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LUVISSOLOS, NITOSSOLOS E ARGISSOLOS CARACTERÍSTICAS GERAIS LUVISSOLOS CONCEITO • Compreendem solos minerais, não hidromórficos, com horizonte B textural com argila de atividade alta e saturação por bases altas, imediatamente abaixo de horizonte A ou horizonte E. Estes solos variam de bem a imperfeitamente drenados, sendo normalmente pouco profundos, com sequência de horizonte A, Bt e C e nítida diferenciação entre os horizontes A e Bt devido ao contraste de textura, cor e/ou estrutura entre eles. CONCEITO A transição para o horizonte B textural é clara ou abrupta, e grande parte dos solos desta classe possui mudança textural abrupta. Podem ou não apresentar pedregosidade na parte superficial e caráter solódico ou sódico na parte subperficial. O horizonte Bt é de coloração avermelhada, amarelada e menos frequentemente brunada ou acinzentada. A estrutura é usualmente em blocos, moderada ou fortemente desenvolvida, ou prismática, composta de blocos angulares e subangulares. São moderadamente ácidos e ligeiramente alcalinos, com teores de alumínio extraível baixo ou nulo e com valores elevados para a relação molecular Ki no horizonte Bt, normalmente entre 2, 4 e 4,0, denotando presença, em quantidade variável, mas expressiva, de argilominerais do tipo 2:1. DEFINIÇÃO DE LUVISSOLOS Solos constituídos por material mineral, apresentando horizonte B textural, com argila de atividade alta e saturação por bases alta na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA) e imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte A, exceto A chernozêmico, ou sob horizonte E, satisfazendo aos seguintes requisitos: a) Horizontes plíntico, vertíco ou plânico, se presentes, não estão acima ou não são coincidentes com a parte superficial do horizonte B textural; b) Horizonte glei, se ocorrer, deve estar abaixo do horizonte B textural e inicia após 50 cm de profundidade, não coincidindo com a parte superficial desde horizonte. BASE E CRITÉRIO Grupamento de solos com B textural, atividade alta de fração argila e saturação por bases alta. BASE Evolução segundo atuação de processo de bissialitização conjugada à produção de óxidos de ferro e à mobilização de argila da parte mais superficial, com acumulações em horizonte subsuperficial. CRITÉRIO Desenvolvimento (expressão) de horizonte diagnóstico B textural com alta atividade da fração argila e alta saturação por bases em sequência a horizonte A ou E. CLASSES DO 2° NÍVEL CATEGÓRICO- Subordens LUVISSOLOS CRÔMICOS Solos com caráter crômico na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA). • LUVISSOLOS HÁPLICOS Outros solos que não se enquadram na classe anterior. CLASSES DO 3° NÍVEL CATEGÓRICO – grandes grupos LUVISSOLOS CRÔMICOS - Carbonáticos; - Pálicos; - Órticos. • LUVISSOLOS HÁPLICOS - Pálicos; - Órticos. 5 grupos inclusos no 3° nível categórico CLASSES DO 4° NÍVEL CATEGÓRICO- subgrupos LUVISSOLOS CRÔMICOS - Carbonáticos – TCk; - Pálicos – TCp; - Órticos - TCo • LUVISSOLOS HÁPLICOS; - Pálicos- TXp; - Órticos- Txo. Total de 30 grupos no 4° nível categórico AMBIENTES DE OCORRÊNCIA São identificados normalmente nas áreas de clima seco (déficit hídrico) em temperaturas altas e baixas, estando normalmente associados às áreas de relevos movimentados (ondulados a forte ondulados). POTENCIAL E LIMITAÇÕES AO USO AGRÍCOLA A alta saturação por bases implica em alta fertilidade natural (eutróficos), conferindo potencial para o uso agrícola. Com relação às características físicas, apresentam normalmente boa permeabilidade. Nos relevos mais declivosos, os de menor profundidade apresentam limitações para o uso agrícola relacionadas à restrição a mecanização e suscetibilidade aos