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Resumo de Direito Penal Segunda Prova

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Resumo de Direito Penal Segunda Prova
CONCURSO DE AGENTES
Contribuição conjuntamente para o crime. Mais de um agente no polo ativo da infração. 
Quem de qualquer modo concorre para o crime, incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
Os crimes podem ser 
Monossubjetivos: Realizados por uma só pessoa. Podendo ter coautoria, e participação, mas não é concurso eventual de agentes.
Plurissubjetivos: Só pode ser praticados pela pluralidade de agentes. Sem o concurso não ocorre crime. Todos são autores.
TEORIA MONISTA – UNITÁRIA
Todos aqueles que deram sua contribuição relevante para o crime, devem responder pelo mesmo tipo. Embora o crime praticado por diversas pessoas permanece único e indivisível.
EXCEÇÃO A TEORIA: Teoria Dualista Aborto Consentido, cada qual responde por um crime diferente. Mãe responde pelo art 124, detenção de 1 a 3 anos. E o médico responde pelo 126, reclusão de 1 a 4 anos.
Bola ou Propina: o funcionário público ingressa no mundo penal pelas portas do art 317 e o particular pelo art 333,onde cada qual ingressa no mundo penal pelo tipo diferente o legislador penaliza os dois agentes nas modalidade de autoria, não havendo concurso de agentes, o código adotou a teoria dualista.
Além disso, no §2 do art 29, como participação dolosa quando alguém manda dar uma surra no individuo somente lesões corporais, porém o capanga decide matar, o mandante é condenado pelo art 129 e o capagan pelo 121. 
REQUISITOS
Pluralidade de agente e de condutas: Contribuição de cada participante, em ação ou por omissão, ambas as condutas são punidas.
Relevância causal das condutas: Cada conduta deve ser, de alguma forma importante para ocorrer o crime. Tendo importância no resultado.
Se a conduta levada a efeito por um dos agente não possuir relevância para o cometimento da infração penal, é desconsiderada.
Liame Subjetivo (Ligação Subjetiva): Consciência de contribuir, para que seja concurso de agentes, ambos devem ter dolo. Se não houver o liame, cada qual responde isoladamente por sua conduta.
Identidade de infração para todos os participantes: Todos que tiveram o mesmo dolo, respondem pelo mesmo delito. Devem querer praticar a mesma infração penal.
FORMAS DE CODELINQUÊNCIA
É quem em regra realiza direta e pessoalmente uma figura do tipo. Exceção é a autoria mediata, indireta.
Autor mediato/indireto é quem comete o fato punível por intermédio de outra pessoa. (não se admite em crimes de mão própria)
COAUTORIA
Há divisão de trabalho. São os que realizam, direta e pessoalmente a conduta descrita no tipo penal. Na coautoria todos os agentes, em colaboração recíproca e visando o mesmo fim, realizam a conduta principal.
Se autor é quem possui o domínio do fato, é o senhor as suas decisões, co autores serão aqueles que tem o domínio funcional dos fatos.
Não se admite em crimes de mão próprio
PARTICIPAÇÃO
Modalidade acessória no concurso, partícipe (sentido estrito): Não executa, direta e pessoalmente a conduta, mas contribui. Depende da principal. Não são puníveis se o crime não chega pelo menos a ser tentado, e só autor pode chegar a fase de tentativa.
Se admite em crimes de mão própria.
FORMAS DE PARTICIPAÇÃO
Morais ( no plano psicológico)
Ajuste: É o acordo prévio, combinação, o contrato
Determinação: Determinar autoritariamente.
Instigação: Estimular a ideia preexistente, com dolo.
Moral: Induzimeno, determinação e instigação.
Material (no plano físico): Participação por cumplicidade. O auxílio pode ocorrer na fase de preparação (fornecer armar ou distrair a vítima), quem auxilia precisa da consciência de contribuir para a empreitada criminosa.
OBSERVAÇÃO SOBRE O PARTÍCIPE EM SENTIDO ESTRITO: O mandante não realiza pessoalmente os atos de execução é partícipe em sentido estrito. Por exemplo, o mandante manda matar, não mata direta e pessoalmente, tal mandante é sentido estrito.
