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MIP Frutíferas (1)

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Manejo Integrado De Pragas Frutiferas
Introdução
O manejo integrado de pragas (MIP) é feito por meio do monitoramento populacional das pragas primárias e secundárias e dos inimigos naturais.
Definido com um sistema de apoio a decisões para seleção e uso de táticas de controle de pragas, usado individualmente ou harmoniosamente, coordenado em estratégias de manejo, baseado em análises de custo e benefício, que levam em conta, os interesses dos produtores e os impactos na sociedade e no meio ambiente
O pomar pode ser atacado por inúmeras pragas e doenças, que acabam trazendo problemas sérios para o volume e para a qualidade da produção final. 
O controle de pragas e doenças não pode sofrer descuido, não pode haver dificuldades operacionais. 
Principais pragas dos Citrus
Ácaros
Os ácaros são minúsculos aracnídeos não visíveis a olho nu, que causam evidentes prejuízos aos pomares. Os ácaros são pragas cosmopolitas, ou seja, se alimentam de diversas plantas e em alguns casos são responsáveis por transmitir doenças. 
Ácaro da falsa ferrugem (Phyllocoptruta oleivora): 
Principais características:
Uma das pragas mais frequentes da citricultura mundial
Ataca toda as variedades comerciais de citros
Disseminação é realizada principalmente pela ação dos ventos
Maior incidência com o aumento da umidade do ar, que coincide com o florescimento das plantas
Encontrado em folhas novas e frutos em formação
Sintomas:
Folhas com manchas escuras com formato irregular na superfície
Frutos com coloração escura prateada que segue para uma coloração de ferrugem
Controle:
Utilização de quebra-vento de espécies não hospedeiras de ácaros
Cobertura verde com mentrasto, planta-daninha que desfavorece o crescimento populacional do ácaro
Aplicação de acaricida quando o inseto for encontrado em mais de 20% do pomar para pomares de comercialização da fruta in natura, ou 30% de infestação para pomares de produção industrial.
Ácaro da leprose dos citros (Brevipalpus phoenicis): 
Maior ocorrência em período de seca e crescimento dos frutos
Vetor do vírus responsável pela Leprose dos Citros, considerada a maior doença virótica da citricultura
O ácaro adquire o vírus ao se alimentar de plantas previamente infectadas e passa a transmiti-lo 
A doença pode causar redução de 30 a 100% da produtividade 
Laranjeiras doces são altamente suscetíveis a esta doença, enquanto o tangor ‘Murcote’ apresenta resistência.
Sintomas: 
Quando livre de vírus, os sintomas causados pelo ácaro ao se alimentar das plantas são dificilmente identificáveis. 
Os sintomas causados pelo vírus aparecem após 17 dias da infecção
As folhas apresentam lesões cloróticas arredondadas e lisas. Pode provocar a queda; 
Os frutos apresentam mancha clorótica deprimida com pontos necróticos. 
Observa-se também a queda de frutos após aproximadamente 3 semanas da transmissão do vírus pelo ácaro.
Controle:
Monitoramento da população do ácaro da Leprose no pomar com o uso de:
Quebra-vento ou cerca-viva com espécies não hospedeiras do ácaro
Introdução de predadores naturais do ácaro da leprose como Euseius concordis e Stethorus sp.
Desinfestação de equipamentos, veículos e caixas de colheita
Adquirir mudas sadias de viveiros certificados
Acaricidas devem ser pulverizados quando mais de 10% dos frutos estiverem infestados com o ácaro.
Mosca das frutas 
Os prejuízos na produtividade dos pomares em que ocorre o ataque da mosca das frutas pode chegar entre 30 a 50%. Embora existam diversas espécies desta praga, três são responsáveis pelos danos aos citros: a mosca do Mediterrâneo (Ceratitis capitata), a mosca sul-americana (Anastrepha fraterculus) e a mosca-da-mandioca (Neosilba spp.). 