processos erosivos. MANEJO De acordo com suas limitações, o manejo adequado dos Luvissolos resume-se na adubação de acordo com a necessidade da cultura e, nas encostas, além desta, utilização de práticas conservacionistas devido à suscetibilidade aos processos erosivos. NITOSSOLOS CONCEITO Coompreendem solos constituídos por material mineral, com horizonte B nítico, textura argilosa ou muito argilosa desde a superfície do solos, estrutura em blocos subangulares ou angulares ou prismática, de grau moderado ou forte, com cerosidade expressiva e/ou superfícies de compressão nas faces dos agregados e/ou caráter retrátil. CONCEITO Os nitossolos praticamente não apresentam policromia acentuada no perfil e devem satisfazer aos seguintes critérios de cores: a) Para solos com todas as cores dos horizontes A e B, exceto BC, dentro de uma mesma página de matiz, admitem-se variações de , no máximo, 2 unidades para valor e/ou 3 unidades para croma; b) Para solos apresentando cores dos horizontes A e B, exceto BC, em duas páginas de matiz, admite-se variação de ≤1 unidade de valor ≤2 unidades de croma; c) Para solos apresentando cores de horizontes A e B, exceto BC, em mais de duas páginas de matiz, não se admite variação para valor e admite-se variação de ≤1 unidade de croma. BASE E CRITÉRIO Grupamento de solos com horizonte B nítico abaixo do horizonte A. • BASE Avançada evolução pedogenética pela atuação de ferralitização com intensa hidrólise, originando composição caulinítico- oxídica ou virtualmente caulinítica, ou com presença de argilominerais 2:1 com hodróxi-Al entrecamadas ( VHE e EHE). CRITÉRIO Desenvolvimento (expressão) de horizonte B nítico, em sequência a qualquer tipo de horizonte A, com pequeno gradiente textural, porém apresentando estrutura em blocos subangulares ou angulares ou prismática, de grau moderado ou forte, com cerosidade expressiva e/ou superfícies de compressão nas unidades estruturais e/ou caráter retrátil. Nitossolo Vermelho Eutroférrico típico Fonte: Acervo da Embrapa Solos - RCC GO/MT-02. Ceres-GO CLASSES DO 2° NÍVEL CATEGÓRICO- subordens NITOSSOLOS BRUNOS Solos com caráter retrátil e horizonte A húmico ou conteúdo de carbono orgânico superior a 10 g kg-¹ até 40 cm de profundidade, apresentando, na parte superior do horizonte B, coloração brunada predominantemente no matiz 1,5YR ou mais amarelo, em concomitância com valor ≤4 e croma ≤ quando úmidos. Admitem- se solos com matiz 5YR no horizonte B, desde que o valor seja ≤4 e croma ≤6 quando úmidos. NITOSSOLOS VERMELHOS Solos com matiz 2,5YR ou mais vermelhos na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B, inclusive BA. NITOSSOLOS HÁPLICOS Outros solos que não se enquadram nas classes anteriores. CLASSES DO 3° NÍVEL CATEGÓRICO- grandes grupos NITOSSOLOS BRUNOS - Aluminoférricos; - Alumínicos; - Distroférricos; - Distróficos. • NITOSSOLOS VERMELHOS - Alíticos; - Alumínicos; - Distroférricos; - Distróficos; - Eutroférricos; - Eutróficos. NITOSSOLOS HÁPLICOS - Alumínicos; - Distróficos; - Eutróficos. TOTAL: 13 grupos inseridos no 3° nível categórico. CLASSES DO 4° NÍVEL CATEGÓRICO- subgrupos NITOSSOLOS BRUNOS - Aluminoférricos -NBaf - Alumínicos- NBa - Distroférricos- NBdf - Distróficos- NBd • NITOSSOLOS VERMELHOS - Alíticos- NVal - Alumínicos- NVa - Distroférricos-NVdf - Distróficos- NVd - Eutroférricos- NVef - Eutróficos- NVe • NITOSSOLOS HÁPLICOS - Alumínicos- NXa; - Distróficos- NXd; - Eutróficos- NXe Total de 44 grupos no 4° nível categórico AMBIENTES DE OCORRÊNCIA São identificados em diversos ambientes climáticos, estando normalmente associados às áreas de relevos desde suave ondulado a forte ondulado. Paisagem, cobertura vegetal e relevo da classe dos Nitossolos Fonte: Acervo da