COMUNICABILIDADE:
Condições, características e circunstâncias subjetivas ou pessoais: Dizem respeito à pessoa do agente, ou no motivo do crime.
Condições, características e circunstâncias objetivas: Estão no fato, condições da vítima, ao tempo, ao lugar, ao modo e aos meios de execução do delito e não na pessoa do agente e nem nos motivos do crime.
ELEMENTAR: É a característica sem a qual o delito não se configura, se retirar a características, desaparece o delito.
Elementar subjetivas ou pessoais: Se estendem, comunicam-se entre os co autores, desde que com dolo, ou quando for elementar. Ex. peculado- furto (elementar). Caso contrário não.
Exemplo: vizinho que mata a própria esposa que está em adultério, é privilegiado pelo §1º do 121, pois “agiu sob o domínio de violenta emoção”, se algum 3º ajudar a matar, não será acobertado pelo §1º do art 121 e sim responderá pelo caput do art 121.
Elementar objetiva: Se estendem entre os coautores e partícipes sempre que acobertadas pelo dolo
FORMAS DE AUTORIA SEM CONCURSO DE AGENTES
Autoria mediata: O autor do crime não realiza de forma direta, mas através de um longa manus, NÃO culpável, um terceiro não culpável.
Exemplo: No erro do tipo determinado por terceiro do §2º do art 20. Médico querendo matar paciente receita medicamente indevido, enfermeiro dada a raridade da doença, não tem as mínimas condições de perceber o equívoco da receita, aplica o medicamento e o paciente morre. Médico é autor mediato (indireto) de homicídio doloso do art 121 e enfermeiro agiu em erro de tipo invencível devendo ser absolvido na forma do §2º do art 20.
Autoria colateral: Visam realizar o mesmo crime, mas um desconhece a ação do outro. Cada autor responde individualmente pelos seus atos. Faltava a ligação subjetiva.
Autoria incerta: No caso de autoria colateral. Não se sabe quem é o responsável pelo resultado do delito mais grave. Ambos respondem por tentativa.
OBS: se dois atiram em alguém mas sabe um sabe do outro, um acerte e fere e o outro acerta e mata, perícia não consegue distinguir de quem foi a autoria do tiro letal. Ambos dever ser condenados por homicídio consumando em razão do princípio da adesão.
CRIME COMUM: Pode ser praticado por qualquer ser humano do qual não se exige nenhuma característica.
CRIME PRÓPRIO: Pode ser praticado por ser humano detentor de determinada característica. Admite autoria mediata, coautoria e participação.
CRIME DE MÃO PRÓPRIA, DE ATUAÇÃO PESSOAL OU DE ATUAÇÃO INFUNGÍVEL: Só pode ser praticado pessoalmente pelo agente. NÃO admite autoria mediata, nem coautoria. SOMENTE PARTICIPAÇÃO.
PENAS E APLICAÇÃO DA PENA
Conceito de Pena: Consequência natural imposta pelo estado quando alguém pratica uma infração penal. Quando o agente comete um fato típico, ilícito e culpável.
Primórdios: Ideia de puro castigo
Sanção Aflitiva imposta pelo Estado
Finalidade: A partir da Teoria Mista do qual trata da retribuição do mal cometido, reprovação e prevenção, a partir da LEP, ressocialização, proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado.
As penas devem ser necessárias e suficientes à reprovação e prevenção do crime.
Princípios Constitucionais da pena:
Legalidade: Só é crime aquilo que estiver previsto em lei, em sentido estrito, como crime.
Pessoalidade: Via de regra a pena não pode passa da pessoa do condenado.
EXCEÇÃO: Salvo a obrigação de reparar dano e a decretação de perdimento de bens que podem ser estendidas e executadas contra sucessores até o limite do patrimônio transferido (herança). (COLOCAR MAIS COISAS)
Individualização da pena:
Fase Legislativa; realizada pelo legislador ao cominar a lei penal a pena in abstrato, em nível de Congresso Nacional.
Fase Sentencial: Feita pelo juiz ou desembargadores na sentença penal condenatória, quando calculam a pena pelo método trifásico (Art 68) Fixando a pena em concreto, concretizando a sentença.
