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PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO

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PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
Psicologia do desenvolvimento é o estudo científico das mudanças de comportamento relacionadas à idade durante a vida de uma pessoa. Este campo examina mudanças através de uma ampla variedade de tópicos, incluindo habilidades motoras, habilidades em solução de problemas, entendimento conceitual, aquisição de linguagem, entendimento da moral e formação da identidade.
O estudo científico do desenvolvimento humano evoluiu de estudos sobre a infância para estudos sobre todos os períodos da vida. O estudo do desenvolvimento humano procura descrever, explicar, prever e modificar o comportamento.
Os cientistas do desenvolvimento estudam as mudanças quantitativas e qualitativas e a estabilidade nos domínios físico, cognitivo e psicossocial. O desenvolvimento está sujeito a influências internas e externas, tanto normativas como não normativas. Importantes influências contextuais sobre o desenvolvimento incluem a família, o bairro, a condição socioeconômica, a etnicidade e a cultura.
As perspectivas teóricas sobre o desenvolvimento humano diferem em três aspectos básicos: a importância relativa da hereditariedade e do ambiente, se o desenvolvimento é ativo ou passivo e se ele é contínuo, ou ocorre em estágios.
As teorias do desenvolvimento enquadram-se nas perspectivas psicanalítica, humanista, da aprendizagem, cognitiva, etológica e contextual. Os cientistas utilizam uma variedade de métodos de pesquisa para estudar o desenvolvimento. Os métodos básicos de coleta de dados incluem relatos pessoais, testes e observação. Os modelos básicos de pesquisa incluem os estudos de caso, os estudos etnográficos, os estudos correlacionais e os experimentos. Os modelos mais comuns de pesquisa sobre desenvolvimento são longitudinais e transversais.
PSICOLOGIA CULTURAL-HISTORICA 
As relações da psicologia com a antropologia cultural e história constitui-se como uma interdisciplina e remete-se sobretudo ao entendimento da relatividade dos costumes e normas sociais e sua transformação através do tempo e espaço que caracteriza a diversidade étnico-cultural humana.
Entre os seus principais autores e proponentes situam-se as contribuições de Lev Vygotsky para quem os fatores biológicos e sociais constituem-se como caminhos complementares de investigação, no processo em o biológico se transforma no sócio-histórico requerendo tanto o conhecimento do cérebro como substrato material da atividade psicológica como o estudo da cultura como parte essencial da constituição do ser humano. 
O objeto da psicologia cultural-histórica é semelhante aos problemas ou temas também abordadas pela psicologia social, psicologia comunitária e interdisciplinas como a etnopsicologia e sobretudo com a psicologia sócio-histórica. Em resenha ao livro de Psicologia Sócio-Histórica de Bock et al. (Orgs.) Mattos [2] resume que:
“Tal vertente situa-se no âmbito da Psicologia Social e é uma das correntes significativas desta disciplina. Inspira-se nos trabalhos de autores como Vygotsky, Leontiev, Luria e Politzer, que procuraram transportar a filosofia materialista histórica e dialética (articulada sobretudo por Marx e Engels) para a Psicologia. (Mattos o.c.)”
VYGOTSKY
Lev Semyonovich Vygotsky, Orsha, 17 de novembro de 1896 — Moscou, 11 de junho de 1934), foi um psicólogo, proponente da Psicologia cultural-histórica. 
Pensador importante em sua área e época, foi pioneiro no conceito de que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e condições de vida. Veio a ser descoberto pelos meios acadêmicos ocidentais muitos anos após a sua morte, que ocorreu em 1934, por tuberculose, aos 37 anos.
Para Vygotsky, a criança nasce inserida num meio social, que é a família, e é nela que estabelece as primeiras relações com a linguagem na interação com os outros. Nas interações cotidianas, a mediação (necessária intervenção de outro entre duas coisas para que uma relação se estabeleça) com o adulto acontece espontaneamente no processo de utilização da linguagem, no contexto das situações imediatas.
 
Essa teoria apoia-se na concepção de um sujeito interativo que elabora seus conhecimentos sobre os objetos, em um processo mediado pelo outro. O conhecimento tem gênese nas relações sociais, sendo produzido na intersubjetividade e marcado por condições culturais, sociais e históricas.
 
Segundo Vygotsky, o homem se produz na e pela linguagem, isto é, é na interação com outros sujeitos que formas de pensar são construídas por meio da apropriação do saber da comunidade em que está inserido o sujeito. A relação entre homem e mundo é uma relação mediada, na qual, entre o homem e o mundo existem elementos que auxiliam a atividade humana. Estes elementos de mediação são os signos e os instrumentos. O trabalho humano, que une a natureza ao homem e cria, então, a cultura e a história do homem, desenvolve a atividade coletiva, as relações sociais e a utilização de instrumentos. Os instrumentos são utilizados pelo trabalhador, ampliando as possibilidades de transformar a natureza, sendo assim, um objeto social.
 
Os signos também auxiliam nas ações concretas e nos processos psicológicos, assim como os instrumentos. A capacidade humana para a linguagem faz com que as crianças providenciem instrumentos que auxiliem na solução de tarefas difíceis, planejem uma solução para um problema e controlem seu comportamento. Signos e palavras são para as crianças um meio de contato social com outras pessoas. Para Vygotsky, signos são meios que auxiliam/facilitam uma função psicológica superior (atenção voluntária, memória lógica, formação de conceitos, etc.), sendo capazes de transformar o funcionamento mental. Desta maneira, as formas de mediação permitem ao sujeito realizar operações cada vez mais complexas sobre os objetos.
 