Embrapa Solos - RCC GO/MT-02. Ceres-GO POTENCIAL E LIMITAÇÕES AO USO AGRÍCOLA Os Nitossolos podem apresentar alta (eutróficos) ou baixa (distróficos) fertilidade natural, acidez ligeiramente elevada e teores variáveis de alumínio. Em áreas mais planas, os Nitossolos, principalmente os de maior fertilidade natural e de maior profundidade, apresentam alto potencial para o uso agrícola. Já em ambientes de relevos mais declivosos, apresentam alguma limitação para uso agrícola relacionada à restrição a mecanização e à susceptibilidade à erosão. Nitossolos são solos profunsos (1 a 2 m) e bem drenados com bom potencial. MANEJO O manejo adequado dos Nitossolos implica na adoção de correção de acidez para os que apresentam pH baixo e teores mais elevados de alumínio e adubação de acordo com a necessidade da cultura. Quanto aos Nitossolos em áreas mais declivosas, além destas, há necessidade das práticas conservacionistas devido a maior suscetibilidade aos processos erosivos. ARGISSOLOS Conceito Compreendem solos constituídos por material mineral, que têm como características diferenciais a presença de horizonte B textural de argila de atividade baixa ou alta conjugada com saturação por bases baixa ou caráter alítico. Argissolo Vermelho Eutrófico típico Fonte: Acervo da Embrapa Solos - RCC GO/MT-01 Conceito O horizonte B textural (Bt) encontra-se imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte superficial, exceto o hístico, sem apresentar, contudo, os requisitos estabelecidos para ser enquadrados nas classes dos Luvissolos, Planossolos, Plintossolos ou gleissolos. Os Argissolos são de profundidade variável, desde forte a imperfeitamente drenados, de cores avermelhadas ou amareladas e mais raramente brunadas ou acinzentadas. A textura vai de arenosa a argilosa no horizonte A e de média argilosa no horizonte Bt, sempre havendo aumento de argila daquele para este. São de forte a moderamadamente ácidos, com saturação por bases baixa, predominantemente caulíniticos e com relação molecular Ki, em geral, variando de 1,0 a 3,3. BASE E CRITÉRIO Grupamento de solos com B textural, com argila de atividade baixa ou alta conjugada com saturação por bases baixa ou caráter alítico. BASE Evolução avançada com atuação incompleta de processo de ferralitização, em conexão com paragênese caulinítico-oxídica ou virtualmente caulinítica ou vermiculita com hidróxi-Al entrecamadas na vigência de mobilização de argila da parte mais superficial do solo, com concentração ou acumulaçao em horizonte subperficial. CONCEITO Desenvolvimento (expressão) de horizonte diagnóstico B textural em vinculação com atributos que evidenciam a baixa atividade da fração argila ou o caráter alítico. Argissolo mesoálico textura arenosa / média. CLASSES DO 2° NÍVEL CATEGÓRICO- subordens ARGISSOLOS BRUNO-ACINZENTADOS Solos com matiz 5YR ou mais amarelo, valor de 3 a 4 e croma menor ou igual a 4 na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA) e que apresentam expressivo escurecimento da porção superior desses horizontes, cujas cores devem atender aos seguintes critérios : a) No estado úmido, os valores e/ou cromas devem ser inferiores aos do sub-horizonte imediatamente subjacentes;e b) No estado seco, os valores e/ou cromas devem ser inferiores aos de pelo menos um dos sub-horizontes acima do horizonte B escurecido, de tal forma que, com o solo seco, a presença do horizonte subperficial escuro seja claramente evidenciada. CLASSES DO 2° NÍVEL CATEGÓRICO- subordens ARGISSOLOS ACINZENTADOS Solos com cores acizentadas na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA), com matiz 7,5YR ou mais amarelos, valor maior ou igual a 5 e cromas menores que 4. • ARGISSOLOS AMARELOS Solos com matiz 7,5YR ou