nacional de luta</p><p>antimanicomial”</p><p>• Intensificação dos processos de denúncias das condições em que se</p><p>encontravam os internos dos hospícios.</p><p>• Articulação da sociedade civil composta por técnicos da área de</p><p>saúde mental, usuários de serviços e seus familiares, que têm</p><p>reivindicado o fim dos manicômios, propondo e apoiando</p><p>tratamentos alternativos.</p><p>• No Brasil o slogan “por uma sociedade sem manicômios” e elegeu o</p><p>dia 18 de maio como “Dia nacional de luta antimanicomial”</p><p>Carta de Direitos dos Usuários</p><p>• Um dos frutos positivos do movimento é que ele deu voz aos usuários.</p><p>• Em Santos (1994), usuários e familiares de todo o Brasil se reuniram</p><p>durante três dias para redigir a chamada “Carta de Direitos dos</p><p>Usuários”, um documento que traz as reinvindicações e lutas dos</p><p>usuários por melhores condições de vida e tratamento, fora dos</p><p>hospícios.</p><p>Reforma Psiquiátrica</p><p>• No fim da década de 1980 e inícios dos anos 1990, quando o ideal era</p><p>uma sociedade sem manicômios, o que indica uma mudança</p><p>estrutural no modelo assistencial que leva a criação de novas formas</p><p>de atenção e cuidado, e de uma rede de serviços substitutivos ao</p><p>aparato manicomial de atendimento.</p><p>• Em 1987 surgiu a desinstitucionalização, movimento de luta</p><p>antimanicomial.</p><p>• Em 1989 criação do NAPS (Núcleo de Apoio Psicossocial).</p><p>Reforma Psiquiátrica</p><p>• A partir de então, incentivada pelo Ministério da Saúde, inicia-se a</p><p>multiplicação de serviços por todo o país, no moldes de “serviços de</p><p>atenção diária”</p><p>❖ Centro de Atenção Psicossocial (Caps),</p><p>❖ Núcleos de Atenção Psicossocial (Naps),</p><p>❖ Centros de Referencias em Saúde Mental (Cersams),</p><p>❖ Hospitais–dia.</p><p>❖ Implantam-se também centros de convivências e lares abrigados.</p><p>Reforma Psiquiátrica</p><p>• Esses serviços procuram promover o incremento de</p><p>habilidades sociais dos usuários e,</p><p>• O aumento de sua autonomia, tendo em comum a</p><p>manutenção do vínculo familiar, a não segregação e a</p><p>proposta ideológica do resgate da cidadania do usuário e sua</p><p>reintegração à sociedade.</p><p>Projeto de Lei Paulo Delgado</p><p>Em 1989, o projeto Paulo Delgado (lei n. 3.657/89),</p><p>recomendava a substituição progressiva dos manicômios</p><p>por outras práticas terapêuticas e discutia a cidadania do</p><p>louco, e inseriu a sociedade nas discussões.</p><p>Declaração de Caracas</p><p>• Em 1990, acontece a Conferência sobre reestruturação de atenção</p><p>Psiquiátrica, patrocinado pela OPS/OMS, em Caracas.</p><p>• Destaca-se a orientação de diversificar a oferta de serviços, visando</p><p>a,</p><p>✔ desmistificar a crença de que hospital psiquiátrico serial o local ideal</p><p>para o tratamento das pessoas com transtornos mentais.</p><p>✔ Deve excluir o confinamento e o martírio de suas práticas e oferecer</p><p>tratamento digno e humano.</p><p>Lei 10.216/2001</p><p>• Lei n. 10.216, de 06 de abril de 2001,</p><p>“dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de</p><p>transtornos mentias e redimensiona o modelo assistencial em saúde</p><p>mental.”</p><p>• Prevê que o tratamento deve ser oferecido, preferencialmente em</p><p>serviços comunitários de saúde mental, da forma menos restrita</p><p>possível.</p><p>• Essa lei tem como princípio a proteção e os direitos dos portadores de</p><p>transtornos mentais e a adoção de medidas para promover a</p><p>reinserção social dessas pessoas.</p><p>III Conferência Nacional de Saúde Mental</p><p>• De 11 a 13 de dezembro de 2001, foi realizada a III Conferência</p><p>Nacional de Saúde Mental, denominada “Cuidar sim, excluir não”.</p><p>• Foi reforçada a saúde como direito do cidadão e dever do Estado, com</p><p>os princípios do SUS – ação integral, acesso universal e gratuito,</p><p>equidade, participação e controle social.