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INTRODUÇÃO A ENGENHARIA AULA 3

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Estratégias de Produção 
A questão da produção e dos processos produtivos não deve ser vista somente como a transformação de 
matéria-prima em produtos de consumo, como o uso de cacau para produzir chocolate ou o plantio de 
frutas para virar suco engarrafado, por exemplo. 
O engenheiro de produção deverá atentar para o fato de que também há um significativo impacto 
estratégico no gerenciamento de operações e processos. 
Por isso, não podemos subestimar a importância da estratégia empresarial. 
 
 
Mas, o que é exatamente uma estratégia empresarial? Você sabe responder? 
Preste atenção na definição a seguir: 
Corrêa e Corrêa definem estratégia empresarial como um “padrão global de decisões e ações que 
posicionam a organização em seu ambiente, visando fazê-la atingir seus objetivos de longo prazo”. 
(CORRÊA e CORRÊA, 2005). 
Tenha em mente que as estratégias de operação deverão sempre estar em conformidade com as 
diretrizes principais da instituição em questão, seja de ela de pequeno, médio ou grande porte. 
Entenda a importância do planejamento: 
Você conhece alguém que não planeja suas atividades profissionais ou pessoais e diz simplesmente que 
“planejar não funciona”? 
Muitas pessoas pensam dessa forma, mas o que acontece é exatamente o contrário: se não funciona, é 
justamente porque não se planejou. Observa-se que essas pessoas desejam que, ao se estabelecer 
certos números, diretrizes e procedimentos, os resultados sejam exatamente os previstos e se frustram 
quando isso não ocorre. 
Mas a relação entre plano versus realidade passa por uma sistemática de regularidade, ou seja, quanto 
mais se planeja, mais experiência e conhecimento são adquiridos. 
Ao longo do tempo as distorções são corrigidas, diminuindo-se assim a margem de erro entre o plano e o 
resultado real. Reforçamos aqui a ideia de que cada um deve se preparar para esse hábito salutar que 
efetivamente traz resultados, desde que aplicado com disciplina e regularidade. 
 
 
 
 
A organização certamente terá estabelecido seus posicionamentos para alcançar resultados mais 
adequados de seus negócios. 
Sua funcionalidade operacional vem das diretrizes de estratégia que são estabelecidas para tal fim. 
Para tanto, a organização como um todo deverá contar com o devido apoio dos stakeholders. Você já 
ouviu falar desse termo? 
Os stakeholders podem ser “qualquer grupo ou indivíduo que é afetado ou pode afetar o atingimento dos 
objetivos de uma organização”. (FREEMAN e MCVEA, 2001). Isto significa que os stakeholders são todos 
aqueles que, direta ou indiretamente, estão interessados, afetam e/ou são afetados por diretrizes, 
desenvolvimentos e práticas que a corporação executa. 
 
As diretrizes empresariais estabelecidas contêm objetivos estratégicos que devem satisfazer aos mais 
diversos interesses. 
Como os stakeholders têm posicionamentos, ou seja, interesses, os objetivos estratégicos da organização 
são dinâmicos e, muitas vezes, há interesses conflitantes. 
Portanto, é necessário muito diálogo, planejamento, discussão e estabelecimento de diretrizes factíveis 
de se obter os melhores resultados para todos. 
Assista ao vídeo a seguir e entenda o que é um stalkholder: 
http://www.youtube.com/watch?v=Q1qYuhmypkU 
Como a participação de todos os stalkholders é de grande relevância, vamos apresenta-los em seguida 
sem caracterizar qualquer tipo de preferência. 
 
 
 
Acionistas 
Aqueles que investem seu capital na empresa com o intuito de ganhar mais dinheiro, além de alavancar 
o progresso da organização e do local onde ela está estabelecida. 
Ambiente 
Local afetado pelas ações da empresa, que poderá crescer nos campos econômico, financeiro, social, 
tecnológico, político etc. 
Clientes 
Aqueles que adquirem produtos e/ou serviços da empresa, com o principal objetivo de satisfazer suas 
necessidades imediatas ou mediatas. 
 