As fêmeas da mosca perfuram a casca do fruto e colocam seus ovos. As larvas que se desenvolvem dentro dos frutos se alimentam da polpa, inviabilizando o consumo. 
Sintomas: 
Coloração marrom ao redor do orifício causado pelas moscas nos frutos  
Nos orifícios formados na superfície do fruto pelas moscas ocorre o apodrecimento, devido a presença de bactérias, que resulta na queda do fruto. 
Controle: 
Coletar frutos caídos e enterrar a aproximadamente 30 cm de profundidade 
Monitorar as moscas por meio da utilização de armadilhas presas em ramos  
Utilizar iscas toxicas nas armadilhas de monitoramento ou, quando a população de moscas for alta, realizar o controle químico com inseticidas de 
Cigarrinha 
As cigarrinhas são insetos cosmopolitas sugadores que se alimentam da seiva das plantas. Mas o grande problema, nos citros, não é elas sugarem altos volumes de seiva, . A razão para esse inseto ser considerado praga na citricultura é porque algumas espécies da subfamília Cicadellinae que são capazes de transmitir a bactéria Xylella fastidiosa, causadora da doença Clorose Variegada dos Citros (CVC).
A transmissão ocorre quando, ao se alimentarem de plantas previamente colonizadas pela bactéria, elas a adquirem e passam a transmiti-la ao se alimentarem de outras plantas. Esta doença afeta todas as variedades comerciais de laranja doce. 
Sintomas da CVC: 
Manchas pequenas e amareladas na superfície de cima das folhas 
Frutos endurecidos, pequenos, com amadurecimento precoce, sendo impróprios para a comercialização. 
Controle: 
Ainda não se conhece uma maneira de controlar a bactéria, desta forma o manejo da CVC é realizado através dos seguintes passos: 
Adquirir mudas sadias, livres da bactéria, de viveiros certificados.  
Em caso de sintomas iniciais de CVC, os ramos sintomáticos devem ser podados.  
Quando os sintomas estiverem avançados, deve-se realizar a erradicação da planta. 
Controle da população de cigarrinhas: Em pomares com plantas de até três anos o uso de inseticida deve ser usado de forma preventiva em período de chuvas. Em plantas de mais de 4 anos o controle químico deve ser realizado quando uma em cada 10% das plantas vistoriadas apresentarem cigarrinhas.    
Psilídeo Diaphorina citri:
Causados pela alimentação deste inseto são mínimos, no entanto o psilídeo Diaphorina citri é o vetor da bactéria Candidatus Liberibacter spp, causadora do greening (huanglongbing/HLB), 
O greening é a doença de maior impacto econômico da citrucultura mundial.
 se alimentam de plantas doentes adquirem a bactéria e passam a transmiti-la para outras plantas sadias.
Desenvolvem em plantas doentes aumentam a sua capacidade de transmissão da doença. 
Sintomas da doença:
Sintomas mais evidentes ao final do verão e início da primavera
Ramos com folhas amareladas quando jovens
Folhas maduras apresentam manchas irregulares verdes e amarelas na superfície e sem simetria entre as duas metades. 
Queda das folhas afetadas dando origem a brotações de folhas curvadas verticalmente 
Frutos com amadurecimento precoce, pequenos, amarelados e assimétricos.  
árvores novas afetadas não produzem frutos 
árvores adultas  em produção sofrem queda prematura dos frutos e morrem com o tempo.
Controle do inseto:
Antes do plantio deve-se aplicar inseticida sistêmico de 1 a 5 dias antes da muda ser entregue
Pulverização de inseticidassistêmico e de contato em aplicações que variam com a idade das plantas do pomar.
Manejo intensificado nos primeiros 100 a 200 metros da divisa do pomar, uma vez que a incidência de insetos provindos de outros pomares é muito maior na faixa de borda.
Monitoramento do psilídeo através de armadilha adesivas.
