Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Psicologia • Ciência nova data de 1882; • Willian wundt criou, em 1882, a primeira cátedra (curso) de Psicologia (1°laboratório - nucleo de pesquisa e a 1° revista científica sobre Psicologia); • Antes só existia Filosofia. O que difere a Filosofia da Psicologia: Filosofia estuda a consciência moral, ética. E Psicologia estuda os processos da mente humana. Áreas de estudo: Sono, dor, memória alterada ----- Neurologia; Piripaque, loucura ----- Psiquiatria Problemas Emocionais ---- Psicologia A Psicologia não estuda o cérebro somente as funções mentais. Psicologia é a ciência voltada para saber como as pessoas se relacionam com o mundo. A base da Pedagogia é a psicologia: • Verdadeiro interesse: o quanto o aluno está disposto a aprender; • Memória: conhecimento associado ao interesse; • Valores morais: vida social; • Influência do ambiente escolar: se o ambiente for organizado a aprendizado será muito melhor; Psicologia Escolar Seculo XIX A motivação foi a curiosidade pelo que é ensinado. • Construtivismo Genético - Teoria do Piaget – Gêneses do conhecimento. Como ocorre o aprendizado. A interação da criança com o mundo. PSICANALISE TEORIA PIAGETIANA VYGOTSKY EMOCIONAL FREUD INTELECTUAL E SOCIAL COGNITIVO INTERAÇÃO SOCIALIZAÇÃO PSICOLOGIA COGNITIVA SIGMUND FREUD Na época de Freud era muito comum uma doença dos nervos chamada histeria (do grego HYSTERA= úetero), que acometia somente mulheres. Brewwer - usava a hipnose para buscar o início da doença. Sugestão pós- hipnótica para curar suas doentes. Charcot – usava a hipnose, mas não tratava os sintomas mais profundos. Causas da histeria: • Não tinham nenhuma relação com útero. Na França já se sabia que homens também eram acometidos por histeria; • Causas sexuais e não nervosas (nervos). Após estudar com Charcot Freud retorna ao seu país e dedica-se a tratar seus doentes com hipnose. Em sua pesquisa ele observou que: nem todos podem ser hipnotizados e que nem todos os hipnotizados melhoraram de seus males. Freud conclui que as neuroses são derivadas da vida urbana agitada e seus stress. A neurose é a vida cotidiana, é a pressão que o indivíduo vive. Linhas de pensamentos Freudianas: • Sexualidade infantil; • O sujeito não nasce pronto; • O sujeito constitui sua forma singular de sentir/obter prazer e sofrimento; • Desenvolvimento libidinal (energia sexual - não só o sexo). Através de seus pacientes ele descobre que a raiz dos problemas está na infância (desenvolvimento errado). E que as experiências vividas que gerem sofrimento intolerado são reprimidas no inconsciente. O inconsciente Freudiano é formado de coisas reprimidas: • Desejo; • Identificação; • Subjetividade (personalidade); • Afeto. Surge aí a Psicanálise. Psicanálise É a ciência do inconsciente. É conhecida também como a ciência Arte. É a forma de tratamento das neuroses através do processo de Livre Associação, Interpretação de Sonhos, análise dos Atos Falhos e da Resistência. A Psicanálise foi criada pelo grande médico neurologista judeu/Austríaco Sigmund Freud, que viveu entre 1856 e 1939. É uma ciência de vanguarda, da maior importância para que o homem se compreenda, se resolva e compreenda o próximo na sociedade em que vive. No dizer de Freud “é a profissão de pessoas que curam almas, que não necessitam ser médicos e que não devem ser sacerdotes”. Seu propósito é descobrir, no inconsciente dos seres Humanos, suas necessidades, complexos, traumas e tudo que perturbe seu equilíbrio emocional. A obra de Sigmund Freud, centrada inicialmente na terapia de doenças emocionais, também veio contribuir em muito na área social e na pedagogia, pois o ato de educar está intimamente relacionado com o desenvolvimento humano, especialmente do aparelho psíquico. Através das reflexões feitas pelo psicanalista, podemos entender melhor enquanto educadores, como se processa em nossos educandos o desenvolvimento emocional e mental, pois o ser humano constitui-se como um todo, razão e emoção. As maiores contribuições da Psicanálise com a educação em geral se dão através do estudo do funcionamento do aparelho