</p><p>• Ênfase foi dada à rede de atenção integral em saúde mental, a</p><p>inclusão social, a desmistificação, integração das políticas sociais.</p><p>INTERNAÇÕES INVOLUNTÁRIAS E COMPULSÓRIAS</p><p>• A Lei n. 10.216/2001 estabelece não somente os parâmetros para um</p><p>novo modelo de assistência em saúde mental, mas também regras</p><p>gerais para a realização das internações psiquiátricas, em seu art.6.</p><p>• A internação psiquiátrica somente pode ser realizada mediante laudo</p><p>medico circunstanciado que caracterize os seus motivos.</p><p>Tipos de internação psiquiátrica</p><p>• Internação voluntária: com consentimento do paciente.</p><p>É necessário que o paciente assine um termo de consentimento</p><p>concordando com sua internação psiquiátrica.</p><p>É necessário que ele consiga expressar sua vontade.</p><p>E, para expressar sua vontade, ele precisa ter preservadas suas esferas</p><p>cognitivas do entendimento e vontade.</p><p>Tipos de internação psiquiátrica</p><p>• Internação involuntária: sem consentimento do paciente, a pedido de terceiros,</p><p>necessário informar o Ministério Público.</p><p>As condições necessárias para esse tipo de internação, além da presença do</p><p>transtorno mental e da indicação de tratamento em regime de internação</p><p>hospitalar, são definidas pela Resolução do CFM n. 2.057/2013.</p><p>❑ Incapacidade grave de autocuidados.</p><p>❑ Risco de morte ou de prejuízos graves à saúde.</p><p>❑ Risco de autoagressão ou de heteroagressão.</p><p>❑ Risco de prejuízo moral ou patrimonial.</p><p>❑ Risco de agressão à ordem pública.</p><p>O responsável técnico pela instituição onde o paciente será internado fica</p><p>obrigado a comunicar o Ministério Público Estadual em até 72 horas.</p><p>Tipos de internação psiquiátrica</p><p>• Internação compulsória: realizada por determinação judicial,</p><p>independe do consentimento do paciente.</p><p>• Nesses casos, a internação é determinada pelo magistrado,</p><p>devendo ser cumprida pelo médico assistente, independentemente</p><p>de haver concordância médica ou critérios clínicos para tratamento</p><p>em regime de internação hospitalar.</p><p>MUDANÇAS RECENTES NA</p><p>POLÍTICA DE SAUDE MENTAL DO</p><p>BRASIL</p><p>RAPS</p><p>• A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) por meio do Decreto MS/GM n.</p><p>3088 de 2011, com a intenção de consolidar um modelo de atenção</p><p>aberto e de base comunitária, que garantisse a livre circulação das</p><p>pessoas com problemas mentais.</p><p>• Foi revogado em 2017 pela Portaria 3.588 de 21 de dezembro de 2017.</p><p>• O atendimento à saúde dentro do SUS foi desenhado a partir das Redes</p><p>de Atenção à Saúde(RAS), dentre as quais destaca-se a RAPS.</p><p>• A RAPS utiliza, um conjunto de propostas de cuidado chamado de</p><p>Projeto Terapêutico Singular (PTS).</p><p>• O PTS é geralmente construído nos Centros de Atenção Psicossociais</p><p>(CAPS) e pensando na maneira multiprofissional e em conjunto com o</p><p>usuário, podendo ser alterado sempre que houver necessidade.</p><p>14 DE DEZEMBRO DE 2017</p><p>Estabelece as Diretrizes para o Fortalecimento</p><p>da Rede de Atenção Psicossocial</p><p>(RAPS)</p><p>• Aprovadas mudanças na Política Nacional de Saúde Mental pelo</p><p>Ministério da Saúde.</p><p>• Entre as mudanças:</p><p>✔ A política de abertura de mais leitos psiquiátricos e a instituição de</p><p>leitos de psiquiatria em unidades psiquiátricas fechadas, e não mais</p><p>nos hospitais gerais, são as principais.