Controle biológico: o parasitoide Tamarixia radiata é uma pequena vespa que utiliza as ninfas do psilídeo para se reproduzir. Elas depositam seus ovos embaixo das ninfas do inseto, e quando crescem, as larvas de Tamarixia radiata se alimentam destas ninfas.
MIP Maçã
A mariposa oriental  G. molesta 
éuma praga que aumentou a sua incidência na cultura da macieira nos últimos anos. As larvas danificam os frutos, construindo galerias geralmente a partir do cálice, prejudicando a qualidade e depreciando o valor comercial.
Sintomas de ataques e danos 
Logo após a brotação, quando os ramos estão tenros, estes podem ser atacados pelas larvas, onde se verifica o murchamento do broto terminal, e internamente é visível uma galeria com a presença ou não da larva. O ataque nos ponteiros pode prejudicar a formação de plantas novas, principalmente o líder central e os ramos secundários. Já em plantas em produção, o ataque pode ocorrer em ramos provenientes de poda verde que impede a formação de gemas terminais de floração.
 O ataque no fruto ocorre preferencialmente próximo ao pedúnculo ou ao cálice, onde a larva penetra e destrói a polpa junto à região carpelar. No ponto de penetração das larvas, pode-se observar uma exudação gomosa associada à deposição de fezes tanto nos ramos como nos frutos. Os frutos atacados apresentam galerias internas e são totalmente depreciados para o comércio.
Lagarta enroladeira (Bonagota cranaodes)
Sintomas de ataque e danos: 
 As larvas atacam tanto as folhas quanto os frutos, porém o dano nas folhas é de menor expressão que nos frutos.
As larvas dos primeiros instares preferem atacar as folhas se alimentando na face inferior próximo à nervura principal. 
Nos frutos, as larvas se alimentam da casca, causando dano externo prejudicando o valor comercial. 
Larva tem o hábito de enrolar a folha, onde fica em contato com outra folha ou fruto desta forma ficam protegidas mesmo quando se alimentam.
 O local preferido de ataque é a região peduncular ou ponto de contato entre frutos. 
Controle :
Uma primeira medida, para evitar o dano da lagarta enroladeira, é deixar apenas um fruto/cacho floral na época do raleio, porque frutos encachopados são preferidos  para o ataque desta praga.
 O controle químico deve ser iniciado quando forem capturados 20 ou mais insetos/armadilha/semana e repetido quando o monitoramento indicar, sempre seguindo o período de proteção de cada produto. 
Os inseticidas recomendados para o controle desta praga são: azinfós-etílico, Bacillus thuringienses, carbaryl, chlorpyrifos, deltamethion, phosmet, malathion, tebufenozide e trichorfon.
MIP da Manga
MOSCAS-DAS-FRUTAS - Ceratitis capitata e Anastrepha spp. (Diptera: Tephritidae) 
Os ovos das moscas-das-frutas são introduzidos, por meio do ovipositor, abaixo da casca do fruto, de preferência ainda imaturos. 
No local onde são depositados, pode ocorrer contaminação por fungos ou bactérias, o que resulta no apodrecimento local do fruto. Aproximadamente dois dias após a postura, eclode a larva, que passa a se alimentar da polpa do fruto hospedeiros, reduzindo sua qualidade e tornando-o impróprio para consumo in natura, comercialização e industrialização.
Os frutos atacados amadurecem prematuramente e passam por processo de podridão generalizada.
Manejo: 
O êxito no controle de moscas-das-frutas sempre se baseia na integração de vários métodos de controle, uma vez que essas espécies apresentam características que as distinguem como pragas-chave, como a alta produção de ovos, alta viabilidade de ovos, alta capacidade de dispersão de adultos e de colonização sob diferentes condições ecológicas.
Controle cultural : Os frutos temporões, atacados e os caídos no chão deverão ser coletados e destruídos e/ou enterrados; - Frutos das espécies hospedeiras próximas ao pomar deverão ser consumidos e o restante coletado e destruído; - Manutenção do solo vegetado para estimular a atuação dos inimigos naturais. 
