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Resumo DIREITO PUBLICO (1)

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Resumo P2
DIREITO PÚBLICO
Como é necessário redefinir a atuação do estado?
É necessário instituir uma corajosa reforma administrativa e também redefinição do papel constitucional do Estado na sociedade, do campo de atuação do setor público em seus três níveis – federal, estadual e municipal e das formas de financiamento do governo. A reforma do Estado é indispensável para estabilidade econômica, o desenvolvimento sustentado, e a correção das desigualdades sociais. O Estado perdeu a capacidade de investir ou seja não consegue promover o desenvolvimento, a ajustiça e o bem-estar. A deterioração dos serviços públicos de segurança, educação e saúde, é a face mais evidente de que o Estado necessita ser redefinido.
De que maneira a sociedade deve ocupar mais espaço? Ainda existe um total desconhecimento do processo político pela grande maioria das parcelas da sociedade, que acham que o exercício da cidadania se dá apenas durante o período eleitoral, sendo assim é preciso reeducar essa parcela da sociedade para retomarem seu espaço e reaprender o papel da cidadania, já que as ações do Estado e de todos que trabalham nele são pautadas pelo princípio da supremacia do interesse público por meio de decisões políticas, para atender ao que a sociedade legitima (aprova, aceita, acata) como sendo de interesse dela, ou seja: a favor de todos, do público.
Aponte 3 falhas da atuação do estado?
Discorra sobre conflitos entre direito público e direito privado.
O Que é Direito Público? O Direito Público é o ramo do direito composto pelas normas que tem por matéria interesse do Estado, tais como a função e organização, a ordem e segurança, a paz social etc. Tais normas regulam as relações entre o Estado e os particulares, visando sempre à concretização do interesse público, conforme as previsões da lei. O interesse público se concretiza por meio da atuação da Administração Pública, com a organização e prestação dos serviços públicos e utilização de recursos financeiros públicos. 
O Que é Direito Privado? O Direito Privado é formado por normas que tem por matéria as relações existentes entre os particulares relativas à vida privada, e as relações patrimoniais ou extra-patrimoniais. As normas de direito privado encontram-se no direito civil e no direito comercial.
Direito Público X Direito Privado
Direito Público 
No direito público as relações envolvem o Estado e muitas vezes os particulares, visando o interesse público. 
São relações desiguais pois o interesse público mantem posição de soberania em relação ao interesse particular. 
As normas são imperativas, também denominadas normas de ordem pública ou cogentes, tais normas mandam ou proíbem e tem caráter obrigatório. 
As normas sempre objetivam a consecução do interesse público. 
 Já no direito público temos a verticalidade que impõe ao Poder Público uma posição de superioridade frente aos particulares em função da manutenção do interesse público. 
Direito Privado 
No direito privado, as normas são dispositivas pois permitem uma conduta, um acordo entre as partes. Tais normas fazem previsões para suprir a omissão entre as partes. 
 No direito privado as relações jurídicas ocorrem entre os particulares e são relações de igualdade. 
 As normas do direito privado são elaboradas para entender interesses das pessoas.
(DEFINIÇÃO INFORMAL)
Direito Público: Ações que envolvem o Estado. Como Direito Tributário, que tem o dever de analizar as questões dos impostos aplicados pelo Estado. Direito Administrativo, que abrange as ações feitas na administração pública, como contratação e normas para funcionários, concursos públicos, licitações, etc. 
Neste ramo podemos ter ações de Estado x Estado, ou Particulares x Estado. 
Direito Privado: Ações que envolvem particulares. Como o Direito Civil que regulamenta as ações civis de particulares, seja de pessoas naturais ou jurídicas. Direito Comercial que regulamenta as negociações entre particulares. 
Em algumas doutrinas temos o Direito do Consumidor e o Direito Trabalhista não muito bem definidas se são de direito público ou privado, pois ambas requisitam uma interferência do estado. 
Município/Estado/Distrito/Comarca
Comarca: usado para indicar uma região de atuação de determinado juiz ou de juizado de primeira instância. Um estado é devidido em várias comarcas e sua aplicação é basicamente de organização jurídica-administrativa. 
Município: define-se por município uma determinada área geográfica que pode ser urbana, suburbana e rural. Em muitos casos a cidade se confunde com o município, contudo, a cidade é a sede do município ou a sua parte urbana.
Distrito: Os distritos em relação politica são a parte administrativa do país, porém não são todos os países que utilizem esse termo admistrativo, os distritos são responsáveis por toda as divisões administrativas do país em que inclui os condados, os municipios e as partes contidas nos municípios.  No Brasil temos ainda em uso o terno e o melhor exemplo é Distrito Federal onde está a cidade Brasilia. Há outros casos também como as subprefeituras e outras divisões como os distritos rurais e coutras classificações. O termos é empregado sempre no sentido de designar uma região geográfica com a finalidade administrativa, militar, judicial, fiscal, sanitária ou também policial.
Estado: O termo estado é inicialmente uma divisão geográfica, política e administrativa em um país. Dependendo do país ele é visto de forma diferenciada. Nos EUA, México e Alemanha, por exemplo, o estado tem constituição e governo próprio, constituindo assim uma espécie de estado soberano.
No Brasil e outros paises o estado é parte de uma federação ou união como é mais conhecido por aqui. A união, termo muito usado na mídia, é na verdade a união dos estados brasileitos que juntos compõe a República Federativa do Brasil. Aqui eles são chamados de estados federados cuja soberania e constituição é da união e não do estado.
 
