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INTRODUÇÃO AO DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

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INTRODUÇÃO AO DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
2º BIMESTRE
PERSONALIDADE CIVIL DA PESSOA:
Art. 2º - Código Civil.
Início:
a) Nascimento com vida
b) Põe a salvo desde a concepção.
A partir do momento que o feto sai do ventre da mãe:
a) Parto Natural;
b) Parto Induzido, ou
c) Artificial.
Com VIDA. É a vida que dá a personalidade jurídica da pessoa.
Nascituro – existência intra-uterina. (expectativa de direito)
Natimorto – nasce morta.
Assim, temos que todo natimorto, foi um nascituro.
Mas, nem todo nascituro será um natimorto.
Nascituro é pessoa condicional; a aquisição da personalidade acha-se sob a dependência de 
condição suspensiva, o nascimento com vida.
Duas correntes:
a) Natalista;
b) Concepcionista
PESSOA NATURAL:
Conceito:
É o ser humano, considerado como sujeito de direitos e deveres.
Art. 2º do Código Civil
Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo,
desde a concepção, os direitos do nascituro.
INDIVIDUALIZAÇÃO DA PESSOA NATURAL:
Principais Elementos Individualizadores:
a) Nome Civil;
b) Estado Civil;
c) Domicilio Civil.
Nome Civil:
Art. 16 ao 19 do Código Civil e Lei dos Registro
Públicos n.º 6.015/73.
Estado Civil:
Art. 1.511 e seguintes – Código Civil.
Domicílio Civil:
Art. 70 a 78 - Código Civil.
CAPACIDADE: É a possibilidade de ser sujeito de direitos e deveres e de praticar, por si só, os atos da vida civil.
a) Capacidade de DIREITO ou de GOZO:
Art. 1º do Código Civil.
Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
b) Capacidade de FATO ou de EXERCÍCIO:
Art. 5º do Código Civil.
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de 
todos os atos da vida civil.
CAPACIDADE:
Critérios objetivos:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, 
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor
tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V-pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em 
função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. Ex: Estado de Saúde e 
Idade.
INCAPACIDADE: É a restrição legal à prática de certos atos da vida civil.
Pode ser:
a) ABSOLUTA: - Exige a REPRESENTAÇÃO.
“Art. 3º - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
I – os menores de dezoito anos;
II – os que, por enfermidade ou defic`^encia mental, não tiverem o necessário discernimento para a 
prática desses atos;
III – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.b) RELATIVA:
Necessitam da ASSISTÊNCIA que a lei assim determina.
“Art. 4º - São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:
I – os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II – os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o 
discernimento reduzido;
III – os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
IV – os pródigos.
Parágrafo Único: A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.
REPRESENTAÇÃO OU ASSISTÊNCIA
Serão representantes ou assistentes:
a) PAIS – em relação aos filhos menores.
b) TUTOR – na falta dos pais (poder familiar).
c) CURADOR – a curatela é destinada, em regra, aos maiores
incapazes.
– Art. 3º, II e III (causa duradoura);
- Art. 4º, II, III e IV.
CESSAÇÃO DA INCAPACIDADE:
a) Com a maioridade – aos 18 anos completos.
“ Art. 5º - A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à pratica de
 todos os atos da vida civil”. Código Civil.
b) Com a emancipação, nas formas previstas no parágrafo único do Art. 5º do C.C.
OBS: A emancipação não antecipa a maioridade. Antecipa apenas a capacidade de FATO ou EXERCÍCIO.
A pessoa permanece menor, mas podendo praticar sozinha os atos da vida civil por não ser mais 
considerada incapaz.
EMANCIPAÇÃO: A EMANCIPAÇÃO: - Artigo 5º, parágrafo único, incisos I a V.
Três espécies:
a) Voluntária;
b) Judicial:
c) Legal:
A emancipação, em qualquer de suas formas, é irrevogável.
Não pode os pais, que voluntariamente emanciparam o filho, voltar atrás. Irrevogabilidade, entretanto,
não se confunde com invalidade do ato (nulidade ou anulabilidade decorrente de coação, p.ex.), que 
pode ser reconhecida. O casamento válido produz o efeito de emancipar o menor.
