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Cinética química e cálculo de reatores Volume do reator e conversão Prof.: Magmir Metzker Soares Volume do reator e conversão 2 Na definição de conversão, escolhe-se um dos reagentes como a base para o cálculo e depois as outras espécies envolvidas na reação são relacionadas à essa base. Na maior parte dos casos, é melhor escolher o reagente limitante como a base para o cálculo. As relações estequiométricas e as equações de projeto são então desenvolvidas considerando a reação geral: As letras maiúsculas representam espécies químicas e as letras minúsculas representam coeficientes estequiométricos. Volume do reator e conversão Volume do reator e conversão 3 Tomando a espécie A como nossa base de cálculo, divide-se a expressão da reação pelo coeficiente estequiométrico da espécie A, afim de providenciar a expressão da reação sob a forma abaixo com a intenção de colocar toda quantidade “por mol de uma base”. Agora, como podemos quantificar o quão longe uma reação progrediu? Ou ainda, quantos moles de C são formados para cada mol A consumido? Volume do reator e conversão Volume do reator e conversão 4 Para estas determinações, é definido um parâmetro chamado de conversão. A conversão XA é o número de mols de A que tenham reagido por mol de A alimentado no sistema. Como foi definido a conversão com relação a base de cálculo, elimina-se o subscrito A para fins de concisão e deixa-se apenas XA = X. 𝑋𝐴 = 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑟𝑒𝑎𝑔𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 Volume do reator e conversão Equações de projeto: reator batelada 5 Na maior parte dos reatores descontínuos, quanto mais tempo um reagente permanece no reator, mais ele é convertido no produto, isto até que o equilíbrio seja atingido ou o reagente esteja esgotado. Consequentemente, nos reatores batelada a conversão é uma função do tempo que os reagentes passam no reator. Se NA0 é o número de mols iniciais, então o número total de mols de A que reagiram depois um tempo t é [NA0.X]. 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑜𝑠 = 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 . [𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑟𝑒𝑎𝑔𝑖𝑑𝑜𝑠] [𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠] Volume do reator e conversão Equações de projeto: reator batelada 6 Ainda, o número de mols de A que permanece no reator depois de um tempo t, NA, pode ser expressa em termos de NA0 e X: 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑜𝑠 = 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 . [𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑟𝑒𝑎𝑔𝑖𝑑𝑜𝑠] [𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠] 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑜𝑠 = 𝑁𝐴0 . 𝑋 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑛𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑛𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡 = 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑡 = 0 − [𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑛𝑎 𝑟𝑒𝑎çã𝑜] 𝑁𝐴 = 𝑁𝐴0 − [𝑁𝐴0. 𝑋] Volume do reator e conversão Equações de projeto: reator batelada 7 O número de mols de A no reator após a conversão X ter sido atingida é: Quando não ocorrem variações na taxa de reação, o balanço molar para a espécie A no reator batelada se reduz a: Volume do reator e conversão Equações de projeto: reator batelada 8 A equação é valida quando o volume do reator é constante ou não. Para uma reação geral do tipo: o reagente A está sendo consumido. Entretanto, ao se multiplicar ambos os lados da equação por (- 1), obtêm-se o balanço molar para o reator batelada na forma: Volume do reator e conversão Equações de projeto: reator batelada 9 A taxa de desaparecimento de A, -rA, desta reação pode ser dada por uma lei de equilíbrio, tal como: Para reatores batelada, têm-se o interesse em determinar quanto tempo a reação leva para atingir uma determinada conversão X. Para determinar este período de tempo, transformamos o balanço molar em uma equação em função da conversão: com relação ao tempo, deve-se lembrar que NA0 é o número de moles de A inicialmente presente e é, por conseguinte, uma constante. Volume do reator e conversão Equações de projeto: reator batelada 10 Desta forma: Para o reator batelada, a equação de projeto na forma diferencial é: Volume do reator e conversão Equações de projeto: reator batelada 11 As formas diferenciais das equações de projeto muitas vezes aparecem na análise de um reator e são particularmente úteis na interpretação dos dados da taxa de reação. Para um reator em batelada com volume constante, a equação pode ser colocada da forma: Para os reatores batelada em que o volume varia enquanto que a reação prossegue, o volume pode geralmente ser expresso como uma função de