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Fundamentos do Direito Privado - 2º período

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Fundamentos do Direito Privado 
• EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE 
Art. 6º do Código Civil 
 “a existência da pessoa natural termina com a morte” 
Somente com a morte real termina a existência da pessoa natural 
Pode -se falar em: 
1. Morte real, 
2. Morte simultânea ou comoriência, 
3. Morte civil e 
4. Morte presumida. 
 
Morte real 
• É apontada no art. 6º do Código Civil como responsável pelo término da existência da pessoa natural. 
• A sua prova faz -se pelo 
1. Atestado de óbito ou 
2. Por ação declaratória de morte presumida, sem decretação de ausência (art. 7º) 
3. Ou “justificação para o assento de óbito” prevista no art. 88 da Lei dos Registros Públicos (Lei n. 6.015/73) 
• Efeitos da Morte: 
a) Extinção da personalidade, 
B) Acarreta a extinção do poder familiar, 
C) Dissolução do vínculo matrimonial, 
D) Abertura da sucessão 
E) Extinção dos contratos personalíssimos 
F) Extinção da obrigação de pagar alimentos, que se transfere aos herdeiros do devedor 
 
Morte simultânea ou comoriência 
A comoriência é prevista no art. 8º do Código Civil: Dispõe este que, se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma 
ocasião, não se podendo averiguar qual deles morreu primeiro, “presumir -se -ão simultaneamente mortos”. 
Qual interesse em saber quem morreu primeiro? 
• O principal efeito da presunção de morte simultânea: um não herda do outro. 
• O diagnóstico científico do momento exato da morte só pode ser feito por médico legista. Se este não puder 
estabelecer o exato momento das mortes: presumir -se -á a morte simultânea 
• Juiz pode se valores de vários meios probatórios para formar o seu convencimento- Na falta de um resultado 
positivo, vigora a presunção da simultaneidade das mortes. 
SITUAÇÃO: 
José e Mônica (marido e mulher) faleceram simultaneamente num desastre de carro, sem 
deixar descendentes ou ascendentes. Tendo havido comoriência, nem o marido herda da 
mulher, nem esta herda daquele. Assim sendo, os bens que eram de João e Maria irão, 
respectivamente, para os seus parentes colaterais. Provando-se que não houve 
comoriência, que José faleceu antes de Mônica, os bens deixados por ele seriam 
transmitidos à sua esposa (Mônica) e esta, em seguida, com sua morte, os transmitiria 
exclusivamente aos parentes colaterais dela. 
 
Inventário comoriência = Indenização decorrente de seguro de vida. 
Tendo o casal e os filhos falecidos simultaneamente, vítimas de acidente automobilístico, não se operou sucessão 
entre aqueles, nem entre aqueles e estes. Assim, a indenização decorrente de apólice de seguro de vida em grupo, 
em que os consortes constavam reciprocamente como beneficiários, é de ser paga de forma rateada aos herdeiros 
de ambos”. 
 
Morte civil 
• A morte civil existiu entre a Idade Média e a Idade Moderna especialmente para os condenados a penas perpétuas 
e para os que abraçavam a profissão religiosa, permanecendo recolhidos. 
• Resquício da morte civil no art. 1.816 do Código Civil, que trata o herdeiro afastado da herança como se ele “morto 
fosse antes da abertura da sucessão”. Mas somente para afastá-lo da herança. 
 
Morte presumida 
A morte presumida pode ser: 
a) sem declaração de ausência.; e 
b) com declaração de ausência. 
■ Morte presumida sem decretação de ausência: 
O art. 7º do Código Civil permite a declaração de morte presumida, para todos os efeitos, sem decretação de ausência: 
“I — se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; 
II — se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da 
guerra. 
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas 
as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.” 
•Na hipótese do art. 7º pretende –se que se declare a morte que se supõe ter ocorrido, sem decretação de ausência. 
•A Lei dos Registros Públicos (Lei n. 6.015/73, art. 88) prevê um procedimento de justificação, destinado a suprir a 
falta do atestado de óbito, que não pode ser fornecido pelo médico em razão de o corpo do falecido não ter 
sido encontrado. 
“Art. 88. Poderão os juízes togados admitir justificação para o assento de óbito de pessoas desaparecidas em 
naufrágio, inundação, incêndio, terremoto ou qualquer outra catástrofe, quando estiver provada a sua presença no 
local do desastre e não for possível encontrar -se o cadáver para exame. Parágrafo único. Será também admitida a 
justificação no caso de desaparecimento em campanha, provados a impossibilidade de ter sido feito o registro nos 
termos do art. 85 e os fatos que convençam da ocorrência do óbito.” 
O procedimento a ser observado, nesse caso, é o previsto nos arts. 381 e ss. do Código de Processo Civil, específico 
para a justificação da existência de algum fato ou relação jurídica (§ 5º). 
■ Morte presumida com declaração de ausência: 
Presume -se a morte, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva (CC, art. 
6º, 2ª parte). 
Quando os parentes requerem apenas a declaração de ausência, para que possam providenciar a abertura da sucessão 
provisória e, depois, a definitiva (CC, art. 22), não estão pretendendo que se declare a morte do ausente, mas apenas 
que ele se encontra desaparecido e não deixou representante para cuidar de seus negócios. 
 
