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trabalho mec. das rochas

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Movimento de massa: 
conceitos
 O que tem acontecido nas últimas décadas no Brasil e em vários outros Países é a aceleração dos movimentos de massa, não apenas pelas variáveis do meio físico, como pluviosidade, declividade e formato da encosta, orientação da vertente, características pedológicas e geológicas que são determinantes nesse tipo de processo, mas também, principalmente, pela intervenção do homem no solo e em encostas sem considerar o ambiente natural.
Como fatores decorrentes da atividade humana, enquadram-se as alterações na rede de drenagem e no uso e ocupação do solo (eliminação da cobertura vegetal, cortes para abertura de novas estradas, construção de muros, taludes mal dimensionados, lançamento de lixo etc.).
A ocupação desordenada de encostas, desmatadas para a construção de casas, é uma das principais responsáveis pela ocorrência desses deslizamentos e a consequente morte de dezenas de pessoas anualmente. Nessa contextualização os movimentos de massa são caracterizados como um problema de ordem pública e governamental, tornando-se uma questão importante a ser compreendida e estudada.
No livro Estabilidade de Taludes, a autora Denise Gerscovicch define movimento de massa como “qualquer deslocamento de um determinado volume de solo”. Em geral, a literatura trata os movimentos de massa como processos associados a problemas de instabilidade de encostas. A maioria das classificações tem aplicabilidade regional e baseia-se nas condições geológicas e climáticas locais. Há algumas propostas para adequar a classificação dos movimentos de massa a ambientes tropicais, como é o caso do Brasil.
Ainda segundo ela, foi Augusto Filho que, ao revisar a proposta de classificação de Varnes, ajustou as características dos principais grandes grupos de processos de escorregamento à dinâmica ambiental brasileira.
 Tipos principais de movimentos de massa
 Rastejo (talus-creep, soil-creep, rock-creep) – é o movimento mais lento do regolito. Dependendo do material em movimento, denomina-se rastejo de tálus, rastejo de solo ou rastejo de rocha. A velocidade do rastejo, medida em centímetros por ano ou ainda menos, é maior na superfície e diminui gradualmente, até zero, com a profundidade.
Escorregamentos (landslides, rock-slide, debri-slide, slump) – as condições essenciais para o escorregamento são a falta de estabilidade da frente das encostas e a existência de superfícies de deslizamento. Tais condições ocasionam movimentos rápidos, com velocidades de metros por hora a metros por segundo, e de curta duração com planos  de ruptura bem definidos entre o material deslizado e o não movimentado.
Corridas de Massa (earth-flow, mud-flow) – se o solo e/ou o regolito sujeitos ao rastejo estão saturados de água, a massa encharcada poderá se mover encosta abaixo alguns centímetros ou decímetros por hora ou por dia. Esse tipo de movimento, chamado de solifluxão (literalmente fluxo de solo) por Sharpe (1938), é caracterizado pela presença de uma superfície impermeável dentro do solo, ou no embasamento rochoso, responsável pela saturação em água do solo e/ou regolito, causando a movimentação dos detritos que cobrem toda a superfície da encosta.
Corrida de massa em Timbó – SC em 2008. Fonte <http://pt.slideshare.net/Propex/viso-geoambiental-da-tragdia-do-vale-do-itaja-dr-juarez-aumond>
A supersaturação da massa encharcada – causada por chuvas de intensidade elevada – pode levá-la a se comportar como um fluido altamente viscoso e a se deslocar rapidamente, com velocidades de metros por segundo, ao longo das linhas de drenagem na forma de corridas de massa.
 Quedas (rock fall, debri-fall) – são movimentos de blocos e fragmentos de rochas a partir de afloramentos verticais e salientes em queda livre ou pelo salto e rolamento ao longo de planos inclinados com declividades muito altas, sem a presença de uma superfície de deslizamento. Estes movimentos apresentam velocidades muito altas, da ordem de metros por segundo.
 Principais agentes
 A questão “agente versus causa” é uma importante análise a ser feita para o entendimento dos movimentos de massa, por exemplo, o agente “água” pode influenciar na estabilidade de várias formas, seja por encharcamento, aumento do intemperismo, aumento da pressão nos poros do solo, entre outros. Segue os principais agentes:
 Complexo Geológico: tipo de rocha, estrutura da rocha, estado de alteração, direção das camadas, grau de fraturamento etc.
 Complexo Geomorfológico: declividade, forma da encosta, comprimento da encosta, orientação etc.
Complexo Hidrológico: clima, volume e intensidade das precipitações, dinâmica da água no solo etc.
 Causas
 As causas dos movimentos de massa podem ser internas, quando ocorre o colapso sem que haja mudança nas condições geométricas da encosta ou resultam na diminuição da resistência interna do material, como, por exemplo, efeitos das oscilações térmicas e/ou diminuição da resistência (coesão e ângulo de atrito) dos solos e rochas.
E podem também ser externas quando os agentes provocam um aumento das tensões de cisalhamento, sem que haja diminuição da resistência do material, como, por exemplo, o aumento da inclinação das encostas e deposição de material na sua parte superior.
 E as Erosões?
 Segundo a engenheira Denise Gerscovich no livro Estabilidade de Taludes, as erosões, apesar de representarem movimentos de massa em taludes, não estão incluídas nos sistemas de classificação, por serem objeto de grande preocupação pelos danos que podem causar. Os mecanismos que deflagram os processos erosivos podem ser constituídos de vários agentes, fazendo que as erosões sejam tratadas separadamente.
Figura 1. Principais tipos de  movimentos de massa. Fonte:  Compilada e adaptada de: (iv), http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/interacao/inter09g.html e http://www.aegweb.org/?page=LandSubsidence
 