Segundo Vygotsky, ocorrem duas mudanças qualitativas no uso dos signos: o processo de internalização e a utilização de sistemas simbólicos. A internalização é relacionada ao recurso da repetição onde a criança apropria-se da fala do outro, tornando-a sua. Os sistemas simbólicos organizam os signos em estruturas, estas são complexas e articuladas. Essas duas mudanças são essenciais e evidenciam o quanto são importantes as relações sociais entre os sujeitos na construção de processos psicológicos e no desenvolvimento dos processos mentais superiores. Os signos internalizados são compartilhados pelo grupo social, permitindo o aprimoramento da interação social e a comunicação entre os sujeitos. As funções psicológicas superiores aparecem, no desenvolvimento da criança, duas vezes: primeiro, no nível social (entre pessoas, no nível interpsicológico) e, depois, no nível individual (no interior da criança, no nível intrapsicológico). Sendo assim, o desenvolvimento caminha do nível social para o individual.
 
Como visto, exige-se a utilização de instrumentos para transformar a natureza e, da mesma forma, exige-se o planejamento, a ação coletiva, a comunicação social. Pensamento e linguagem associam-se devido à necessidade de intercâmbio durante a realização do trabalho. Porém, antes dessa associação, a criança tem a capacidade de resolver problemas práticos (inteligência prática), de fazer uso de determinados instrumentos para alcançar determinados objetivos. Vygotsky chama isto de fase pré-verbal do desenvolvimento do pensamento e uma fase pré-intelectual no desenvolvimento da linguagem.
 
Por volta dos 2 anos de idade, a fala da criança torna-se intelectual, generalizante, com função simbólica, e o pensamento torna-se verbal, sempre mediado por significados fornecidos pela linguagem. Esse impulso é dado pela inserção da criança no meio cultural, ou seja, na interação com adultos mais capazes da cultura que já dispõe da linguagem estruturada. Vygotsky destaca a importância da cultura; para ele, o grupo cultural fornece ao indivíduo um ambiente estruturado onde os elementos são carregados de significado cultural.
 
Os significados das palavras fornecem a mediação simbólica entre o indivíduo e o mundo, ouseja, como diz VYGOTSKY (1987), é no significado da palavra que a fala e o pensamento se unem em pensamento verbal. Para ele, o pensamento e a linguagem iniciam-se pela fala social, passando pela fala egocêntrica, atingindo a fala interior que é pensamento reflexivo.
 
A fala egocêntrica emerge quando a criança transfere formas sociais e cooperativas de comportamento para a esfera das funções psíquicas interiores e pessoais. No início do desenvolvimento, a fala do outro dirige a ação e a atenção da criança. Esta vai usando a fala de forma a afetar a ação do outro. Durante esse processo, ao mesmo tempo que a criança passa a entender a fala do outro e a usar essa fala para regulação do outro, ela começa a falar para si mesma. A fala para si mesma assume a função autorreguladora e, assim, a criança torna-se capaz de atuar sobre suas próprias ações por meio da fala. Para Vygotsky, o surgimento da fala egocêntrica indica a trajetória da criança: o pensamento vai dos processos socializados para os processos internos.
 
A fala interior, ou discurso interior, é a forma de linguagem interna, que é dirigida ao sujeito e não a um interlocutor externo. Esta fala interior, se desenvolve mediante um lento acúmulo de mudanças estruturais, fazendo com que as estruturas de fala que a criança já domina, tornem-se estruturas básicas de seu próprio pensamento. A fala interior não tem a finalidade de comunicação com outros, portanto, constitui-se como uma espécie de “dialeto pessoal”, sendo fragmentada, abreviada.
 
A relação entre pensamento e palavra acontece em forma de processo, constituindo-se em um movimento contínuo de vaivém do pensamento para a palavra e vice-versa. Esse processo passa por transformações que, em si mesmas, podem ser consideradas um desenvolvimento no sentido funcional. VYGOTSKY (op.cit.) diz que o pensamento nasce através das palavras. É apenas pela relação da criança com a fala do outro em situações de interlocução, que a criança se apropria das palavras, que, no início, são sempre palavras do outro. Por isso, é fundamental que as práticas pedagógicas trabalhem no sentido de esclarecer a importância da fala no processo de interação com o outro.
           
Segundo VYGOTSKY (1989), a aprendizagem tem um papel fundamental para o desenvolvimento do saber, do conhecimento. Todo e qualquer processo de aprendizagem é ensino-aprendizagem, incluindo aquele que aprende, aquele que ensina e a relação entre eles. Ele explica esta conexão entre desenvolvimento e aprendizagem através da zona de desenvolvimento proximal (distância entre os níveis de desenvolvimento potencial e nível de desenvolvimento real), um “espaço dinâmico” entre os problemas que uma criança pode resolver sozinha (nível de desenvolvimento real) e os que deverá resolver com a ajuda de outro sujeito mais capaz no momento, para em seguida, chegar a dominá-los por si mesma (nível de desenvolvimento potencial).
O INTERACIONISMO E A MEDIAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO ESCOLAR
           
A integração de novas tecnologias nas escolas precisa dar ênfase na importância do contexto sócio-histórico-cultural em que os alunos vivem e a aspectos afetivos que suas linguagens representam. O uso de computadores como um meio de interação social, onde o conflito cognitivo, os riscos e desafios e o apoio recíproco entre pares está presente, é um meio de se desenvolver culturalmente a linguagem e propiciar que a criança construa seu próprio conhecimento. Segundo RICHTER (2000), as crianças precisam correr riscos e desafios para serem bem sucedidas em seu processo de ensino-aprendizagem, produzindo e interpretando a linguagem que está além das certezas que já tem sobre a língua.
           
Vygotsky valoriza o trabalho coletivo, cooperativo, ao contrário de Piaget, que considera a criança como construtora de seu conhecimento de forma individual. O ambiente computacional proporciona mudanças qualitativas na zona de desenvolvimento proximal do aluno, os quais não acontecem com muita frequência em salas de aula “tradicionais”. A colaboração entre crianças pressupõe um trabalho de parceria conjunta para produzir algo que não poderiam produzir individualmente.
           
