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Mosca das Frutas e Lagarta do Cartucho

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Ministério da Educação 
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica 
Instituto Federal Catarinense 
Campus Concórdia 
 
LENISE WERMEIER DEUNER 
JOICE APARECIDA RIBEIRO 
MARIA JULIA MOREIRA GRUBERT 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIOLOGIA E ECOLOGIA DOS INSETOS 
MOSCA-DA-FRUTA (Anastrepha fraterculus) 
LAGARTA DO CARTUCHO (Spodoptera frugiperda) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Engenharia Agronômica – IFC 
Concórdia – SC 
Setembro de 2016 
 
 
1. MOSCA-DA-FRUTA 
 
Adulto: é uma pequena mosca, inferior á mosca doméstica, 
apresentando cores vivas (amarelo, branco e negro). Os olhos são verdes, o 
tórax cinzento com manchas negras, o abdômen listado com faixas amarelas e 
negras. Esta parte do corpo é cordiforme e termina nas fêmeas com um 
oviscapo agudo, adequado á perfuração dos frutos afim de realizar as posturas. 
As asas são hialinas, com faixas cinzentas. O macho diferencia-se também por 
possuir na frente da cabeça duas sedas; 
Larvas: são ápodas, de cor branca, que se transforma em creme depois 
de efetuarem as mudas; 
Pupas: são de cor castanha, revestidas com a exúvia que resultou da 
última muda. 
As moscas-das-frutas pertencem à família Tephritidae que é uma das 
maiores dentro da Ordem Diptera. Essa Família está entre as pragas de maior 
expressão econômica na fruticultura mundial por atacarem órgãos de 
reprodução das plantas, frutas com polpas e flores. 
Esses insetos constituem um importante grupo de pragas da fruticultura 
mundial, pois, apresentam um ciclo de vida em que seu período larval se 
desenvolve especialmente no interior dos frutos, alimentando-se, em geral, de 
sua polpa. 
Algumas espécies são mais invasoras e altamente colonizadoras, como 
Ceratitis capitata, e outras têm distribuição restrita e baixa capacidade de se 
adaptar a novos ambientes, como a maioria das espécies das regiões 
temperadas, do gênero Ragholetis. 
 
Importância Econômica 
As moscas-das-frutas são insetos que causam elevados prejuízos aos 
fruticultores. No mundo, anualmente são perdidos, aproximadamente, cerca de 
1 bilhão de dólares devido aos danos causados por essas moscas. 
O dano causado por esse inseto pode ser dividido em três níveis: Dano 
direto na produção, Dano durante a comercialização e Fechamento dos 
mercados para exportação, através de implicações quarentenárias, pois os 
países que importam frutas não querem produtos que possam transportar esta 
praga. 
Atualmente, sabe-se que as moscas-das-frutas (Tephritidae) atacam 
mais de 400 espécies de frutas, onde se podem destacar as seguintes famílias: 
Rutaceae (Laranja-azeda, laranja-doce, limão-cravo, mexerica, tangerina, etc), 
Rosaceas (Maçã, pêra, ameixa, nectarina, pêssego, etc), Anacardiaceas 
(Manga, caju, ciriguela, cajá-manga, etc), Myrtaceae (Goiaba, pitanga, 
jabuticaba, jambo, etc), Annonaceae (Graviola), Caricaceae (Mamão), 
Malpighiaceae (Acerola, cereja, etc), Passifloraceae (Maracujá), Sapotaceae 
(Sapotí). 
 
Distribuição Geográfica 
A família Tephritidae apresenta ampla distribuição geográfica com 
predominância na região Neotropical, apresentando cerca de 4.352 espécies 
agrupadas em 481 gêneros, dos quais, somente cinco são de importância 
econômica: Anastrepha, Ceratitis, Bactrocera, Rhagoletis e Toxotrypana. 
No gênero Toxotrypana, a única espécie de importância econômica, T. 
curvicauda (mosca-da-papaia), não ocorre no Brasil. O gênero Bactrocera está 
representado por uma única espécie, B. carambolae (mosca-da-carambola), 
recentemente introduzida e restrita ao Oiapoque (AP). As quatro espécies de 
Rhagoletis registradas no Brasil têm pouca importância agrícola, pois, são 
referidas como pragas esporádicas na região Sul. 
O gênero Ceratitis possui uma única espécie no Brasil, a mosca-do-
mediterrâneo, C. capitata, que juntamente com sete espécies de Anastrepha – 
A. fraterculus (Wied.), A. sororcula Zucchi, A. zenildae Zucchi, A. striata 
Schiner, A. pseudoparallela (Loew.), A. grandis (Macquart) e A. obliqua 
(Macquart) – representam as moscas-das-frutas mais importantes do ponto de 
vista econômico. Entretanto, dependendo da área considerada, outras espécies 
podem vir a ser importantes em razão dos frutos que atacam e de suas 
abundâncias relativas. 
 