MATÉRIA 2 
• AUSÊNCIA 
Ausente é a pessoa que desaparece de seu domicílio sem dar notícia de seu paradeiro e sem deixar um representante 
ou procurador para administrar -lhe os bens (CC, art. 22). 
Art. 22- Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou 
procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério 
Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador. 
A ausência reclama declaração judicial, em procedimento especial de jurisdição voluntária (CPC/2015 arts. 744-745) 
 
Proteção Jurídica 
Patrimônio do ausente (arts. 22 a 25) 
Herdeiros (arts. 25 a 38) 
 
 
 
1ª Fase: Curadoria dos Bens 
tem início por provocação de qualquer interessado 
(cônjuge, companheiro, parente, credor...) ou do Ministério Público, 
Comprovado o desaparecimento, o juiz declara a ausência, determinando: 
1- a arrecadação dos bens do ausente; 
2- a publicação de editais durante um ano, reproduzidos de dois em dois meses, anunciando o levantamento dos bens 
e convocando o ausente a retomar a posse de seus bens (CPC/2015 art. 745); 
3- a nomeação de um curador para os bens do ausente. 
Em regra, o cônjuge do ausente será o seu legítimo curador, salvo se houver separação judicial ou cartorária ou, ainda 
, se houver separação de fato há mais de dois anos. 
Em caso de União Estável? 
Em falta de cônjuge, a escolha recairá, em ordem preferencial: 
1- sobre pais do ausente; 
2- na falta dos pais, serão chamados os descendentes (CC, art. 25, § 1º), sendo que, dentre estes, os mais próximos 
precedem os mais remotos (§ 2º); 
3- na falta de cônjuge, pais e descendentes, o juiz nomeará pessoa idônea como curador dativo (§ 3º). 
Decorrido o prazo sem que o ausente reapareça ou se tenha notícia de sua morte, ou se ele deixou representante ou 
procurador, poderão os interessados requerer a abertura da sucessão provisória, observando-se o disposto em lei. 
(CPC/2015 art. 745, § 1º) 
Cessa a curadoria: 
• Pelo comparecimento do ausente, do seu procurador ou de quem o represente253; 
• Pela certeza da morte do ausente; 
• Pela sucessão provisória. 
 
2ª Fase: Sucessão provisória 
inicia-se com o pedido de abertura da sucessão provisória (art. 26 CC) 
 
Nasucessão provisória haverá uma transmissão precária do patrimônio do ausente, em favor de seus herdeiros. 
Legitimados para requerer a abertura da sucessão provisória: 
■ o cônjuge não separado judicialmente; 
■ os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários; 
■ os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte, como os legatários, v.g.; 
■ os credores de obrigações vencidas e não pagas (CC, art. 27). 
Após o prazo do art. 28 do CC 
Os bens serão entregues aos herdeiros, porém, em caráter provisório e condicional. 
•DEVEM prestem garantias da restituição deles mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões 
respectivos, em razão da incerteza da morte do ausente. (Art. 30 do CC) 
Exceções- art. 30 § 2º do CC. 
Cessará a sucessão provisória pelo comparecimento do ausente e converter -se -á em definitiva: 
■ quando houver certeza da morte do ausente; 
■ dez anos depois de passada em julgado a sentença de abertura da sucessão provisória; 
■ quando o ausente contar oitenta anos de idade e houverem decorridos cinco anos das últimas notícias suas (CC, 
arts. 37 e 38). 
 
