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Processo civil 1


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Processo civil 1: Elayne Sampaio Malher- 20/04/2017
Do incidente de desconsideração da personalidade jurídica
1*natureza: por força do CPC, trata-se de modalidade forçada de intenção de terceiro que se admitida, levara a um litisconsórcio passivo facultativo;
2*iniciativa: requerimento da parte ou do Ministério Público (não pode ser instaurado inquérito) art. 133 CPC;
3*pressuposto para a desconsideração: previsto no direito material e deve ser demostrado (§4º do art. 134); (art.50 do CCB/02, art. 28 do CDC, art. 4º da lei 9.605/98, relações exigidas pelo direito ambiental);
4* possibilidade de desconsideração inversa da personalidade: §2º do art. 133 do CPC (pessoal para atingir a sociedade);
5*momento de instauração: em qualquer processo e em qualquer fase (art. 134 do CPC)obs. É possível que já seja elaborado na petição inicial (não se o texto de incidente) *;
6*consequência da admissibilidade: suspensão do processo §3º do art. 134 do CPC – ate a resolução do incidente;
7*procedimento (síntese): requerimento- analise do juiz- expedição de oficio ao distribuidor (§1º do art. 134)- citação- instrução- decisão interlocutória- agravo (art. 1015, IV) – art.134 a 136 (recurso cabível a decisão interlocutória e o agravo de instrumento);
8*efeitos processuais (mais importantes):
b)ineficácia dos atos de alienação/oneração praticados pelo(s) requerido(s) – art. 137 c/c art. 792, §3º.
Obs. O art.792,§3º estabelece que seja a citação o marco para que se possa ser eventualmente caracterizada a fraude a execução. 
Da intenção do Amicus Curial (“Amigo da corte”). 
1*Previsão: art.138;
2*Natureza: intervenção voluntaria ou provocada de terceiro;
3*Função: fornece subsídios ao órgão jurisdicional para o julgamento da causa;
4*Requisitos para admissão: que o terceiro tenha representação adequada;
5*Distinção do Amicus Curial para o assistente;
6*Natureza do ato do juiz que admite ou indefere: decisão interlocutória (art. 1015, IX) agravo de instrumento;
7*Poderes do Amicus Curial: definido pelo juiz (§1º do art. 138) podendo ter limitações para interposição do recurso (ver §§ 1ºe3ª do art. 138).
27/04/2017
Dos atos processuais:
1*Fato jurídico (latu sensu) fato jurídico (stritu sensu)
2*Atos processuais X Atos do processo:
*Atos processuais são aqueles praticados exclusivamente pelas partes e pelo órgão jurisdicional.
*Atos do processo são aqueles atos com repercussão no processo, mas que não são praticados pelas partes ou pelo órgão jurisdicional (depoimento de uma testemunha).
3*Regras sobre os atos processuais:
Não tem forma especial art. 188;
Uso obrigatório da língua portuguesa art. 192;
Principio da finalidade ou instrumentalidade das formas art. 277;
Não se admitem ressalvas, espaço em branco, entrelinhas, emendas ou rasuras art. 211;
Principio da publicidade art.189.
4*Classificação dos atos processuais:
A*Atos das partes:
- postulatório:
-dispositivos:
-instrutórios:
b*Atos do órgão jurisdicional (Juiz):
-provimento art. 203: sentença; decisão interlocutória; provimento do juiz; despacho;
-reais;
-instrutórias;
-documentação
C*Atos dos auxiliares da justiça:
-movimentação (ex. abertura de vista; conclusão)
-documentação (ex. certidão ou juntada)
-execução (ex. (citação; pericia)
Amicus Curial: a intervenção do Amicus Curial consiste em modalidade mista de intervenção de terceiro em que alguém ingressa no processo para auxiliar ao juiz em causa de relevância social de repercussão geral. O amigo da corte e admitido para fornecer subsídios ao órgão jurisdicional no viés de auxilia-lo no julgamento da causa.
Por força da própria redação do art. 138 do CPC, exige o legislador que a pessoa natural ou jurídica tenha representatividade adequada para que possa ingressar na qualidade de “Amigo da Corte”.