Controle Biológico : Dentre os predadores, patógenos e parasitóides que atuam no controle biológico, este último grupo se constitui no principal mecanismo de redução natural das populações de moscas-das-frutas, agindo nas fases larval e pupal. 
Controle Químico Baseia-se no emprego de inseticidas em cobertura total ou na forma de isca tóxica. No tratamento em cobertura, aplica-se somente o inseticida em água, procurando atingir todas as plantas do pomar. A forma de menor impacto desse método é o de iscas tóxicas (atraente alimentar + inseticida), que são preparadas conforme a forma descrita anteriormente para isca utilizada em frascos.
COCHONILHAS 
As cochonilhas Aulacaspis tubercularis, Saissetia oleae, Pinnaspis sp. e Pseudococus sp., infestam os frutos da mangueira, podendo ocasionar exsudação de látex, manchas e deformações nos frutos, desqualificando-os para fins comerciais. 
A.tubercularis é considerada a espécie mais importante nos pomares destinados à exportação, há indícios de que o orifício feito para a sua alimentação no fruto, favorece a penetração de patógenos de pós-colheita. 
Manejo:
 Cultural:
 - Reduzir o uso de fungicidas à base de cobre; 
- Manter o solo vegetado para estimular a multiplicação de inimigos naturais; 
- Evitar utilização de grade como capina, pois a poeira favorece o desenvolvimento de cochonilha de carapaça
Controle biológico: Há poucos estudos realizado sobre os inimigos naturais de A. tubercularis. Os inimigos naturais de outras cochonilhas de carapaça são bastante conhecidos no Brasil e não apresentam grande especificidade. Assim, acredita-se que crisopídeos, cocccinelídeos, aracnídeos e afelenídeos migrem para cultura de manga e exerçam efetivo controle biológico, sem estar cientificamente registrado. Com isso, abre-se uma vasta área de pesquisa para identificar e verificar a eficácia de inimigos naturais que atuam sobre A. tubercularis em mangueira.
Químico: Utilização de óleo vegetal de 0,5 a 1,0%.
Besouro amarelo - Costalimaita ferruginea vulgata (Coleoptera: Chrysomelidae) 
É um inseto polífago, de ampla distribuição geográfica, que ataca diversas plantas cultivadas, como abacateiro, algodoeiro, bananeira, cajueiro, goiabeira e eucalipto, entre outras. 
Ataca as folhas mais novas e brotos da mangueira, perfurando-as e deixando-as com um aspecto rendilhado. 
Dependendo da intensidade da infestação, a folha pode tornar-se inteiramente rendilhada, diminuindo consideravelmente a área fotossintética.
Considerada praga severa durante a implantação e formação dos pomares.
Manejo: 
Cultural: O solo deve ser mantido vegetado na entrelinha, visando gerar abrigo e proteção aos inimigos naturais, principalmente na instalação e manutenção de pomares novos. 
Controle biológico: O predador Supputius cincticeps (Hemiptera: Pentatomidae) é relatado como atuante no seu controle. Como o besouro passa parte do ciclo no solo, ele está sujeito ao ataque de todos os inimigos naturais que sobrevivem neste nicho agro-ecológico. Há relato da sua predação por Tynacantha marginata (Hemiptera: Pentatomidae), Arilus carinatus(Hemiptera: Reduviidae), Misumenops pallens (Araneae: Thomisidae), Peucetia sp. (Araneae: Oxyopidae) e pelos fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae var. Anisopliae.
Químico: Não há referência específica sobre o controle desta espécie, porém, as plantas podem ser pulverizadas com inseticidas organo-fosforados.
MIP da Goiaba
Besouro-amarelo Costalimaita ferruginea (Coleoptera, Chrysomelidae)
O inseto emerge do solo com as primeiras chuvas pesadas (mais de 20 mm) de primavera (outubro/novembro) que possibilitem seu bom molhamento.