Fase Executória: Feita pelo juiz da vara das execuções penais, no (PEC) Processo de Execução Criminal), decide quanto a progressão ou regressão do regime, saídas temporárias, trabalho externo, direito a indulto ouà comutação da pena, extinção de punibilidade por cumprimento da pena ou outro motivo.
Humanização: Por mais bárbaro que tenha sido o crime do réu, não perderá a condição de ser tratado com humanidade, excluindo pena de morte ou de caráter perpetuo, trabalho forçado.
Irretroatividade da Lei Penal: A lei penal só retroage para favorecer o réu, na definição de crime e aplicação/ execução da pena.
Espécies de penas: 
Privativa de liberdade: Reclusão, detenção e prisão simples.
Restritiva de Direito: Perda de bens e valores, prestação de serviços a comunidade ou a entidade pública, interdição temporária de direitos e limitação de fim de semana.
Multa: 
Espécies de multa: 
Única e exclusiva: contravenção penal, pena é só a multa.
Cumulativa: Parte em ser privativa de liberdade E parte em multa.
Alternativa: Privação de liberdade OU multa
Substitutiva: Pena de privação de liberdade substituída por multa.
APLICAÇÃO DE PENA
Código penal prevê aplicação de duas penas privativas de liberdade, reclusão e detenção.
As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva e fixa os critérios para a escolha do regime inicial de cumprimento da pena.
O condenado a pena de reclusão superior a oito anos deverá cumprir em regime fechado
O condenado não reincidente, cuja pena seja superior a quatro anos e não exceda a oito, poderá desde o princípio cumpri-la em regime semiaberto
O condenado não reincidente, suja pena seja igual ou inferior a quatro anos, poderá cumpri-la em regime aberto.
Método trifásico:
1º Fase: Parte da pena in abstrato, leva em conta operadora judiciais (circunstâncias judiciais) do art 59 e chega à pena-base.
PENA-BASE:
Culpabilidade: Grau de reprovabilidade da conduta.
Antecedentes: vida pregressa do réu
Conduta Social: comportamento do réu na família, comunidade, no trabalho.
Personalidade: qualidade morais do agente, retrato psíquico do réu.
Motivos: as causas da conduta criminosa
Circunstâncias: Aspectos acessórios que não integram o crime, mas influem na sua gravidade.
Consequências: Maior ou menor danosidade do crime
Comportamento da vítima: Colaboração ou não da vítima para a ocorrência do crime.
REGRAS PRÁTICAS DA 1ª FASE - 
 1ª FASE Usada pelos magistrados nas sentenças e acórdãos condenatórios
1ª Regra: Se todas as operadoras judiciais ou quase todas forem favoráveis ao réu a pena-base deve ser fixada no termo mínimo ou um pouco acima do termo mínimo.
2ª Regra: Se todas as operadoras judiciais ou quase todas forem desfavoráveis ao réu, a pena-base deve ser fixada no termo médio ou um pouco abaixo do termo médio.
3ª Regra: Se houver equilíbrio entre as operadoras judiciais, a pena-base deve ser fixado em ponto intermediário entre os termos mínimo e médio.
QUALIFICADORAS
São características que se agregam ao tipo simples e ao básico, criando um novo mínimo e um novo máximo da pena in abstrato. Muitas vezes o objetivo não é nem absolver o réu e sim retirar a qualificadora para diminuir a pena. 
A qualificadora uma vez reconhecida, reflete no cálculo da pena desde a 1ª Fase.
2ª FASE: Parte da pena-base, leva em conta agravantes e atenuantes dos artigos 61 e 65 e chega à pena provisória.
Pena-provisória: Agravantes e atenuantes.
Preponderantes: menoridade e a reincidência. A pena provisória não pode ir além do máximo em abstrato, nem aquém do mínimo. Súmula 213, STJ.
OBS: Ao término da 2ª Fase, na fixação da pena provisória, esta não pode ficar abaixo do termo mínimo, nem acima do termo máximo.
3ª FASE: Parte da pena provisória, leva em conta causas de aumento (majorantes) e causas de diminuição (minorantes) e chega a pena definitiva.