O legislador por sua vez, não define a chamada representatividade adequada, razão pela qual quem a define são os doutrinadores e a jurisprudência. Nesse particular, entende-se que a representatividade adequada estará caracterizada quando o terceiro estiver o interesse institucional na ação, ou seja, que haja pertinência temática entre o assunto debatido os objetivos institucionais das entidades que se candidatam a participação do processo na qualidade de Amicus Curial.
Estabelece o código de processo que o ato do juiz que admite ou interfere a intervenção do amigo da corte e uma decisão interlocutória e que na forma do artigo 138 é irrecorrível.
O legislador estabelece ainda, que os poderes do amicus curial são limitados pelo próprio juiz, não podendo inclusive o amigo da corte, recorrer das decisões judiciais prolatados salvo da decisão de julgar o incidente de resolução de demanda repetitiva, art. 138 §3º - art. 976/987 CPC vários processos envolvendo a mesma questão.
Fato jurídico (estrito sensu) e Ato jurídico (latu sensu):
O fato jurídico latu sensu* são aqueles que independem da vontade humana é uma vez ocorrendo, acarreta consequência jurídica ex. morte, nascimento.
Se o fato jurídico ocorre independentemente da vontade humana, trata-se de um fato jurídico strito sensu; por sua vez se ha presença da vontade humana, fala-se em ato jurídico.
Se o ato jurídico for praticado com o objetivo tão somente de suas realizações e os efeitos decorrem da lei a hipótese e de ato jurídico strito sensu. Ex. casamento, pois os sujeitos querem o ato por si só e os efeitos decorrem da lei.
Por outro lado se os sujeitos buscam os efeitos e o ato e mero instrumento para alcança-lo, estaremos diante de um negocio jurídico. Ex. compra e venda de um imóvel.
Instrumentalidade das formas- art.188 do CPC, art. 277 do CPC aproveitar o máximo o ato praticado no processo.
É um ato jurídico voluntario em cujo suporte fático, descrito em norma processual, esteja conferido ao respectivo sujeito o poder de escolher a categoria jurídica ou estabelecer, dentre limites fixados no próprio ordenamento jurídico, certas situações jurídicas processuais.
Fato jurídico voluntário em que o sujeito tem o poder de escolher ou estabelecer certas situações jurídicas processuais, sempre dentro dos limites permitidos no próprio ordenamento jurídico.
O negocio jurídico processual é produto da autonomia privada e da auto- regulação de interesses, o que implica liberdade de celebração e de estipulação, eles podem ser divididos em: típicos e atípicos.
Fica evidente, na forma do art.190 NCPC, que o legislador permite a influência do auto- regramento da vontade, e ainda, deixar um espaço para que os sujeitos do processo possam influir e participar na construção da atividade procedimental.
Negocio jurídico processual típico- é aquele previsto na lei, estando nela reguladas, do qual o esforço das partes na sua regulação e dispensável, pois esta já esta regulada na lei.
NJP Atípico- quando houver detalhamento legal, quando as partes de forma a atender as suas conveniências e necessidades eles podem ser unilaterais, bilateral ou plurilateral e produzem efeitos imediatos.
Do tempo e do lugar dos atos processuais
1* Do tempo: 212/216- principais apontamentos.
- realização nos dias úteis- art. 212;
- horário das 06:00 horas às 20:00 horas- art.212;
- não praticados nas férias e nem nos feriados- art. 214;
- os feriados para efeitos forenses- art. 216;
- exceções de horário- art.212 §§ 1º e 2º;
- exceções de dias- art. 214;
- consequências do ato que é praticado durante as férias (ineficácia);
- processo físico § 3º do art. 212;
- processo eletrônico- art.213 e o artigo 3º da lei 11419/2006, (dias úteis antes de expediente forense).
2* Do lugar- art. 217:
a)Regra geral:
- no tocante a circunscrição: foro da Lide.
- no tocante ao ambiente: sede do juízo.
b)Exceção:
- no tocante à circunscrição: fora do foro da lide:
Cartas de ordem- art. 237, I.
Cartas precatórias- art. 237, II
- no tocante ao ambiente: fora da sede do juízo;
*Por prazo de deferências legais- art. 454;
*Por interesse da pratica- art.481 (inspeção judicial);
*Por haver obstáculo- art. 449 § único.
Dos Prazos:1*Definição è o escopo de tempo em que o ato processual deve ser praticado. Ex. o prazo para recurso (apelação) e sempre de 15 dias, salvo...
