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Administração de Projetos - 01

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Administração de Projetos
UNIDADE 1
1
Unidade 1
diciplina: administração de projetos
Introdução a gestão de projeto
Objetivos de aprendizagem
•	 Entender a história e a evolução da gestão de projetos. 
•	 Conhecer a origem da gestão e dos projetos. 
•	 Entender a importância da gestão de projetos. 
•	 Compreender os conceitos orientados para gestão, projetos, processos, atividades, tarefas e 
fluxos. 
para InícIo de conversa 
Bem-vindo! Você já deve saber que muitas organizações não estão medindo esforços pela busca da 
qualidade. Estas instituições buscam atingir a competência com a Gestão de projetos, entre outros tipos 
de gestão da atualidade. Esta tendência de evolução nas formas de gestão está presente em todos os 
segmentos sociais e em todos os tipos de organizações, inclusive nas organizações publicas. 
Podemos citar vários exemplos que surgem no cenário atual sobre a modernização na Administração e que 
mostram a amplitude dos sistemas de informação na busca pela interatividade ampla com a sociedade. 
Os gestores, por exemplo, começam a explorar suas fontes inesgotáveis de dados e já conseguem reunir 
as informações numa base de dados única e trabalhá-la em prol de uma melhor qualidade e produtividade. 
Antes de iniciar o estudo da disciplina de Administração de Projetos, faça a você mesmo as seguintes 
perguntas: 
•	 O que é Gestão de projetos? 
•	 Qual é a utilidade desse conteúdo para a minha formação profissional? 
•	 Quais conhecimentos vou agregar após os estudos da disciplina? 
•	 Conhecerei novas ferramentas de gestão? 
 
Para obter essas e outras respostas, é só se debruçar com disposição sobre o roteiro de estudo. Siga em 
frente com determinação! 
História e evolução da gestão de projetos
Desde a pré-história, o homem tem praticado a organização e a divisão do trabalho visando justamente 
multiplicar os recursos disponíveis num determinado momento e com isso, aumentar as possibilidades 
de alcançar um determinado objetivo. Nesta unidade a idéia é voltar um pouco no tempo, para buscar os 
personagens principais deste estudo. 
2
Todo mundo tem uma noção do que seja um projeto. Você, com certeza, deve ter uma.
O léxico projeto é muito comum e está presente nos diálogos de todos os dias. Porém, os conceitos que 
se constroem à sua volta são bastante distintos de uma pessoa para a outra, e isso acontece porque o uso 
convencional dessa palavra varia de situação a situação.
Mas antes de começar a abordarmos o conceito de projeto, e acima disso o que é a sua gestão, como 
se formam os grupos, que métodos e que ferramentas podemos usar, é importante que você conheça a 
origem desta forma de trabalho e como ela vem se modificando ao longo da história.
Mas qual é a origem dos projetos como forma de organização do trabalho?
Na história da humanidade o trabalho foi se organizando lentamente. Grupos de nômades andavam pelo 
planeta nos primórdios da evolução humana, buscando todos os dias o alimento diário e lutando contra as 
intempéries, contra os animais, contra as doenças e todas as dificuldades. Justamente como os animais 
fazem até hoje.
Com o desenvolvimento de alguns aparatos tecnológicos e com a criação de animais para subsistência, 
o ser humano passou de nômade a sedentário, começou a construir habitações e grupos de casas, 
formando então aldeias, vilas e cidades. O arranjo do trabalho se modificou, e não tendo mais que buscar 
o alimento por extrativismo, passou a produzi-lo e estocá-lo. Alguns passaram a deter mais poder do que 
outros, começaram a poupar objetos de valor, terras, ampliando os domínios terrestres e até mesmo um 
patrimônio sobre as questões espirituais.
Por essa época surgem alguns empreendimentos que deviam marcar a presença dessas pessoas 
poderosas, deixar para sempre suas marcas sobre a Terra.
Num passado remoto, você vai se lembrar das pirâmides do Egito, obras realizadas para sepultar os 
faraós, considerados deuses. Vamos entender um pouco sobre este fantástico projeto!
Com esse objetivo específico de sepultamento, a pirâmide era encomendada pelo próprio faraó e então 
gestores de projetos e operadores desenvolviam seu desenho e passavam a executar a obra. O prazo da 
execução era de algumas décadas, o tempo aproximado da duração da vida do faraó, ou preferivelmente 
menor, obviamente. Milhares de homens formavam as equipes e eram usados na construção, quebrando 
e carregando pedras até a exaustão. Além dos faraós muitos homens ricos encomendavam suas próprias 
pirâmides, cada um na medida das suas riquezas. Muitas não ficavam prontas a tempo, e vinham então 
servir para o sepultamento de alguma outra pessoa.
 