psíquico e dos processos mentais, onde ocorre a aprendizagem, do estudo dos vários tipos de pensamento, da aprendizagem através dos processos de identificação e dos processos de transferência que ocorrem na relação professor-aluno. Segundo Freud, os estudos psicanalíticos devem direcionar-se mais a auxiliar o educador na difícil tarefa de educar, missão quase impossível de ser realizada plenamente, pois o ser humano vive numa constante luta entre suas forças internas, regidas pelo princípio do prazer (id) e as forças externas que impõem juízos de valor (superego) sobre esses desejos. O educador precisa ajudar o educando a buscar esse equilíbrio na construção do eu (ego) para que a aprendizagem possa ocorrer de forma eficaz. ID: corresponde ao inconsciente. O ID busca sempre a satisfação imediata e nunca leva em conta as circunstâncias. É o princípio do prazer. É o impulso. Busca a satisfação imediata sem tomar conhecimento das circunstâncias da realidade. Funciona de acordo com o princípio do prazer, preocupada em reduzir a tensão mediante a busca do prazer e evitando a dor. EGO: consciente. É o representante da razão, é o mediador entre “eu” e o “mundo externo”. É o princípio da realidade. Ponderação entre os prós e os contras. O ego obedece ao princípio da realidade, refreando as demandas em busca do prazer até encontrar o objeto apropriado para satisfazer a necessidade e reduzir a tensão. SUPEREGO: censura, determina o autocontrole. Desenvolve-se na infância através de regras e limites. O superego representa a moralidade. Freud descreveu-o como o "defensor da luta em busca da perfeição - o superego é, resumindo, o máximo assimilado psicologicamente pelo indivíduo do que é considerado o lado superior da vida humana" (Freud, 1933, p. 67). Revelando que o ser humano possui vários tipos de pensamento (prático, cogitativo e crítico), o estudo freudiano lembra a importância que tem a escola poder proporcionar o desenvolvimento de todas as suas dimensões, alargando assim a capacidade do sujeito buscar alternativas por si próprio e desenvolva o prazer de aprender. Uma grande contribuição diz respeito à aprendizagem por identificação, pois mostra que através de modelos de pessoas que lhes foram significativas o ser humano motiva-se no sentido de equiparar a elas sua autoimagem. A teoria de Freud destaca a importância da relação professor-aluno. É necessário que o professor saiba sintonizar-se emocionalmente com seus alunos, pois depende muito desse relacionamento, dessa empatia, estabelecer um clima favorável à aprendizagem. Os estudos psicanalíticos revelam que o ser humano transfere situações vivenciadas anteriormente, bem como demonstra resistências a experiências uma vez reprimidas. As teorias de Freud podem ser aplicadas ainda hoje na educação. Cada vez mais é preciso revê-las para entender como se processa o desenvolvimento do aluno tanto emocional quanto mental. Ainda temos uma educação que infelizmente trata os alunos como iguais, usando metodologias que ignoram as diferenças e os professores muitas vezes não conseguem analisar mais profundamente os porquês de determinados fracassos escolares, que certamente estão ligados a problemas emocionais ou a metodologias equivocadas que não respeitam a forma de construção do pensamento e as etapas evolutivasdos educandos. Psicologia do Desenvolvimento: principais teorias. Sigmund Freud Estudo do desenvolvimento psíquico da pessoa a partir do estádio indiferenciado do recém-nascido até à formação da personalidade do adulto. • Muitos dos problemas psicopatológicos da idade adulta de que trata a Psicanálise têm as suas raízes, as suas causas, nas primeiras fases ou estádios do desenvolvimento. Fases do desenvolvimento • Fase Oral: 0 – 18 meses. O bebê explora o mundo através da boca. • Fase Anal: 18 meses a 3 anos. Eliminação e retenção das fezes e urina. • Fase Fálica: 3 a 6/7 anos. Complexo de Édipo – Fixação Pênis. • Fase da Latência: 7 a 12 anos de idade. Resolução do Édipo. • Fase Genital: 12 anos até a idade adulta. Jean Piaget Jean Piaget (1896-1980) foi um dos investigadores mais influentes do séc. 20 na