</p><p>RESOLUÇÃO Nº 32, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2017</p><p>Estabelece as Diretrizes para o Fortalecimento</p><p>da Rede de Atenção Psicossocial</p><p>(RAPS)</p><p>• Pactuado por gestores estaduais, federais e municipais (CIT – Comissão Intergestores</p><p>Tripartite) dia 14 de dezembro de 2018</p><p>• Governadores</p><p>• Prefeitos</p><p>• Ministério da Saúde</p><p>• Art. 1º Estabelecer as diretrizes para o fortalecimento da RAPS. Considera-se como</p><p>componentes da RAPS os seguintes pontos de atenção:</p><p>1.Atenção Básica;</p><p>2.Consultório na Rua;</p><p>3.Centros de Convivência;</p><p>4.Unidades de Acolhimento (Adulto e Infanto-Juvenil);</p><p>5.Serviços Residenciais</p><p>Terapêuticos (SRT) I e II;</p><p>6.Hospital Dia;</p><p>7.Unidades de Referência Especializadas em Hospitais Gerais;</p><p>8.Centros de Atenção Psicossocial nas suas diversas modalidades;</p><p>9.Equipe Multiprofissional de Atenção Especializada em Saúde Mental;</p><p>10.Hospitais Psiquiátricos Especializados.</p><p>Art. 8º - Fortalecer e apoiar técnica e financeiramente o</p><p>processo de desinstitucionalização de pacientes moradores</p><p>em Hospitais Psiquiátricos:</p><p>• I - habilitar 200 SRTs até o final de 2018;</p><p>• II - garantir maior flexibilidade aos gestores municipais para a</p><p>organização das SRTs;</p><p>• Objetivo: promover a reinserção social e desospitalização de</p><p>pacientes moradores em hospitais psiquiátricos</p><p>• Direcionamento dos hospitais psiquiátricos exclusivamente para</p><p>transtornos mentais agudos, com qualificação</p><p>Criação e qualificação de equipes multiprofissionais</p><p>• Art. 6º - Aprovar a criação de "Equipes Multiprofissionais de Atenção Especializada em</p><p>Saúde Mental", com objetivo de prestar atenção multiprofissional no nível secundário,</p><p>apoiando de forma articulada a atenção básica e demais serviços das redes de atenção à</p><p>saúde.</p><p>• Até então a RAPS previa a atenção em saúde mental apenas nos equipamentos de atenção</p><p>básica e CAPS</p><p>• As novas equipes terão como objetivo prestar atendimento nesta lacuna assistencial que</p><p>vinha existindo</p><p>• Quadros de gravidade intermediária, não necessitam Caps mas precisam mais que atenção</p><p>básica</p><p>• Alocadas em ambulatórios especializados já existentes - Capilarizar mais rapidamente a</p><p>atenção</p><p>• Devem ser todas equipes completas multiprofissionais.</p><p>I - estimular a qualificação e expansão de leitos em enfermarias</p><p>especializadas em Hospitais Gerais;</p><p>II - reestruturar a equipe multiprofissional mínima requerida para o</p><p>funcionamento das enfermarias especializadas em Hospitais Gerais;</p><p>III - monitorar sistematicamente a taxa de ocupação mínima das</p><p>internações em Hospitais Gerais para o pagamento integral do</p><p>procedimento em forma de incentivo;</p><p>IV - reajustar o valor de diárias para internação em hospitais</p><p>especializados de forma escalonada, em relação aos atuais níveis,</p><p>conforme o porte do Hospital.</p><p>Art. 9º - Ampliar a oferta de leitos hospitalares qualificados para a</p><p>atenção a pessoas com transtornos mentais e/ou com necessidades</p><p>decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas.</p><p>LEITOS EM HOSPITAIS GERAIS</p><p>• Expansão dos serviços</p><p>• Deverão contar com equipes especializadas</p><p>• Há grande déficit de leitos para internações de quadros agudos no país – tem a menor oferta em</p><p>TODO O MUNDO</p><p>• Há no país hoje cerca de 1000 leitos em hospital geral mas verificou-se taxa de ocupação</p><p>baixíssima, menor do que 20%</p><p>• Nos leitos dispostos em enfermarias de outras especialidades, sem equipe especializada, a</p><p>taxa de ocupação é menos de 15%</p><p>• Enfermarias não especializadas (11 a 20 leitos) mas com equipe a taxa sobe para 50%</p><p>• Enfermarias especializadas com equipe completa incluindo psiquiatras tem taxa de ocupação</p><p>de cerca de 90%</p><p>• Estimulo para enfermarias especializadas completas</p><p>MONITORAMENTO</p><p>• Meta de ocupação de 80%</p><p>• Acompanhamento da produção – antes os leitos recebiam verbas</p><p>mesmo sem comprovação de ocupação</p><p>• Art. 3º - Pactuar diretrizes clínicas para linhas de cuidados na RAPS.</p><p>• Art. 4º - Pactuar critérios de acompanhamento e monitoramento da</p><p>RAPS, com metas, indicadores qualitativos e quantitativos,</p><p>estimulando ainda a adequada regulação do acesso dos usuários aos</p><p>diferentes pontos de atenção da Rede.