Figura 1 - As pirâmides do Egito dos Faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos.
Fonte: http://www.brasilescola.com/historiag/a-historia-das-piramides-no-egito-antigo.htm
3
Outro grande exemplo de projeto que marcou a humanidade começou a ser construída 685 anos antes 
da Era Cristã (685 AC). As Grandes Muralhas da China tinham o objetivo de defesa de diferentes reinos, 
naquela época em luta pela expansão dos seus territórios, não havia a China como conhecemos hoje, mas 
sim um conjunto de sete reinos em combate, todos buscando conquistar e anexar os vizinhos. Até que o 
reino Qin, por volta de 240 a 220 AC, conseguiu vencer e anexar os outros reinos, unificando todos eles. 
E em 220 AC decidiu realizar essa obra gigantesca, ligando os trechos de muralhas existentes e criando 
de fato as Grandes Muralhas da China.
E qual era a intenção ao construir essa obra?
Com o objetivo de separar o país dos bárbaros, e internamente definir a unidade da nação e a civilização, 
a obra teve um prazo de aproximadamente dez anos de construção, uma extensão de mais de seis mil 
quilômetros de muros com altura de até dezesseis metros e fortificações para soldados a cada sessenta 
metros, recursos humanos da ordem de centenas de milhares de operários em regime de trabalho forçado 
e um plano de produção rígido e desumano.
 
Figura 2 - A Grande Muralha da China, projeto de mais de dois mil anos atrás. 
Fonte: http://www.guiageo-china.com/muralhas.htm
Enquanto o Oriente buscava unificar seu território mais a oeste o Império Romano se desenvolvia e 
seria uma importante base da nossa civilização ocidental. Desde Júlio César, o Império Romano cresceu 
incessantemente chegando a fazer divisa com o Império Chinês. Os romanos são conhecidos por seus 
grandes projetos civilizatórios, e muitas das obras que resultaram desses projetos resistem até hoje. Você 
certamente se lembra do Coliseu, aquela grande arena construída em Roma para festejos, lutas entre 
gladiadores e espetáculos.
 