Especificações de cada poder 
Poderes de Estado são os três conhecidos como Legislativo, Executivo e Judiciário, suas ações devem ser harmônicas e independentes. Eles são imanentes e estruturais ao próprio Estado, cada um dos mesmos realiza de forma básica uma função.
O Poder Legislativo realiza a função normativa daquele Estado. O Executivo administra, ou seja, realiza a função administrativa de converter a lei em ato individual e concreto. O Poder Judiciário realiza a função judicial.  Entretanto, é de se ressaltar que todos os poderes praticam atos administrativos, ainda que restritos à sua organização e funcionamento. 
O Poder estatal é uno e indivisível. O que há, na verdade é a distribuição das três funções estatais básicas entre órgãos independentes e harmônicos. 
Poderes administrativos
Administração Pública, os poderes administrativos surgem com a Administração e se apresentam conforme as demandas dos serviços públicos, o interesse público e os fins aos quais devem atingir. São classificados em poder vinculado e poder discricionário, segundo a necessidade de prática de atos, poder hierárquico e poder disciplinar, de acordo com a necessidade de se organizar a Administração ou aplicar sanções aos seus servidores, poder regulamentar para criar normas para certas situações e poder de polícia, quando necessário se faz a contenção de direitos individuais em prol da coletividade. 
Poder vinculado
O poder vinculado é aquele que nasce da lei. O administrador público é vinculado pela letra da lei para a prática de todos os detalhes do ato administrativo. A lei determina os elementos e os requisitos necessários à sua formalização.  A norma da lei condiciona a expedição dos atos ao conteúdo de seu texto. Na verdade, o agente público fica preso ao enunciado das leis, em todas as suas especificações. O não cumprimento de qualquer determinação legal faz com que o ato praticado seja nulo.
De acordo com o princípio da legalidade, o agente público deve praticar o ato de acordo com todos os requisitos expressos na lei. 
Poder discricionário
É opoder que dispõe a Administração Pública para a prática de alguns atos com maior liberdade de escolha, com mais liberdade de ação.
O poder discricionário é aquele concedido à Administração, implícita ou explicitamente, de praticar atos administrativos com liberdade para escolher a sua conveniência, a oportunidade e o seu conteúdo.
Poder hierárquico
Poder hierárquico é o de que dispõe o Executivo para organizar e distribuir as funções de seus órgãos, estabelecendo a relação de subordinação entre o servidores do seu quadro de pessoal. O poder hierárquico tem como objetivo ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades administrativas, no âmbito interno da Administração Pública. Ordena as atividades da administração ao repartir e escalonar as funções entre os agentes do Poder, de modo que cada qual exerça eficientemente o seu cargo, coordena na busca de harmonia entre todos os serviços do mesmo órgão, controla ao fazer cumprir as leis e as ordens e acompanhar o desempenho de cada servidor, corrige os erros administrativos dos seus inferiores, além de agir como meio de responsabilização dos agentes ao impor-lhes o dever de obediência. 
Pela hierarquia é imposta ao subalterno a estrita obediência das ordens e instruções legais superiores, além de se definir a responsabilidade de cada um. Do poder hierárquico são decorrentes certas faculdades implícitas ao superior, tais como dar ordens e fiscalizar o seu cumprimento, delegar e avocar atribuições e rever atos dos inferiores. 
Poder disciplinar
Faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores, o poder disciplinar é exercido no âmbito dos órgãos e serviços da Administração. É considerado supremacia especial do Estado.
Correlato com o poder hierárquico, o poder disciplinar não se confunde com o mesmo. No uso do primeiro a Administração Pública distribui e escalona as suas funções executivas. Já no uso do poder disciplinar, a Administração simplesmente controla o desempenho dessas funções e a conduta de seus servidores, responsabilizando-os pelas faltas porventura cometidas. O poder disciplinar da Administração não deve ser confundido com o poder punitivo do Estado, realizado por meio da Justiça Penal. O disciplinar é interno à Administração, enquanto que o penal visa a proteger os valores e bens mais importantes do grupo social em questão.
Poder de polícia
Meirelles conceitua poder de polícia como a faculdade da Administração Pública de condicionar ou de restringir o uso e o gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado. O poder de polícia é assim o mecanismo de frenagem de que dispõe a Administração Pública para conter os abusos da utilização desenfreada do direito individual

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