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Rede de Suprimentos Você já ouviu falar da expressão cadeia de suprimentos? Cadeia de suprimentos é a tradução para o português do original Supply Chain Management (SCM), método desenvolvido nos Estados Unidos. A sigla SCM é muito utilizada nos meios logísticos e determina toda a coordenação da sequência percorrida por um produto desde o fornecedor do fornecedor ao cliente do cliente, que pode ser resumida no esquema a seguir: Fornecedores Fábrica / Empresa Clientes Suprimento físico Logística de produção Distribuição física As expressões “fornecedor do fornecedor” e “cliente do cliente” sugerem a visão de corrente (chain) entre os elementos da cadeia de suprimentos. Observe o fluxo da sequência dos envolvidos na fabricação de fraldas e entenda como esses conceitos se encaixam: 1 - Fornecedor de semente de algodão 2 - Fornecedor de algodão cru 3 - Fornecedor de mantas de algodão 4 - Fornecedor de tecido impermeável 5 - Produtor de fraldas 6 – Varejista 7 – Comprador das fraldas 8 – Usuário das fraldas Observando a sequência percebemos que, para o produtor de fraldas realizar seu negócio, precisa contar com certos fornecedores de matéria prima, os quais por sua vez precisam de subfornecedores. Na outra ponta, o varejista repassa o produto para um comprador que repassará o produto ao cliente final, o bebê. A integração entre os fornecedores, produtores e clientes deve ser muito forte, pois, se o cliente final desejar um determinado produto e essa informação não chegar de maneira correta ao fornecedor, o produto não irá satisfazer as expectativas e de nada adiantará um processo tecnologicamente avançado e o uso das melhores ferramentas de fabricação. Lembre-se: comunicação é essencial! Para que a comunicação aconteça, a integração entre as três partes é de vital importância. Fornecedor Produto Cliente Suponha que o cliente esteja disposto a pagar por um produto um valor “X”, e esse produto lhe dará o suporte necessário para manter seu negócio competitivo por longos anos. Porém, devido à falta de compreensão por parte dos negociadores, o fabricante produz um produto “Y” com valor inferior em relação ao produto requerido e o entrega ao cliente. Resultado: com certeza esse produto “Y” não atenderá às expectativas desse cliente. Agora, exercite sua compreensão sobre o assunto refletindo sobre a seguinte pergunta: Para a produção de cachorro-quente básico (pão com salsicha), quais são os fornecedores e subfornecedores envolvidos? Confira a resposta na próxima tela. Resposta Veja uma possibilidade de rede de fornecedores para o problema sugerido: 1) Para fazer o cachorro-quente: fornecedor do pão e fornecedor da salsicha. 2) Para fazer o pão: subfornecedores de farinha e para fazer a farinha o subfornecedor do trigo. 3) Para fazer a salsicha: subfornecedores das matérias primas para a preparação da massa (embutidos). Agora, descreva a sequência da cadeia de suprimentos da sua empresa para um produto qualquer e converse com seus colegas sobre o assunto. Assista ao vídeo a seguir e entenda em detalhes o que é uma cadeia de suprimentos: http://www.youtube.com/watch?v=_mPCdicQpwU Processo de Estruturação Qual é a importância do processo de estruturação de uma rede de suprimentos? Precisamos ter em mente que uma rede de suprimentos é um sistema cujo objetivo é administrar de forma integrada o fluxo total dos canais de distribuição, desde o primeiro fornecedor até o último elemento da cadeia. Logo, deve-se conhecer todos os fornecedores e também os fornecedores dos fornecedores, assim como os clientes e os clientes dos clientes. Por isso dizemos que a rede de suprimentos é uma ciência de gerenciamento multidimensional. A equipe da cadeia de suprimentos deve ter em mente que não adianta o fabricante buscar a excelência operacional se os distribuidores, os atacadistas e varejistas trabalharem em condições precárias. Um bom exemplo disso é se você, como cliente, entrar em um supermercado e encontrar tudo arrumado e limpo e se deparar com um fornecedor de um produto de sua preferência abastecendo as prateleiras. Você então percebe que esse fornecedor se comporta de maneira grosseira perante os clientes e isso causa um impacto muito negativo na sua impressão inicial, abrindo um precedente para que você deixe de consumir esse produto ou até mesmo pare de frequentar esse estabelecimento. Por isso, todos os membros da equipe da cadeia de suprimentos devem fazer sua parte de acordo com as melhores práticas estabelecidas. A recomendação a todos que desejam se aventurar nesse cenário é conhecer bem os objetivos específicos. Siga a sequência de orientações a seguir: ENTENDER: Ambientes de negócios Se eu sempre trabalhei com alimentação, será que me darei bem se investir em confecção? APRENDER: Cadeia de valor global e gestão Tenho que conhecer muito bem os pontos onde devo trabalhar, conhecer o valor global da cadeia. FAMILIARIZAR-SE: cadeia de valor global e cultura Será que a cultura da região onde estou investindo é ideal ao que pretendo fornecer, ou preciso mudar algo? SABER: Implementar grandes mudanças Preciso saber onde agir, pois grandes mudanças podem definir meu futuro. COMPREENDER: Melhores práticas Sempre praticar o que de melhor o mercado oferece, fazer negócios com o mundo todo e com todo o mundo. Veja o artigo a seguir sobre cadeia de suprimentos na indústria química: http://online.unisc.br/acadnet/anais/index.php/wspi/article/view/10844/1378 