Empregados 
Aqueles que trocam seu conhecimento intelectual e sua capacidade operacional nos processos de 
transformação de insumos em bens e/ou serviços de maior valor agregado. 
Fornecedores 
Aqueles que provêm insumos para a organização no processo de transformação que os empregados 
utilizam. 
Gestores 
Aqueles que dirigem técnica e tecnologicamente a organização para que ela consiga alcançar os 
objetivos de crescimento previamente estabelecidos em seu planejamento estratégico. 
 
 
 
Governo 
Aqueles que determinam as diretrizes legais que a empresa deverá seguir nas atividades do dia a dia. 
Não devemos esquecer que, além dos governos municipal, estadual e federal. 
Há também influência dos governos de outros países, não somente nas questões legais como processos 
de importação e exportação, mas também com facilidades ou barreiras mercadológicas. 
Sociedade 
Aqueles que podem atuar ou sofrer as mais diversas influências (positivas ou negativas) devido às ações 
da empresa em questão. Como exemplos positivos temos: aumento de emprego, melhoria na qualidade 
de vida, acesso a informações etc. 
 
Já exemplos negativos são: grande variação de preços pelo aumento na procura de bens e serviços, 
aumento na violência, dificuldade de locomoção em locais antes considerados como tranquilos. 
 
Complementando os estudos, assista ao vídeo a seguir e entenda a história dos negócios de 
maneira sucinta e didática: 
http://www.youtube.com/watch?v=6_vZHpvxDO0 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estratégias nas Operações 
Como já apresentado anteriormente, operações que envolvem os processos de transformação de 
insumos, por meio da utilização maior ou menor da tecnologia disponível não são, como pode parecer à 
primeira vista, simplistas. 
Simplismo é um vício de raciocínio que consiste em desprezar elementos necessários da solução e pode 
trazer problemas por não considerar todos os aspectos necessários para avaliar uma situação ou 
problema. 
 
 
Entenda a importância do processo estratégico nas operações: 
As operações relativas ao processo de transformação em uma empresa demandam o emprego de capital 
próprio ou de terceiros, que deverá gerar lucro. Para isso acontecer, o dinheiro deve ser aplicado 
racionalmente em projetos que tragam retorno. 
Logo, devemos entender as decisões estratégicas exigem visão de futuro e impactam em várias áreas da 
organização, não somente as internas, mas também externas. Por exemplo, quando um estabelecimento 
prospera, é normal que a região ao redor melhore em alguns aspectos também. 
Além disso, o engenheiro de produção deve sempre se lembrar que o somatório de várias e pequenas 
decisões diárias podem ter efeito igual ou superior às grandes decisões. Os tomadores de decisão 
precisam ter um enfoque bastante amplo, sistêmico, levando em consideração vários aspectos tanto do 
processo produtivo quanto das ações que sobre ele exercem influência. 
Sobre o processo produtivo, você já sabe que o engenheiro de produção leva em consideração os 
insumos necessários que serão transformados por meio de recursos com maior ou menor nível 
tecnológico, sempre verificando e controlando as divergências, corrigindo as possíveis distorções do 
sistema. 
A posição competitiva da produção deve estar em consonância com os objetivos estratégicos. Tais 
objetivos são a base para que o sistema produtivo se altere a partir de uma estratégia de produção, 
sempre tendo por base as diretrizes gerais da organização. 
Você não deve esquecer que os ambientes interno e externo têm grande importância, pois muitas das 
modificações ocorrem em função de processos internos e de concorrência ou fornecimento externos. 
A partir desse conjunto de discussões e tomadas de decisão, a empresa deverá propor edesenvolver o 
novo projeto que alterará o processo produtivo, fechando um ciclo e, naturalmente, recomeçando-o. 
 