Quedas são movimentos em queda livre de fragmentos rochosos (de volumes variáveis) que se desprendem de taludes íngremes. Quando um bloco rochoso sofre um movimento de rotação frontal para fora do talude o movimento de massa é classificado como Tombamento. Rolamentos são movimentos de blocos rochosos ao longo de encostas que geralmente ocorrem devido aos descalçamentos.
Deslizamentos ou Escorregamentos são movimentos de solo e rocha que ocorrem em superfícies de ruptura. Quando a superfície de ruptura é curvada no sentido superior (em forma de colher) com movimento rotatório em materiais superficiais homogêneos, o movimento de massa é classificado como Deslizamento Rotacional. Quando o escorregamento ocorre em uma superfície relativamente plana e associada a solos mais rasos, é classificado como Deslizamentos Translacionais.
Os Fluxos de Lama e Detritos, também chamados Corridas de Massa, são movimentos de massa extremamente rápidos e desencadeados por um intenso fluxo de água na superfície, em decorrência de chuvas fortes, que liquefaz o material superficial que escoa encosta abaixo em forma de um material viscoso composto por lama e detritos rochosos. Esse tipo de movimento de massa se caracteriza por ter extenso raio de ação e alto poder destrutivo.
Subsidência e Colapsos são movimentos de massa caracterizados por afundamento rápido ou gradual do terreno devido ao colapso de cavidades, redução da porosidade do solo ou deformação de material argiloso.
 
Citações:
(i) GUIMARÃES, R. F. et al. Movimentos de Massa. In: FLORENZANO, T. G. Geomorfologia: conceitos e tecnologias atuais. São Paulo: Oficina de Textos, 2008. Cap. 6, p. 159 – 184.
(ii) SEPÚLVEDA, S. A.; PETLEY, D. N. Regional trends and controlling factors of fatal landslides in Latin America and the Caribbean. Natural Harzards and Earth System Sciences, v. 15, p. 1821-1833, 2015.
(iii) FERNANDES, N. F. et al. Condicionantes geomorfológicos dos deslizamentos nas encostas: avaliação de metodologias e aplicação de modelo de previsão de áreas susceptíveis. Revista Brasileira de Geomorfologia, v. 2, p. 51-71, 2001. ISSN 1.
(iv) HIGLAND, L. M.; BOBROWSKY, P. The landslidehandbook – A guide to understanding landslides. U.S. Geological Survey (USGS). Reston, Virginia, p. 129p. 2008. (Circular 1325).
(v) IPT, I. D. P. T.-. Ocupação de Encostas. IPT. São Paulo. 1991. (n. 1831).
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