OBS: Ao término da 3ª Fase, na fixação da pena definitiva, esta pode ficar abaixo do termo mínimo (minorantes), exemplo a tentativa do inc. II do art 14 e o arrependimento do art 16 ou acima do termo máximo (majorantes) o §4º do art 121.
PENA- DEFINITIVA
Causas de aumento e diminuição da pena, para além do máximo ou reduzi-la para abaixo do mínimo.
Substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos : (art 44)
Substituição de pena privativa de liberdade por multa (art 60, §2º do CP)
Aplicação da Suspensão Condicional da pena – SURSIS – art 77
Aplicação da pena de multa
Regime de cumprimento da pena (art 33 e seguintes).
Art 5º LXI e LXVI : Atualmente para o juiz negar o direito de o réu apela em liberdade terá de demonstrar fundamentalmente, na sentença, a presença, a presença de motivos relacionados com a garantia da ordem pública ou com a conveniência da aplicação da lei penal, ou seja, a necessidade da prisão cautelar.
RECLUSÃO: É executada nos regimes fechado, semiaberto e aberto (art 33). Pune as condutas mais lesivas (DOUTRINA)
DETENÇÃO: É executada nos regimes semiaberto e aberto, salvo regressão e transferência para regime fechado. Serve para punir as condutas menos lesivas.
Ainda que superior a 8 anos e reincidente, começa no semiaberto
Pena de 2 a 10 denteção, começa igualmente no semiaberto
PRISÃO SIMPLES: Voltada para fatos de menor potencial lesivo, lei das contravenções penais, voltada para as condutas menos lesivas. Executada em regime aberto ou semiaberto, mas sem rigor penitenciário. Não há requisitos para progressão, trabalho externo e saída temporárias.
OBS: Nos crimes hediondos, é possível progressão de regime após cumprido 2/5 da pena, para apenado primário, e, após cumpridos 3/5, para apenado reincidentes.
Tortura – Só inicial fechado 
Regressão art 118
Crime próprio: Aquele que só pode ser praticado por um grupo determinado de pessoas que gozem de condição especial exigida pelo tipo penal. Ex: funcionário público
REGIME FECHADO: Execução em estabelecimentos de segurança máxima ou média, ou seja, em penitenciária, regime para reclusão
Obrigatório para penas maiores de 8 anos de reclusão, tortura inicial fechado, hediondo inicial fechado, com progressão de regime após cumpridos 2/5 da pena, para apenado primário e após cumpridos 3/5 para apena reincidente.
REGIME SEMIABERTO: Trabalho comum durante o dia em colônias agrícolas, industriais ou estabelecimentos similares, trabalhos externos em cursos supletivo profissionalizantes de instrução de segundo grau e superior (sem vigilância direta). Posa no estabelecimento. Compatível com reclusão, detenção e prisão simples, SEM RIGOR PENITENCIÁRIO.
REGIME ABERTO: Em albergue, recolhimento à noite e dias de folgas, para detenção e reclusão não superior a 4 anos sem reincidência, serve para prisão simples.
CRIME DE AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
Constituem a regra e podem ser identificados pelo silêncio da Lei quanto ao modo de procedimento.
Autoridade Pública trabalham de ofício, independentemente de provocação ou da vontade da vítima ou da sua família (Delegado, promotor, juiz).
Inquérito Policial: Delegado instaura tão logo tenha conhecimento do fato
Fase judicial (triângulo processual) Haverá juiz que é o órgão decisor, quem decide dirige o processo e julga, haverá polo ativo da ação, o autor da ação penal. Que pode ser:
 -Ministério Público – Promotor de Justiça no Estado;
 - Justiça Federal – Procurador da República.
Ministério Público é titular da ação penal pública. Haverá o réu, que é processualmente o polo passivo, que é, em tese, o agente do fato delituoso, que é contra quem a pretensão punitiva é deduzida.
Parquet – Promotor de Justiça
O MP “dominus litis”, é o dono da lide, é o titular da ação penal.
Autor é quem deduz a pretensão em Juizo ( MP, quem quer colocar o réu na cadeia)
A denúncia é a petição inicial nos crimes de ação pública, sendo oferecida pelo MP ao juiz.
Nos crimes de ação penal pública incondicionada, o interesse público é predominante, é prevalecente, do verbo prevalecer.