 
Cessação da Sucessão Provisória 
a) O ausente regresse ou seja localizado 
b) Prove a morte do ausente 
c) Decorra o prazo legal para a abertura da sucessão definitiva 
Sucessão definitiva 
Poderão os interessados requerer a abertura da sucessão definitiva quando: 
1) Passados 10 anos da abertura da sucessão provisória 
2) Provando -se que o ausente conta oitenta anos de idade e decorreram cinco anos das últimas notícias suas (CC, 
arts. 37 e 38). 
Efeitos da abertura da sucessão definitiva 
Com a sucessão definitiva, os sucessores: 
 a) passarão a ter a propriedade resolúvel dos bens recebidos 
b) perceberão os frutos e rendimentos desses bens, podendo utilizá-los como quiser/ 
c) poderão alienar onerosa ou gratuitamente tais bens, e 
d)poderão requerer o levantamento das cauções prestadas 
Com o trânsito em julgado da sentença que reconhece a abertura da sucessão definitiva, haverá uma presunção de 
morte do ausente (CC, art. 6o, segunda parte) 
Regresso do Ausente 
Durante a Sucessão Provisória Aberta: 
•Ausente terá direito aos bens que deixou 
•Sucessores provisórios ficarão obrigados a tomar as medidas assecuratórias dos bens até que sejam restituídos ao 
dono 
•O ausente terá direito de receber a metade capitalizada dos frutos- ausência involuntária e justificada. 
•O ausente poderá levantar a caução prestada, na hipótese de ter ocorrido depreciação ou perecimento. Se houve 
melhoria, deverá indenizar os possuidores de boa-fé. 
Após a abertura da sucessão definitiva 
o ausente aparecer nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, receberá os bens no estado em que se 
encontrem, os sub-rogados em seu lugar ou o preço que seus herdeiros e demais interessados houverem recebido 
pelos bens alienados depois daquele tempo. 
Após 10 anos do trânsito em julgado da senteça que declarou aberta a sucessão definitiva 
Não haverá mais qualquer direito ao recebimento de bens. 
_______________________________________________________________________________________________ 
MÁTERIA 3 
• PERSONALIDADE JURÍDICA 
Pessoas 
Naturais (Físicas) ou Jurídicas 
• Pessoa – Nascimento com vida – Adquire personalidade 
Personalidade - Clovis Beviláqua 
A aptidão, reconhecida pela ordem jurídica a alguém, para exercer direitos e contrair obrigações. 
• Titular de direitos - Artígo 1º do Código Civil - Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. 
Personalidade e capacidade 
Afirmar que o homem tem personalidade é o mesmo que dizer que ele tem capacidade para ser titular de direitos. 
Capacidade é a medida da personalidade - limitada ou plena. 
Capacidade de direito ou de gozo, capacidade de aquisição de direito 
Capacidade de fato, ou capacidade de exercício ou de ação, malgrado não lhes negue a capacidade de adquirir direitos. 
Capacidade de direito + Capacidade de fato= Capacidade plena 
Sujeitos das relações jurídicas 
 O direito subjetivo (facultas agendi) 
consiste numa relação jurídica que se estabelece entre um sujeito ativo, titular desse direito, e um sujeito passivo, ou 
vários sujeitos passivos, gerando uma prerrogativa para o primeiro em face destes. 
Contrato- credor x devedor 
Relação jurídica - é toda relação da vida social regulada pelo direito. 
Pessoal Natural 
Pessoa natural é “o ser humano considerado como sujeito de direitos e ob 
Começo da personalidade natural 
art. 2º do Código Civil 
Docimasia hidrostática de Galeno 
Situação Jurídica do Nascituro. 
1)Teoria natalista afirma que a personalidade civil somente se inicia com o nascimento com vida 
2)Teoria da personalidade condicional sustenta que o nascituro é pessoa condicional (condição suspensiva) 
3)Teoria concepcionista admite que se adquire a personalidade antes do nascimento, ou seja, desde a concepção, 
ressalvados apenas os direitos patrimoniais, decorrentes de herança, legado e doação, que ficam 
condicionados ao nascimento com vida. 
Nascituro- é “o ser já concebido, mas que ainda se encontra no ventre materno”, Silvio Rodrigues 
Ressalvam-se desde a concepção 
Registro de “natimortos” é feito no Livro C-Auxiliar do Cartório de Registro Civil. 
Mortalidade fetal precoce refere-se aos abortos e está compreendida no período entre a concepção e a vigésima 
semana de gestação, no qual o feto tem um peso aproximado de 500g. 
A morte fetal intermediária ocorre entre a 20ª e a 28ª semana de gestação (com pesos fetais entre 500 e 1000g) e a 
fetal tardia entre a 28ª (1000 g) e o parto. 
Washington de Barros Monteiro: filia-se à teoria da personalidade condicional- há para o feto uma expectativa de vida 
humana, uma pessoa em formação. Por assim dizer, o nascituro é pessoa condicional; 
Planiol -antecipação da personalidade. 
Há, no Código Civil um sistema de proteção ao nascituro, com as mesmas conotações da conferida a qualquer ser 
dotado de personalidade. 
Ex: CR/88, art. 5º; CC/02 art. 1.779, art. 1.609, parágrafo único),art. 542, art. 1.798; ECA, art. 8º. 
Teoria Concepcionista - 
Para os adeptos dessa corrente, dentre os quais se encontram Teixeira de Freitas e Clóvis Beviláqua, a personalidade 
começa antes do nascimento 
No direito contemporâneo, defendem a teoria concepcionista, dentre outros, Pierangelo Catalano, Professor da 
Universidade de Roma, e Silmara J. A. Chinelato e Almeida, Professora da Universidade de São Paulo. 
Não há meia personalidade ou personalidade parcial. 
Francisco Amaral: 
‘Pode-se ser mais ou menos capaz, mas não se pode ser mais ou menos pessoa’” 
Supremo Tribunal Federal- ora natalista, ora a concepcionista 
• RE 99.038, em 1993, por sua 2ª Turma, relator o Ministro Francisco Rezek: a proteção de direito do nascituro é, na 
verdade, “proteção de expectativa, que se tornará direito, se ele nascer vivo”, aduzindo que as hipóteses 
previstas no Código Civil “relativas ao nascituro são exaustivas, não os equiparando em tudo ao já nascido”. 
• Reclamação n. 12.040-DF, por seu Tribunal Pleno, relator o Ministro Néri da Silveira, reconheceu ao nascituro o 
direito ao reconhecimento de sua filiação, garantindo- lhe a perfilhação, como expressão da sua própria 
personalidade, com o direito de ver realizado o exame DNA, apesar da oposição da genitora. 
• ADI 3.510, em que se buscava a declaração de inconstitucionalidade da autorização legal para a manipulação de 
células-tronco de embrião excedentário sem finalidade reprodutiva, autorizada pela Lei de Biossegurança (art. 
5º da Lei n. 11.105/2005), prevaleceu, entendimento do relator, Ministro Carlos Ay res Britto, no sentido de 
que a lei é constitucional. 
 “as pessoas físicasou naturais seriam apenas as que sobrevivem ao parto, dotadas do atributo a que o art. 2º do 
Código Civil denomina personalidade civil”, assentando que “a Constituição Federal, quando se refere à ‘dignidade da 
pessoa humana’ (art. 1º, III), aos ‘direitos da pessoa humana’ (art. 34, VII, b), ao ‘livre-exercício dos direitos ... 
individuais’ (art. 85, III) e aos ‘direitos e garantias individuais’ (art. 60, § 4º, IV), estaria falando de direitos e garantias 
do indivíduo-pessoa”. 
Superior Tribunal de Justiça- acolhe a teoria concepcionista: 
Direito civil. Danos morais. Morte. Ação ajuizada 23 anos após o evento. O nascituro também tem direito aos danos 
morais pela morte do pai, mas a circunstância de não tê-lo conhecido em vida tem influência na fixação do quantum. 
Personalidade Jurídica Formal? 
Maria Helena Diniz 
“Poder-se-ia até mesmo afirmar que na vida intrauterina tem o nascituro e na vida extrauterina tem o embrião, 
concebido in vitro, personalidade jurídica formal, no que atina aos direitos personalíssimos, visto ter carga genética 
diferenciada desde a concepção, seja ela in vivo ou in vitro (Recomendação n. 1.046/89, n. 7, do Conselho da 
Europa),passando a ter personalidade jurídica material, alcançando os direitos patrimoniais, que se encontravam em 
estado potencial, somente com o nascimento com vida (CC, art. 1.808, § 3º). Se nascer com vida adquire personalidade 
jurídica material, mas se tal não ocorrer nenhum direito patrimonial terá” 
A aplicação da tutela do nascituro aos embriões laboratoriais (in vitro), ainda não implantados no corpo humano. 
Os embriões laboratoriais (embriões in vitro) são aqueles remanescentes de uma fertilização na proveta (embriões 
excedentários) ou que foram preparados para serem implantados em uma mulher, mas ainda não o foram (embriões 
pré-implantatórios). 
____________________________________________________________________________________________ 
MATERIA 4 
TEORIA DA INCAPACIDADE 
Capacidade ser titular de direitos. 
Capacidade de direito x Capacidade de fato 
capacidade limitada 
Incapaz 
somente incapacidade de fato ou de exercício 
•Incapacidade Absoluta x Relativa 
Representação Assistência 
• Direito pré-codificado- critério era a puberdade para distinguir a menoridade. 
• Código Civil de 1916- critério maturidade 
• Código Civil de 2002- critério de 1916 
 