Figura 3 - Coliseu
Fonte: http://www.estudopratico.com.br/gladiadores-romanos-historia-da-roma-antiga/
4
Durante centenas de anos o Coliseu foi utilizado nessas atividades, que entraram em sua rotina, porém 
houve, antes de tudo, o projeto de sua construção.
Esses exemplos de grandes projetos dos primórdios da humanidade mudaram a história da humanidade 
e a maneira dos seres humanos agirem uns em relação aos outros e em relação à natureza. Pessoas 
envolvidas nesses projetos começaram a perceber algumas características típicas de um projeto, que 
eram diferentes, por exemplo, de uma tarefa rotineira como a manutenção do dique, o dia-a-dia das 
batalhas, ou das tarefas administrativas de condução da política imperial romana ou chinesa.
BIBLIoteca vIrtuaL: 
Estes dados históricos são importantes ser retomados, mesmo que seja superficialmente 
tratado no nosso livro didático é importante retomarmos este contexto histórico para 
que você entenda a importância dos projetos para a humanidade. Não deixe de acessar 
a nossa biblioteca virtual e ler os livros que abordam este interessantíssimo tema.
Projetos têm objetivos definidos e prazo de conclusão e, para que isso aconteça com sucesso,é preciso 
conduzir, coordenar e controlar um projeto e as pessoas que o integram.
Com toda essa experiência prática, acumulada em tantos projetos ao longo da história, não tardou para 
alguns pensadores se voltassem para esse tipo de produção, e começassem a criar uma teoria a respeito. 
Durante o século dezenove, os governos dos países mais desenvolvidos começaram a contratar grandes 
projetos de infra-estrutura, tais como ferrovias, pontes, embarcações etc, demandando enormes esforços 
das companhias para a sua execução, com valores financeiros e prazos pré-definidos.
LeItura compLementar
Nossa contextualização nos remete ao final do século dezenove, quando um cientista 
da administração surge e começa a estudar detalhadamente o trabalho, mostrando que 
a produtividade pode ser aumentada se o trabalho for dividido em tarefas pequenas 
e distintas. Seu nome é Frederick taylor, e ele é considerado o pai da ciência da 
administração.
 
5
Figura 4 - Frederick Taylor (1856- 1915)
Fonte: http://www.ftu.edu/Frederick%20Winslowtaylor.jpg
 Com a sua contribuição a indústria pôde alterar seu modo produtivo e alavancar para o que conhecemos 
hoje: em vez de um trabalhador executar todas as tarefas até concluir determinado produto, ele se ocupa 
apenas de uma tarefa, especializando-se nela. Com isso a produtividade aumenta e os produtos são feitos 
em série. 
Em “Tempos Modernos” de 1936, Charles Chaplin nos mostra de uma maneira satírica a influencia de 
Taylor na revolução industrial, para a qual foi fundamental. No filme de Chaplin, o trabalhador é mostrado 
como uma espécie de máquina, mais uma engrenagem no processo produtivo. 
 
Figura 5 – Tempos Modernos (1936) de Charles Chaplin
Fonte: http://www.duplipensar.net/images/filmes/tempos-modernos-01.jpg
“Tempo é dinheiro”. Esta é a máxima que melhor define o Taylorismo. O objetivo era sistematizar a 
produção, aumentar a produtividade, economizar tempo e suprimir gastos desnecessários no interior do 
6
processo produtivo. Este método fez muito sucesso entre os patrões da época e não se restringiu ao 
interior das fábricas. Ainda hoje, encontramos resquícios do Taylorismo nas organizações. Logicamente 
este tipo administração científica trouxe problemas nas relações humanas, que eram pouco consideradas 
na organização do trabalho da época, “robotizando” os seres humanos. Mas não podemos negar o 
importante legado que o Taylorismo trouxe para a organização dos processos de trabalho. 
Além disto, com o decorrer do tempo, as organizações foram sofrendo mudanças na sua estrutura e 
organização de trabalho. Com a entrada das novas tecnologias da informação e comunicação (TICs), o 
modo de trabalhar na visão taylorista (industrialização) é bem diferente do que é hoje. Toda essa mudança 
dos últimos anos não foi indiferente ao extraordinário desenvolvimento tecnológico registrado nesse 
período, aliado a um avanço, sem precedentes também ocorrido nos modelos de gestão organizacional. 
O legado de Taylor está conosco até hoje, apesar da ênfase para iniciar nos limites de um processo e 
analisar como todos os seus elementos – pessoas, máquinas, organizações e infra-estrutura de suporte – 
necessitam ser reconfigurados para atingir níveis mais altos de produtividade. 
Junto com Taylor trabalhava Henry Gantt, que estudou em detalhes as operações associadas a um 
trabalho, decompondo-as em etapas. Para ver as diversas etapas em seqüência, e como elas vão se 
sucedendo até o final de um determinado projeto, Gantt inventou um gráfico constituído de barras, sendo 
que cada barra representa uma etapa e seu tamanho representa uma duração.
 