</p><p>• Vinculo ao Programa De Volta Para Casa - desospitalização</p><p>DIÁRIAS DOS LEITOS EM HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS</p><p>ATUALIZADAS</p><p>• Diárias dos leitos em hospitais psiquiátricos estão defasadas há 9 anos</p><p>• Antes a partir de 5 leitos a diária era reduzida como parte de estratégia de</p><p>sufocamento financeiro e estímulo ao fechamento dos serviços</p><p>• Há compromisso em não expandir leitos em hospitais psiquiátricos, e sim</p><p>aumentar a oferta de leitos em hospital geral</p><p>• Para desestimular a criação de moradores de longa duração os leitos de</p><p>pacientes internados há mais de 2 anos não terão reajuste.</p><p>• Internações que ultrapassarem 90 dias a diária cairá para metade</p><p>• Foco em internações breves de quadros agudos</p><p>• Art. 5º - Vedar qualquer ampliação da capacidade já instalada de leitos</p><p>psiquiátricos em hospitais especializados, conforme registro do CNES nesta</p><p>data, reafirmando o modelo assistencial de base comunitária</p><p>PORTARIA Nº 3.088, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011</p><p>Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental</p><p>e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do</p><p>Sistema Único de Saúde (SUS).</p><p>§ 4º Os Centros de Atenção Psicossocial estão organizados nas seguintes</p><p>modalidades:</p><p>I - CAPS I: atende pessoas com transtornos mentais graves e</p><p>persistentes e também com necessidades decorrentes do uso de crack,</p><p>álcool e outras drogas de todas as faixas etárias; indicado para</p><p>Municípios com população acima de 20 mil habitantes;</p><p>II - CAPS II: atende pessoas com transtornos mentais graves e</p><p>persistentes, podendo também atender pessoas com necessidades</p><p>decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, conforme a</p><p>organização da rede de saúde local, indicado para Municípios com</p><p>população acima de 70 mil habitantes;</p><p>PORTARIA Nº 3.088, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011</p><p>Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental</p><p>e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do</p><p>Sistema Único de Saúde (SUS).</p><p>III - CAPS III: atende pessoas com transtornos mentais graves e</p><p>persistentes. Proporciona serviços de atenção contínua, com</p><p>funcionamento 24 horas, incluindo feriados e finais de semana,</p><p>ofertando retaguarda clínica e acolhimento noturno a outros serviços</p><p>de saúde mental, inclusive CAPS Ad, indicado para municípios ou</p><p>regiões com população acima de 200 mil habitantes;</p><p>IV - CAPS AD: atende adultos ou crianças e adolescentes, considerando</p><p>as normativas do Estatuto da Criança e do Adolescente, com</p><p>necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas.</p><p>Serviço de saúde mental aberto e de caráter comunitário, indicado</p><p>para Municípios ou regiões com população acima de 70 mil habitantes;</p><p>PORTARIA Nº 3.088, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011</p><p>Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental</p><p>e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do</p><p>Sistema Único de Saúde (SUS).</p><p>• V - CAPS AD III: atende adultos ou crianças e adolescentes,</p><p>considerando as normativas do Estatuto da Criança e do Adolescente,</p><p>com necessidades de cuidados clínicos contínuos. Serviço com no</p><p>máximo 12 leitos para observação e monitoramento, de</p><p>funcionamento 24 horas, incluindo feriados e finais de semana;</p><p>indicado para Municípios ou regiões com população acima de 200 mil</p><p>habitantes; e</p><p>• VI - CAPS i: atende crianças e adolescentes com transtornos mentais</p><p>graves e persistentes e os que fazem uso de crack, álcool e outras</p><p>drogas. Serviço aberto e de caráter comunitário indicado para</p><p>municípios ou regiões com população acima de 150 mil habitantes.