área da psicologia do desenvolvimento. Piaget acreditava que o que distingue o ser humano dos outros animais é a sua capacidade de ter um pensamento simbólico e abstrato. Piaget acreditava que a maturação biológica estabelece as pré-condições para o desenvolvimento cognitivo. As mudanças mais significativas são mudanças qualitativas (em gênero) e não qualitativas (em quantidade). • Existem 2 aspectos principais nesta teoria: o processo de conhecer e os estádios/ etapas pelos quais nós passamos à medida que adquirimos essa habilidade. • Como biólogo, Piaget estava interessado em como é que um organismo se adapta ao seu ambiente (ele descreveu esta capacidade como inteligência) - O comportamento é controlado através de organizações mentais denominadas “esquemas”, que o indivíduo utiliza para representar o mundo e para designar as ações. • Essa adaptação é guiada por uma orientação biológica para obter o balanço entre esses esquemas e o ambiente em que está (equilibração). Assim, estabelecer um desequilíbrio é a motivação primária para alterar as estruturas mentais do indivíduo. • Piaget descreveu 2 processos utilizados pelo sujeito na sua tentativa de adaptação: assimilação e acomodação. Estes 2 processos são utilizados ao longo da vida à medida que a pessoa se vai progressivamente adaptando ao ambiente de uma forma mais complexa. • Capta as grandes tendências do pensamento da criança. • Encara as crianças como sujeitos ativos da sua aprendizagem. O desenvolvimento humano, segundo os estágios de Piaget: • PERÍODO SENSÓRIO-MOTOR (0 a 24 meses). INTELIGÊNCIA SENSÓRIO- MOTORA. Caracteriza-se pela formação de esquemas sensórios-motores, ainda em desenvolvimento, a partir do equipamento inicial composto dos reflexos inatos da criança, permitindo-lhe uma organização inicial dos estímulos ambientais aos quais está exposta. Nessa fase a solução dos problemas que o meio apresenta à criança se dá pela percepção e pelos movimentos – criança percebe o mundo e atua sobre ele. Desse modo a estimulação dos sentidos é fundamental para o desenvolvimento. Você já deve ter visto como as mães e as pessoas em geral, quando estão em contato com bebês, procuram sempre estar lhe oferecendo estímulos – dedos em movimento, chocalhos, objetos coloridos , esperando que a criança os pegue! • PERÍODO PRÉ-OPERACIONAL (2 a 7 anos) INTELIGÊNCIA INTUITIVA A aquisição e o desenvolvimento ativo da linguagem permitem à criança iniciar a formação de esquemas simbólicos – é o aparecimento da capacidade de simbolizar - representando uma coisa por outra, uma situação por outra ou uma coisa, situação ou pessoa por uma palavra. Então, pelo aparecimento da linguagem o pensamento da criança se desenvolve e acelera. Nessa fase o pensamento tende ao lúdico, onde realidade se mistura com fantasia, levando a uma percepção distorcida da realidade. Há ainda o egocentrismo anterior, agora muito mais marcante. Dá-se aqui o início do desligamento da família, em direção a uma sociedade de crianças, na escola, onde se relacionam em paralelo, egocentricamente – brincam sozinhas dividindo o mesmo espaço. A linguagem é ao mesmo tempo egocêntrica e socializada, evidenciando-se muito um falar sozinho, numa verbalização que acompanha a ação, sinal de uma transição do pensamento explícito motor para um pensamento mais interiorizado. Piaget compreende que o pensamento nessa fase do desenvolvimento é intuitivo (a criança pensa da forma como vê e percebe) e verbal (tende a procurar a razão causal e finalista das coisas). • PERÍODO DAS OPERAÇÕES CONCRETAS (7-11,12 anos) Esse período corresponde à Educação Fundamental, e é marcado por grandes conquistas intelectuais. Declina o egocentrismo e evolui o pensamento lógico, dada a nova capacidade de formar esquemas conceituais e mentais verdadeiros, porém referidos a objetos ou situações que existem concretamente na realidade, que vai ser estruturada pela razão, ou seja, a criança usa a sua lógica quando manipula objetos concretos e em situações reais, e não consegue pensar em termos abstratos. • PERÍODO DAS OPERAÇÕES FORMAIS (12 anos em diante) Corresponde à adolescência, e