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Trabalho DIP Catalunha

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NOTÍCIA
Tema: Independência da Catalunha
	Um dos assuntos mais afeitos ao Direito Internacional Público está o da formação de novos Estados. O assunto em comento é a tentativa de criação do Estado da Catalunha, através de sua separação da Espanha.
	O surgimento de um novo Estado constitui-se num fato histórico, sociológico e notadamente jurídico, pois intrinsecamente atrelado ao Direito Internacional Público, acarretando consequências relevantes no cenário internacional.
	O nascimento de um novo Estado também depende de sua admissão no seio da comunidade internacional, afim de que possa manter relações com seus demais pares. Esta admissão do Estado pelos demais atores da sociedade mundial é chamado de reconhecimento de Estado.
	Em torno do processo de formação do Estado da Catalunha, dois princípios de Direito Internacional Público são ventilados pelas partes envolvidas.
	Os catalãs evocam o princípio da autodeterminação dos povos, no sentido de que são detentores do “direito imprescritível e inalienável à autodeterminação”, direito esse reconhecido pelo direito internacional.
	O Governo da Espanha afirma que “só em situações muito específicas esse direito à autonomia dentro do Estado pode se transformar em autodeterminação externa, frente ao Estado, e, portanto, em secessão”. Sustentam que “essas exceções se circunscrevem à “situação particular dos povos submetidos a dominação colonial ou a outras formas de dominação ou ocupação estrangeiras”, conforme Resolução 50/6 da ONU.
	O Governo Espanhol sustenta, ainda, que o processo de separação contraria outro princípio do direito internacional, a saber, o da integridade territorial dos Estados.
	Portanto, o movimento separatista catalão argumenta principalmente com o direito de autodeterminação, enquanto o governo central em Madri usa o da integridade territorial dos Estados.

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