A colocação de grau em curso de ensino superior, e o estabelecimento civil ou comercial, ou a 
existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos 
completos tenha economia própria, justificam a emancipação, por demonstrar maturidade própria do
menor, afastando, nas duas últimas hipóteses, as dificuldades que a subordinação aos pais acarretaria,
na gestão dos negócios, ou no exercício do emprego particular, ao mesmo tempo em que tutela o
interesse de terceiros, que de boa-fé com ele estabeleceram relações comerciais.
EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE:
Quando acontece:
(I) Morte real (Código Civil, artigo 6º, 1ª parte);
(II) Morte simultânea ou comoriência (artigo 8º);
(III) Morte presumida (artigo 6º, 2ª parte); (IV) Morte civil (artigo 1.816 Código Civil).
DOMICÍLIO: É o lugar onde a pessoa estabelece a sua residência (elemento objetivo) com ânimo definitivo (elemento subjetivo).
a) Pluralidade Domiciliar: O Código Civil admite que uma pessoa tenha mais de um domicilio:
“Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, 
considerar-se-á domicilio seu qualquer delas.
Art. 72. É também domicilio da pessoa natural, quanto às relações concementes à profissão, o lugar 
onde esta é exercida.
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá
domicilio para as relações que lhe corresponderem”.
b) Domicílio sem residência habitual: “Art. 73. Ter-se-á por domicilio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontr
c) Mudança de domicilio: Art. 74. Muda-se o domicilio, transferindo a residência com a intenção manifesta de mudar.
Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às 
municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem.
d) Domicílio NECESSÁRIO: Aquele atribuído pela lei a determinadas pessoas. Tem domicilio necessário:
INCAPAZ: É o de seu REPRESENTANTE ou ASSISTENTE.
SERVIDOR PÚBLICO: É o lugar onde exercer PERMANENTEMETE suas funções
MILITAR: Onde servir – sendo da MARINHA ou AERNAUTICA, é a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado.
MARÍTIMO: O lugar onde o navio estiver MATRICULADO.
PRESO: O lugar onde estiver cumprindo sua sentença.
DIFERENÇA ENTRE MORADIA, RESIDÊNCIA E DOMICILIO
Moradia: Local onde você se encontra por um determinado tempo, por uma lapso temporal.
Ex.: Quando você está hospedado em hotel ou pousada, período de visita em casa de parentes.
Residência: é todo local que você se estabelece com animo definitivo de ali ficar. mesmo que se ausente 
ocasionalmente. Local onde exerce moradia habitalmente.
Ex.: Aquele local onde você mora, acorda, vai trabalhar, volta e dorme de novo.
Domicílio: é todo lugar no qual exerce seus direitos e deveres,
ou seja o endereço que você tem vinculo jurídico e contrata
serviços como água, luz telefone e etc. Ex.: aquele local onde chegam as contas, as intimações,
convocações.
AUSÊNCIA: Art. 22 – Código Civil
Fases:
(a) fase da curadoria (artigo 22 a 25);
(b) fase da sucessão provisória (artigos 26 a 36);
(c) fase da sucessão definitiva (artigos 37 a 39).
PESSOA JURÍDICA: É a entidade constituída de pessoas físicas e que possui personalidade própria, distinta da de seus membros, capaz de adquirir direitos e contrairobrigações.
Art. 40 a 69 – Código Civil.
CLASSIFICAÇÃO:
a) Quanto à Nacionalidade:
a.1) Nacional:
a.2) Estrangeira:
b) Quanto a Estrutura Interna:
b.1) Corporação:
b.2) Fundação:
c) Quanto à Função:
c.1) Pessoas de Direito Público:
c.1.1) EXTERNO: - Art. 42 – Código Civil
I) Nações Estrangeiras;
II) Santa Sé;
III) Organismos Internacionais.
c.1.2.) INTERNO: - Art. 41 – Código Civil
I) Administração direta = União, Estados, Distrito Federal, Territórios, Municípios;
II) Administração indireta = Autarquias, inclusive as associações públicas, fundações públicas e as
demais entidades de caráter público criadas por lei.
Pessoas jurídicas de direito privado (artigo 44)
I) Associações= Art. 53 C.C. – Entidades sem fins econômicos, morais, culturais, desportivos ou religiosos.
II) Sociedade Simples= Art. 997 - Tem fim econômico e são constituídas, em geral, por profissionais liberais ou prestadores de serviços.
III) Sociedades empresárias= Também visam lucro. Distinguem-se das sociedades simples jurídicas porque têm por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito ao registro previsto no artigo 967 do Código Civil.