A zona de desenvolvimento proximal, comentada anteriormente, possibilita a interação entre sujeitos, permeada pela linguagem humana e pela linguagem da máquina, força o desempenho intelectual porque faz os sujeitos reconhecerem e coordenarem os conflitos gerados por uma situação problema, construindo um conhecimento novo a partir de seu nível de competência que se desenvolve sob a influência de um determinado contexto sócio-histórico-cultural. Wallon também acredita que o processo de construção do conhecimento passa por conflitos, momentos de crises e rupturas.
           
A colaboração em um ambiente computacional torna-se visível e constante, vinda do ambiente livre e aberto ao diálogo, da troca de ideias, onde a fala tem papel fundamental na aplicação dos conteúdos. A interação entre o parceiro sentado ao lado, entre o computador, os conhecimentos, os professores que seguem o percurso da construção do conhecimento, e até mesmo os outros colegas que, apesar de estarem envolvidos com sua procura, pesquisa, navegação, prestam atenção ao que acontece em sua volta, gera uma grande equipe que busca a produção do conhecimento constantemente. Através disso tudo, a criança ganhará mais confiança para produzir algo, criar mais livremente, sem medo dos erros que possa cometer, aumentando sua autoconfiança, sua autoestima, na aceitação de críticas, discussões de um trabalho feito pelos seus próprios pares.
           
As novas tecnologias não substituem o professor, mas modificam algumas de suas funções. O professor transforma-se agora no estimulador da curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar as informações. Ele coordena o processo de apresentação dos resultados pelos alunos, questionando os dados apresentados, contextualizando os resultados, adaptando-os para a realidade dos alunos. O professor pode estar mais próximo dos alunos, receber mensagens via e-mail com dúvidas, passar informações complementares para os alunos, adaptar a aula para o ritmo de cada um. Assim sendo, o processo de ensino-aprendizagem ganha um dinamismo, inovação e poder de comunicação até agora pouco utilizados.
           
As crianças também podem utilizar o E-mail para trocar informações, dúvidas com seus colegas e professores, tornando o aprendizado mais cooperativo. O uso do correio eletrônico proporciona uma rica estratégia para aumentar as habilidades de comunicação, fornecendo ao aluno oportunidades de acesso a culturas diversas, aperfeiçoando o aprendizado em várias áreas do conhecimento.
           
O uso da Internet, ou seja, o hiperespaço, é caracterizado como uma forma de comunicação que propicia a formação de um contexto coletivizado, resultado da interação entre participantes. Conectar-se é sinônimo de interagir e compartilhar no coletivo. A navegação em sites transforma-se num jogo discursivo em que significados, comportamentos e conhecimentos são criticados, negociados e redefinidos. Este jogo comunicativo tende a reverter o “monopólio” da fala do professor em sala de aula.
Fonte: http://coral.ufsm.br/lec/02_00/Cintia-L&C4.htm
QUESTÕES
Apoiando-se no pressuposto vygotskyano, a escola deve ser capaz de desenvolver nos alunos capacidades intelectuais que lhes permitam assimilar plenamente os conhecimentos. Leia as questões abaixo e assinale a que esteja coerente com o pensamento do autor: 
 
Sabendo que aprendizagem impulsiona o desenvolvimento, cabe à escola se adiantar ao desenvolvimento, ou seja, planejar, buscando dirigir-se às funções psicológicas que estão em via de se completarem. 
 