mais amarelados na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA). CLASSES DO 2° NÍVEL CATEGÓRICO- subordens ARGISSOLOS VERMELHOS Solos com matiz 2,5YR ou mais vermelhos ou com matiz 5YR e valores e cromas iguais ou menores que 4, na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA). • ARGISSOLOS VERMELHOS-AMARELOS Outros solos de cores vermelho-amareladas e amarelo-avermelhadas que não se enquadram nas classes anteriores. Argissolo Vermelho- amarelo (PVA) Argissolo amarelo Argissolo Vermelho CLASSES DO 3° NÍVEL CATEGÓRICO- grandes grupos ARGISSOLOS BRUNOS-ACINZENTADOS - Alíticos - Alumínicos - Distróficos • ARGISSOLOS ACINZETADOS - Distrocoesos - Distróficos - Eutróficos • ARGISSOLOS AMARELOS - Alíticos - Alumínicos - Distrocoecos ARGISSOLOS VERMELHOS - Alíticos - Alumínicos - Ta Distróficos - Distróficos - Eutroférricos - Eutróficos - Distróficos - Eutrocoesos - Eutróficos ARGISSOLOS VERMELHOS-AMARELOS -Alíticos -Alumínicos -Ta Distróficos -Distróficos -Eutróficos Total de 23 grupos inseridos no 3° nível categórico CLASSES DO 4° NÍVEL CATEGÓRICO- subgrupos ARGISSOLOS BRUNOS- ACIZENTADOS - Alíticos- PBACal - Alumínicos- PBAca - Distróficos- PBACd ARGISSOLOS VERMELHOS - Alíticos- PAal - Alumínicos- PVa - Ta Distróficos- PVvd - Distróficos- PVd - Eutroférricos- PVef - Eutróficos- PVe • ARGISSOLOS AMARELOS - Alíticos- PAal - Alumínicos- PAa - Distrocoecos- PAdx - Distróficos- PAd - Eutrocoesos- PAex - Eutróficos- PAe • ARGISSOLOS ACINZETADOS - Distrocoesos-PACdx - Distróficos- PACd - Eutróficos- PACe • ARGISSOLOS • VERMELHOS- AMARELOS - Alíticos- PVal - Alumínicos- PVAa - Ta Distróficos-PVAvd - Distróficos- PVAd - Eutróficos- PVAe Total de 164 grupos inseridos no 4° nível cacategórico AMBIENTES DE OCORRÊNCIA Ocorrem em diferentes condições climáticas e de material de origem. Sua ocorrência está relacionada, em sua grande maioria, a paisagens de relevos mais acidentados e dissecados, com superfícies menos suaves. Paisagem, cobertura vegetal e relevo da classe dos Argissolos. Fonte: Acervo da Embrapa Solos - RCC GO/MT-01. Campo Limpo de Goiás - GO POTENCIAL E LIMITAÇÕES AO USO AGRÍCOLA Os Argissolos de maior fertilidade natural (eutróficos), com boas condições físicas e em relevos mais suaves apresentam maior potencial para uso agrícola. Suas limitações estão mais relacionadas a baixa fertilidade, acidez, teores elevados de alumínio e a suscetibilidade aos processos erosivos, principalmente quando ocorrem em relevos mais movimentados. Os Argissolos tendem a ser mais suscetíveis aos processos erosivos devido à relação textural presente nestes solos, que implica em diferenças de infiltração dos horizontes superficiais e subsuperficiais. No entanto, os de texturas mais leves ou textura média e de menor relação textural são mais porosos, possuindo boa permeabilidade,sendo, portanto, menos suscetíveis à erosão. Argissolos com horizonte A erodido. MANEJO De acordo com as limitações relacionadas aos Argissolos, a sua utilização exige um manejo adequado com a adoção de correção, adubação e de práticas conservacionistas para o controle da erosão. REFERÊNCIAS Sistema Brasileiro de Classificação de Solos – 3° edição, EMBRAPA. http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/solos_t ropicais/arvore/CONTAG01_7_2212200611538.html http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/solos_t ropicais/arvore/CONTAG01_17_2212200611543.html http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/solos_t ropicais/arvore/CONTAG01_12_2212200611541.html Universidade Federal de Goiás Professor : Glênio Grupo 6 Alunos: Alecsander Melo Anderson Leonardo Andressa Alves Antônio Vítor Igor Correia Gessiele Pinheiro
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