</p><p>PORTARIA Nº 3.588, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2017</p><p>Art. 7º - Aprovar a criação de nova modalidade de Centro de Atenção</p><p>Psicossocial de Álcool e outras Drogas do Tipo IV (CAPS AD IV),</p><p>• Voltado para atendimento de pacientes com transtornos relacionados ao</p><p>abuso de álcool e outras drogas</p><p>• Funcionamento 24h por dia</p><p>• Junto a cracolândias, cenas de uso de drogas, em cidades de mais de</p><p>500.000 hab</p><p>• Equipes multiprofissionais com inclusão de médicos clínicos e estrutura de</p><p>suporte clínico 24h – intercorrências clinicas muito comuns</p><p>• Agudização de quadros de transtorno mental ou intoxicações por drogas ou</p><p>síndrome de abstinência</p><p>• Mantido o processo de reabilitação psicossocial</p><p>PORTARIA Nº 3.588, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2017</p><p>VII - CAPS AD IV: atende pessoas com quadros graves e intenso</p><p>sofrimento decorrentes do uso de</p><p>crack, álcool e outras drogas. Sua</p><p>implantação deve ser planejada junto a cenas de uso em municípios</p><p>com mais de 500.000 habitantes e capitais de Estado, de forma a</p><p>maximizar a assistência a essa parcela da população.</p><p>Tem como objetivos atender pessoas de todas as faixas etárias;</p><p>proporcionar serviços de atenção contínua, com funcionamento 24</p><p>horas, incluindo feriados e finais de semana; e ofertar assistência a</p><p>urgências e emergências, contando com leitos de observação."</p><p>COMUNIDADES TERAPÊUTICAS</p><p>• Art. 11º - Fortalecer a parceria e o apoio intersetorial entre MS/MJ/</p><p>MDS/MT em relação as Comunidades Terapêuticas</p><p>• Transtornos relacionados ao uso de álcool e drogas</p><p>• Projeto interministerial: Ministérios da Saúde, Justiça,</p><p>Desenvolvimento Social e Trabalho</p><p>• Realização de estudos para definir critérios – como deve ser essa</p><p>expansão e o abrigamento de pacientes</p><p>• Comunidades terapêuticas – Resolução CFM</p><p>• Médicas: internamentos involuntários e compulsórios</p><p>• Não médicas: apenas internamentos voluntários</p><p>LEI N° 13.819, DE 26 DE ABRIL DE 2019</p><p>• Institui a Politica Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, a ser</p><p>implementada pela União, em cooperação com os Estados, o Distrito Federal e os</p><p>Municípios: e altera a Lei n° 9.656, de 3 de junho de 1998.</p><p>• “Art. 10-C. Os produtos de que tratam o inciso I do caput e o § 1º do art. 1º desta Lei</p><p>deverão incluir cobertura de atendimento à violência autoprovocada e às tentativas</p><p>de suicídio.”</p><p>• A lei teve origem no Projeto de Lei (PL) 1.902/2019, do deputado licenciado Osmar</p><p>Terra (hoje ministro da Cidadania), aprovado pela Câmara no final de março e pelo</p><p>Senado no dia 4 de abril.</p><p>• Determina a notificação compulsória, pelos estabelecimentos de saúde, dos casos de</p><p>violência autoprovocada, incluindo tentativas de suicídio e a automutilação.</p><p>• Incluiu a criação de um sistema nacional, envolvendo estados e municípios, para</p><p>prevenção da automutilação e do suicídio, bem como um serviço telefônico gratuito</p><p>para atendimento do público.</p><p>AMPLIAÇÃO DE AÇÕES DE PREVENÇÃO DO</p><p>SUICÍDIO</p><p>• Art. 12º - Promover ações de Prevenção ao Suicídio, por meio de parcerias com Estados e</p><p>Municípios, bem como instituições que atuam nesta área</p><p>• Aumento constante da taxa de suicídio</p><p>• Adolescentes e jovens: prevenção do uso de álcool e drogas</p><p>• 3 programas em curso: Elo, Tamojunto e Famílias Fortes</p><p>• Criação do grupo interministerial</p><p>• Acordo com CVV: repasse de 500.000,00 para apoiar estruturação técnica</p><p>• Com a gratuidade da ligação o número de ligações passou de 1500 ao mês para 58.000 em agosto de</p><p>2017 embora não ainda em todos os estados. Mail e Chat</p><p>• Repasse de 2 milhões aos 6 estados com maiores taxas de suicídio mediante</p><p>apresentação de projetos</p><p>• Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Piauí e Roraima</p><p>Decreto n°. 