Ao propor uma psicologia de caráter materialista, Vygotsky procurava principalmente:
Reforçar o papel principal da experiência.
O desenvolvimento caminha do social para o individual, isso significa que ao nascer a criança: 
Está imersa num mundo cultural.
Que autoresestavam envolvidos na Trinca?
Vygotsky, Luria e Leontiev.
O surgimento do pensamento verbal e da linguagem mostra a passagem do:
Biológico para o sociocultural.
Embora diferencie escola e educação, Vygotsky afirma que na escola:
O professor planeja o desenvolvimento racional do aluno. 
Para Vygotsky, no processo de humanização o homem se constrói:
Pela construção de seu corpo e alma.
O processo psicológico que permite a compreensão da linguagem falada pelos outros é:
Internalização.
Que tipos de instrumentos permitem que o ser humano atue sobre o meio?
Materiais e simbólicos.
Os conceitos que a criança faz do objeto e que são internalizados:
Apropriados por ela de forma gradual.
Em sua conferência no 2º Congresso de Psiconeurológico, Vygotsky buscou explicitar as bases da Psicologia Materialista com o objetivo de:
Construir uma “nova psicologia”, uma teoria marxista do pensamento humano.
A proposta de Psicologia estudada e defendida por Vygotsky é fundamentada no estudo:
Da consciência humana. 
Ao tratar do desenvolvimento humano, Vygotsky deixa claro que:
As características tipicamente humanas não são inatas, mas se desenvolvem ao longo da vida, sendo resultado dos fatores biológicos com os culturais.
O que nos distanciou das formas de atividade animal, segundo Vygotsky foi:
A linguagem.
Ao tratar da questão da significação, Vygotsky afirma que nos primeiros meses de vida: 
A criança busca, a partir de seu agir, expressar suas necessidades, o que será 
interpretado pelo outro que está próximo e essa interpretação da vontade da criança pelo outro atribui significação a essa ação e posteriormente a criança construirá para si uma representação da interpretação dada pelo outro.
A teoria defendida por Vygotsky ficou conhecida como:
Sócio-histórica ou Histórico-cultural. 
Ao discutir a formação da consciência humana, Vygotsky apropria-se das ideias de Marx e Engels, pelas quais:
A consciência seria determinada pelo modo de vida concreta dos sujeitos.
Podemos dizer que o que distingue o movimento de um gesto e o som de uma palavra é:
O significado apropriado pela criança.
Como ocorre o processo de produção de significados?
É construído na interação social.
Para a concepção sócio-histórica, a linguagem assume que papel no desenvolvimento infantil? 
A linguagem possui uma dupla função: de comunicação e de planejamento da ação.
Na teoria vygotskyana, a escola assume papel:
De transmissão dos saberes necessários para a participação social construída a partir da realidade conceitual apropriada pelas crianças de uma realidade. 
Por que Vygotsky é chamado de Sociointeracionista enquanto Piaget é chamado apenas de interacionista?
Sua proposta é conhecida também como sociointeracionista, pois o desenvolvimento histórico acontece do social para o individual. Por isso Vygotsky afirma que o homem só se constrói homem nas suas relações sociais, pois é na vivência em sociedade que acontece a transformação do ser biológico para o ser humano.
Para Piaget, a criança é ativa e age espontaneamente no meio. Ela é estruturalmente diferente ao adulto, mas funcionalmente igual. Isso significa que suas estruturas mentais são próprias ao seu nível de desenvolvimento, que é marcado por estágios.
Piaget privilegia a maturação biológica; Vygotsky, o ambiente social; Piaget, por aceitar que os fatores internos preponderam sobre os externos, postula que o desenvolvimento segue uma sequência fixa e universal de estágios; Vygotsky discorda de que a construção do conhecimento proceda do individual para o social.
Diversos pesquisadores formularam teorias para compreender de que maneira ocorre o desenvolvimento infantil. Dentre eles, Lev Vygotsky e Jean Piaget apresentaram seus estudos que são considerados referências para diversas pesquisas científicas nessa temática. Sobre o assunto, assinale a única alternativa correta.
Vygotsky considera que aquilo que é zona de desenvolvimento proximal hoje será o nível de desenvolvimento real amanhã, ou seja, aquilo que uma criança pode fazer com assistência hoje, ela será capaz de fazer sozinha amanhã.
Os estudos acerca de como se dá a transformação da criança em adultos intensificaram-se e passaram a constituir um campo de investigação científica somente no início do século XX. De lá para cá, as teorias do desenvolvimento infantil consideram que o crescimento saudável não só permite mudanças nos aspectos cognitivo, físico, social e emocional, como também a infância passou a ser encarada como fase específica, com suas próprias características e realidades. Assim, acerca das teorias de desenvolvimento, pode-se afirmar que as crianças:
Aprendem ativamente e por meio de experiências; já que o aprendizado é um processo social, se integra na compreensão do indivíduo sobre o mundo em que vive, de acordo com os estudos de Vygotsky.
Para a Teoria Histórico-Cultural, qual é a atividade principal da criança em idade escolar?
Atividade de estudo.
Em sua teoria, Vygotsky trabalhou com a função mediadora dos instrumentos e dos signos na atividade humana. Os signos constituem-se como uma classe especial de ferramentas. Identifique nas alternativas abaixo a que contenha apenas exemplos de signos postulados pelo autor:
Fala, gestos, textos e desenhos.
Vygotsky, ao iniciar seus estudos em psicologia, debruçou-se em fazer uma análise crítica e propor um modelo mais abrangente de explicação dos processos de desenvolvimento humano. O autor se opôs a duas posturas antagônicas a respeito do método que deveria ser usado para entender o psiquismo humano. Identifique as duas correntes as quais foram motivo de oposição do autor:
Idealismo e Positivismo.
De acordo com a Teoria Histórico-Cultural, o primeiro aspecto que necessita ser observado quando se tem por objetivo obter uma resposta para o problema das forças motrizes que conduzem o desenvolvimento do psiquismo da criança é:
A mudança de lugar que ela ocupa no sistema das relações sociais.
Ao estudar a formação conceitual, Vygotsky (2001) chegou à conclusão de que o processo de desenvolvimento do pensamento envolve vários momentos, aos quais ele chamou de periodização do desenvolvimento do pensamento.
Tais momentos abarcam o pensamento:1. Sincrético.2. Segmentado. 3. Cartesiano. 4. Por complexos.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
São corretas apenas as afirmativas 1 e 4.
Os estudos de Vygotsky sobre o aprendizado decorrem da compreensão do homem como um ser que se forma em contato com a sociedade. "Na ausência do outro, o homem não se constrói homem", escreveu o psicólogo. Ele rejeitava tanto as teorias inatistas, segundo as quais o ser humano já carrega ao nascer as características que desenvolverá ao longo da vida, quanto as empiristas e comportamentais, que veem o ser humano como um produto dos estímulos externos.
Para Vygotsky, a formação se dá numa relação dialética entre o sujeito e a sociedade a seu redor - ou seja:
O homem modifica o ambiente e o ambiente modifica o homem.
A respeito dos mecanismos que regulam a aquisição da linguagem, leia o texto a seguir.