 
Para fecharmos esta linha de raciocínio, acompanhe os passos a seguir: 
1. Saiba que o engenheiro de produção deve observar que a empresa se localiza entre os 
fornecedores e os clientes. 
2. Essa localização não é necessariamente física, mas conceitual, pois a organização recebe dos 
fornecedores todos os insumos necessários às atividades de transformação, as quais chamamos de 
processo produtivo, agregando valor ao produto ou serviço. 
3. Na sequência, a empresa entrega aos clientes o que eles desejam, optando por adquirir aqueles 
que tenham maior valor agregado e menor custo de aquisição. 
 
 
 
É importante ter em mente que a visão do engenheiro de produção deverá ser a mais sistêmica possível, 
estando sempre muito atento a todas as atividades inerentes aos processos produtivos, sejam internas 
ou externas. 
Para saber mais, leia o artigo a seguir e observe os comentários a respeito do papel estratégico dos 
objetivos da produção: 
http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/papel-estrategico-e-objetivos-da-producao/38822/ 
 
 
 
 
 
 
Exemplos de Operações 
Para reforçar os conceitos aprendidos até aqui, nós propomos a seguinte reflexão para que você, futuro 
engenheiro de produção, possa praticar a visão geral sobre o tema. Primeiramente, observe os dados a 
seguir. 
Operação Recursos 
Inputs 
Processo de 
Conversão 
Produtos 
Outputs 
Linha aérea Aeronave, 
pilotos, 
manutenção, 
Movimentação de 
passageiros e 
cargas 
Passageiros e cargas transportados 
 
 
 
passageiros, 
cargas 
Gráfica 
 
Gráficos, 
designers, papel, 
tintas 
Design, 
impressoras, 
impressão, 
encadernação 
Materiais impressos 
Loja de 
departamentos 
 
Bens à venda, 
vendedores, 
consumidores 
Exibição dos 
bens, venda dos 
bens 
Bens ajustados às necessidades 
dos clientes 
Zoológico 
 
Funcionários, 
animais, 
ambientes 
simulados 
Exibição de 
animais, 
educação de 
visitantes, 
procriação de 
animais 
Visitantes entretidos e informados, 
espécies preservadas 
Escritório de 
Contabilidade 
 
Funcionários, 
informações 
Computadores, 
escrituração de 
contas, 
orientação 
contábil 
Contas e demonstrativos 
Com base nos exemplos da tabela, analise as seguintes questões: 
Como foi feito o projeto que deu origem a esse processo? 
Quais alternativas tecnológicas melhor se adequam a cada um dos itens observados? 
Quais as melhores formas de utilização dos recursos disponíveis? 
Qual ou quais as possíveis atividades a serem consideradas nos planejamentos de curto, médio e longo 
prazos? 
Que tipo de planejamento de qualidade e seu respectivo controle sobre o uso adequado dos recursos 
para o processo de produção? 
 
 
 
Após essa reflexão, é fácil compreender porque o engenheiro de produção deve manter-se atento a 
todas as atividades empresariais e suas respectivas atribuições profissionais. 
Para saber mais acesse o site da Associação Brasileira de Engenharia de Produção (Abepro) e leia 
algumas das atividades típicas do engenheiro de produção: 
http://www.abepro.org.br/interna.asp?ss=1&c=585 
 
 
 
 
 
 
Trade-Off 
Imagine a seguinte situação: 
Você precisa decidir entre investir na aquisição de uma máquina operatriz que poderá melhorar o 
processo de produção ou modificar o refeitório da empresa, aumentando a satisfação dos funcionários 
durante as refeições. Importante lembrar que o volume de dinheiro disponível é suficiente para somente 
uma das alternativas. 
Como você tomaria essa decisão? É mais complexa do que parece à primeira vista, não é mesmo? 
 
 
É preciso ter em mente que os resultados futuros dependem das tomadas de decisão realizadas no 
presente e geralmente são difíceis de reverter, pois há um grande número de variáveis importantes em 
cada cenário. 
Situações como as do exemplo impactam na competitividade da empresa no futuro. Nessas decisões, 
analisam-se quais ações, direcionamentos e atitudes a organização precisa tomar. Muitas vezes é preciso 
fazer escolhas difíceis e priorizar determinados caminhos em detrimento de outros, certo? 
Essa situação é chamada de trade-off, que significa a necessidade de se optar entre uma 
alternativa e outra de forma excludente. 
 