Figura 6: Henry Gantt (1861-1919),
Fonte: http://www.biografiasyvidas.com/biografia/g/gantt.htm
O gráfico de Gantt ficou famoso e até hoje é usados para gerenciar projetos. Você vai estudar esses 
gráficos em detalhe, mais à frente nesta disciplina, e vai ver como eles poderão lhe ajudar a gerenciar 
futuros projetos.
7
Veja na figura a seguir um exemplo de gráfico de Gantt.
 
Figura 7: Exemplo de gráfico de Gantt
Fonte: http://orcamento.multiplus.com/demonstracao/22_diagrama_de_gantt.htm
Já nos anos 50 surgem dois métodos que se tornaram muito importantes na “gestão de projetos”, que 
passaram a fazer parte de todos os currículos de Administração e Engenharia de Produção desde então. 
Veja a seguir quais são:
O primeiro surgiu na empresa Du Pont em 1957, com o título de Método do Caminho Crítico (COM - 
Iniciais do título em inglês Critical Path Method).
A empresa buscava melhorar suas técnicas de planejamento e controle de projetos de engenharia, e o 
método fez enorme sucesso desde o início.
 
Figura 8: Exemplo de representação gráfica do CPM
Fonte: Acervo do autor
8
Logo em seguida surge o Program Evaluation and Review Technique (PERT), que significa “técnica de 
avaliação e revisão de programas/projetos”, em 1958. Sua origem se deu na marinha americana com o 
lançamento de um projeto complexo para a construção de submarinos atômicos, o projeto Polaris. Devido 
à complexidade do projeto, ao relacionamento de diversas empresas (eram mais de 9.000 empreiteiros!), 
e à complexidade tecnológica envolvida, é que nasce o sistema PERT de planejamento e controle de 
projetos. Também utilizado até hoje no gerenciamento de projetos 
 
Figura 9: Exemplo de representação gráfica do PERT
Fonte: Acervo do autor
Estes 2 métodos caminham juntos, pois se complementam. Pois é em cima do gráfico de PERT que 
desenhamos o caminho crítico.
No entanto a evolução da Gestão de projetos não para por ai. Você sabia que a evolução dos sistemas 
computacionais na segunda metade do século vinte é que vai contribuir para a melhoria dos métodos de 
gestão de projetos? Isto mesmo, até porque os próprios sistemas computacionais são desenvolvidos na 
forma de projetos, e por isso demandam técnicas de planejamento e controle específicos.
Normas começaram a ser escritas para a gestão de projetos, e nos EUA foi criada a instituição de referência 
global na gestão de projetos, o PMI – Project Management Institute (Instituto de Gestão de Projetos), 
criado em 1996. O PMI tem como objetivo o avanço dos conhecimentos sobre gerenciamento de projetos 
e promover o profissionalismo e a ética em Gestão de Projetos. 
Este instituto publica e atualiza periodicamente o livro “A Guide to the Project Management Body of 
Knowledge” (um guia com o conjunto de conhecimentos sobre gestão de projetos), conhecido como 
PMBOK, cujo objetivo é estabelecer um conjunto com as melhores práticas. Ao contrário do que muitos 
imaginam o PMBOK não é considerado uma metodologia. 
O PMBOK define projeto como “um esforço temporário para criar um produto, serviço ou resultado único”. 
(PMI/PMBOK, 2008, p. 1). O caráter temporário dos projetos significa que têm data para início e para 
término. O término do projeto se dá quando os objetivos são atingidos ou quando o projeto é abandonado. 
Cada projeto tem como resultado um produto
Mas se você pensa que o uso de gráficos de Gantt, Caminho Crítico, PERT, e outros métodos resolveram 
o problema, infelizmente está enganado. Ainda temos muita coisa para arrumarmos. E cada organização 
deve achar o seu melhor caminho, o melhor sistema, o que mais se adapta a sua cultura organizacional, 
9
e que se encaixa melhor na gestão de processos da sua organização. Os mecanismos sozinhos não dão 
conta de gerenciar com eficiência e eficácia um projeto.
Neste sentido é importante refletirmos sobre o processo com o movimento de qualidade. O enfoque nos 
produtos e clientes deve ser coerente com a ênfase, manifestada pelos primeiros pensadores da qualidade, 
na minimização da variação e dos defeitos nos produtos manufaturados e dos serviços prestados. 
Especialistas argumentaram enfaticamente que os processos deveriam ser estabilizados e as variaçõesmedidas de perto, por meio do controle estatístico do processo. Para subsidiar a gestão de projetos. 
Após a estabilização, poder-se-ia dar início a melhoria constante, mas incremental dos processos e 
consequentemente aplicar na gestão de projetos. 
É bom salientarmos a importância de estudos complementares sobre a Gestão do 
conhecimento e a conseqüente gestão por competência, gestão estratégica e gestão 
de processos ou resultados. 
Você já deve ter percebido que o conteúdo que leva ao domínio do estudo sobre a gestão de projetos é bem 
amplo, mas fique tranqüilo, a medida que você estudá-lo e for avançando, irá integrar os conhecimentos 
agora mexidos, bem como irá poder aprofundar-se muito mais no futuro. 
 