• Convenção de Nova York (tratado internacional de direitos humanos do qual o País é signatário) 
O art. 3 .º da Convenção 
 
consagra como princípios a igualdade plena das pessoas com deficiência e a sua inclusão com autonomia 
 
recomendando o dispositivo seguinte a revogação de todos os diplomas legais que tratam as pessoas com deficiência 
de forma discriminatória. 
 
art. 6º da Lei 1 3.1 46/201 5 
• Deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para: 
a) Casar-se e constituir união estável; 
b) Exercer direitos sexuais e reprodutivos ; 
c) Exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e 
planejamento familiar; 
d) Conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória; 
e) Exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e 
f) exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de 
oportunidades com as demais pessoas. 
 
A incapacidade absoluta acarreta 
a proibição total do exercício do direito. 
 
O ato somente poderá ser praticado pelo representante legal do absolutamente incapaz. 
 
A inobservância dessa regra provoca a nulidade do ato, nos termos do art. 166, I, do Código Civil. 
 
A incapacidade relativa 
permite que o incapaz pratique atos da vida civil 
 
desde que assistido por seu representante legal 
 
 sob pena de anulabilidade (CC, art 171, I). 
Atos que podem ser praticados sem a assistência do representante legal: 
• Ser testemunha (art. 228, ), 
• Aceitar mandato (art. 666), 
• Fazer testamento (art. 1.860, parágrafo único) 
• Exercer empregos públicos para os quais não for exigida a maioridade (art. 5', parágrafo único,III) 
• Casar (art. 1.517) 
• Ser eleitor 
Tomada de decisão apoiada a favor de todas as pessoas com deficiência 
Art. 1 . 783-A do Código Civil 
A situação jurídica dos índios 
 
•Código Civil de 1916- "silvícolas“- relativamente incapazes 
•Código Civil de 2002 mudou a denominação dos habitantes das selvas para indios 
Situação jurídica dos índios no País - Lei n. 6.001, de 19 de dezembro de 1973,- o Estatuto do Índio 
 proclamando que ficarão sujeitos à tutela da União até se adaptarem à civilização 
Serão nulos os negócios celebrados entre um índio e pessoa estranha à comunidade indígena, sem a participação 
da Fundação Nacional do Índio (Funai). 
Se o índio revelar consciência e conhecimento do ato praticado e, ao mesmo tempo, tal ato não o prejudicar- ATO 
VÁLIDO. 
____________________________________________________________________________________________ 
Modos de suprimento da incapacidade 
 
CC/02 dedica um capítulo específico aos preceitos gerais sobre a representação legal e a voluntária (arts. 115 a 120). 
Art. 1634, VII, art. 1690, art. 1747, art. 1774 
•A incapacidade absoluta acarreta a proibição total do exercício do direito. (art. 166,I). 
•A incapacidade relativa permite que o incapaz pratique atos da vida civil, desde que assistido por seu representante 
legal, sob pena de anulabilidade (art. 171, I). 
 