9.761/2019 Nova Política Nacional</p><p>sobre Drogas - PNAD</p><p>• No dia 11 de abril, o Presidente da República assinou o Decreto n°. 9.761/2019,</p><p>aprovando a Nova Política Nacional sobre Drogas – PNAD e revogando inteiramente</p><p>o Decreto n°. 4.345, de 26 de agosto de 2002.</p><p>• A nova política será desenvolvida em conjunto pelos ministérios da Cidadania, da</p><p>Saúde, da Justiça e Segurança Pública, dos Direitos Humanos, da Família e da</p><p>Mulher.</p><p>• A estratégia de tratamento, que estará sob responsabilidade do Ministério da</p><p>Cidadania, passa a ter a abstinência dos usuários - e não mais a redução de danos -</p><p>como foco.</p><p>• Além disso, destaca-se também a previsão de fortalecimento das Comunidades</p><p>Terapêuticas, as quais deverão receber maior incentivo, tanto social quanto</p><p>financeiro, do governo brasileiro.</p><p>• Conquanto esteja claro que a prioridade passa a ser estimular</p><p>serviços que busquem a abstinência em vez da redução de danos ao</p><p>usuário, a rigor não se pode defender o caráter de exclusividade</p><p>atribuído à abstinência, na medida em que o Anexo da PNAD prevê,</p><p>no item 3.4, a busca pelo equilíbrio entre as diversas frentes que</p><p>compõem de forma intersistêmica a Pnad, classificadas, de forma não</p><p>exaustiva, em políticas públicas de redução da demanda e de</p><p>redução da oferta, sendo que dentre as primeiras estão tanto a</p><p>prevenção e a promoção e manutenção da abstinência quanto a</p><p>redução dos riscos e danos sociais e à saúde.</p><p>Decreto n°. 9.761/2019 Nova Política Nacional</p><p>sobre Drogas - PNAD</p><p>• Nesse sentido, o Secretário Nacional de Cuidados e Prevenção às</p><p>Drogas do Ministério da Cidadania afirma que o modelo de redução de</p><p>danos possuía um erro conceitual. De acordo com Quirino,</p><p>• “O tratamento por abstinência é baseado em um conceito que está na</p><p>base da dependência química, que é o descontrole que determinado</p><p>indivíduo tem em relação ao uso de determinada substância. Se tem</p><p>esse descontrole, ele não vai conseguir bons resultados em uma</p><p>política que coloca como modelo a redução de danos, que parte da</p><p>premissa de que o indivíduo vai se controlar minimamente para evitar</p><p>danos que a substância causa para si”.</p><p>Decreto n°. 9.761/2019 Nova Política Nacional</p><p>sobre Drogas - PNAD</p><p>• ANTES: ênfase APENAS em redução de danos</p><p>• AGORA: ênfase em ABSTINÊNCIA, sem exclusão da redução de danos</p><p>• Critérios definidos e fiscalização – até agora vinham recebendo</p><p>verbas sem qualquer fiscalização, algumas com relatos de maus-tratos</p><p>e violações de direitos humanos</p><p>• Necessário transpor para a realidade: importância da pressão sobre</p><p>os gestores.</p><p>Um serviço não exclui o outro.</p><p>É hora de união e luta por assistência competente,</p><p>humanista e que satisfaça a quem dela precisa.</p><p>Tem-se de exigir de todos os serviços a qualidade na</p><p>assistência ao cliente, o que inclui também o respeito</p><p>aos aspectos ético-legais da profissão.</p><p>Referências</p><p>• Ferraz, M.P.T. História da Psiquiatria no Brasil – Um pouco de São</p><p>Paulo: estudo de caso. 1ª. edição – São Paulo: Leitura Médica, 2016.</p><p>• Jorge, M.A.S., Carvalho, M.C.A., Silva, P.R.F. Políticas e Cuidado em</p><p>Saúde Mental: contribuições para a prática profissional. Rio de</p><p>Janeiro: FIOCRUZ, 2014.</p><p>• HUMES EC, et al. Clínica Psiquiátrica: consulta rápida. Barueri, SP:</p><p>Manole, 2019.</p><p>• Stefanelli, M.C., Fukuda, I.M.K., Arantes, E.C. Enfermagem</p><p>psiquiátrica em suas dimensões assistenciais. Cap. 2 – Evolução</p><p>Histórica da Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiátrica – Barueri,</p><p>São Paulo: Manole, 2008.</p>

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