Porque estudar projetos?
Neste momento, antes de prosseguirmos esta pergunta é fundamental: “Porque estudar projetos?” 
BIBLIoteca vIrtuaL
É importante revisitar nossa biblioteca virtual da Pearson e ver com atenção a obra de 
Fábio Câmara Araújo de Carvalho. Entitulada: Gestão de projetos, neste livro o autor 
apresenta, de forma clara e didática, uma visão global dos mais importantes aspectos 
das áreas de conhecimento mundialmente difundidas sobre o assunto. 
Você sabia que muitas rotinas nas últimas décadas sofreram inúmeras alterações, fazendo com que 
atividades que outrora eram simples, se revestissem de funções cujos sentidos só podem ser identificados 
em seu contexto. Estas mudanças geraram um ciclo de complexidades cada vez maior que parece envolver 
os sujeitos gradativamente e criam um dos sintomas da modernidade tardia. Estas mudanças foram 
sentidas em todas áreas, gerando a necessidade de mapear e conhecer os processos envolvidos em, 
praticamente, todas as atividades. 
O homem, neste contexto, está se tornando mais dinâmico e rápido em suas ações e é clara a necessidade 
da tecnologia como uma aliada para atingir os objetivos de, viver de forma mais tranqüila nos dias de 
hoje, em que a turbulência, dos acontecimentos é uma constante. Hoje se pensa em racionalização dos 
10
procedimentos para ganhar tempo e qualidade seja nos produtos e serviços gerados, seja nas pessoas 
que executam atividades. 
Mas como saber administrar um projeto e não enlouquecer com isso e ainda manter-se 
aberto a futuros projetos que tendem a modificar e crescer? Como controlar os avanços, 
mantendo os padrões confortáveis da vida moderna garantindo, porém, também a 
qualidade da vida de maneira sutentável? 
As pessoas que estão participando do mercado de trabalho da atualidade fazem parte da geração-ponte, 
que está transpondo o abismo entre as velhas e as novas maneiras de se saber “fazer”, um fazer com 
respeito e responsabilidade. 
Diante desse atual cenário fazer melhor uso dos agentes humanos, equipamentos, processos e leis passou 
a ser não somente um fator diferencial, mas também uma variável de sobrevivência da organização. 
Neste sentido, a tecnologia hoje se tornou um recurso indispensável para a gestão das organizações 
publicas e privadas. 
Para o profissional que atua na Gestão organizacional, além da abertura a questão tecnológica, ao analisar 
uma organização, o seu olhar precisa assumir a visão de processos. Por isso, é bom que tenha em mente, 
desde já, que uma organização é tão efetiva quanto seus processos. 
 