“A reciprocidade entre indivíduo e sociedade é muito importante. Não é possível entender como o cérebro humano se desenvolve ao aprender diversas formas de comunicação, sem levar em conta o contexto no qual o indivíduo interage. A evolução da linguagem e do pensamento deve ser considerada como o resultado de um processo social que só pode acontecer por meio da troca e da transmissão de conhecimentos culturais. Nesse contexto, a linguagem é, ao mesmo tempo, o resultado e a causa dessa troca contínua: graças à linguagem é mais simples trocar informações; por meio dessa troca, por sua vez, a linguagem se desenvolve.”
Assinale a opção que identifica corretamente a teoria apresentada no texto.
A das influências socioculturais de Vygotsky.
Oliveira (2002) afirma que, para Vygotsky, a construção do pensamento e da subjetividade é um processo cultural em que o Outro tem importante papel mediador e que, conforme esse autor, éna realização de tarefas conjuntas e na relação com os parceiros mais experientes que a criança.
Transforma as informações que recebe de acordo com estratégias e conhecimentos por ela já adquiridos em situações anteriormente vividas.
Analise as afirmativas correlatas.
I. “Da mesma forma que ocorre na atividade de aprendizagem, o jogo gera zonas de desenvolvimento proximal.”
PORQUE
II. “Instiga a criança, cada vez mais, a ser capaz de controlar seu comportamento, experimentar habilidades ainda não consolidadas no seu repertório, criar modos de operar mentalmente e de agir no mundo que desafiam o conhecimento já internalizado, impulsionando o desenvolvimento de funções embrionárias de pensamento.”
A segunda afirmativa é uma justificativa correta da primeira.
CONSTRUTIVISMO DE PIAGET
Construtivismo é uma teoria sobre a origem do conhecimento que considera que a criança passa por estágios para adquirir e construir o conhecimento. Tem como objeto de estudo da alfabetização a língua escrita (Nunes, 1990).
Piaget, o criador da teoria Construtivista, considera quatro fatores como essenciais para o desenvolvimento cognitivo da criança:
Biológico: relacionado ao crescimento orgânico e à maturação do sistema nervoso;
De experiências e de exercícios: é obtido na ação da criança sobre os objetos;
De interações sociais: se desenvolve por meio da linguagem e da educação;
De equilibração das ações: relacionado à adaptação ao meio e/ou às situações (Fossile, 2010).
Conhecimento/Aprendizagem
O Construtivismo afirma que o conhecimento é resultado da construção pessoal do aluno; o professor é um importante mediador do processo ensino-aprendizagem. A aprendizagem não pode ser entendida como resultado do desenvolvimento do aluno, mas sim como o próprio desenvolvimento do aluno (Fossile, 2010).
Piaget afirma que quando uma criança interage com o mundo à sua volta, ela atua (interna e externamente) e muda a realidade que vivencia. Para que isso ocorra, a criança deve ter um esquema de ação. É por meio do esquema de ação que a criança organiza e interpreta a ação, para que esta seja praticada. É uma estratégia de ação generalizável, de forma que a criança consiga se adaptar às mudanças ocorridas no seu meio. Consequentemente, surgem dois mecanismos necessários à elaboração de novos esquemas: assimilação e acomodação (Fossile, 2010).
Assimilação e acomodação: equilibração
Para o construtivismo, o ambiente social e o ambiente físico ocasionam oportunidades de interação entre sujeito e objeto, gerando conflitos e, consequentemente, uma reestruturação, pelo sujeito, de suas construções mentais anteriores. O equilíbrio/equilibração surge quando o indivíduo organiza o conhecimento (Nunes, 1990).
A assimilação ocorre quando novas experiências ou informações são introduzidas na estrutura cognitiva da criança, não havendo modificação em suas estruturas mentais. A acomodação acontece quando a criança modifica suas estruturas cognitivas para “enfrentar” o novo.
Quando ocorrem esses mecanismos, a criança encontra-se no estado de equilibração.
Pensamento e Linguagem
Para Piaget, “a linguagem não é suficiente para explicar o pensamento, uma vez que este tem raízes na ação e nos mecanismos sensório-motores”. A origem do pensamento é anterior à linguagem (e independente dela) (Miranda e Senra, 2012; Magalhães). A linguagem é uma construção da inteligência (Magalhães) e tem origem no estágio sensório-motor, quando se inicia a função simbólica (Miranda e Senra, 2012).
Estruturas da linguagem não são ofertadas pelo meio ambiente, mas sim concebidas pelo nascimento e desenvolvidas no dia a dia. Piaget afirma que o desenvolvimento da linguagem é um processo de equilibração progressiva: “uma permanente passagem de um estágio de menor equilíbrio para outro” (Magalhães).
Piaget denomina a fala privada de “fala egocêntrica”, uma vez que a função simbólica não está desenvolvida inteiramente (Miranda e Senra, 2012).
O alfabetizador/professor
Para trabalharmos sob a visão do Construtivismo, primeiramente, devemos conhecer as concepções que uma criança tem da língua escrita. Logicamente, a compreensão da criança é diferente da compreensão dos adultos, sendo obrigação do educador entender esse processo. Ao mesmo tempo, o professor deve lembrar à criança as conquistas que ela fez antes de formular sua ideia “errada”, com o objetivo de estimular seu entendimento. Esse olhar do educador sobre tais acréscimos obtidos pela criança é de extrema importância e característica principal do Construtivismo. Os alfabetizadores devem compreender as produções da criança e saber respeitá-las, vendo-as como construções genuínas, indicadoras de progresso e não de erros. São os “erros” construtivos (Nunes, 1990).
O professor deve criar desafios para seus alunos em contextos que façam sentido para eles. Deve estimular a criticidade, a pesquisa, a discussão, o debate (Fossile, 2010).
O ambiente alfabetizador
O construtivismo defende que as crianças da Educação Infantil devem ter contato com a língua escrita. A professora, ao ler para a criança, proporciona que esta perceba a leitura em si e adquira interesse em escrever. Tanto a leitura quanto a escrita devem estar presentes no ambiente alfabetizador (Nunes, 1990).
Após essa descoberta, entendemos as ideias que a criança tem de escrita e leitura. Todos “os processos que ocasionam mudanças nas concepções infantis devem ser ligados aos conflitos gerados pela interação sujeito-objeto” (Nunes, 1990).
A sala de aula deve ser enriquecida com atividades que englobem discussão, reflexão e tomada de decisões; os alunos são os responsáveis pela defesa, pela justificativa e pelas ideias (Fossile, 2010). 
Fonte: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/15/12/o-construtivismo-e-jean piaget#:~:text=Construtivismo%20%C3%A9%20uma%20teoria%20sobre,escrita%20(Nunes%2C%201990).
QUESTÕES
Fernando iniciou sua atividade docente na educação infantil da escola Nossa Senhora de Fátima. Ao participar da primeira reunião de planejamento pedagógico, ouviu a explicação da orientadora educacional dizendo que no projeto político pedagógico, os professores de escola optaram por fundamentar a sua prática pedagógica na concepção de aprendizagem e desenvolvimento elaborado por Jean Piaget, adotando os pressupostos conceituais e didáticos que foram organizados sob o nome de construtivismo. Das respostas abaixo, qual delas não pertence ao projeto político -pedagógico da escola já que ela se propõe a trabalhar com o construtivismo? 
a) O erro não é visto como uma falha do aluno, mas como uma forma de raciocinar, que está relacionada com a lógica do conhecimento. 
b) Durante as aulas o aluno é desequilibrado pelo professor com o objetivo de desencadear novos processos de assimilação e acomodação e, por fim, construir novos esquemas cognitivos. 
 