O período crítico se inicia cerca de 5 dias após estas chuvas, prolongandose por aproximadamente 2 semanas. No Estado de São Paulo o ataque da praga ocorre principalmente no período de setembro a março.
A fêmea faz apenas uma postura, contendo em média cerca de 90 ovos de coloração amarela e brilhante com período de incubação durando cerca de 8-9 dias. 
As larvas vivem no solo, onde se alimentam de raízes de gramíneas. No período larval, apenas são conhecidos até o momento, dois estádios de desenvolvimento (1º e 2º ínstares), sendo que o primeiro instar dura 19 dias e o segundo, cerca de 35 dias. 
Os adultos emergem do solo após a ocorrência de chuvas, que propiciem um bom molhamento do mesmo. 
Manejo cultural: 
Na instalação de novos pomares deve ser considerada a presença, nas proximidades, de culturas altamente visadas pela praga, como é o caso do eucalipto. 
O solo deverá ser mantido vegetado, para dificultar que o inseto complete o seu ciclo biológico, além de favorecer a atividade de possíveis inimigos naturais. 
Inimigos naturais: Há relato da sua predação por Supputius cincticeps (Hemiptera: Pentatomidae), Tynacantha marginata (Hemiptera: Pentatomidae), Arilus carinatus (Hemiptera: Reduviidae), Misumenops pallens (Araneae: Thomisidae), Peucetia sp. (Araneae: Oxyopidae) e os fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae var. anisopliae. 
Monitoramento e nível de ação: 
No período crítico monitorar a cada 2-3 dias, 2% das plantas do talhão, ou no mínimo 20 plantas por talhão, de preferência nas bordaduras. 
Verificar a presença do inseto ou de seus danos (folhas 'rendadas'), nos ramos terminais de cada quadrante da planta.
Constatada a presença do inseto ou de seus danos, a planta será considerada infestada.
O nível de ação será atingido quando 20% das plantas monitoradas estiverem infestadas. Por se tratar de uma praga que normalmente vem de fora do pomar, a inspeção deverá ser realizada de preferência na sua periferia, considerando as três primeiras plantas ou linhas do talhão.
Gorgulho -Conotrachelus psidii (Coleoptera, Curculionidae) 
Para ovipositarem, as fêmeas fazem com o aparelho bucal, perfurações em frutos, onde colocam um único ovo. Após 6 dias da postura, ocorre a eclosão da larva, que penetra no interior do fruto, onde se alimenta da polpa e das sementes. 
Passados de 30 a 35 dias, a larva abandona a fruta e se aprofunda no solo, onde se transforma em pupa, permanecendo nesse estádio por 3 a 4 meses. Após esse período, havendo condições de umidade no solo, o adulto emerge, originando uma nova geração da praga. 
Os adultos de ambos os sexos se alimentam dos botões florais, deixando pequenas perfurações. 
Quando os estádios de chumbinho (estádio 4) até que os frutos atinjam 2 a 3 cm de diâmetro (estádio 6) coincidirem com a época quente e chuvosa. 
Controle: Pode ser realizado através de:
Ensacamentos dos frutos, as quais devem ser iniciados quando os frutos atingem o tamanho de uma azeitona;
 Catação manual dos frutos caídos e a sua posterior destruição;
Fazer pulverizações preventivas em frutos verdes, quando atingirem o tamanho de uma azeitona, com inseticidas registrados para o controle da praga na cultura.
Manejo cultural: Eliminar os frutos pequenos que apresentarem sintomas de ataque por ocasião do raleio.
 Recomenda-se coletar e destruir todos os frutos desenvolvidos e/ou maduros com sintomas de ataque da praga, uma vez que os frutos nesta idade, ao caírem no solo e apodrecerem, propiciarão continuidade ao ciclo de vida das larvas do gorgulho, favorecendo o início de uma nova geração da praga. 
Psilídeo- Triozoida sp. (Hemiptera, Psyllidae) 
Sua alimentação está ligada diretamente à sucção de seiva das plantas, principalmente em brotações novas.