Aspectos Biológicos 
Os machos liberam feromônios que atraem as fêmeas para que ocorra a 
cópula. O período de pré-oviposição varia de 13 a 19 dias (período gasto para 
a maturação dos óvulos). Nesse período, as fêmeas consomem alimentos ricos 
em proteínas para o desenvolvimento ovariano. 
A oviposição é influenciada pela temperatura, pela luminosidade e por 
características do fruto (forma, tamanho, propriedades da casca) e 
preferencialmente é feita em frutos maduros ou em fase de amadurecimento, 
onde as fêmeas deixam seus ovos exatamente na polpa dos frutos, logo abaixo 
da epiderme. Vários ovos são colocados no interior do fruto com auxílio do 
acúleo (ovipositor), e embora as fêmeas marquem o fruto com feromônio após 
a oviposição, várias fêmeas podem ovipositar no mesmo fruto. 
O processo de embriogênese depende da temperatura, e em geral dura 
48 horas (à 25º C). Esses ovos eclodem, originando larvas que vão se 
desenvolvendo no interior dessa polpa. À medida que essas larvas se 
desenvolvem, passando por três estágios (larva 1, 2 e 3), causam uma 
deterioração dentro do fruto com o crescimento de bactérias e de fungos, 
chegando o fruto a cair no solo. Ao cair no solo, às larvas deixam esse fruto, 
deslocando-se um pouco e se enterram, chegando à fase de pupa. Essa fase 
de pupa se dar entre 2 e 8 centímetros enterradas no solo, que permanece por 
um período de 10 a 15 dias, dependendo da temperatura a que estão 
submetidas. Após esse período, a pupa sai do solo e emerge um adulto ainda 
com as asas enroladas, que caminha para a copa de uma árvore, 
amadurecendo e recomeçando o ciclo. 
Essas moscas emergidas sofrem maturação em aproximadamente uma 
semana, sendo a proporção sexual de 1:1. Após isso, inicia-se o 
comportamento de cópula, onde uma fêmea pode ovipositar de 500 a 1.000 
ovos durante seu período de vida adulta, que em geral, vai de 10 a 60 dias, 
dependendo das condições ambientais. 
 
 A – A. fraterculus ovopositando em Fruto, B – Ovos de A. 
fraterculus em fruta, C – larva de A. fraterculus deixando o fruto, D – pupas no 
solo, E – esquema do ciclo de vida das moscas-das-frutas, F – acasalamento 
de A. fraterculus, G - macho de A. fraterculus, H - fêmea de A. fraterculus. 
 
Monitoramento e Controle. 
O monitoramento da população na natureza é um fato absolutamente 
importante, pois, demonstra como se deve avaliar a população do pomar para 
que se possam tomar as medidas de controle mais efetivas. 
Uma forma de monitoramento muito importante é o uso de diferentes 
tipos de armadilhas contendo diferentes atrativos, que são feitas com o intuito 
de atrair e capturar a forma adulta das moscas-das-frutas, nos dando as 
informações precisas de como e onde estão essas populações na natureza. O 
monitoramento é fundamental dentro do pomar para que possamos saber qual 
o nível populacional, além de ser fundamental também nas áreas onde elas 
não ocorrem. Além dessa função, as armadilhas têm a função de detectar o 
surgimento de pragas exóticas. 
No Brasil, utiliza-se com frequência a pulverização de inseticidas para o 
controle das moscas-das-frutas. Todavia, embora relativamente eficiente, esse 
método representa um alto custo para o produtor. 
Além disso, a conscientização dos riscos de intoxicação e contaminação 
ambiental que esses produtos podem causar, assim como a mudança do perfil 
do consumidor,que exige cada vez mais alimentos isentos de resíduos de 
agrotóxicos tem impulsionado as pesquisas para a busca de métodos 
ecológicos de controle de pragas, especialmente o controle biológico. 
 
Inimigos Naturais 
Em programas de manejo integrado de moscas-das-frutas, o controle 
biológico assume uma importância cada vez maior. Primeiro, por ser um dos 
pilares de sustentação de qualquer programa de MIP e segundo por constituir-
se numa das poucas alternativas para o futuro, pois há uma exigência global 
por alimentos isentos de resíduos de agrotóxicos. 
Os inimigos naturais das moscas das frutas são parasitóides 
pertencentes principalmente às famílias Braconidae e Figitidae. Na primeira 
família destacam-se espécies dos gêneros Doryctobracon, Opius e Utetes, e na 
segunda família, espécies dos gêneros Aganaspis, Odontosema, Tropideucoila, 
Dicerataspis e Lopheucoila. 
Diachasmimorpha longicaudata, um parasitóide específico de moscas 
Tephritidae e originário da região asiática, foi recentemente introduzido no 
Brasil, através da iniciativa da Embrapa Mandioca e Fruticultura, sendo liberado 
em áreas-pilotos do Nordeste para controlar moscas-das-frutas. Essa vespinha, 
uma vez localizado a larva da mosca no interior do fruto, introduz seu ovipositor 
através da casca e deposita um ovo no interior da larva. Quando a larva da 
mosca passa ao estágio de pupa, a larva da vespa eclode do ovo e começa a 
se alimentar da pupa da mosca, matando-a antes que se desenvolva numa 
mosca adulta. 
Portanto, para que se estabeleça qualquer programa de moscas-das-
frutas torna-se necessário o prévio conhecimento dos aspectos ecológicos das 
populações dos tefritídeos e seus parasitóides. 
 