IV) Fundações particulares= Acervo de bens que recebe personalidade para a realização de fins 
determinados (artigo 62, parágrafo único).
(V) Organizações religiosas= Têm fins pastorais e evangélicos e tratam da complexa questão da fé, distinguindo-se das demais associações civis.
(VI) Partidos políticos= Têm fins políticos, não se caracterizando pelo fim econômico ou não.
(VII) Sindicatos= Embora não mencionados no artigo 44 do Código Civil, têm a natureza de associação civil (Constituição Federal, artigo 8º, Consolidação das Leis do Trabalho, artigos 511 e 512).
REQUISITOS PARA CONSTITUIÇÃO:
(a) VONTADE HUMANA: criadora (intenção de criar uma entidade distinta da de seus membros),
(b) OBSERVÂNCIA: das condições legais —
(I) ATO CONSTITUTIVO = Estatuto (associações); contrato social (sociedades); escritura pública ou testamento (fundações);
(II) REGISTRO PÚBLICO = Sociedade Empresária = Na Junta Comercial; sociedade simples de advogados: na OAB; demais pessoas jurídicas de direito privado: no Cartório de Registro Civil das pessoas Jurídicas (Lei dos Registros Públicos, artigos 114 e seguintes).
(III) APROVAÇÃO DO GOVERNO = Algumas pessoas jurídicas precisam ainda de autorização do Executivo (Código Civil, artigo 45).
(c) LICEIDADE (qualidade de licito) de seus objetivos (Código Civil, artigo 69) — objetivos ilícitos ou
nocivos constituem causa de extinção da pessoa jurídica.
EXTINÇÃO DA PESSOA JURÍDICA:
DIREITO PRIVADO:
CONVENCIONAL = Por deliberação de seus membros, conforme quorum previsto nos estatutos ou na lei.
LEGAL = Em razão de motivo determinante na lei — Código Civil, artigo 1034.
ADMINISTRATIVA = Quando as pessoas jurídicas dependem de autorização do Governo e praticam atos nocivos ou contrários de seus fins.
NATURAL = Resulta na morte de seus membros, se não ficou estabelecido que prosseguisse com os herdeiros.
JUDICIAL = Quando se configura algum dos casos de dissolução previstos em lei ou no estatuto e a sociedade continua a existir, obrigando um dos sócios a ingressar em juízo.
DOMICILIO DA PESSOA JURÍDICA:
Art. 75 do Código Civil:
I - da União é o Distrito Federal;
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal.
IV - das demais pessoas jurídicas é o lugar onde
funcionam as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio
especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
1) PESSOA JURÍDICA:
ARTIGOS 40 A 52 DO CÓDIGO CIVIL:
I = DE DIREITO PÚBLICO
INTERNO
(A) UNIÃO
(B) ESTADOS, DIST. FEDERAL e TERRITÓRIOS
(C) MUNICÍPIOS
(D) AUTARQUIAS, INCLUSIVE AS ASSOCIAÇÕES PÚBLICAS
(E) AS DEMAIS ENTIDADES DE CARÁTER PÚBLICO CRIADOS POR LEI
OBSERVAÇÃO:
São civilmente responsáveis por atos de seus agentes que causem danos para terceiras pessoas (observar se o dano: por culpa ou por dolo ).
EXTERNO
(A) ESTADOS ESTRANGEIROS
(B) PESSOAS REGIDAS PELO DIREITO PÚBLICO INTERNACIONAL
II = DE DIREITO PRIVADO
(A) ASSOCIAÇÕES
(B) SOCIEDADES
(C) FUNDAÇÕES
(D) ORG. RELIGIOSAS
(E) PARTIDOS POLÍTICOS
2) DOMICÍLIO
ARTIGOS 70 A 78 DO CÓDIGO CIVIL
PESSOA NATURAL:
(1) Onde estabelecer residência com ânimo definitivo.
(2) Se vários os domicílios = qualquer um deles.
(3) Também, quando profissional = no local do trabalho.
(4) Se não tem definitiva = o local onde for encontrada a pessoa.
PESSOA JURÍDICA:
(1) União = Distrito Federal.
(2) Estados e Territórios = Capitais.
(3) Municípios = Administração Municipal.
(4) Outros = onde for encontrada a pessoa.
OUTRAS PESSOAS:
(1) Incapaz = é o mesmo do seu representante ou assistente.
(2) Servidor Público = local onde exerce suas funções.
