Buscar

20171124 185645 Arquivo+12+ SANEAMENTO+AMBIENTAL+II (1)

Prévia do material em texto

ENGENHARIA CIVIL
Disciplina: Saneamento Ambiental II
Resíduos Sólidos e Resíduos da Construção Civil –
Arquivo 12
Prof.: Luciana Müller
Introdução
►Com o crescimento da população ocorre uma maior
demanda por recursos naturais;
►Recursos naturais podem ser:
Renováveis: são repostos por processos naturais ou
induzidos, após a sua utilização;
Não Renováveis: estão limitados à quantidade existente no
Planeta, não podem ser repostos.
A poluição em termos de massa e energia 
►Lei da Conservação da Massa;
►Tudo se realiza com a matéria que é proveniente do próprio
Planeta;
►Em função da matéria não poder ser aniquilada e nenhum
processo ser 100% eficiente, ocorre a geração de
resíduos;
►A capacidade de geração de resíduos é maior que a
capacidade de reciclagem pelos processos naturais.
Poluição 
►Matéria ou energia fora do lugar.
Geração de RSU no Brasil - ABRELPE
Composição e quantidade de lixo gerado 
►A composição e a quantidade de lixo urbano gerado por
habitante variam conforme o nível de desenvolvimento do
país.
►Em média o brasileiro produz cerca da metade do lixo
gerado pelos britânicos, pelos alemães e pelos italianos.
Fatores que influenciam a produção e composição dos 
RS 
►Poder aquisitivo da população
►Condições climáticas
►Hábitos e costumes da população
►Nível educacional
►Nível de desenvolvimento
Classificação dos Resíduos Sólidos 
►Quanto à natureza ou origem
►Quanto ao grau de biodegradabilidade
►Quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde
pública
Classificação quanto à origem
►Doméstico
►Comercial
►Varrição
►Serviços de saúde
►Portos, aeroportos e rodoviários
► Industriais
►Agrícolas
►Coletas especiais
Coletas especiais 
►Resíduos que não foram enquadrados nos casos anteriores
e, em especial, aqueles provenientes de limpeza de
galerias pluviais, entulhos da construção civil, pilhas e
baterias, lâmpadas fluorescentes, lixo radioativo, pneus,
animais mortos, veículos abandonados, resíduos de podas
urbanas e feiras livres, entre outros.
Responsabilidade pelo gerenciamento 
Classificação quanto ao grau de biodegradabilidade 
►Facilmente degradáveis: restos de comida, sobras de
cozinha, folhas, capim, animais mortos e excrementos;
►Moderadamente degradáveis: papel, papelão e outros
produtos celulósicos;
►Dificilmente degradáveis: tecido, couro, madeira, borracha,
cabelo, pena de galinha, ossos, plásticos;
►Não-degradáveis: metal não-ferroso, vidro, cerâmica,
pedras.
Classificação quanto ao grau de biodegradabilidade 
Classificação quanto aos riscos potenciais ao meio 
ambiente e à saúde pública 
►Periculosidade de um resíduo
►Característica apresentada por um resíduo que, em função
de suas propriedades físicas, químicas ou infecto-
contagiosas, pode apresentar:
a) risco à saúde pública, provocando mortalidade, incidência
de doenças ou acentuando seus índices;
b) riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado
de forma inadequada.
Classificação quanto aos riscos potenciais ao meio 
ambiente e à saúde pública 
►ABNT NBR 10.004/2004
a) Resíduos Classe I: Perigosos
b) Resíduos Classe II: Não perigosos
- Classe II A: Não-inertes 
- Classe II B: Inertes 
Resíduos Classe I: Perigosos 
►São aqueles que, em função de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade
ou patogenicidade, apresentam riscos à saúde pública
através do aumento da mortalidade ou da morbidade, ou
ainda provocam efeitos adversos ao meio quando
manuseados ou dispostos de forma inadequada.
Resíduos Classe I: Perigosos 
► Inflamabilidade (D001)
►amostra capaz de produzir fogo por fricção, absorção de
umidade ou por alterações químicas espontâneas;
►quando inflamada, dificulta a extinção do fogo.
Resíduos Classe I: Perigosos
►Corrosividade (D002)
►pH inferior ou igual a 2,0 ou superior ou igual a 12,5;
►amostra capaz de corroer o aço a uma razão maior que
6,35 mm ao ano, a uma temperatura de 55ºC.
Resíduos Classe I: Perigosos
►Reatividade (D003)
►amostra normalmente instável, que reage de forma violenta
e imediata;
► reage violentamente com a água;
►gera gases e vapores tóxicos quando misturados com
água;
►produz reação ou decomposição detonante ou explosiva a
25ºC e 1 atm.