O gerenciamento efetivo dos processos de negócio é importante, pois a eficácia e a eficiência precisam 
dirigir as decisões empresariais. 
Um projeto que apenas redefine a posição dos órgãos e não aperfeiçoa o desempenho dos processos, 
não serve. Além de reorganizar, se faz necessário realizar um investimento na capacidade produtiva das 
pessoas da organização, sendo a capacitação uma das formas de instrumentalizar as equipes para lidar 
com equipamentos e incentivos mais atraentes. Nenhum projeto evolui se não ficarmos atentos a isto.
No entanto, é importante ter claro que as pessoas melhores capacitadas, mais talentosas e motivadas, 
só poderão modificar o desempenho da organização na mesma proporção permitida pelos projetos que 
geram os produtos e serviços para os clientes. 
???
Eficácia é a capacidade de fazer com que as 
coisas certas sejam feitas. Trata-se do que 
fazer, se preocupando com os fins e com a 
maximização de objetivos, escolhendo os 
objetivos mais apropriados.
Eficiência é a capacidade de fazer as coisas 
da maneira correta. Trata-se da maneira 
como se fazer as coisas, se preocupando 
com os meios, minimizando os recursos 
utilizados e ausentando os desperdícios. 
11
Para Dávalos (2010), com a gestão de projetos transformamos estratégias em ações, 
que resultam em produtos ou serviços capazes de atender necessidades, agregar 
valor para as pessoas (clientes, funcionários, acionistas e sociedade), justificando a 
existência e a sobrevivência da organização. 
Mas entender o que compõe e o que é uma organização, é fundamental para se poder estudar os projetos 
no ambiente profissional. 
É preciso lembrar que cada indivíduo age e toma decisões baseadas em sua percepção da realidade. 
Como as percepções individuais variam em função de diversos fatores, nem sempre as pessoas formam 
mapas mentais compatíveis acerca da organização. 
O conceito de Mapas Mentais surgiu a partir de estudos em nosso cérebro, 
precisamente no estudo dos hemisférios cerebrais. O nosso hemisfério esquerdo 
é responsável pelo racional, sequencial e analisa a experiência em detalhes.
O conceito de mapas mentais foi criado pelo inglês Tony Buzan (2009). Baseia-se 
no conceito de que nossos pensamentos não são lineares e não seguem um 
fluxo contínuo. 
Isto acaba gerando ações e decisões que tendem a ser diferentes e as vezes conflitantes com os interesses 
da organização, por isto a importância em estudar e modelar os processos de uma organização, adotando 
o gerenciamento de projetos, pois isto permite uniformizar os “mapas mentais”, proporcionando um maior 
alinhamento e uma integração das pessoas envolvidas com os processos em questão. 
Aqui cabe um lembrete importante: Projetos e Processos caminham juntos. Os processos bem definidos 
e descritos, facilitam a gestão dos projetos nas organizações. Não se pode pensar em gestão de projetos 
se a organização não tem uma modelagem de processos bem definidos. Então os processos definem como 
os projetos serão trabalhados.
Como se dá a motivação para o projeto?
Se um projeto tem origem numa idéia, por causa de uma necessidade social, comercial ou por um novo 
conhecimento tecnológico disponível, para que ele possa crescer e chegar à etapa do desenvolvimento e ir 
até o final, chegando a um resultado próximo do esperado, ele precisa de uma motivação que o alimente.
Diversas são as motivações possíveis, desde o empenho unicamente pessoal até um contrato abrangente 
e inviolável.
Você irá estudar nesta disciplina algumas dessas motivações, sabendo antecipadamente que muitas vezes 
elas estão mescladas no dia a dia dos projetos, umas com mais força, outras menos.
São exemplos de motivação:
12
Alguém em uma pequena empresa teve a “visão” de um novo produto, que acredita ser capaz de alterar 
o futuro de sua empresa. Essa visão passa a ser então um guia e um objetivo, capaz de motivar e ajustar 
cada momento de desenvolvimento do projeto que é então gerado. Os líderes são muitas vezes movidos 
por essas “visões”, que são perseguidas constantemente até o final, sem descanso. Tal visão pode surgir 
na busca de resolver um problema, pessoal ou empresarial.
Para uma determinada empresa que vem perdendo posições no mercado, o projeto de um novo produto 
pode nascer como a reação ao produto concorrente que vem se destacando. Essa “reação” comercial 
motiva o nascimento e a execução do projeto, geralmente com forte pressão por resultados e prazos.
É uma motivação reativa.
 
