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LAGARTA DO CARTUCHO Joice Ribeiro, Lenise Wermeier e Maria Júlia. Lagarta do Cartucho ou Lagarta Militar A especie Spodoptera frugiperda foi classificada por Smith em 1797, como pertencente ao Reino Animal, Filo Arthropoda, Classe Insecta, Ordem Lepidoptera, Familia Noctuidae, Subfamilia Xyleninae, Genero Spodoptera (Laphygma) e Especie Spodoptera frugiperda (Sarmento et al. 2002). Conhecida também como lagarta militar, S. frugiperda, pode ser considerada a principal praga do milho. Os adultos são mariposas medindo cerca de 36 mm de envergadura, com manchas pardo escuras nas asas anteriores, e branco acinzentadas nas posteriores. As massas de ovos, geralmente com 2 a 3 camadas, são colocadas na página superior das folhas. A lagarta pode ter sua coloração variando de pardo escura, verde, até quase preta. Apresentam três finas linhas, branco amareladas, na parte dorsal do corpo. Importância Econômica Esse inseto é considerado a principal praga da cultura do milho no Brasil. O ataque na planta ocorre desde a sua emergência até o pendoamento e espigamento. As perdas devido ao ataque da lagarta pode reduzir a produção em até 34%. Distribuição Geográfica Originaria das zonas tropicais e subtropicais das Américas, mas pode ser encontrada em zonas temperadas do continente norte-americano durante os períodos de primavera e verão. Aspectos Biológicos A duração da fase de ovo é de 2 a 3 dias, o período larval de 12 a 30 dias, variando conforme a temperatura, e a transformação em pupa ocorre no solo, durando de 20 a 50 dias, até emergir o adulto que vai acasalar e dar continuidade ao ciclo da praga. Ciclo Biológico: Figura 01 Monitoramento As lagartas inicialmente raspam as folhas mais novas do milho. Nesta fase a lagarta se alimenta de um lado da folha, deixando o outro intacto, dano característico da praga. (Figura 2) À medida que as lagartas crescem, aumentam os danos nas folhas e no cartucho do milho. Bem desenvolvida, mede em torno de 5 cm de comprimento e a fase larval dura de 12 a 30 dias. O reconhecimento da lagarta é feito pela marca em “Y” invertido na cabeça, pelas três linhas longitudinais dorsais branco-amareladas e pelos pontos pretos no corpo (Figura 3). Quando a população é elevada, a lagarta pode causar dano no pendão (Figura 4A) e na espiga (Figura 4B), podendo em muitos casos ser confundida com a lagarta da espiga Helicoverpa zea ou estar presente com a mesma. O monitoramento de pragas pode ser realizado por meio de diferentes procedimentos e armadilhas. No caso específico da lagarta do cartucho, há duas maneiras: a) avaliação visual do dano e de lagartas em plantas; b) monitoramento de adultos com feromônio sexual sintético. Uso de armadilhas com feromônio: deve-se utilizar, no mínimo, uma armadilha por hectare e o nível de controle ocorre quando a armadilha capturar três mariposas. A aplicação de inseticidas deve ser realizada 10 dias após esta amostragem, quando as lagartas ainda estiverem pequenas, tornando-se alvo mais fácil para o controle. Para plantas de milho com até 30 dias deve-se controlar o inseto quando houver 20% das plantas atacadas. Para plantas entre 40 e 60 dias a porcentagem é de 10%. Caso seja necessário o uso de inseticidas, estes devem ser seletivos aos inimigos naturais, evitando- se os de amplo espectro. Alguns inseticidas, registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento podem ser utilizados. Principais inimigos naturais: Predadores – Tesourinha (Doru luteipes), predando ovos e lagartas de primeiro ínstar, alguns coleópteros e hemípteros predando lagartas. Parasitóides – Trichogramma pretiosum, T. atopovirilia e Telenomus remus parasitando ovos; e Campoletis flavicincta parasitando lagartas. OBRIGADO PELA ATENÇÃO!
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