c) A disciplina vem do próprio aluno que, se percebendo como sujeito ativo na construção do conhecimento, tem um compromisso próprio com o estudo. 
d) As avaliações são individuais, classificatórias e obedecem ao princípio de meritocracia, pois os mais bem preparados terão melhores resultados. 
e) As disciplinas são trabalhadas de forma integrada e contextualizada através de projetos em que o mais importante no processo de aprendizagem não é o resultado final, mas o processo de construção individual do aluno. 
Na teoria piagetiana o conceito de equilibração:
É um processo de organização das estruturas cognitivas em um sistema coerente, que possibilite ao indivíduo uma adaptação à realidade.
O modelo de desenvolvimento do individuo para Piaget, envolve o intercâmbio entre:
Fatores biológicos e ambientais.
Para Piaget a ação é a fonte de conhecimento quando:
Age sobre os objetos.
Para Piaget o conhecimento depende:
Das interações do sujeito com o objeto.
O pensamento pré-operatório é caracterizado pelo:
Egocentrismo
Quando comenta as experiências do indivíduo, Piaget está se referindo: 
Às experiência físicas, lógico-matemáticas e sociais.
Com base nos aspectos da construçãodo conhecimento e da aprendizagem de Piaget, analise as assertivas e assinale a alternativa correta.
I. O conhecimento não está no sujeito-organismo, tampouco no objeto-meio, mas é decorrente das contínuas interações entre os dois. Para ele, a inteligência é relacionada à aquisição de conhecimento na medida em que sua função é estruturar as interações sujeito-objeto.
II. As estruturas de um conjunto são integrativas e não se substituem umas às outras: cada uma resulta da precedente, integrando-a na qualidade de estrutura subordinada e prepara a seguinte, integrando-se a ela mais cedo ou mais tarde.
III. As estruturas variáveis são maneiras de organização das atividades mentais, que englobam os aspectos motor ou intelectual e afetivo, tanto na dimensão individual como na social; já as características invariáveis são as funções de interesse, explicação, entre outras, que não variam com o nível mental do indivíduo.
IV. No estágio pré-operatório, surge a função simbólica, que consiste no poder de representação de objetos ou acontecimentos, tornando possível, por exemplo, a aquisição da linguagem ou de símbolos coletivos.
 