Com base no exposto, você poderá considerar alguns trade-offs estratégicos. Conheça alguns deles: 
Situação 1: Clientes e mercados querem diferentes desempenhos em diferentes situações. 
O engenheiro de produção precisa compreender quais suas possibilidades de conseguir atender a 
clientela em momentos diferentes, proporcionando ganhos empresariais. 
Situação 2: Existem várias formas de gerenciar operações. 
O engenheiro de produção deverá encontrar possibilidades para gerir o negócio de modo a proporcionar 
as alternativas para os melhores resultados. 
Situação 3: Muitos aspectos de desempenhos são conflitantes e difíceis de atingir ao mesmo 
tempo. 
O engenheiro de produção deverá sempre ter uma visão sistêmica, pois assim terá condições de 
compreender e atuar nas melhores opções de escolhas. 
 
 
 
Resumidamente, pode-se dizer que é necessário fazer escolhas estratégicas, pois, dessa forma, os 
resultados tendem a ser cada vez melhores. 
“A vida é como uma moeda. Você pode gastá-la da forma que quiser... mas somente uma vez.” Você já 
ouviu esse ditado? Não? Então assista ao vídeo ao seguir para entendê-lo: 
http://www.youtube.com/watch?v=Vy1Gx6S3N7E 
 
 
 
 
 
Objetivos Operacionais Estratégicos 
“Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve.” 
Você conhece esse diálogo entre Alice e o Mestre Gato, retirado da história Alice no País das Maravilhas? 
É uma frase que se encaixa muito bem no nosso tema de estudo. Afinal, é impossível falar sobre os 
objetivos empresariais sem levar em conta o planejamento necessário, incluindo o foco para atingir os 
objetivos. 
 
 
Um engenheiro de produção, em seus momentos de gestão e controle, certamente considerará os 
objetivos operacionais estratégicos internos e externos, assim como as vantagens de cada um. 
Entenda a relação entre os objetivos internos, externos e as vantagens das estratégias aplicadas a eles: 
CUSTO 
Interno: deverá conseguir alta produtividade total, envolvendo todos os pontos que possam contribuir 
para tal. 
Externo: para competir no mercado será necessário ter preço baixo, praticar margem de lucro alta 
ou, se possível, ambas as opções. 
Vantagens: se fizer suas atividades mais baratas que a concorrência e em relação a si mesmo, ao 
longo do tempo. 
 
CONFIABILIDADE 
Interno: operações deverão ser desempenhadas de forma confiável. 
Externo: as operações deverão ser confiáveis, sejam produtivas ou de apoio à produção. 
Vantagens: se fizer suas atividades em tempo, conforme planejado e/ou combinado. 
 
FLEXIBILIDADE 
Interno: a habilidade para mudar de conformidade com a necessidade. 
Externo: boa frequência de lançamentos, ampla variedade de produtos ou a possibilidade de se 
ajustar os volumes de entrega. 
Vantagens: se fizer suas atividades mudando de conformidade em cada caso em especial. 
 
 
QUALIDADE 
Interno: os processos deverão ser isentos de erros. 
Externo: os produtos e/ou serviços deverão estar rigorosamente conforme especificados e acordados 
entre a organização e os clientes. 
Vantagens: se fizer suas atividades de forma correta. 
 
RAPIDEZ 
Interno: os processos deverão ser feitos rapidamente. 
Externo: em um momentoonde todos desejam redução de prazos, reduzir o tempo total de entrega 
fará a empresa subir alguns degraus na escalada mercadológica. 
Vantagens: se fizer suas atividades com rapidez, agilidade e/ou velocidade. 
 
Tais objetivos são chamados de estratégicos pois, caso sejam estabelecidos, acompanhados e 
alcançados, trarão os melhores resultados financeiros e operacionais estabelecidos pela organização em 
questão.

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