 
 
 
 
Hipótese de perda da proteção legal 
Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se de uma obrigação, invocar a sua idade se 
dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior. 
•incapacidade só pode ser arguida pelo próprio incapaz ou pelo seu representante legal. 
Proibição de alegação da menoridade para eximir-se de obrigação assumida 
A invalidação do ato do incapaz 
•Se não houver malícia por parte do incapaz- 
 ato nulo OU anulável 
 
Qualquer interessado competirá ao incapaz 
Art. 181. Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a um incapaz, se não provar que reverteu 
em proveito dele a importância paga. 
•restituição da importância paga ao menor? 
Obrigações resultantes de atos ilícitos 
Art. 928, que o incapaz “responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem 
obrigação de o fazer ou não dispuserem de meios suficientes”. 
parágrafo único -a indenização prevista nesse artigo, “que deverá ser equitativa, não terá lugar se privar do necessário 
o incapaz ou as pessoas que dele dependem”. 
princípio da responsabilidade subsidiária e mitigada dos incapazes 
Cessação da incapacidade 
incapacidade cessa 
 
desaparecendo os motivos que a determinaram. 
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos 
da vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de 
homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II - pelo casamento; 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - pela colaçãode grau em curso de ensino superior; 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o 
menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. 
Cessa a menoridade -no primeiro momento do dia em que o indivíduo faz 18 anos 
Se nascido no dia 29 de fevereiro de ano bissexto- no dia 1º de março. 
Se se ignora a data do nascimento- necessário exame médico. Na dúvida, pende -se pela capacidade (in dubio pro 
capacitate) 
Emancipação 
antecipação da aquisição da capacidade de fato ou de exercício 
 
Efeito das Emancipações 
•voluntária e judicial devem ser registradas em livro próprio do Ofício do Registro Civil da comarca do domicílio do 
menor, anotando -se também no assento de nascimento (CC, art. 9º, II; LRP, art. 107, § 1º). Antes do registro, 
não produzirão efeito (LRP, art. 91, parágrafo único). 
•legal (casamento, emprego público etc.) independe de registro e produzirá efeitos desde logo. 
Características das espécies de Emancipação 
1 )voluntária: 
•concessão de ambos os pais 
•Só pode conceder emancipação quem esteja na titularidade do poder familiar 
•Não constitui direito do menor 
•Exige-se o instrumento público 
•Não isenta os pais da obrigação de indenizar as vítimas dos atos ilícitos praticados pelo menor emancipado 
•é irrevogável 
2 )Judicial: 
•menor sob tutela que já completou 16 anos de idade 
•ação de indenizar as vítimas dos atos ilícitos praticados pelo menor emancipado 
•é irrevogável 
3) legal: 
Características das espécies de Emancipação 
1 )voluntária: 
•concessão de ambos os pais 
•Só pode conceder emancipação quem esteja na titularidade do poder familiar 
•Não constitui direito do menor 
•Exige-se o instrumento público 
•Não isenta os pais da obrigação de indenizar as vítimas dos atos ilícitos praticados pelo menor emancipado 
•é irrevogável 
____________________________________________________________________________________________ 
PESSOA JURÍDICA 
ARTº 40 E SS DO CÓDIGO CIVIL 
Noções Gerais 
Razão de ser- união de esforços para realização de objetivos comuns 
Direito passou a atribui personalidade ao grupo, distinta da de cada um de seus membros, passando este a 
atuar, na vida jurídica, com PERSONALIDADE PRÓPRIA. 
•Conceito: 
Consiste num conjunto de pessoas ou de bens dotado de personalidade jurídica própria e constituído na forma da lei 
para a consecução de fins comuns. 
As pessoas jurídicas são entidades a que a lei confere personalidade, capacitando-as a serem sujeitos de direitos e 
obrigações. 
•Principal Caracterísica: 
Atuam na vida jurídica com personalidade diversa da dos indivíduos que as compõem (CC, art. 50). 
distinção entre o seu patrimônio e o dos seus instituidores, 
 
• Teorias da ficção 
Teoria da ficção legal- desenvolvida por Savigny, considera a pessoa jurídica uma criação artificial da lei 
Somente a pessoa natural pode ser sujeito da relação jurídica e titular de direitos subjetivos 
Pessoa jurídica é ficção da Lei- estende a capacidade das pessoas naturais às pessoas jurídicas para fins patrimoniais. 
Teoria da ficção doutrinária - pessoa jurídica não tem existência real, mas apenas intelectual, sendo assim uma 
mera ficção criada pela doutrina. 
• 
As teorias da ficção não são, hoje, aceitas. 
•Teorias da realidade 
as pessoas jurídicas são realidades vivas, e não mera abstração, 
Teoria da realidade objetiva ou orgânica - sustenta que a pessoa jurídica é uma realidade sociológica, ser com vida 
própria, que nasce por imposição das forças sociais. 
Teoria da realidade jurídica ou institucionalista - assemelha-se à da realidade objetiva pela ênfase dada ao aspecto 
sociológico. Considera as pessoas jurídicas como organizações sociais destinadas a um serviço ou ofício e, por isso, 
personificadas. 
Teoria da realidade técnica - a personificação dos grupos sociais é expediente de ordem técnica, a forma encontrada 
pelo direito para reconhecer a existência de grupos de indivíduos que se unem na busca de fins determinados. 
A personalidade jurídica é, portanto, um atributo que o Estado defere a certas entidades havidas como merecedoras 
dessa benesse por observarem determinados requisitos por ele estabelecidos. 
É a teoria adotada pelo direito brasileiro, como se depreende do art. 45 do Código Civil, que disciplina o começo da 
existência legal das pessoas jurídicas de direito privado, bem como dos arts. 51, 54, VI, 61, 69 e 1.033 do mesmo 
diploma. 
 