 Em altas densidades populacionais podem ser nocivos, pois provocam o depauperamento das plantas pela ação tóxica da saliva injetada durante sua alimentação. 
É sintoma característico do psilídeo o enrolamento dos bordos do limbo foliar, onde se encontram colônias de ninfas. Inicialmente, esses bordos se apresentam de coloração amarelada (áreas cloróticas) ou avermelhada e, posteriormente, com aspecto necrosado, podendo ocorrer queda das folhas, fazendo com que haja redução da área foliar e, conseqüentemente, comprometimento na produção.
Controle biológico - O controle biológico natural do psilídeo é realizado por joaninhas, aracnídeos, crisopídeos, etc.
Controle químico - Realizar pulverizações com inseticidas específicos, registrados para as culturas.
Percevejos
 Nomes científicos: Monalonion annulipes (Hemiptera, Miridae)(percevejo-da-verrugose)
 Leptoglossus gonagra  (Hemiptera, Coreidae) 
Leptoglossus stigma (Hemiptera, Coreidae) 
Leptoglossus zonatus  (Hemiptera, Coreidae) 
Leptoglossus fasciatus (Hemiptera, Coreidae) 
Holhymenia clavigera (Hemiptera, Coreidae).
A principal espécie de percevejo que ataca a cultura da goiabeira é o percevejo-da-verrugose [Monaloniumannulipes (Hemiptera: Miridae)], porém, ocorrem outras espécies que são consideradas secundárias na cultura, formando um complexo de percevejos.
Os percevejos atacam botões florais e frutos em todos os seus estádios de desenvolvimento.
 Os botões florais, quando picados, geralmente caem e os frutos mais desenvolvidos ficam deformados, com cicatrizes bem visíveis nos locais onde o inseto faz a punctura para a sua alimentação. 
Considerar como período crítico, a fase de formação do botão floral (entre os estádios 2 e 3) até a colheita (estádio 7). 
Controle:
pode ser feito com inseticidas fosforados não sistêmicos, e os produtos indicados para besouro amarelo, mosca das frutas e gorgulho promovem bom controle desta praga .
Recomenda-se como medida de controle a eliminação de plantas que sejam hospedeiras e a eliminação de frutos pequenos que apresentarem sintomas de ataque no momento do raleio dos frutos.
Mip da Videira
Pérola da terra - Eurhizococcus brasiliensis
Trata-se de uma cochonilha que coloca os ovos (em média 270 gramas por fêmea, de cor amarela) abaixo da superfície do solo até 50 cm de profundidade, no interior de uma cápsula protetora filamentosa, presa às reentrâncias das raízes.
Encontrando um local adequado numa raiz, fixam-se e começam a sugar a seiva e a aumentar em tamanho.
Na época da reprodução, as fêmeas veem a superfície, sendo copuladas pelos machos que estejam voando na área e que descem ao solo. Após a fecundação, as fêmeas enterram-se novamente para fazer a oviposição.
A sucção da seiva nas raízes provoca o definhamento progressivo, redução da produtividade e, até mesmo, a morte das plantas.COCHONILHAS
As cochonilhas têm como características gerais, tamanho reduzido e hábito de sugar a seiva das plantas. 
Muitas espécies são do tipo escamiformes e, frequentemente, são recobertas por secreções cerosas produzidas por glândulas epidérmicas existentes tanto nas ninfas quanto nos adultos. 
Estes insetos podem atacar raízes, troncos, ramos, folhas e frutos. 
Quando o ataque é intenso, pode-se observar um enfraquecimento generalizado das planta
Nas folhas, a amostragem deve ser realizada em número de três por ramo (apical, mediana e basal), em três ramos por planta. Nessas mesmas regiões, deve-se fazer a amostragem de três cachos para detectar a presença destes insetos.
Nível de ação A simples presença de focos desta praga em raízes, caules, ramos, folhas e/ou cachos da videira caracteriza o alcance do nível de ação.