Todas estão corretas
Piaget construiu teorias sobre o desenvolvimento cognitivo partindo do fato de que mudanças nos processos de pensamento das crianças resultariam na capacidade crescente de adquirir e de usar o conhecimento sobre o seu mundo. Uma característica do estágio de operações concretas é:
A capacidade de aplicar princípios lógicos a situações concretas.
Sobre a teoria do desenvolvimento humano segundo Piaget, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.
I. No período das operações formais, do ponto de vista das relações sociais, ocorre o processo de caracterizar-se, inicialmente, por uma fase de interiorização, em que, aparentemente, é antissocial. 
II. A teoria de Piaget apresenta também a dimensão interacionista, mas sua ênfase é colocada na interação do sujeito com o objeto físico; e, além disso, não está clara em sua teoria a função da interação social no processo de conhecimento. 
III. No início do período pré-operatório, a criança é capaz de usar um instrumento como um meio para atingir um objeto. 
IV. No período pré-operatório, no aspecto afetivo, ocorre o aparecimento da vontade. 
V. Uma das características do período das operações formais, é que a criança consegue exercer suas habilidades e capacidades a partir de objetos reais.
Apenas as alternativas I, II e V estão corretas.
Numere a COLUNA II de acordo com a COLUNA I, relacionando os nomes às respectivas limitações do pensamento presentes no estágio pré-operatório, na teoria de Piaget.
COLUNA I 1. Irreversibilidade 2. Estados 3. Aparência perceptiva 4. Centração
COLUNA II ( ) Não relaciona os estados iniciais e finais de um processo ao ignorar as transformações dinâmicas intermediárias. 
( ) Dominado pelos aspectos perceptivos dos objetos, a criança não realiza interferências a partir de propriedades não observáveis diretamente. 
( ) Não pode refazer mentalmente o processo seguido até voltar ao estágio inicial. 
( ) O foco está em um só aspecto da situação ou em um só ponto de vista (o próprio), evitando outras possíveis dimensões ou ponto de vista diferentes.
Assinale a sequência CORRETA.
2 3 1 4
Piaget pesquisou sobre como as crianças constroem e desenvolvem as ferramentas intelectuais e as formas de raciocínio no decorrer da ontogênese.
Considerando essa teoria de Piaget, pode-se afirmar que a(o)
Desenvolvimento da inteligência não é linear e acontece por rupturas, pois será superada por um outro estágio. Sendo assim, a qualidade da inteligência se modifica quando ocorre a mudança de estágio.
Numere a COLUNA II de acordo com a COLUNA I relacionando os pressupostos teóricos ao seu autor.
COLUNA I
1. Lev Vygotsky
2. Jean Piaget
COLUNA II
( ) A educação aprimora as habilidades cognitivas que já surgiram nas crianças.
( ) A educação exerce o papel central, ajudando a criança a aprender as ferramentas da cultura.
( ) Cognitivo-construtivista.
( ) Socioconstrutivista.
( ) A linguagem exerce um papel importante na construção do pensamento.
Assinale a sequência correta.
2 1 2 1 1
Associe as colunas, relacionando corretamente os estágios de desenvolvimento propostos por Jean Piaget às suas respectivas características.
Estágios (1) Inteligência sensório-motora 
(2) Inteligência pré-operacional 
(3) Inteligência operacional concreta 
(4) Inteligência operatório-formal
Características 
( ) Inteligência voltada para a prática, que desenvolve a noção de permanência do objeto. 
( ) Completa a construção dos mecanismos cognitivos. 
( ) Consegue distinguir o significante do significado; é a fase do desenvolvimento da capacidade simbólica. 
( ) Desenvolve o senso de justiça. 
( ) Início da reflexão e da liberação do egocentrismo intelectual e social. 
( ) Utiliza-se do pensamento hipotético-dedutivo.
A sequência correta dessa associação é
1, 4, 2, 3, 3, 4.
TEORIA DO DESENVOLVIMENTO DE HENRY WALLON
 