A denúncia é, de regra, a petição inicial nos crimes de ação penal pública incondicionada e é oferecida pelo MP ao Juiz.
 As autoridades públicas trabalhem de ofício, é possível requerer ao delegado a instauração do promotor ou ao juiz que determinemrequisitem ao delegado a instauração.
CRIMES DE AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA
Crimes de ação pública condicionada são identificados pela expressão “somente se procede mediante representação” ou “requisição do Ministro da Justiça”.
EX: Ameaça
OBS: A representação do ofendido e a requisição do Ministro da Justiça são condições de procedibilidade de ação penal. Sem elas, a ação penal não pode ser julgada procedente.
A representação não exige maiores requisitos de formalidade. Pode ser feita diretamente à autoridade policial de forma verbal, sendo que a autoridade policial vai reduzir a termo dita representação, ou ainda se valer de formulários pré-impressos com a expressão “deseja representar”.
A representação pode ser feita ao juiz ou ao promotor, os quais irão requisitar à autoridade policial a instauração do Inquérito.
Mandar ou requisitar é uma ordem legal sob pena de crime de desobediência Requeres é pedir. Juiz ou Promotor, tem termos de instauração de inquérito, requisitam e não requerem.
A representação pode ser retratável (retirada) antes do oferecimento da denúncia
Nada impede que a representação seja feita sob forma de requerimento ao Delegao, ao promotor ou ao Juiz.
Nos crimes de ação penal pública condicionada são iguais ao da ação penal pública incondicionada (denúncia, MP)
A denúncia é a petição inicial nos crimes de ação penal pública condicionada e oferecida pela MP ao Juiz.
CRIMES DE AÇÃO PENAL PRIVADA
São identificados pela expressão “ somente se procede mediante queixa”. O delegado só instaura o IP se houver requerimento da vítima ou de seu representante legal; O interesse partícula é predominante, prevalece, é prevalecente.
OBS: nada impede que esse requerimento seja verbal, e seja reduzida a termo pelo delegado.
Triângulo processual: Juiz 
Quarelante: Autor / Polo ativo da ação penal, é quem deduz a pretensão punitiva em juízo. Em tese, é a vítima do fato delituoso.
Quarelado: Réu/ Polo passivo, é contra quem se deduz a pretensão punitiva em Juízo. Em tese o agente do fato delituoso.
Tanto o querelante quanto o quarelado serão representados por seus próprios advogados
O MP funciona como “cutos legis”, como fiscal da lei. Sua atividade é dar pareceres nos crimes de ação privada.
Queixa crime é a petição inicial nos crimes de ação privada e é oferecida pelo advogado do querelante ao juiz.
A queixa ou queixa-crime, é sempre oferecida em Juízo e sempre para o Juiz. Na delegacia de Polícia, não se faz queixa, nem se dá queixa.
Na delegacia de polícia, requer-se a instauração de inquérito, ou se registra a ocorrência, ou se oferece a representação, ou ainda se dá noticia criminis, a notícia do crime. Mas jamais se faz queixa, nem o MP se faz queixa.
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE:
Punibilidade: é a possibilidade jurídica de o Estado impor e/ou executar a pena, a sanção penal. É uma consequência do crime. Decorre do jus puniendi estatal. Não integra o conceito formal- analítico de crime.
A punibilidade sujeita-se a causas gerais de extinção que impedem o exercício da pretensão de punir ou de executar a pena. Podem ocorrer em todos os delitos – gerais (ex: morte do agente, ou em relação a alguns deles – especiais (ex retratação do agente nos crime contra a honra, ressarcimento do dano no peculato culposo, art 312 § 3º.
Em se tratando de concurso de agentes, as causas extintivas de punibilidade poderão ser comunicáveis a coautores e partícipes. Ex abolitio criminis, a decadência, a perempção, a renúncia ao direito de queixa ou incomunicáveis. Ex a morte do agente, o perdão judicial, a graça, a retratação.
A prescrição, em regra, estende-se a todos os autores do fato, a salvo quando algum apresentar circunstância pessoal. É o caso e um dos autores ser menor de 21 anos e maior de 18 anos ao tempo da prática do crime. O lapso prescricional é reduzido da metade, de form que a prescrição em relação a ele não alcança os outros participantes.