•Vontade humana criadora 
a intenção de criar uma entidade distinta da de seus membros, materializa-se no ato de constituição. 
necessárias duas ou mais pessoas com vontades convergentes, ligadas por uma intenção comum ( affectio societatis). 
•Observância das condições legais: 
A) elaboração e registro do ato constitutivo 
O ato constitutivo é requisito formal exigido pela lei e se denomina: 
ØEstatuto- associações, que não têm fins lucrativos; 
Øcontrato social- sociedades, simples ou empresárias 
Øescritura pública ou testamento, em se tratando de fundações (CC, art. 62) 
B) Licitude de seu objetivo 
A licitude de seu objetivo é indispensável para a formação da pessoa jurídica. Deve ele ser, também, determinado e 
possível. 
Objetivos ilícitos ou nocivos constituem causa de extinção da pessoa jurídica (art. 69 CC) 
Começo da existência legal 
Vontade de união- formaliza-se no ato constitutivo 
contrato social ou estatuto (art.981 CC) 
Forma: A declaração de vontade pode revestir-se de forma pública ou particular (CC, art. 997) 
exceto no caso das fundações- só podem ser criadas por escritura pública ou testamento (CC, art. 62). 
Certas pessoas jurídicas, por estarem ligadas a interesses de ordem coletiva, ainda dependem de prévia autorização 
ou aprovação do Governo Federal: empresas estrangeiras, agências ou estabelecimentos de seguros, caixas 
econômicas, cooperativas, instituições financeiras, sociedades de exploração de energia elétrica, de riquezas minerais, 
de empresas jornalísticas etc. (CF, arts. 21, XII, b; 192, I, II, IV; 176, § 1º; e 223). 
O registro do ato constitutivo 
A existência legal das pessoas jurídicas de direito privado só começa efetivamente com o registro de seu ato 
constitutivo no órgão competente. (art. 45 do CC) 
ØO registro do contrato social de uma sociedade empresária- Junta Comercial, que (Registro Público de Empresas 
Mercantis) 
ØOs estatutos e os atos constitutivos das demais pessoas jurídicas de direito privado são registrados no Cartório de 
Registro Civil das Pessoas Jurídicas, como dispõem os arts. 1.150 do Código Civil e 114 e s. da Lei dos Registros 
Públicos (Lei n. 6.015/73). 
ØSociedades simples de advogados só podem ser registrados na OAB - Ordem dos Advogados do Brasil (EOAB, arts. 
15 e 16, § 3°). 
casos especiais de necessidade de autorização do governo- o registro só será efetivado depois da chancela ter sido 
expressa e previamente obtida. 
Extensão da capacidade jurídica adquirida: estende-se a todos os campos do direito, não se limitando à esfera 
patrimonial. 
Direitos de personalidade previstos no art. 52. 
Os direitos e deveres das pessoas jurídicas decorrem dos atos de seus diretores no âmbito dos poderes que lhes são 
concedidos no ato constitutivo. art. 47 do Código Civil 
CLASSIFICAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA 
A pessoa jurídica pode classificar-se: 
•quanto à nacionalidade; 
•quanto à sua estrutura interna; e 
•quanto à função (ou à órbita de sua atuação) 
•Classificação quanto à nacionalidade 
Ønacional: a sociedade organizada de conformidade com a lei brasileira e que tenha no País a sede de sua 
administração (CC, art. 1.126;CR, arts. 176, § 1º, e 222); 
estrangeira: Qualquer que seja o seu objeto, não pode, sem autorização do Poder Executivo, funcionar no País, 
ainda que por estabelecimentos subordinados, podendo, todavia, ressalvados os casos expressos em lei, ser 
acionista de sociedade anônima brasileira (CC, art. 1.134). 
ØClassificação quanto à função ou à órbita de sua atuação 
Øde direito público (de direito público externo e de direito público interno); 
Pessoas jurídicas de direito público externo: Estados da com unidade internacional- pessoas que forem regidas pelo 
direito internacional público- a ONU, a OEA, a FAO, a Unesco etc. (Art 42 CC) 
 
Pessoas jurídicas de direito público interno: (art. 41 CC) 
a) da administração direta (União, Estados, Distrito Federal, Territórios, Municípios); e 
 