(3) Militar = Onde estiver a servir.
(4) Marítimo = Onde o navio estiver matriculado.
(5) Preso = Onde estiver a cumprir a pena (sentença).
(6) Agente Diplomático = (extraterritorialidade).
(7) Contratos Escritos = Direitos e obrigações nele estipulados.
BENS JURÍDICOS:Pode ser definido como toda a utilidade física ou ideal, que seja objeto de um direito
subjetivo.Ligado à ideia de direitos sem caráter econômico.
Coisa Jurídica: Está diretamente ligada à ideia de utilidade patrimonial (caráter econômico).
Código Civil 2002 – Três Classes de Bens:
1) Bens considerados em si mesmos: (art.79 a 91)
a) corpóreos: Perceptíveis por outros sentidos que não o tato.
É a que pode ser vista, tocada, apreendida. (possui forma exterior);
b) incorpóreos: O que não tendo existência material, pode ser objeto do direito.
b.1) bens móveis: Os bens móveis são aqueles que, sem deterioração na substância ou na forma, 
podem ser transportados de um lugar para outro.Enquadram-se ainda nessa classe os bens dotados 
de movimento próprio, são os chamados semoventes (os animais), e aquele que se move também
por força alheia também estão inclusos nessa classificação (coisas inanimadas ).
coisas fungíveis: são os bens móveis que podem ser substituídos por outros de mesma 
espécie, qualidade e quantidade.Ex: Empréstimo de dinheiro a alguém, você não irá receber aquelas mesmas
cédulas de volta, mas sim, outras cédulas que podem estar dispostas de diversas formas ou até mesmo em moedas, mas corresponderão ao valor.
emprestado.
(ii) coisas infungíveis:Infungíveis são os insubstituíveis, por existirem somente se respeitada 
sua individualidade.Ex. Uma obra de arte exclusiva ou uma jóia de valor original e única.
Esta obra de arte e esta jóia jamais poderão ser substituídas, pois não existem outras com o
 mesmo valor e da mesma espécie.
(ii) consumíveis e não consumíveis: Consumíveis são os que se destroem assim que vão sendo usados 
(alimentos em geral); Inconsumíveis são os de natureza durável, como um livro.
(iii) divisíveis e indivisíveis: Divisíveis: são aqueles que podem ser fracionados em porções reais;
Indivisíveis: são aqueles que não podem ser fracionados sem se lhes alterar a substância, ou que, mesmo divisíveis, são considerados indivisíveis pela lei ou pela vontade das partes.
b.2) bens imóveis:
(i) Pela própria natureza: Entende-se que os bens imóveis por sua natureza conforme são o solo com sua superfície, os seus acessórios e adjacências naturais, compreendendo as árvores e frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo. Há que se considerar que, a rigor, o único imóvel é o solo. No entanto, o Código Civil entendeu por incluir nesse conceito os seus acessórios e adjacências naturais, as árvores e seus
 frutos pendentes, bem como o espaço aéreo e o subsolo.O termo acessão designa aumento,
justaposição, acréscimo ou aderência de uma coisa a outra.
(ii) por acessão física artificial: Previstos no art.79 do Código Civil, nesta classe incluem-se tudo quanto o homem incorporar permanentemente ao solo, como a semente lançada a terra, os edifícios e construções, de modo que não se possa retirar sem
destruição, modificação, fraturaou causar dano.
(iii) por acessão intelectual: Estes bens podem ser definidos como tudo quanto no imóvel o proprietário mantiver intencionalmente empregado na sua exploração industrial, aformoseamento ou comodidade. (Art. 43, III, C. C./16.)
Enunciado nº 11 - I Jornada de Direito Civil (CEJ –
Centro de Estudos Jurídicos do CJF – Conselho da Justiça Federal)
“Enunciado nº 11 – Art. 79: não persiste no novo sistema legislativo a categoria dos bens imóveis por acessão intelectual, não obstante a expressão “tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente”, constante da parte final do art. 79 do CC.”
(iv) por disposição legal: Para fins legais são bens imóveis aqueles compreendidos no art. 80 do CC:
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I —os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II—o direito à sucessão aberta.
Com o escopo de garantir a segurança das relações jurídicas, o art. 80 considera como imóvel o direito real sobre imóveis e as ações que o asseguram, e o direito à sucessão aberta.
Tais bens incorpóreos são considerados pela lei como imóveis para que possam receber proteção jurídica.