 Controle Controle cultural - eliminação e retirada dos ramos, folhas e frutos atacados; 
Controle químico - aplicar os produtos registrados para o controle desta praga em videira.
Ácaro rajado - Tetranychus urticae 
Esta espécie de ácaro tece teias na face dorsal da folha, de modo que, uma vez a postura feita, os ovos ficam protegidos, característica esta, específica da família Tetranychidae.
Os sintomas do seu ataque são observados na face ventral das folhas da videira e caracterizados por manchas avermelhadas, podendo tornar-se necrosadas e/ou secar totalmente.
O ataque pode ocorrer em folhas de qualquer idade, sendo preferencialmente observado nas folhas mais jovens.
No caso da ocorrência de populações elevadas, esse ácaro pode comprometer, de maneira significativa, o desenvolvimento das plantas e, consequentemente, a sua produtividade. 
Nível de ação - O nível de ação ou de dano é atingido quando 30% ou mais de folhas estão infestadas com o ácaro rajado, no período que vai da brotação até o início do amadurecimento das bagas. O mesmo procedimento deve ser adotado para a fase de repouso.
Controle cultural - por ocasião da poda de produção, caso haja infestação severa deste ácaro. Os ramos devem ser retirados da área e queimados imediatamente após a poda, o que pode proporcionar uma redução significativa da população deste ácaro, principalmente, nas fases de brotação e de desenvolvimento dos primeiros ramos.
 Controle Químico – deve ser realizado quando atingir o nível de ação, utilizando-se acaricidas registrados para o controle em videira 
TRIPES
 Retithrips syriacus  (Thysanoptera: Thripidae)
Esta espécie de tripes ocorre nas duas faces das folhas, de preferência nas proximidades das nervuras.
Em função do ataque, verifica-se a ocorrência de manchas amarelas cloróticas que evoluem para a cor marrom.
A fêmea introduz os ovos sob a epiderme da folha, cobrindo-os com uma secreção que se torna escura ao secar.
O ataque intenso proporciona a “queima” da folha e, consequentemente, a sua queda, podendo provocar um desfolhamento parcial ou total da planta. 
Frankliniella sp. (Thysanoptera: Thripidae) 
Os adultos e as ninfas de Frankliniella sp. apresentam coloração variando do amarelo claro ao marrom escuro, medindo em torno de 1 a 2 mm de comprimento.
A fêmea põe em torno de 40 a 90 ovos, na face dorsal da folha, nos pedúnculos florais e na ráquis do cacho.
Esta praga pode desenvolver vários ciclos evolutivos com diferentes durações, de acordo com as condições de temperatura no período considerado.
No caso da uva de mesa, os níveis populacionais mais elevados e os maiores danos ocasionados, podem ser observados durante a fase de floração da videira.
Nos frutos, ocorrem secamento e morte das células no local de postura, formando uma lesão necrosada em forma de Y, de modo que os frutos atacados tornam-se imprestáveis para a comercialização in natura.
Nível de ação Para as espécies de tripes, o nível de ação será alcançado quando 20% ou mais de folhas estiverem infestadas e/ou 20% das inflorescências e/ou cachos estiverem com, pelo menos, dois tripes.
 Controle Controle cultural - eliminação dos restos da poda seca e erradicação de plantas hospedeiras destas espécies de tripes, como, por exemplo, sabiá ou sansão-do-campo utilizada como quebra-vento;
 Controle químico - apesar da importância dessa praga, ainda não existem inseticidas registrados para o seu controle na cultura da videira.
MIP da Bananeira
Moleque da bananeira ou Broca-do-rizoma (cosmopolites sordidus) 
É um besouro preto que quando adulto mede cerca de 11x5 mm. 
 A maioria dos danos são causados pelas larvas. 
São capazes de sobreviver em ambientes úmidos e sombreados, junto as touceiras de bananeira e entre os restos culturais. 
DANOS E INJURIAS 
-Abertura de galerias no rizoma e nas partes inferiores do pseudocaule. 