b) da administração indireta (autarquias, fundações públicas e demais entidades de caráter público criadas por lei). 
Øde direito privado, que se dividem em corporações (associações, sociedades simples e empresárias) e fundações 
particulares (CC, art. 44). 
•Classificação quanto à estrutura interna 
Øcorporação (universitas personarum): 
• caracteriza-se pelo seu aspecto eminentemente pessoal. 
• Constitui um conjunto de pessoas , reunidas para melhor consecução de seus objetivos; 
- fins internos, estabelecidos pelos sócios 
Ø fundação (universitas bonorum): o aspecto dominante é o material-compõe-se de um patrimônio destinado a 
determinado fim. 
Compõe-se de dois elementos: o patrimônio e o fim 
.-objetivos externos, estabelecidos pelo instituidor. 
As corporações dividem-se em: 
• associações; e 
• sociedades. 
As sociedades podem ser simples e empresárias , antigamente denominadas " civis" e "comerciais". Como no sistema 
do novo Código Civil todas as sociedades são civis, optou o legislador pela nova designação supramencionada (cf. art. 
982). 
• Associações: as associações não têm fins lucrativos, mas religiosos, morais, culturais, assistenciais, desportivos ou 
recreativos . 
• Sociedades: podem ser simples e empresárias. 
-> As simples têm fim econômico e visam lucro, que deve ser distribuído entre os sócios. São constituídas, em geral, 
por profissionais de uma mesma área (escritórios de engenharia, de advocacia etc.) ou por prestadores de 
serviços técnicos. 
 -> As sociedades empresárias também visam lucro. Distinguem-se das sociedades simples porque têm por objeto 
o exercício de atividade própria de empresário sujeito ao registro previsto no art. 967 do Código Civil. 
_______________________________________________________________________________________________ 
PESSOA JURÍDICA 
ARTº 40 E SS DO CÓDIGO CIVIL 
•Classificação quanto à estrutura interna 
 corporação (universitas personarum): 
-caracteriza-se pelo seu aspecto eminentemente pessoal. 
-Constitui um conjunto de pessoas , reunidas para melhor consecução de seus objetivos; 
- fins internos, estabelecidos pelos sócios 
 fundação (universitas bonorum): o aspecto dominante é o material-compõe-se de um patrimônio destinado 
a determinado fim. 
Compõe-se de dois elementos: o patrimônio e o fim 
.-objetivos externos, estabelecidos pelo instituidor. 
As corporações dividem-se em: 
• associações; e 
• sociedades. 
As sociedades podem ser simples e empresárias , antigamente denominadas " civis" e "comerciais". Como no 
sistema do novo Código Civil todas as sociedades são civis, optou o legislador pela nova designação 
supramencionada (cf. art. 982). 
• Associações: as associações não têm fins lucrativos, mas religiosos, morais, culturais, assistenciais, desportivos 
ou recreativos . 
• Sociedades: podem ser simples e empresárias. 
As simples têm fim econômico e visam lucro, que deve ser distribuído entre os sócios. São constituídas, em geral, 
por profissionais de uma mesma área (escritórios de engenharia, de advocacia etc.) ou por prestadores de 
serviços técnicos. 
As sociedades empresárias também visam lucro. Distinguem-se das sociedades simples porque têm por objeto o 
exercício de atividade própria de empresário sujeito ao registro previsto no art. 967 do Código Civil. 
SOCIEDADES- art. 98 
Sociedade Simples x Sociedade Empresarial 
Modelos de Sociedade: 
 Sociedade em Nome Coletivo 
 Sociedade em Comandita Simples 
 Sociedade em Comandita por Ações 
 Sociedade Limitada (Ltda) 
 Sociedade por Ações (S.A) 
Sociedade Simples - pode adotar qualquer modelo, exceto S.A 
Cooperativa- Será sempre Sociedade Simples 
Sociedade será empresária ou não conforme o grau de organização que apresente - Teoria da Empresa (CC/02 superou 
a teoria dos atos de comércio) 
FUNDAÇÕES PARTICULARES 
•Afetação de um patrimônio, por testamento ou escritura pública, que faz o seu instituidor, especificando o fim para 
o qual se destina- art. 62 CC 
Elementos necessários para criação de uma fundação: 
a) afetação de bens livres; 
b) especificação dos fins; 
c) previsão do modo de administrá-las; 
d) elaboração de estatutos com base em seus objetivos e submetidos à apreciação do Ministério Público que os 
fiscalizará. 
Verificar cópia da escritura pública de doação e instituição de Fundação 
FUNDAÇÕES PARTICULARES 
• Só pode ser instituída para fins nobres- educação, cultura, pesquisa (art. 62 CC) 
• Pelo seu interesse social, há necessidade dos administradores prestarem contas ao Ministério Público. 
• Nas fundações não existem sócios propriamente ditos. 
• São sempre supervisionadas pelo Ministério Público, que atua como fiscal da lei por intermédio da curadoria das 
fundações (art. 66 do CC/2002). 
• Só precisará prestar contas ao Tribunal de Contas se utilizar, arrecadar, guardar, gerenciar dinheiro, bens ou valores 
públicos. (art. 70 e 71 CR/88) 
DAS ASSOCIAÇÕES 
• As associações, pela previsão legal, são conjuntos de pessoas, com fins determinados, que não sejam lucrativos. Art. 
53 CC 
• Liberdade de associação para fins lícitos prevista na CR/88, art. 5º, XVII 
• Não há entre membros da associação direitos e obrigações recíprocos, nem intenção de divider resultados 
• Requisitos para elaboração do Estatuto da Associação- art. 54 do CC/2002 – inobservância poderá acarretar a sua 
nulidade. 
• Qualidade de associado é intransmissível (art. 56 CC)- poderá haver disposição em sentido contrário no estatuto. 
• A exclusão do associado somente será admissível havendo justa causa para tanto (art. 57 CC) 
ENTES OU GRUPOS DESPERSONALIZADOS 
Que são meros conjuntos de pessoas e de bens que não possuem personalidade própria ou distinta, não constituindo 
pessoas jurídicas: 
• Espólio - é o conjunto de bens formado com a morte de alguém, em decorrência da aplicação do princípio saisine 
(art. 1.784 do CC/2002). Possui legitimidade, devendo ser representado pelo inventariante. 
• Massa falida - é o conjunto de bens formado com a decretação de falência de uma pessoa jurídica. Não constitui 
pessoa jurídica, mas mera arrecadação de coisas e direitos. 
• Sociedade de fato - são os grupos despersonalizados presentes nos casos envolvendo empresas que não possuem 
sequer constituição (estatuto ou contrato social) 
• Condomínio - é o conjunto de bens em copropriedade, com tratamento específico no livro que trata do Direito das 
Coisas. 
Para muitos doutrinadores, constitui uma pessoa jurídica o condomínio edilício, o que justifica a sua inscrição no CNPJ 
(Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas). 
Alguns juristas preferem definir o condomínio edilício como sendo uma quase pessoa jurídica, uma quase fundação 
ou uma pessoa jurídica especial_______________________________________________________________________________________________ 
NEGÓCIO JURÍDICO- Livro III, Parte Geral CC/02- art. 104 e ss. 
Conceitos Estruturais: 
•Fato jurídico em sentido amplo é, portanto, todo acontecimento da vida 
que o ordenamento jurídico considera relevante no campo do direito. 
•Todos acontecimentos que, de forma direta ou indireta, ocasionam efeito jurídico. 
FATOS NATURAIS X FATOS HUMANOS 
 