 
 
 
 
2. Lagarta do Cartucho ou Lagarta Militar 
A espécie Spodoptera frugiperda foi classificada por Smith em 1797, 
como pertencente ao Reino Animal, Filo Arthropoda, Classe Insecta, Ordem 
Lepidoptera, Familia Noctuidae, Subfamilia Xyleninae, Genero Spodoptera 
(Laphygma) e Especie Spodoptera frugiperda (Sarmento et al. 2002). 
Conhecida também como lagarta militar, S. frugiperda, pode ser 
considerada a principal praga do milho. Os adultos são mariposas medindo 
cerca de 36 mm de envergadura, com manchas pardo escuras nas asas 
anteriores, e branco acinzentadas nas posteriores. As massas de ovos, 
geralmente com 2 a 3 camadas, são colocadas na página superior das folhas. 
A lagarta pode ter sua coloração variando de pardo escura, verde, até quase 
preta. Apresentam três finas linhas, branco amareladas, na parte dorsal do 
corpo. 
 
Importância Econômica 
Esse inseto é considerado a principal praga da cultura do milho no 
Brasil. O ataque na planta ocorre desde a sua emergência até o pendoamento 
e espigamento. As perdas devido ao ataque da lagarta pode reduzir a produção 
em até 34%. 
 
Distribuição Geográfica 
Originaria das zonas tropicais e subtropicais das Américas, mas pode 
ser encontrada em zonas temperadas do continente norte-americano durante 
os períodos de primavera e verão. 
 
Aspectos Biológicos 
A duração da fase de ovo é de 2 a 3 dias, o período larval de 12 a 30 
dias, variando conforme a temperatura, e a transformação em pupa ocorre no 
solo, durando de 20 a 50 dias, até emergir o adulto que vai acasalar e dar 
continuidade ao ciclo da praga. 
 
Ciclo Biológico: Figura 01 
 
Monitoramento 
 As lagartas inicialmente raspam as folhas mais novas do milho. Nesta 
fase a lagarta se alimenta de um lado da folha, deixando o outro intacto, dano 
característico da praga. (Figura 2) 
 
 
 
À medida que as lagartas crescem, aumentam os danos nas folhas e no 
cartucho do milho. Bem desenvolvida, mede em torno de 5 cm de comprimento 
e a fase larval dura de 12 a 30 dias. O reconhecimento da lagarta é feito pela 
marca em “Y” invertido na cabeça, pelas três linhas longitudinais dorsais 
branco-amareladas e pelos pontos pretos no corpo (Figura 3). 
 
 
 
Quando a população é elevada, a lagarta pode causar dano no pendão 
(Figura 4A) e na espiga (Figura 4B), podendo em muitos casos ser confundida 
com a lagarta da espiga Helicoverpa zea ou estar presente com a mesma. 
 
 
 
O monitoramento de pragas pode ser realizado por meio de diferentes 
procedimentos e armadilhas. No caso específico da lagarta do cartucho, há 
duas maneiras: a) avaliação visual do dano e de lagartas em plantas; b) 
monitoramento de adultos com feromônio sexual sintético. 
Uso de armadilhas com feromônio: deve-se utilizar, no mínimo, uma 
armadilha por hectare e o nível de controle ocorre quando a armadilha capturar 
três mariposas. A aplicação de inseticidas deve ser realizada 10 dias após esta 
amostragem, quando as lagartas ainda estiverem pequenas, tornando-se alvo 
mais fácil para o controle. 
Para plantas de milho com até 30 dias deve-se controlar o inseto quando 
houver 20% das plantas atacadas. Para plantas entre 40 e 60 dias a 
porcentagem é de 10%. 
Caso seja necessário o uso de inseticidas, estes devem ser seletivos 
aos inimigos naturais, evitando-se os de amplo espectro. Alguns inseticidas, 
registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento podem ser 
utilizados. 
 
Principais inimigos naturais: 
Predadores – Tesourinha (Doru luteipes), predando ovos e lagartas de 
primeiro ínstar, alguns coleópteros e hemípteros predando lagartas. 
 Parasitóides – Trichogramma pretiosum, T. atopovirilia e Telenomus 
remus parasitando ovos; e Campoletis flavicincta parasitando lagartas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
Grupo Cultivar de publicações: 
http://www.grupocultivar.com.br/artigos/mosca-das-frutas-uma-ameaca-a-
fruticultura 
Acesso em: 02/09/2016 
 
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária: 
http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/37326/1/Monitoramento-da-
lagarta.pdf 
 Acesso em: 19/09/2016 
 
BUG – Agentes Biológicos: 
http://bugagentesbiologicos.com.br/site/index.php/lepidoptera/lagarta-do-
cartucho-spodoptera-frugiperda/ 
 Acesso em: 19/09/2016

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