- Amarelamento  e secamento das folhas. 
-Morte do broto devido a destruição da gema apical. 
- Queda de cerca de 30% da produção 
-Tombamento de plantas devido a ventos e ate mesmo pelo peso do cacho. 
- Porta de entrada para doença fungica “mal-do-panamá’ 
MIP da Bananeira
Moleque da bananeira ou Broca-do-rizoma (cosmopolites sordidus) 
É um besouro preto que quando adulto mede cerca de 11x5 mm. 
 A maioria dos danos são causados pelas larvas. 
São capazes de sobreviver em ambientes úmidos e sombreados, junto as touceiras de bananeira e entre os restos culturais. 
DANOS E INJURIAS 
Abertura de galerias no rizoma e nas partes inferiores do pseudocaule. 
Amarelamento  e secamento das folhas. 
Morte do broto devido a destruição da gema apical. 
 Queda de cerca de 30% da produção 
Tombamento de plantas devido a ventos e até mesmo pelo peso do cacho. 
Porta de entrada para doença fungica “mal-do-panamá’ .
CONTROLE 
Preventivo: Seleção de mudas isentas de pragas, remover pragas que estejam no rizoma e retirando partes atacadas, tratar os rizomas com inseticidas específicos. 
Uso de iscas atrativas: A utilização de iscas atrativa tem dado excelentes resultados no controle do moleque, sendo necessária a avaliação de um técnico especializado para a instalação das mesmas no local. A isca a ser usada consiste em pedaços do pseudocaule de 50 cm cortados ao meio longitudinalmente e colocados com a parte cortada em contato com o solo e mantido entre as covas.
 Controle Químico: Recomenda-se a utilização de inseticidas específicos registrados para a cultura, aplicados na base das plantas
  Tripes da Ferrugem dos Frutos  (Chaetanaphothripsspp)
São insetos bem pequenos. 
Apresentam coloração amarelo-clara. 
As formas jovens se movimentam lentamente. 
Vivem nas inflorescências. 
DANOS E INJURIAS 
Os frutos ficam manchados. 
Aparecimento de pequenas manchas escuras ou vermelho-esbranquiçadas nos pontos de contato entre os frutos. 
Perda de elasticidade. 
Rachaduras na epiderme. 
MÉTODOS DE CONTROLE 
Proteção dos cachos com sacos, impregnados ou não com insetcidas 
Erradicação dos hospedeiros alternativos (Commelina sp. e Brachiaria purpurascens) 
Remoção dos restos florais. 
Traça da bananeira (Opogona sacchari) 
 No Brasil, sua ocorrência é restrita aos Estados de São Paulo e de Santa Catarina. 
O inseto pode atacar todas as partes da planta, exceto raízes e folhas. 
Coloração castanho-amarelada. 
Mariposas que medes de 13 a 14 mm e 30 mm de envergadura. 
DANOS E INJURIAS 
Em certas áreas, os prejuízos, podem alcançar índices de 30 a 40% 
Formaçãode galerias na polpa, provocando o seu apodrecimento e, consequentemente, inutilizando o produto comercialmente. 
Possibilita o aparecimento de doenças da parte aérea e provocar a quebra dos pecíolos das folhas e o bronqueamento dos engaços, permitindo o desenvolvimento de infecções secundárias relacionadas ao secamento do cacho. 
Os prejuízos são mais acentuados se os frutos forem destinados à exportação, pois os paízes importadores rejeitam a mercadoria atacada. 
MÉTODOS DE CONTROLE 
 Deve-se verificar periodicamente a ocorrência do inseto nos restos florais de frutos em desenvolvimento. 
Eliminação (retirada da cultura e queima do engaço) e o seccionamento do pseudocaule em pedaços pequenos, para acelerar sua decomposição. 
Obrigada!
Guilherme Simões  R.A: 4600139
Izabella Angelelli R.A: 4600104
Tatiane Silva R.A: 4600094

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