São direitos reais sobre imóveis (usufruto, uso, habitação, enfiteuse , anticrese , servidão predial ), inclusive o penhor agrícola e as ações que o asseguram; o direito à sucessão aberta, ainda que a herança só seja formada de bens móveis.
Direito à sucessão aberta para os casos de alienação e pleitos judiciais a legislação considera o direito à sucessão aberta como bem imóvel, ainda que a herança só seja formada por bens móveis ou abranja apenas direitos pessoais. Ter-se-á a abertura da sucessão no instante da morte do de cujus; daí, então, seus herdeiros poderão ceder seus direitos hereditários, que são tidos como imóveis.
2) Bens reciprocamente considerados: Os bens serão acessórios ou principais, uns considerados em relação aos outros. O conceito é, portanto, dotado de relativismo. Uma casa é acessória em relação ao solo, que é principal em relação a ela. Mas será principal em relação a 
suas portas e janelas, que serão acessórias dela.
a) bem principal: É o bem que existe por si mesmo, abstrata ou concretamente, como a vida ou um terreno,
 não dependendo de nenhum outro para sua existência.
b) bens acessórios:É aquele cuja existência depende do principal. Não existindo por si mesmos.
3) Bens considerados em relação ao sujeito: Bens particulares e bens públicos: são respectivamente, os que pertencem a pessoas naturais ou jurídicas de direito privado e os que pertencem as pessoas jurídicas de direito público, políticas, à União, aos Estados a aos
Municípios.
(i) Bens públicos: Bens públicos de uso comum do povo: são os que
embora pertencentes as pessoa jurídica de direito público interno, podem ser utilizados, sem 
restrição e gratuitamente, por todos, sem necessidade de qualquer permissão especial. Bens públicos de uso especial: são utilizados pelo próprio poder público, constituindo-se por imóveis aplicados ao serviço ou estabelecimento federal, estadual ou municipal, como prédios onde funcionam tribunais, escolas públicas, secretarias, ministérios, etc; são os que têm uma destinação especial.
Bens públicos dominicais: são os que compõem o patrimônio da União, dos Estados ou dos Municípios,
como objeto do direito pessoal ou real dessas pessoas; abrangem bens móveis ou imóveis.
Os bens dominicais ou do Patrimônio Disponível são aqueles que, apesar de constituírem o patrimônio	
público, não possuem uma destinação pública determinada ou um fim administrativo específico 
(por exemplo, prédios públicos desativados). 
(ii) Bens particulares: os que pertencem a pessoas naturais ou jurídicas de direito privado.
AFETAÇÃO: O instituto diz respeito à utilização do bem publico, e de suma importância para a 
caracterização do bem como alienável ou inalienável. Caso determinado bem esteja sendo utilizado para 
uma finalidade publica, diz-se que está afetado a determinado fim publico. Ex.: Uma praça, como bem
de uso comum do provo, se estiver sendo utilizada pela população, será considerada um bem afetado
ao fim publico.
b) DESAFETAÇÃO: Caso o bem não esteja sendo utilizado para qualquer fim público, diz-se que está 
desafetado. Ex.: Um imóvel do Município que não esteja sendo utilizado para qualquer fim é um
bem desafetado; Um veículo oficial inservível, estacionando no pátio de uma repartição, é um bem
desafetado.
A afetação tem relevante importância para se examinar a inalienabilidade do bem publico. Isso porque é pacífico na doutrina que os bens públicos afetados (que possuem uma destinação pública especifica) não podem, enquanto permanecerem nessa situação, ser alienados.
Assim, os bens de uso comum do povo e os bens de uso especial, enquanto destinados, respectivamente, ao uso geral do povo e a fins administrativos especiais, não são suscetíveis de alienação.
O atual Código Civil tornou absolutamente clara essa antiga lição doutrinaria, estabelecendo que os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar (art. 100).
Os bens dominicais, ao contrário, por não estarem afetados a um fim público, podem ser alienados (CC, art. 101).
Caso os bens de uso comum do povo e os bens de uso especial venham a ser desafetados, isso é, venha a perder sua finalidade pública específica, converter-se-ão em bens dominicais, e, como tais, poderão ser alienados.
FATO JURÍDICO: É todo acontecimento da vida, relevante para o direito, mesmo que seja fato ilícito.
É o acontecimento que tem consequências jurídicas. É qualquer acontecimento em virtude do qual nascem, subsistem ou se extinguem direitos.