aqui o indivíduo apresenta-se capaz de formar esquemas conceituais abstratos e realizar operações mentais com eles, seguindo os princípios da lógica formal, adquirindo assim uma riqueza de conteúdo e flexibilidade de pensamento. Temas como amor, felicidade, fantasia, justiça agora são possíveis para o indivíduo. Amplia-se a capacidade de criticar, discutir, propor inovações, admitir suposições e hipóteses. Tem uma percepção espacial mais ampla, concebendo a noção de infinito. O adolescente torna-se consciente de seu próprio eu, busca reconhecer sua identidade e conquistar autonomia pessoal. Para Piaget tem-se neste estágio a aquisição do equilíbrio final, necessário ao indivíduo para viver de modo adaptado ao ambiente, seja lá qual for. Nesse tocante, dos aspectos do desenvolvimento cognitivo, se você observar atentamente a nossa cultura, temos muitas brincadeiras e jogos infantis que buscam explorar ou ampliar a capacidade atual das crianças, e elas, em geral, gostam muito! Lev Vygotsky Lev Vygotsky desenvolveu a teoria sócio - cultural do desenvolvimento cognitivo. A sua teoria tem raízes na teoria marxista do materialismo dialético, ou seja, que as mudanças históricas na sociedade e a vida material produzem mudanças na natureza humana. • Vygotsky abordou o desenvolvimento cognitivo por um processo de orientação. Em vez de olhar para o final do processo de desenvolvimento, ele debruçou- se sobre o processo em si e analisou a participação do sujeito nas atividades sociais → Ele propôs que o desenvolvimento não precede a socialização. Ao invés, as estruturas sociais e as relações sociais levam ao desenvolvimento das funções mentais. • Ele acreditava que a aprendizagem na criança podia ocorrer através do jogo, da brincadeira, da instrução formal ou do trabalho entre um aprendiz e um aprendiz mais experiente. • O processo básico pelo qual isto ocorre é a mediação (a ligação entre duas estruturas, uma social e uma pessoalmente construída, através de instrumentos ou sinais). Quando os signos culturais vão sendo internalizados pelo sujeito é quando os humanos adquirem a capacidade de uma ordem de pensamento mais elevada. • Ao contrário da imagem de Piaget em que o indivíduo constrói a compreensão do mundo, o conhecimento sozinho, Vygostky via o desenvolvimento cognitivo como dependendo mais das interações com as pessoas e com os instrumentos do mundo da criança. • Esses instrumentos são reais: canetas, papel, computadores; ou símbolos: linguagem, sistemas matemáticos, signos. Teoria de Vygotsky do DesenvolvimentoCognitivo - Vygostsky sublinhou as influências socioculturais no desenvolvimento cognitivo da criança: - O desenvolvimento não pode ser separado do contexto social. - A cultura afeta a forma como pensamos e o que pensamos. - Cada cultura tem o seu próprio impacto - O conhecimento depende da experiência social - A criança desenvolve representações mentais do mundo através da cultura e da linguagem. - Os adultos têm um importante papel no desenvolvimento através da orientação que dão e por ensinarem. Vygotsky propõe que, ao buscarmos perceber o desenvolvimento de uma criança (em qualquer competência: lógica, de linguagem, corporal etc.), é preciso atentar não só para o que ela realiza sozinha, mas para o que faz com ajuda, com pistas, com o acompanhamento de alguém mais competente naquela tarefa. Portanto, além de ser importante discriminarmos o nível de desenvolvimento real (o que a criança realiza sozinha), é preciso identificar o nível de desenvolvimento potencial (o que ela faz com ajuda). Vygotsky ressalta que a distância entre o nível real e o potencial configura a zona de desenvolvimento proximal (onde ocorrem as aprendizagens). O que a criança hoje faz com ajuda, amanhã fará sozinha. Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) – intervalo entre a resolução de problemas assistida e individual. Uma vez adquirida a linguagem nas crianças, elas utilizam a linguagem/discurso interior, falando alto para elas próprias de forma a direcionarem o seu próprio comportamento, linguagem essa que mais tarde será internalizada e silenciosa – Desenvolvimento da Linguagem. Verde = desenvolvimento real vermelho= desenvolvimento potencial O grande valor dos conceitos de Vygotsky está nas interações sociais. A valorização das trocas entre as crianças de um grupo e de grupos diferentes (de diferentes idades e momentos evolutivos) serve como incentivo no desenvolvimento de cada uma. Por isso a importância do trabalho em subgrupos na escola, das conversas em que se compartilham experiências, em que cada um expressa suas conquistas para o outro, contribuindo com o processo de desenvolvimento do amigo. Henri Wallon Wallon procura explicar os fundamentos da psicologia como ciência, os seus aspectos epistemológicos, objetivos e metodológicos. • Considera que o homem é determinado fisiológica e socialmente, sujeito às disposições internas e às situações exteriores. • Wallon propõe a psicogénese da pessoa completa (psicologia genética), ou seja, o estudo integrado do desenvolvimento. Para ele o estudo do desenvolvimento humano deve considerar o sujeito como “geneticamente social” e estudar a criança contextualizada, nas relações com o meio. Wallon recorreu a outros campos de conhecimento para aprofundar a explicação dos fatores de desenvolvimento (neurologia, psicopatologia, antropologia, psicologia animal). • Considera que não é possível selecionar um único aspecto do ser humano e vê o desenvolvimento nos vários campos funcionais nos quais se distribui a atividade infantil (afetivo, motor e cognitivo). • Vemos então que para ele não é possível dissociar o biológico do social no homem. Esta é uma das características básicas da sua Teoria do Desenvolvimento. Wallon afirmava que o ser humano é organicamente social. Cada sujeito humano se torna o que é, constitui sua identidade e seu conhecimento, nos relacionamentos sociais. Somos sujeitos a partir do outro, pela mediação do outro, ou seja, a partir da linguagem, que se coloca entre nós e o mundo, para organizar a nossa relação com ele. Nesse ponto, as ideias de Wallon se aproximam muito das ideias de Vygotsky. Wallon propôs três centros que se entrelaçam diferentemente ao longo do desenvolvimento da criança: a afetividade, a motricidade e a cognição. Num período inicial do desenvolvimento no recém-nascido, predomina a afetividade (a inteligência ou cognição não se separa da afetividade). É o período denominado por ele como impulsivo-emocional (até 2 anos). Conforme os movimentos se expandem e desenvolve-se o pegar, o andar e o deslocar-se no espaço, também aparecem os movimentos simbólicos. Trata-se do que Wallon denomina de primeiros ideomovimentos, característicos do período sensório-motor projetivo (entre 2 e 4 anos). Para Wallon, por volta dos 4 anos, surge o período personalista. Esse momento caracteriza-se por um intenso negativismo da criança. É como se ela tivesse como resposta para tudo o não e a rebeldia. Na verdade, quando diz tantos nãos, a criança está na busca de afirmar o que quer, ou quem ela é, opondo-se ao que lhe apresentamos. É como se, pela expulsão do que há de alheio dentro de si, a criança pudesse construir o seu eu. Muitas vezes este processo de individualização ocorre mediante conflitos, brigas, o que faz parte do desenvolvimento nesse momento. Por fim, Wallon descreve o último período como período categorial (a partir dos 7 anos). Nesta fase, o domínio cognitivo oferece as bases para que se desenvolvam as ações mentais de explicar, definir e diferir objetivamente o mundo. Tendo já uma diferenciação interna constituída, a criança se volta para o mundo a fim de compreendê-lo, explicá-lo e conquistá-lo. Conceitos importantes no trabalho de Wallon: - O ser humano é organicamente social. - Período impulsivo emocional – quando o bebê se diferencia do mundo que o cerca através do “diálogo tônico” (comunicação que se dá pelos gestos, toques, contato corporal). Predomina a afetividade. - Período projetivo – quando ocorre a interiorização do ato motor, ou seja, a intensidade dos movimentos do bebê transforma-se em atividade mental. - Período personalista – percepção de si na relação com o outro (caracteriza-se por intensa negação).
Compartilhar