Resíduos Classe I: Perigosos
►Toxicidade
►possui DL50 oral para ratos menor de 50 mg/kg ou DL50
dérmica para coelhos menor que 200 mg/kg;
►comprovadamente letal ao homem;
►constituída por restos de embalagens contaminadas;
► resíduos de derramamento ou produtos fora do prazo de
validade.
Resíduos Classe I: Perigosos
►Patogenicidade (D004)
► resíduos que contém micro-organismos ou se suas toxinas
forem capazes de produzir doenças.
Resíduos Classe II: Não Perigosos 
►Classe II-A: Não Inertes
►São os resíduos que podem apresentar características de
combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em
água, com possibilidade de acarretar riscos à saúde ou ao
meio, não se enquadrando nas classificações de resíduos
Classe Perigosos ou Classe II-B: Inertes.
►Classe II-A: Inertes
► São aqueles que, por suas características intrínsecas, não oferecem
riscos à saúde e ao meio ambiente, e que, quando amostrados de
forma representativa, segundo a norma NBR 10.007, e submetidos a
um contato estático ou dinâmico com água destilada ou deionizada, a
temperatura ambiente, conforme teste de solubilização segundo a
norma NBR 10.006, não tiverem nenhum de seus constituintes
solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade
da água, excetuando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor.
Resíduos da Construção Civil
►A indústria da construção civil é a que mais explora
recursos naturais e também é a que mais gera resíduos.
►No Brasil, a tecnologia construtiva normalmente aplicada
favorece o desperdício na execução das novas edificações.
►Enquanto em países desenvolvidos a média de resíduos
proveniente de novas edificações encontra-se abaixo de
100kg/m2, no Brasil este índice gira em torno de 300kg/m2
edificado.
Resíduos da Construção Civil
►Em termos quantitativos, esse material corresponde a algo
em torno de 50% da quantidade em peso de resíduos
sólidos urbanos coletada em cidades com mais de 500 mil
habitantes de diferentes países, inclusive o Brasil.
►Dentro da concepção de desenvolvimento sustentável
estabelecida pela Agenda 21, reduzir e reutilizar os
resíduos e subprodutos aparecem como tarefas
fundamentais à sociedade atual.
Resíduos da Construção Civil
►No caso do entulho de obra, os maiores desafios seriam:
reduzir o volume de entulho gerado, evitando a utilização
dos escassos locais para sua disposição; beneficiar a
quantidade de entulho gerado reutilizando-o no ciclo
produtivo, diminuindo o consumo de energia e de recursos
naturais.
Resíduos da Construção Civil
► Tijolos
► Blocos cerâmicos
► Concreto em geral
► Solos
► Rochas
► Metais
► Resinas, colas e tintas
► Madeiras e compensados
► Forros, argamassa, gesso
► Telhas, pavimento asfáltico
► Plásticos, tubulações e fiação elétrica
Resíduos da Construção Civil
►Resolução CONAMA Nº 307/2002 e CONAMA Nº
431/2011:
►Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a
gestão dos resíduos da construção civil
Classificação - Resíduos da Construção Civil
►Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis
como agregados, tais como:
a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras
obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes
cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e
concreto;
c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em
concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;
►Classe B - são os resíduos recicláveis para outras
destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais,
vidros, madeiras e gesso;
►Classe C - são os resíduos para os quais não foram
desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente
viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação;
►Classe D - são os resíduos perigosos oriundos do
processo de construção, tais como: tintas, solventes, óleos
e outros, ou aqueles contaminados oriundos de
demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas,
instalações industriais e outros.
O fato da Resolução 307/2002 não incluir os resíduos de amianto na Classe D, trouxe como
consequência a publicação de um aditivo, constituído pela Resolução 348/2004 que inclui o
amianto na Classe D.
Problemas com o entulho 
►Grande volume
►Proliferação de insetos e roedores
►Lançamento em terras baixas, leitos ou canais: obstrução
do escoamento e inundações
►Despejos clandestinos
►Vias públicas
►Terrenos baldios
►Áreas de “bota fora”: lixões
Tratamento de resíduos da construção civil
►Segregação
►Reciclagem do entulho para obtenção de agregados
►Reutilização na própria construção civil
►Agregado reciclado: material granular proveniente do
beneficiamento de resíduos da construção civil.
►O entulho reciclado pode ser usado como base e sub-base
de rodovias, agregado graúdo na execução de estruturas
de edifícios, em obras de arte de concreto armado e em
peças pré-moldadas.
