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Tabagismo Gnética

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A influência da genética na dependência tabágica e o papel da farmacogenética no tratamento do tabagismo
José Miguel Chatkin
2006
	O objetivo do artigo é relacionar o tabagismo com fatores genéticos e ambientais, bem como mostrar a vinculação da farmacogenética com os mesmos. O tabagismo vem sendo associado há vários problemas de saúde, como depressão, câncer de pulmão e até morte. Existe um grande número de pessoas dependentes dessa droga. Muitos dependentes tentam abandonar o vício, mas não conseguem. De outro lado há àqueles que conseguem abandonar o fumo sem recaídas. 
	O tabagismo é um comportamento multifatorial e a relação dele com fatores genéticos e ambientais são significativos. Os fatores genéticos têm uma porcentagem bem significativa associada ao hábito tabágico e por consequências o câncer de pulmão. Estudos foram realizados com pessoas que compartilharam genes (pais, filhos, gêmeos e membros adotivos). E os fatores ambientais através da influência da criação. A hereditariedade pode estar bastante vinculada a prática de uso de tabaco.
	Vem sendo feitas buscas de genes ligados ao tabagismo, pode-se destacar duas linhas principais: identificação dos alelos que interferem em neurotransmissores; e a identificação de genes que podem influenciar a resposta da nicotina, interferindo nos receptores ou no metabolismo.
	Estudos apontam a dependência tabágica com a variação genética neurotransmissores, como a dopamina. A nicotina estimula a liberação de dopamina, possivelmente através da ativação de receptores específicos. Os genes mais estudados são os que regulam o fluxo de dopamina no sistema nervoso central. Há cinco genes receptores de dopamina diferentes. O DRD2 é relacionado com uso de drogas ilícitas ou lícitas, jogo compulsivo, obesidade e efeitos pela nicotina. Pessoas com determinados polimorfismos nos alelos DRD2 são mais comuns entre fumantes e apresentam deficit de na regulação do neurotransmissor dopamina e, portanto, precisam de mais estímulos, como o uso de nicotina exógena para liberação da quantidade de neurotransmissores suficientes para produzir a sensação de prazer ou bem-estar. 
	Indivíduos com essas características, têm uma quantidade menor de receptores dopaminérgicos, começam a fumar mais cedo, fumam em maior quantidade por dia e possuem maior dificuldade em deixar o vício.
	Mudanças de humor podem ser relacionadas a retirada da secreção de serotonina. A noradrenalina, sabe-se que a quantidade de cigarros consumida está relacionada a polimorfismos nos genes da monoaminoxidase. Nota-se que a nicotina tem alta afinidade a receptores colinérgicos.
	Pessoas que metabolizam mais lentamente a nicotina são menos propensos a iniciar a fumar, pois tendem a experimentar efeitos adversos mais prolongados e mais intensos a iniciarem o uso do tabaco. Essas pessoas, após iniciarem o uso geralmente fumam menos, pois mantêm o nível sérico de nicotina alto por mais tempo.

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