Ex.: nascimento de uma pessoa, confecção de algo, a maioridade. São os acontecimentos independentes
da vontade humana que produzem efeitos jurídicos, criando, modificando, conservando ou extinguindo 
direitos.
TIPOS:
INVOLUNTÁRIOS (naturais): Ocorrem independentemente da vontade do ser humano. Ocorrem pela ação da natureza.
Ordinários: Ex.: nascimento, morte, maioridade, decurso de tempo.
Extraordinários: Ex.: uma inundação, terremoto, raio, e outros fatos que se enquadrem na categoria do 
fortuito ou força maior.
VOLUNTÁRIOS (humanos): Atos jurídicos em sentido amplo.
Derivam da vontade direta do ser humano e podem ser:
Lícitos: são aqueles que a lei defere os efeitos almejados pelo agente, ou seja, quando produzem efeitos
legais, conforme a vontade de quem os pratica.
Ex.: casamento, contrato de compra e venda;
Ilícitos: são aqueles praticados em desacordo com o prescrito na lei ou quando produzem efeitos legais
contrários à Lei; Ex.: o homicídio, o roubo, a agressão. 
ATO JURÍDICO: é todo acontecimento voluntário e lícito que tenha consequências jurídicas. Têm por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos.
UNILATERAL - se existe apenas a manifestação de vontade de um agente.
Ex.: declaração de nascimento de filho, emissão de NP, art. 854 C.C., etc.
BILATERAL - se existe a manifestação da vontade de dois agentes, criando entre eles uma relação jurídica. Ex.: contrato de compra evenda. Neste caso, o ato jurídico passa a chamar-se Negócio Jurídico.
Ex.: todos os contratos, o empréstimo pessoal, art. 610 C.C., etc.
NEGÓCIO JURÍDICO: Toda a ação humana, de autonomia privada, com a qual os particulares regulam por si os próprios
interesses, havendo uma composição de vontades,
cujo conteúdo deve ser lícito. Constitui um ato destinado à produção de efeitos jurídicos desejados 
pelos envolvidos e tutelados pela ordem jurídica. Ex: Contrato de Compra e Venda.
ELEMENTOS:
a) Vontade Livre:
b) Licitude:
c) Produção de Efeitos:
CLASSIFICAÇÃO:
QUANTO ÀS VANTAGENS PATRIMONIAIS QUE PRODUZEM:
a) gratuitos, se as partes obtiverem benefícios ou enriquecimento patrimonial sem contraprestação
Ex. Doações - somente uma das partes é beneficiada;
b) onerosos, se os sujeitos visarem, reciprocamente,a obter vantagens para si ou para outrem (disponibilidade patrimonial para as duas partes), existindo prestação e contraprestação.
Se as prestações forem equivalentes e certas, havendo equilíbrio entre a prestação e a contraprestação, serão negócios jurídicos comutativos.
(ex. compra e venda, troca), se não o forem, se uma das prestações depender de um acontecimento futuro não certo, o negócio jurídico é chamado de aleatórios (ex. seguro, compra antecipada de safra futura).
QUANTO ÀS FORMALIDADES:
solenes ou formais, se requerem para a sua validade, o cumprimento de uma especial prescrita em lei.
Ex.: compra e venda de imóvel de valor superior a trinta salários mínimos, que a lei exige escritura pública, testamento, constituição de fundação),
não-solenes ou informais, que são aqueles negócios
jurídicos que podem ser livremente pactuados, sem a necessidade de cumprimento de formalidade especial prevista em lei
Ex. compra e venda ou doação de um bem móvel.
QUANTO AO CONTEÚDO:
Patrimoniais: se versarem sobre bens ou direitos suscetíveis de aferição ou estimação econômica, 
podendo apresentar-se ora como negócios jurídicos de natureza real Ex.: Constituição de usufruto, de 
hipoteca, de penhor, etc), ora como negócios jurídicos obrigacionais Ex.: compra e venda
Extrapatrimonial: se atinentes aos direitos personalíssimos e ao direito de família.