tempo ou da conversão, tanto para reatores isotérmicos ou adiabáticos. Volume do reator e conversão Equações de projeto: reator batelada 12 Consequentemente, as variáveis da equação diferencial podem ser separadas em uma das seguintes maneiras: Estas equações são integradas com os limites em que a reação começa no tempo zero (ou seja, t = 0, X = 0). Quando o volume é variado por alguma fonte externa de uma forma específica, a equação tempo de se relacionar e de conversão que pode-se usar é: Volume do reator e conversão Equações de projeto: reator batelada 13 No entanto, para os reatores descontínuos mais comuns em que o volume não é um função de um tempo predeterminado, o tempo t necessário para alcançar uma conversão de X é: Volume do reator e conversão Equações de projeto: sistemas contínuos 14 Normalmente, a conversão aumenta com o tempo em que os reagentes passam no reator. Para os sistemas de fluxo contínuo, geralmente a conversão aumenta com o aumento da volume do reator e, por consequência, a conversão X é uma função do volume do reator V. Se FA é a taxa de fluxo molar de espécies A alimentada em um sistema operado a estado estacionário, a vazão molar de A que reage dentro de todo o sistema será FA0.X. 𝐹𝐴0. 𝑋 = 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 . [𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑟𝑒𝑎𝑔𝑖𝑑𝑜𝑠] [𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠] Volume do reator e conversão Equações de projeto: sistemas contínuos 15 O fluxo molar de alimentação de A para o sistema menos a taxa de reação de A dentro o sistema é igual ao fluxo molar de A deixando o sistema. A sentença anterior pode ser escrito na forma da seguinte expressão matemática: 𝐹𝐴0. 𝑋 = 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 . [𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑟𝑒𝑎𝑔𝑖𝑑𝑜𝑠] [𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠] 𝐹𝐴0. 𝑋 = [𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑟𝑒𝑎𝑔𝑖𝑑𝑜𝑠] [𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜] 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑒 𝐴 𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜 − 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑒 𝐴 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑜 = [𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑒 𝐴 que sai] Volume do reator e conversão Equações de projeto: sistemas contínuos 16 Rearranjando a equação, têm-se: A taxa de entrada de fluxo molar, FA0, (mol/s), é apenas o produto da concentração de entrada, CA0 (mol/dm³), e a taxa de entrada de fluxo volumétrico, v0, (dm³/s): Para sistemas líquidos, CA0 é comumente informada em termos de molaridade, por exemplo, CA0 = 2 mol/dm³. Volume do reator e conversão Equações de projeto: sistemas contínuos 17 Parasistemas de gás, CA0 pode ser calculada a partir da temperatura de entrada e pressão, utilizando a lei dos gases ideais, ou algum outro gás. Para um gás ideal: onde CA0 = concentração de entrada, mol/dm³; yA0 = fração de entrada molar de A; P0 = pressão total na entrada, em kPa; T0 = temperatura de entrada, K; PA0 = pressão parcial na entrada, kPa; R = constante dos gases. Volume do reator e conversão Equações de projeto: CSTR 18 A equação resultante do balanço molar para a espécie A na reação: que é realizada em um reator CSTR, torna-se: Ao substituir o fluxo molar de A na saída do reator, FA, e o fluxo molar da entrada, FA0, pela conversão X, utilizando a equação: Volume do reator e conversão Equações de projeto: CSTR 19 Obtêm-se: Pode-se ainda rearranjar a equação para determinar o volume do reator CSTR necessário para alcançar a conversão especificada. Desde que a composição na saída seja idêntica o composição da entrada, a taxa de reação é avaliada na condição de saída. Volume do reator e conversão Equações de projeto: PFR 20 Após multiplicar ambos os lados da equação de projeto para um reator tubular por (- 1), a expressão do balanço molar para a espécie A na reação é dada por: Para este sistema, FA foi fornecida anteriormente em termos do fluxo molar na entrada FA0 e a conversão X: Assim, ao substituir as equações, será obtida a equação de projeto na forma diferencial para o reator PFR. Volume do reator e conversão Equações de projeto: PFR 21 Desta forma: Ao separar as variáveis e integrar com os limites V = 0 e X = 0, obtêm-se o volume necessário para que o reator PFR alcance a conversão especificada: Para realizar integrações nos reatores batelada, CSTR e PFR, precisamos saber como a taxa de reação -rA varia de acordo com a concentração (portanto, com a conversão) das espécies reagentes. Esta relação entre a taxa de reação e concentração será desenvolvida a seguir. Volume do reator e conversão Até a próxima aula! Contato: magmir@ucl.com 22 Volume do reator e conversão
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