Implementação da cadeia de suprimentos Os fornecedores e clientes que fazem parte da rede de suprimentos devem se preocupar com a qualidade suas próprias etapas para que a excelência do produto seja assegurada da concepção ao consumidor final. Tendo isso em mente, saiba que a implementação de uma cadeia de suprimentos é fundamental para administrar esse processo de forma racional. Como engenheiro de produção, você deve estar atento aos procedimentos necessários para realizar essa implementação de forma eficiente! Confira as diretrizes que devem ser seguidas para a implantação de uma cadeia de suprimentos: ● Definir suas principais funções, competências e seu papel na cadeia de abastecimento expandida (do fornecedor ao cliente final). ● Assegurar a existência de suporte organizacional. ● Agrupar as funções de logística (estocar, embalar, enviar a outra área, etc). ● Analisar como as pessoas e o que elas fazem se encaixam. ● Conduzir os processos até um sistema de tecnologia da informação melhorado. Valor Você sabe o que é valor? Você já deve ter ouvido este termo em várias situações diferentes, mas como defini-lo para suas necessidades enquanto engenheiro de produção? Pense nas diferenças entre uma Ferrari e um carro popular, por exemplo. Ambos possuem estrutura básica similar: quatro rodas, motor, cintos de segurança, etc. A função primária também é a mesma, transporte de passageiros. Mas o que faz um modelo ter mais valor do que o outro? A primeira coisa que pensamos no caso da Ferrari é o alto preço e a raridade, imediatamente ligando-a a um conceito de exclusividade. Mais do que um meio de locomoção, quem compra uma Ferrari procura um valor agregado diferenciado e um determinado nível de status, certo? Chegamos assim ao conceito de valor: o montante que os clientes estão dispostos a pagar por um determinado produto. Também é muito importante conhecer a definição de cadeia de valor: Cadeia de valor é uma ferramenta de análisesistemática do modo de interação das atividades executadas, buscando descobrir se elas agregam valor ao produto na percepção do cliente. Confira a estrutura da cadeia de valor, segundo Porter: Atividades primárias Atividades de apoio Assista ao vídeo a seguir e entenda melhor a cadeia de valores segundo o modelo de Porter: https://www.youtube.com/watch?v=SY7MYKm8iG8 Cadeia de valor global Quando trabalhamos a cadeia de valor, devemos conhecer bem o nosso mercado e ter em mente que a empresa é o centro de um sistema. Temos os fornecedores como nossa entrada e os clientes como saída, e ambos devem receber igual tratamento: as exigências do cliente devem ser ouvidas e os fornecedores devem ser bem abastecidos de informações para que as necessidades de todos possam ser atendidas fielmente. A empresa também deve estar atenta a tudo que a rodeia, como por exemplo: os concorrentes, novos produtos, os novos entrantes, etc. http://www.cedet.com.br/index.php?/Tutoriais/Marketing/5-forcas-de-porter.html Abordagem cultural Um ponto muito importante da cadeia de valor é a abordagem ao cliente. A empresa deve analisar todas os aspectos, sem esquecer da cultura que impera sobre o mercado pretendido. Ao negociar a entrada do produto em um novo mercado, é preciso se policiar para evitar um conflito cultural. Muitas vezes, o mesmo produto pode entrar em mercados diferentes, mas precisa de estratégias de marketing específicas para cada cenário. Por exemplo, imagine um negociador de carne bovina no mercado indiano, onde as vacas são vistas como animais sagrados. Consegue imaginar as reações de ambas as partes? Pense nisso. O objetivo de todas as empresas é ser a mais competitiva em questão de valor, por isso é preciso investir em várias frentes. Conheça algumas delas: ● Analisar as forças competitivas. ● Conseguir vantagens estratégicas. ● Produzir mudanças de longo alcance. ● Conseguimos isso por meio de conexões fortes, novos nichos de mercado, baixo custo e diferenciação nos produtos ou serviços. Complementando os estudos, leia o artigo a seguir sobre um estudo de caso na área de cadeia de valor: http://www.revistaeconomica.uff.br/index.php/revistaeconomica/article/view/40/42 Saiba como agregar valor ao cliente através de um modelo de negócios: https://www.youtube.com/watch?v=saU4_qzkey8 Sistemas de integração - Estrutura Agora que já vimos o que é cadeia de valor, como integrá-la ao nosso sistema? Veja abaixo algumas ferramentas e sistemas que nos ajudam a realizar tal tarefa. ● Sistemas de Gestão da Cadeia de Suprimentos ● Data Warehouse ● Intranets ● Portais ● Internet, Intranet & Extranet, Comércio Eletrônico ● Arquitetura Empresarial, entre outros Acompanhe as questões fundamentais que devem ser geridas no sistema de uma empresa e conheça as principais influências relacionadas a cada uma: ● Planejamento pessoas ● Criatividade assumir riscos ● Formação trabalho em equipe ● Comunicação liderança ● Conhecimento aprendizagem ● Cultura inovação Olhando com atenção às questões fundamentais e suas influências, podemos concluir que a mudança é o fator primordial enfrentado pelas empresas. Qual a sua percepção sobre isso? Chegamos ao fim da disciplina Introdução à Engenharia de Produção. Coloque seus novos conhecimentos em prática e não deixe de continuar se atualizando sempre! A melhoria contínua, a pesquisa e a inovação nunca podem sair da agenda do engenheiro de produção. Até uma próxima vez!
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