Fato Natural- stricto sensu 
ORIGINÁRIO - Natural previsível de ocorrer. Ex.: Morte, decurso de Prazo 
EXTRAORDINÁRIO - Evento decorrente da natureza como caso fortuito (totalmente imprevisível) ou fato de força 
maior (evento inevitável ou irresistível) 
Fato Humano- jurígeno 
Classificação: 
a) Ato Jurídico em sinto amplo- ato voluntário 
b) Ato Ilícito- conduta voluntária ou involuntária que está em desacordo com o ordenamento jurídico 
O ato ilícito pode ser penal, administrativo ou civil 
(independência das esferas)- art. 186 CC- conceito de ato ilícito 
Natureza do ato ilícito: 
1- Não é ato jurídico- pois não é lícito. Mas, é FATO JURÍDICO em sentido amplo 
2- Ato ilícito é ato jurídico 
 Ato Jurídico em sentido Amplo 
Ato Jurídico Negócio Jurídico 
Em Sentido 
Estrito 
1- Ato jurídico em sentido estrito 
• Objetivo de mera realização da vontade do titular de determinado direito- 
• Não há composição de vontades 
• Efeitos determinados pela Lei. 
• Não há criação de um instituto jurídico próprio para regulamentar interesses das partes. 
• Declaração ou Manifestação Unilateral 
Ex: Reconhecimento de filho voluntariamente 
Pagamento Direto de Obrigação 
2- Negócio jurídico- 
Fato jurídico, com elemento volitivo, com conteúdo lícito, visando regular direitos e deveres específicos de acordo 
com o interesse das partes. 
Constitui um ato destinado à produção de efeitos jurídicos desejados pelos envolvidos, amparados pelo Direito. 
 
CLASSIFICAÇÕES DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS 
1- Quanto à manifestação de vontade 
• Unilaterais – declaração emana de 1 pessoa Bilaterais 
• Plurilaterais 
2- Quanto às vantagens patrimoniais para os envolvidos 
• Gratuitos- atos de liberalidade que não impõem contraprestação 
• Onerosos 
3- Quanto aos efeitos no tempo 
• Inter vivos 
• Causa mortis 
Ver art. 426 do CC 
4- Quanto à necessidade ou não de solenidades, formalidades 
• Formais ou solenes 
• Informais ou não solenes 
5- Quanto à independência ou autonomia 
• Principais ou Independentes 
• Acessórios ou Dependentes 
6- Quanto às condições pessoais dos negociantes 
• Impessoais- não há condição especial, podendo ser cumprida a obrigação pelo negociante obrigado ou terceiro. 
• Personalíssimos ou Intuito Personae- Dependem de condição especial de um dos negociantes 
7- Quanto à necessidade ou não de solenidades, formalidades 
• Formais ou solenes 
• Informais ou não solenes 
Elementos Constitutivos do Negócio Jurídico 
Escada Ponteana ou Pontiana- Teoria que melhor explica a concepção dos elementos do negócio jurídico 
PLANOS DO NEGÓCIO JURÍDICO 
Existência 
 Validade 
 Eficácia 
■ Existência- requisitos mínimos 
Partes, vontade, objeto e forma. 
Negócio jurídico inexistente 
■ Validade 
Partes capazes, vontade livre, sem vícios, objeto lícito, possível, determinado ou determinável e forma prescrita ou 
não defesa em lei. Art. 104 do CC. 
Negócio Jurídico Nulo 
■ Eficácia- elementos relacionados com a suspensão ou resolução de direitos e deveres. Consequências jurídicas e 
práticas 
 
Elementos Essenciais do Negócio Jurídico 
Existência e Validade 
• Agentes Capazes- capacidade geral PN e PJ capacidade especial (legitimação) 
• Objeto Lícito, possível, determinado ou determinável (art. 166, II, CC) 
• Vontade ou Consentimento Livre- manifestação expressa ou tácita 
 
Elementos Acidentais do Negócio Jurídico- 121 a 137 CC/02 
Alterar consequências naturais: 
Condição - modalidade voluntária dos atos jurídicos que lhes subordina o começo ou o fim dos efeitos à verificação 
de um evento futuro e incerto 
Termo - elemento que condiciona a validade do negócio jurídico a elemento futuro e certo. 
Encargo ou Modo - elemento que traz um ônus relacionado com uma liberalidade.

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