Por outro lado, a empresa ativa busca sua ampliação no mercado não apenas pelareação ao que já surgiu, 
mas pela criação de novos produtos. Essa cultura criativa define as empresas que lideram o mercado, pois 
constantemente estão criando produtos inovadores ou lançando novas formas de se relacionar com seus 
clientes, o que acaba mudando o comportamento geral do mercado e as favorece.
Como não podia deixar de ser, as empresas criativas são mais raras do que as reativas, e ambas são 
motivadas pela competição.
Nos casos anteriores há uma motivação que é o denominador comum: sucesso da empresa. Esse motivador 
movimenta o mundo do capital e está na base do crescimento econômico. Também há o motivador que é 
o sucesso pessoal, perseguido não pelas empresas, mas pelos indivíduos.
Na base do sucesso pessoal, um dos grandes motivadores é o ganho financeiro. O prêmio em dinheiro dá 
motivação para perseguir o projeto até o final, mesmo que a pessoa muitas vezes não dê valor algum ao 
projeto em si, mas simplesmente à remuneração.
Fora do campo puramente pessoal ou empresarial, o progresso social pode ser um grande motivador no 
desenvolvimento de projetos. Parece ser esse o caso dos projetos ecológicos e ambientalistas, onde um 
determinado grupo social, interessado em melhorias locais ou regionais, empreende projetos de caráter 
específico. Sindicatos, associações, organizações civis de interesse público e partes do governo também 
são geradores de projetos especiais, voltados ao bem estar social.
 
saIBa maIs
Se você desejar, aprofunde os conteúdos estudados nesta unidade ao consultar as seguintes referências:
•	 PMI – Project Management Institute. 
•	 PMI (Brasil). 
•	 PMI (São Paulo). 
•	 PRINCE – Project in Controlled Environments. 
13
síntese
Nesta unidade você conheceu os conceitos básicos que tratam da gestão de projeto, numa proposta 
contextualizadora, para aprimoramento nas unidades seguintes. 
Você pôde observar o que nos motiva a estudar este tema, bem como seus conceitos, história e evolução. 
Assim, você pôde iniciar a compreender melhor a gestão de projetos.
Tenha claro que a abordagem por projetos possibilita à organização atuar com eficiência nos recursos e 
com eficácia nos resultados, uma vez que busca atender os seus clientes finais mediante a adição de valor 
nas atividades desenvolvidas.
Nesta unidade você também estudou o significado de projetos e os benefícios para as organizações 
em adotar uma visão do negócio baseada nos seus processos essenciais. Você pôde compreender que 
os processos são horizontais, uma vez que, em sua análise são consideradas todas aquelas atividades 
realizadas dentro ou fora da unidade (área/setor), que agregam valor ao processo, transformando insumos 
em produtos que satisfazem ao cliente interno (o próximo do processo) ou cliente externo.
Na próxima unidade você irá estudar com mais aprofundamento alguns conceitos e a gestão de projetos 
em si, entender e refletir sobre esta temática. 
reFerêncIas BIBLIográFIcas
CARVALHO, Fábio Câmara Araújo. Gestão de projetos. São Paulo: Pearson Education 
do Brasil, 2015.
PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. A guide to the project management body of 
knowledge. 4th ed. Newtown Square, 2008.

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