- Termo “Dies a quo” inicial;
-Termo “Dies ad quem” final.
2*Fontes dos prazos:
- Legais;
- Judiciais- ex. art. 257, III, art. 334;
- Convencionais- ex. art. 313, III § 4º.
3*Natureza dos prazos:
- Delatórios
- Comuns e particulares;
-Próprios e impróprios.
3*Preclusão: é a perda do direito de praticar um ato processual:
Espécies: Temporal; logica e consumativa (ainda subsiste no CPC de 2015? E a regra do art. 223?).
5*Contagem dos prazos:
- Termo inicial (dies a quo) e termo final (ad quem);
- A distinção entre termo inicial e inicio de contagem;
- O art. 231 disciplina o termo inicial e o art. 224 a contagem.
Na sistemática do CPC de 2015 as chamadas tutelas provisórias podem ser de 2 espécies:
Tutela de urgência que pode ser de natureza cautelar ou antecipatória;
Tutela de evidencia- art. 311;
Art. 231 inciso VII
11/04/2017
Prazos Dilatórios- pode ser alterado pelas partes e pelo juiz;
Prazos Peremptórios- não pode ser alterado pelas partes e nem pelo juiz, pois diz respeito à tutela jurisdicional;
Ex. Dilatórios- art. 139, inciso 4º;
Ex. Peremptórios- art. 222, §§ 1º e 2º.
*Logica- quando a parte já praticou um ato e não poderá praticar outro ato que não for compatível com o outro ato.
*Consumativa- consiste na possibilidade de renovar o mesmo ato já praticado, pois a faculdade processual já foi exercida.
Quanto à preclusão consumativa, objeto de controvérsia a contrario sensu ao artigo 223 pode se fazer sim a emenda.
Não se pode confundir termo inicial com o inicio da contagem do prazo o artigo 231 do CPC traz o termo inicial dos prazos enquanto que o artigo 224 do CPC traz o inicio da contagem dos prazos.
Para fins de contagem dos prazos, e fundamental que se identifique o chamado “dia do começo do prazo”, pois, uma vez identificado, ele deve ser excluído iniciando-se a contagem no dia útil seguinte.
O artigo 231, como já afirmado esclarece e identifica os chamados dias do começo do prazo para todas as formas de comunicação dos atos processuais, como por exemplo, aviso de recebimento, oficial de justiça, edital, retirada dos autos de cartório, citação ou intimação eletrônica, diário de justiça impresso ou eletrônico, etc...
Assim, na hipótese, por exemplo, de citação ou intimação ter sido realizado pelos correios através de AR, considera-se o dia do começo como sendo a data da juntada do aviso de recebimento, nos exatos termos do inciso 1º do art. 231.
Das hipóteses elencadas no art. 231 e preciso ter cautela e atenção com os incisos 5º e 7º. A hipótese do inciso 5º e citação eletrônica via portal do tribunal respectivo; já a hipótese do inciso 7º trata do chamado diário de justiça que pode ser impresso ou eletrônico.
Ressalva-se aqui que o inciso, 7º parte final deve ser conjugada com os §§ 2º e 3º do art. 224.
Por força destes incisos (231 5,7 conclui-se que a citação ou intimação eletrônica pode ser de duas formas):
Via portal e via diário de justiça eletrônico. Na comunicação via portal estabelece a lei 11419/2006 que o citado ou intimado deve realizar a consulta no prazo de dez dias contado da data do envio da intimação, sobre pena de considerar a intimação realizada automaticamente na data do termino deste prazo.
Na comunicação via portal, considera-se o dia do começo do prazo como sendo o dia útil seguinte a consulta ou o termino do prazo para que a consulta se de. Assim, por exemplo, se a consulta foi feita no dia 02 de maio considera-se como dia do começo o dia 03, se iniciando, portanto o prazo no dia 04.
Por fim quanto ao diário de justiça eletrônico o dia do começo como sendo a data da publicação e esta por sua vez e o primeiro dia útil seguinte à disponibilização da informação no diário eletrônico. Assim, por exemplo, se foi disponibilizado a informação no diário eletrônico no dia 26 de abril considera-se como publicado no dia 27 de abril, termo inicial, começando a correr o prazo a partir no dia 28 de abril.