Resíduos utilizados para produção de agregados 
►Grupo I – produtos à base de cimento, cal, areia e brita
(concreto, argamassas, blocos de concreto)
►Grupo II – produtos cerâmicos (telhas, manilhas, tijolos,
azulejos)
Produtos 
►Elementos não estruturais:
► Blocos de concreto de vedação
► Obras de pavimentação
► Guias e sarjetas
► Regularização e cascalhamento de ruas de terra
► Obras de drenagem
► Execução de contrapiso
► Contrapisos
► Contenção de encostas com sacaria de entulho-cimento
► Calçada
► Pavimentação para tráfego leve
Confecção de caixas de gordura com agregados reciclados
Confecção de pavers com agregados reciclados
Confecção de mobiliário urbano com agregados reciclados
Destinação final 
►Os resíduos da construção civil não poderão ser dispostos
em:
►aterros de resíduos domiciliares;
►áreas de "bota fora”;
►encostas, corpos d’água, lotes vagos;
►áreas protegidas por Lei.
►Aterro de resíduos da construção civil: área onde são
empregadas técnicas de disposição de resíduos da
construção civil no solo, visando a reservação de materiais
segregados de forma a possibilitar seu uso futuro e/ou
futura utilização da área, sem causar danos à saúde
pública e ao meio ambiente.
Os geradores devem ter como objetivo prioritário a não 
geração de resíduos e, secundariamente, a redução, a 
reutilização, a reciclagem e a destinação final. 
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil 
►Fase de Planejamento
►Projeto arquitetônico tendo preocupações com a
modulação, sistema construtivo, materiais a serem
empregados e integração entre os projetos
complementares, sempre na busca da não geração de
resíduos.
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil 
►Caracterização
► Identificar e quantificar os resíduos
►Caracterização dos resíduos gerados por etapa da obra
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil 
►Triagem e Segregação
►A segregação deverá ser feita nos locais de origem dos
resíduos, logo após a sua geração.
►Manutenção da limpeza da obra, evitando materiais e
ferramentas espalhadas o que gera contaminação entre os
resíduos.
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil 
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil 
►Triagem e Segregação
►Uma vez segregados, os resíduos deverão ser
adequadamente acondicionados.
►Treinamento dos funcionários.
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil 
►Acondicionamento
►Os resíduos devem ser acondicionados em recipientes
estrategicamente distribuídos até que atinjam volumes tais
que justifiquem seu transporte interno para o depósito final
de onde sairão para a reutilização, reciclagem ou
destinação definitiva. Bombonas, bags, baias e
caçambas estacionárias, devidamente sinalizadas
informando o tipo de resíduo que cada um acondiciona.
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil 
►Bombonas: depósito inicial de restos de madeira, sacaria
de embalagens plásticas, aparas de tubulações, sacos e
caixas de embalagens de papelão, papéis de escritório,
restos de ferro, aço, fiação, arames etc.
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil 
►Bags: sacos de ráfia com quatro alças utilizadas para
armazenamento de serragem, EPS (isopor), restos de
uniformes, botas, tecidos, panos e trapos, plásticos,
embalagens de papelão etc.
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil 
►Baias: geralmente construídas em madeira utilizadas para
depósito de restos de madeira, ferro, aço, arames, EPS,
serragem etc.
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil 
►Caçambas estacionárias: blocos de concreto e cerâmico,
argamassa, telhas cerâmicas, madeiras, placas de gesso,
solo e etc.
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil 
►Acondicionamento final
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil 
►Transporte externo
►Controle: preenchimento de uma ficha contendo dados do
gerador, tipo e quantidade de resíduos, dados do
transportador e dados do local de destinação final dos
resíduos.
►O gerador deve guardar uma via deste documento
assinado pelo transportador e destinatário dos resíduos,
pois será sua garantia de que destinou adequadamente
seus resíduos.
►Destinação
►De acordo com o tipo de resíduo (Classe)
/
1) Como visto em aula, a indústria da construção civil é a que mais
explora recursos naturais e também é a que mais gera resíduos.
Quais são as principais atividades e aspectos que envolvem o
correto gerenciamento dos resíduos da construção civil? Explique
cada um deles.
2) A periculosidade de um resíduo está relacionada a características
apresentadas em função de suas propriedades físicas, químicas ou
infectocontagiosas, podem apresentar risco à saúde pública,
provocando mortalidade, incidência de doenças e riscos ao meio
ambiente. Segundo a ABNT NBR 10.004/2004, quais são as
características dos resíduos Classe I - Perigosos? Que tipos de
resíduos da construção civil se enquadram nesta classe?
3) Segundo a Resolução CONAMA Nº 307/2002 e CONAMA Nº
431/2011, quanto a classificação dos Resíduos da Construção Civil,
os resíduos Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis
como agregados. O que é agregado reciclado e como pode ser
usado na construção civil?

Continue navegando