O art. 107 arrola as causa de extinção da punibilidade, mas não o faz exaustivamente. Existem outras causas fora do art 107.
HIPÓTESES:
Morte: Prova por certidão de óbito. 
Quando for provada a falsidade resolve-se. Por :
Se não houver trânsito em julgado da sentença que decretou extinção da punibilidade, o promotor deverá interpor recurso em sentido estrito, em face do que o processo retomará o seu curso normal, sem prejuízo da responsabilidade penal do autor falsidade.
Se já ocorreu o trânsito em julgado da sentença, a situação fica irremediável. Contra o suposto morto não pode ser intentada ação penal pelo mesmo objeto, restando a ção penal contra o autor da falsidade. No caso de ter sido imposta multa e não tê-la pago o condenado, pelo princípio da responsabilidade pessoal, o herdeiros não serão obrigados a pagá-la.
Anistia: De regra, para crimes políticos. Faz desaparecer o crime. É indulgência soberana. Pode ser concedida antes ou depois da condenação. 
A anistia depende de lei, destina-se à pessoa determinada, sendo semelhante ao indulto. A CF não mais se refere à graça e só ao indulto, o qual tem por objeto os crimes comuns, mas se dirige a uma coletividade de pessoas, embora possa ser concedido individualmente. O indulto pressupõe condenação definitiva. São causas que derivam da clemência soberana, fundada na equidade. A anistia é esquecimento jurídico de uma ou mais infrações penais. Das três é a que produz efeitos mais amplos. Pela CF, não se aplica aos delitos referentes à prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos. É atribuição de o Congresso concedê-la com a sanção do presidente da república. Pode ser EX TUNC
-Própria: antes do trânsito em julgado da sentença condenatória; 
- Impropria – após o trânsito em julgado da sentença condenatória..
- geral – ampla, se estende a todos os autores e fatos
- restrita – restringe seus efeitos a determinados autores e crimes praticados. 
Quase sempre é solicitada pelo condenado, pelo MP, por qualquer do povo, pelo conselho penitenciário.
O indulto é a medida de caráter coletivo. Abrange um grupo de condenados, seguindo determinados critérios subjetivos e objetivos, como a duração da pena imposta e o cumprimento de parte dela. Pode ser concedido espontaneamente pelo Poder Executivo, pode ser concedido a quem esteja gozando do livramento condicional ou do SURSIS.
 A graça e o indulto só cabem após o trânsito em julgado da sentença condenatória. Mas atualmente, tem-se entendido cabível a concessão do indulto antes do trânsito em julgado, desde que não caiba mais recurso de acusação. Ambas as medidas não apagam os efeitos secundários da condenação, não impedem que se configure a reincidência com a prática de novo crime. Os efeitos podem ser plenos, quando extinguem totalmente a punibilidade; parciais, quando concedem diminuição da pena ou sua comutação.
Abolitio Criminis: Nova lei não reconhece mais o fato como criminoso. Beneficia até os réus condenados com trânsito em julgado da sentença condenatória. Subsitem os efeitos civis. Apaga tudo em termos penais. A abolitio criminis extingue inclusive a medida e segurança nos termos parágrafos único do art 96, explicação ao final.
Prescrição: Imprescritibilidade como exceção limite temporal que o Estado impôs a si próprio para exercer o direito de punir ou de executar a pena concretizada. Espécies de prescrição e competência para reconhecê-la. Praticado o crime, o jus puniendi ( pretensão punitiva) estatal de abstrato torna-se concreto por meio de persecutio criminis. Via ação penal se estabelece a relação jurídica punitiva. Enquanto não transitar em julgado a decisão condenatória, o Estado prossegue no exercício da pretensão punitiva. Tornada definitiva a sentença condenatória, exige-se nova prestação jurisdicional, não mais o julgamento da pretensão punitiva, mas sim a execução da pena imposta ao réu, o jus punitionis. Tanto o jus puniendi quanto o jus punitionis acham-se delimitados pelo tempo. Se, desprezando pelo lapso temporal,o Estado não exercita a pretensão punitiva (obter decisão condenatória), após a prática delituosa, ou não exercitar a pretensão executória (executar a sentença condenatória), depois da sentença condenatória transitada em julgado, perderá o direito de fazê-lo. Na prescrição da pretensão executória, o decurso do tempo sem o seu exercício faz o com que o Estado perca o direito de executar a sanção imposta na sentença condenatória.