QUANTO À MANIFESTAÇÃO DE VONTADE:
unilaterais: são aqueles negócios jurídicos em que existe apenas uma manifestação de vontade, 
como no testamento, na renúncia e na promessa de recompensa.
bilaterais: nos negócios jurídicos bilaterais as duas partes que formam o consenso manifestam necessariamente a vontade de se vincular. Os negócios jurídicos bilaterais podem ser simples, quando concederem benefício a uma das partes e encargo à outra (doação, depósito gratuito), e sinalagmático, quando conferirem vantagens e ônus a ambos os sujeitos (compra e venda, locação, prestação de serviços, etc.)
plurilaterais, aquele que é efetivado para a convergência de interesses, em regime de comunhão de direitos, como, por exemplo, no contrato de sociedade. Neste caso, existem duas ou mais vontades, todas direcionadas para a mesma finalidade, como ocorre, também, 
na constituição de uma associação.
QUANTO AO TEMPO EM QUE PRODUZEM EFEITOS:
“inter-vivos”, quando a intenção das partes é fazer com que gerem consequências jurídicas ainda
durante a vida dos interessados
Ex.: Adoção, troca, compra e venda, etc.
"causa mortis”, quando a intenção das partes é fazer com que os negócios jurídicos somente produzam efeitos depois da morte do sujeito.
DEFEITOS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS:
Introdução: É a declaração de vontade (declarada) de forma livre e espontânea como requisito de existência – gera direitos e deveres.
Pode acontecer que na sua formação ou declaração ocorra algum tipo de defeito, em prejuízo do
próprio declarante, de terceiro ou da ordem publica.
Vícios da Vontade:São aqueles que provocam uma manifestação de vontade que não
corresponde com o intimo e verdadeiro querer do agente. Gera uma divergência, um conflito 
entre a vontade manifestada e a real intenção de quem a exteriorizou. O negócio jurídico se 
forma não conscientemente.
Vício Social ou Simulação: Objetiva iludir terceiros ou violar a lei. Há uma divergência de vontades:
vontade declarada com vontade interna.
Tipos:
Simulação: só aparência.Ex: esconder bens na partilha – divórcio. Vendedor que induz cliente a comprar.
Se cliente sofre prejuízo com a compra, houve vicio.
Fraude Contra Credores: ato que diminui os bens para pessoa não pagar o que deve.
Art. 167 C.C. – Nulo.ERRO
Erro: Consiste em uma falsa representação da realidade. Nesta modalidade de vício do consentimento,
agente engana-se sozinho.
Formas:
De Fato;
De Direito.
Erro de Fato Substancial ou Essencial: Se for constatado o equívoco, anula-se o negócio jurídico
Grave – existe penalidade.
O motivo pela qual levou a pessoa a comprar foi errado. É erro essencial porque está na 
formação da vontade. Art. 139 C.C.
Hipóteses:
a)Erro sobre a natureza do negócio: Ex: A pessoa acha que declarou algo, mas no contrato saiu outra. 
(quer alugar e escreve vender).
b) Erro sobre o objeto principal da declaração: Ex: É o que incide sobre a identidade do objeto. A manifestação de vontade recai sobre objeto diverso daquele que agente tinha em mente. Ex: O comprador que acredita estar adquirindo um terreno que supõe valorizado, pois situado em uma rua importante, mas que, na verdade, tem pouco valor, porque localizado em rua do mesmo nome, porém de um pequeno vilarejo.
 Erro sobre alguma das qualidades essenciais do objeto principal: Ex: A pessoa que compra um relógio pensando que é de ouro, mas na realidade é só banhado a ouro. Compra janela imaginando ser de alumínio e na verdade é de ferro.
Erro quanto à identidade ou à qualidade da pessoa a quem se refere a declaração de vontade. art. 139, II. Ex: Deixa herança para sobrinho com nome de Antônio, mas na realidade tem um afilhado com nome de Antônio depois de confirmar que tinha o hábito de 
chamá-lo de sobrinho.
Dolo: São manobras realizadas com a finalidade de obter uma declaração de vontade que não seria emitida se o declarante não fosse enganado.
Não é um ato espontâneo, é provocado. Quem declara a vontade é vítima. Ex: Estelionato. 
Art. 171 C.P.
Espécies:
a)Essencial (Principal): Tem por consequência jurídica a anulação. Para ser essencial é preciso que o engano tenha sido o elemento principal. Art.145. C.C. – (Permuta de bens imóveis – dif. valores).
b) Acidental: Não se questiona o motivo determinante. É o elemento secundário, numa característica, acessório. Art.
146 C.C. Ex: O sujeito declara pretender adquirir um carro; escolhendo um automóvel com cor metálica, e, quando do recebimento da mercadoria, enganado pelo vendedor, verifica que a coloração é, em verdade, básica. Neste caso, não pretendendo desistir do negócio poderá exigir compensação por perdas e danos”. – Venda de trator ano de fabricação dif. Se provar, têm-se o abatimento do R$.
Formas:
a) Ativo: Ação do agente voltada ao prejuízo.
b) Passivo: Omissão do agente. Vontade de silenciar. Ex. Venda de carro em estado de novo. 
Defeitos constatados após dois dias da celebração da transação. Causa de anulabilidade. Art. 147 C.C.
Coasão: 
É toda ameaça ou pressão injusta exercida sobre um indivíduo para forçá-lo, contra a sua vontade, a praticar um ato ou realizar um negócio jurídico.
Formas:
a) Física: A vantagem pretendida pelo coactor é obtida mediante emprego de força física.
Ex: A colocação da impressão digital do analfabeto no contrato, agarrando à força seu braço.
Apesar de não existir manifestação de vontade, os autores em geral consideram nulo o negócio.
Trata-se na realidade de hipótese de inexistência de negócio jurídico, por ausência do primeiro e principal
 requisito de existência, que é a declaração de vontade.
b) Moral: Nesta, deixa-se uma opção ou escolha para a vítima: praticar o ato exigido pelo
coator ou correr o risco de sofrer as consequências das ameaças por ela feita. Trata-se, portanto,
de uma coação psicológica. Ex: Quando o assaltante ameaça a vítima, apontando-lhe a arma e
propondo-lhe a alternativa: “a bolsa ou a vida”. Art. 171,II. Consequência: Coação irresistível =
anulação.
PRESCRIÇÃO:É a perda do direito de ação, ou seja, de reivindicar esse direito por meio da ação judicial cabível por ter
transcorrido certo lapso temporal. Ex: Vamos supor que eu tenha 1(um) ano para entrar com uma ação na 
justiça (qualquer ação)... transcorrido esse lapso temporal (um ano), acontece a perda desse direito (direito de entrar com essa ação) e não posso mais buscar a tutela jurisdicional para esse assunto. Existem prazos que são regulados pelo código civil.
Dos Prazos da Prescrição:
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
Art. 206. Prescreve:
§ 1o Em um ano:
I - a pretensão dos hospedeirosou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos;
II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo:
a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuência do segurador;
b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão;
III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários;
IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembleia que aprovar o laudo;
V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade.
§ 2o Em dois anos: a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.
§ 3o Em três anos:
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;
II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias;
III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela;
IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;
V - a pretensão de reparação civil;
VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição;
VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, contado o prazo:
a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima;
b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao exercício em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembleia geral que dela deva tomar conhecimento;
c) para os liquidantes, da primeira assembleia semestral posterior à violação;
VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial;
IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório.
§ 4o Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.
§ 5o Em cinco anos:
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;
II - a pretensão dos judiciais, curadores e profissionais liberais em geral, procuradores professores pelos seus honorários, contado oprazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato;
III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.
DECADÊNCIA: Decadência é a extinção do direito pela inércia de seu titular, quando sua eficácia foi, de origem, subordinada à condição de seu exercício dentro de um prazo prefixado, e este se esgotou sem que esse exercício tivesse verificado. A decadência encontra seu fundamento no fato de o titular do direito não se ter utilizado do poder de ação dentro do prazo fixado por lei... Isso não ocorre na prescrição. Nela o prazo para exercício da ação não vem prefixado. O que ocorre é que o titular de um direito atual, suscetível de ser pleiteado em juízo, tem o direito violado, e se mantém inerte. Decadência - é quando a pessoa não formalizou pedido de reconhecimento de direito ainda. Ou seja, ela tem o direito mas não se manifestou formalmente a respeito. É a inação completa do detentor do direito. Ex: Se você não pagou o IPTU de determinado ano, a receita municipal tem o direito sobre esse valor, certo? Pra que ela receba esse valor de você, ela não pode ir a sua casa simplesmemte, ela tem que recorrer ao judiciário. Muito bem, ela tem um prazo decadencial de 5 anos (de acordo com o CTN) pra entrar na justiça contra você, sob pena de ter seu direito caducado por decadência. Da Decadência:Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição. Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts.195 e 198, inciso I. Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei. Art. 210. Deve o juiz, de ofício, 
conhecer da decadência, quando estabelecida por lei. Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de
jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação

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