Decadência: Decorre do não uso do direito de acusar ou de delatar postulatoriamente (representação), dentro do prazo frisado na lei. Atinge o direito de agir de forma direta na ação penal privada, e de forma indireta nas ações penais públicas condicionadas à representação do ofendido. Em regras, o prazo para o oferecimento da queixa ou de representação é de 6 meses. O termo inicial é a data em o ofendido ou seu representante legal tomou conhecimento de quem é o autor da infração penal.
Perempção: Aplicação restrita aos casos de ação penal privada exclusiva. Sanção jurídica cominada ao querelante consiste na perda do direito de demandar o querelado, em face de sua inércia, sua desídia. É oriunda do exercício intempestivos do direito de movimentar o processo. Quando o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos. Se forem dois ou mais querelantes, a perempção só atinge aquele que abandona a ação. Na perempção o querelante se manifesta, embora tacitamente, a intenção de não mais prosseguir na demanda, sendo que a ação penal privada se rege pelo princípio da disponibilidade.
Renúncia: é ato unilateral de desistência do direito de ação pelo ofendido. A renúncia pode ser tácita ou expressa, e concedida a um e todos aproveitam. A renúncia é oportuna dentro dos 6 meses previstos para o exercício da ação penal privada. Ela é possível na ação penal privada subsidiária da pública, mas não impede o MP de oferecer a denúncia, pode ser tácita ou expressa. No concurso de agentes, a renúncia em relação a um dos autores, a todos se estenderá (principio da indivisibilidade da ação).
Perdão do Ofendido: O querelante desiste da ação instaurada. É ato bilateral. O perdão é o ato pelo qual, iniciada a ação penal privada, o ofendido ou seu representante legal desiste de seu presseguimento. Tempo por limite o trânsito em julgado da sentença condenatória. Tem efeito com aceitação. O querelado pode ter interesse em provar a sua inocência. No concurso de agente, o perdão dado a um dos querelados se estende a todos, salvo em relação aquele que recusar sendo que a ação penal privada se rege pelo princípio da disponibilidade.
Retratação do agente. Conforme, o at 143, fica isento da pena o querelado que, antes da sentença, se retratar cabalmente da calunia ou da difamação. Já nos crimes de impresa, “retificação espontânea, expressa e cabal, feita antes de iniciado o procedimentos judicial”. Nos crimes de falso testemunho e de falsa perícia, admite-se a retratação, quando anterior à sentença.
Perdão Judicial: Dispensa da pena pelo juiz da sentença. Cabível somente nos casos expressos em lei. Há julgado excepcionais quando bem fundamentado e por analogia. Nele, embora o juiz reconheça todos os elementos para condenar o acusado, não o faz, declarando-o não passível de pena, no sentido de evitar um mal injusto, porque desnecessário, em relação àqueles fatos cuja punição desagrada à consciência popular. A sentença que concede o perdão judicial é absolutória.
MOMENTO DE OCORRÊNCIA
A verificação a respeito da causa extintiva de punibilidade ter ocorrido antes do trânsito em julgado da sentença condenatória, ou depois desta, tem relevância na determinação da reincidência.
Se ocorreu antes da sentença final, vindo o sujeito a praticar outro crime, não será considerado reincidente.
Se a causa extintiva verificou-se depois de trânsito em julgado da sentença condenatória, em regra, vindo o sujeito a cometer novo delito, será considerado reincidente
Há duas exceções: Nas hipóteses em que a abolitio criminis e anistia ocorrerem depois da condenação irrecorrível, o sujeito não será reincidente, porque haverá rescisão da sentença condenatória transitada em julgado.
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE E MEDIDA DE SEGURANÇA: extinta a punibilidade, não se aplica a medida de e segurança, nem subsiste a que tenha sido imposta, pois desaparecida a punibilidade do fato (que é o pressuposto legal de juízo de periculosidade, presume-se cessado o estado perigoso do agente.

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