A criança, para Wallon, é essencialmente emocional, e gradualmente vai constituindo-se em um ser sociocognitivo. O autor estudou a criança contextualizada, como uma realidade viva e total no conjunto de seus comportamentos, suas condições de existência.
Segundo GALVÃO (2000), Wallon argumenta que as trocas relacionais da criança com os outros são fundamentais para o desenvolvimento da pessoa. As crianças nascem imersas em um mundo cultural e simbólico, no qual ficarão envolvidas em um "sincretismo subjetivo", por pelo menos três anos. Durante esse período, de completa indiferenciação entre a criança e o ambiente humano, sua compreensão das coisas dependerá dos outros, que darão às suas ações e movimentos formato e expressão.
Antes do surgimento da linguagem falada, as crianças comunicam-se e constituem-se como sujeitos com significado, através da ação e interpretação do meio entre humanos, construindo suas próprias emoções, que é seu primeiro sistema de comunicação expressiva. Estes processos comunicativos-expressivos acontecem em trocas sociais como a imitação. Imitando, a criança desdobra, lentamente, a nova capacidade que está a construir (pela participação do outro ela se diferenciará dos outros) formando sua subjetividade. Pela imitação, a criança expressa seus desejos de participar e se diferenciar dos outros constituindo-se em sujeito próprio.
Wallon propõe estágios de desenvolvimento, assim como Piaget, porém, ele não é adepto da ideia de que a criança cresce de maneira linear. O desenvolvimento humano tem momentos de crise, isto é, uma criança ou um adulto não são capazes de se desenvolver sem conflitos. A criança se desenvolve com seus conflitos internos e, para ele, cada estágio estabelece uma forma específica de interação com o outro, é um desenvolvimento conflituoso.
No início do desenvolvimento existe uma preponderância do biológico e após o social adquire maior força. Assim como Vygotsky, Wallon acredita que o social é imprescindível. A cultura e a linguagem fornecem ao pensamento os elementos para evoluir, sofisticar. A parte cognitiva social é muito flexível, não existindo linearidade no desenvolvimento, sendo este descontínuo e, por isso, sofre crises, rupturas, conflitos, retrocessos, como um movimento que tende ao crescimento.
De acordo com GALVÃO (op.cit.), no primeiro ano de vida, a criança interage com o meio regida pela afetividade, isto é, o estágio impulsivo-emocional, definido pela simbiose afetiva da criança em seu meio social. A criança começa a negociar, com seu mundo socioafetivo, os significados próprios, via expressões tônicas. As emoções intermediam sua relação com o mundo.
Do estágio sensório-motor ao projetivo (1 a 3 anos), predominam as atividades de investigação, exploração e conhecimento do mundo social e físico. No estágio sensório-motor, permanece a subordinação a um sincretismo subjetivo (a lógica da criança ainda não está presente). Neste estágio predominam as relações cognitivas da criança com o meio. Wallon identifica o sincretismocomo sendo a principal característica do pensamento infantil. Os fenômenos típicos do pensamento sincrético são: fabulação, contradição, tautologia e elisão.
Na gênese da representação, que emerge da imitação motora-gestual ou motricidade emocional, as ações da criança não mais precisarão ter origem na ação do outro, ela vai “desprender-se” do outro, podendo voltar-se para a imitação de cenas e acontecimentos, tornando-se habilitada à representação da realidade. Este salto qualitativo da passagem do ato imitativo concreto e a representação é chamado de simulacro. No simulacro, que é a imitação em ato, forma-se uma ponte entre formas concretas de significar e representar e níveis semióticos de representação. Essa é a forma pela qual a criança se desloca da inteligência prática ou das situações para a inteligência verbal ou representativa.
Dos 3 aos 6 anos, no estágio personalístico, aparece a imitação inteligente, a qual constrói os significados diferenciados que a criança dá para a própria ação. Nessa fase, a criança está voltada novamente para si própria. Para isso, a criança coloca-se em oposição ao outro num mecanismo de diferenciar-se. A criança, mediada pela fala e pelo domínio do “meu/minha”, faz com que as ideias atinjam o sentimento de propriedade das coisas. A tarefa central é o processo de formação da personalidade. 
Aos 6 anos a criança passa ao estágio categorial trazendo avanços na inteligência. 
No estágio da adolescência, a criança volta-se a questões pessoais, morais, predominando a afetividade. Ainda conforme GALVÃO, é nesse estágio que se intensifica a realização das diferenciações necessárias à redução do sincretismo do pensamento. Esta redução do sincretismo e o estabelecimento da função categorial dependem do meio cultural no qual está inserida a criança.
QUESTÕES
Sobre a vida de Henri Wallon podemos afirmar:
Morou em Paris por toda a vida e teve uma trajetória marcada por intensa atividade política e intelectual.
O fenômeno do desenvolvimento foi analisado por Wallon dentro da perspectiva:
Orgânica, biológica e social, mais a relação entre esses vários fatores.
É característica do estágio do personalismo:
Formação da personalidade.
Na visão de Wallon, ao longo do desenvolvimento, os aspectos emocionais e cognitivos se alternam. No comportamento do bebê predomina o aspecto:
Emocional.
Entre as questões epistemológicas que fundamentam a obra de Wallon, podemos destacar:
A forte presença do materialismo dialético.
Dentre as teorias de aprendizagem, aquela que integra em um movimento dialético a afetividade, a cognição e os níveis biológicos e socioculturais, ao trazer, também, contribuições para o processo ensino-aprendizagem, tem como referência os estudos de:
Wallon.
Lev Vigotski e Henri Wallon são dois pesquisadores da área da psicologia que integram a perspectiva interacionista do desenvolvimento infantil. Ambos trouxeram grandes contribuições ao conhecimento sobre a forma de a criança ser e se modificar e exercem significativa influência na educação infantil. É correto afirmar que seus trabalhos, inseridos em uma linha teórica que pode ser chamada de sócio-histórica, compreendem a ideia de que:
O desenvolvimento humano se dá através da existência de uma relação recíproca entre indivíduo e meio. Decorre, por meio das trocas recíprocas que se estabelecem durante toda a vida entre indivíduo e meio, cada aspecto influindo sobre o outro.
O desenvolvimento da pessoa, na perspectiva walloniana, é uma construção progressiva, na qual se sucedem fases com predominância alternadamente afetiva e cognitiva. Conforme Wallon, no estágio sensório-motor e projetivo:
O desenvolvimento da função simbólica e da linguagem ocorre, predominando as relações cognitivas com o meio (inteligência prática e simbólica).
Wallon considera o desenvolvimento humano como resultante de uma dupla história, que envolve as condições do sujeito e as sucessivas situações nas quais ele se envolve e às quais responde. Segundo Oliveira (2002), para Wallon, toda pessoa constitui um sistema específico e ótimo de trocas com o meio, e tal sistema integra suas ações num processo de equilíbrio funcional que envolve:
Motricidade, afeto e cognição.
TEORIA DO DESENVOLVIMENTO DE FREUD
Como se sabe a motivação sexual, foi muito enfatizada por Freud, particularmente, nos seus
primeiros trabalhos. Vejamos o que diz o Vocabulário de Psicanálise a respeito:
Na experiência e na teoria psicanalítica. sexualidade não designa apenas as atividades e o prazer que decorrem do funcionamento do aparelho genital, mas toda uma série de excitações e de atividades presentes desde a infância, que proporcionam um prazer irredutível a satisfação de uma necessidade fisiológica fundamental (respiração, fome, função de excreção, etc.) e que se encontram a título de componentes na chamada forma normal de amor sexual.
Na sua teoria do desenvolvimento humano. Freud considerou o critério afetivo, que corresponderia ao comportamento do indivíduo frente aos seus objetos de prazer e dividiu esse desenvolvimento em fases sucessivas, atribuindo a cada uma delas um nome ligado a parte do corpo que parecia dominar o hedonismo naquela ocasião. Todo o desenvolvimento seria marcado por essas fases. que se caracterizariam, sobretudo pela mudança do que é desejado em cada uma e pela maneira como esses desejos são atingidos.
Consideradas como fases pré-genitais, temos: a fase oral, que vai desde o nascimento até o
desmame, por volta de um a dois anos de idade, aproximadamente; a fase anal, que se inicia
em torno de dois e três anos de idade; e a fase fálica, que tem o seu apogeu em torno dos
cinco anos, em média, o que coincide com o término do complexo de Édipo. Todavia, é bom salientar que o tempo de cada fase é menos importante que as transformações que ocorrem
em cada uma dessas etapas durante o desenvolvimento do indivíduo.
A partir daí, as fases pré-genital se extinguem e a criança entra no período de latência, permanecendo nele até os doze ou treze anos em média quando entra na puberdade e sofre todo o processo de transformações biológica e psicológica que a preparam para a fase adulta ou genital do desenvolvimento psicossexual.
Na fase oral, grande parte da energia sexual é direcionada para os lábios e a língua, tornando-a, portanto, a primeira zona erotogênica, uma vez que é esta a primeira parte a ser dominada pela criança. Nela o prazer está associado, inicialmente, ao processo de se alimentar. Em seguida, essa energia é grandemente direcionada para o ânus, que passa a ser a nova zona de prazer: o ato de defecar ou reter as fezes passa a provocar prazer sexual
Posteriormente, a criança entra na fase fálica, cuja zona erotogênica é formada do pênis ou
do clitóris. Segundo Freud, essa fase é caracterizada de fálica porque nesse período do desenvolvimento - em torno de três ou quatro anos - ela se dá conta do seu pênis ou da sua ausência nas meninas. Estas três fase constituem as fases pré-genitais da sexualidade e o prazer obtido auto erógeno.
O período de latência ocorre quando a sexualidade pré-genital se extingue. O jovem em maturação apresenta uma vida sexual quase que exclusivamente limitada as suas fantasias e passa a dedicar-se mais as atividades culturais. O retardo da maturação sexual é, de certo modo, uma garantia contra o incesto, pois isso só deverá ocorrer quando a criança tiver condições de respeitar o tabu cultural defendido pela sociedade.
Na fase adulta ou genital do desenvolvimento os impulsos sexuais são despertados pelas mudanças hormonais que ocorrem no organismo do púbere. “Nesse estágio, idealmente, a sexualidade. abrangendo as três zonas pré-genitais e a afeição podem ser combinadas”.
Esta fase atinge a sua plenitude por volta dos dezessete e dezoito anos.
Segundo Freud, o núcleo da neurose é o complexo de Édipo. Para ele, todo menino. em torno de quatro a cinco anos, deseja. inconscientemente. possuir sua mãe e, de algum modo, eliminar seu pai. Mas o temor que sente pelo seu pai e o medo de ser castrado,o reduz a um ser “assexuado”. Esse medo da castração anula definitivamente o complexo de Édipo e os dois (complexo de Édipo e de castração) representam o ápice do desenvolvimento da sexualidade infantil.
De fato, como os desejos incestuosos não são tolerados na maioria das sociedades, o complexo de Édipo não tem outro fim senão o de ser vencido, pelo menos parcialmente pelo complexo de castração.
A ansiedade da castração, o temor e o amor pelo seu pai e o amor e o desejo sexual por sua mãe não podem nunca ser completamente resolvidos. Na infância. todo o complexo é reprimido. Mantê-lo inconsciente, impedi-lo de aparecer. evitar até mesmo que se pense a respeito ou que se reflita sobre ele - essas são algumas das primeiras tarefas do superego em desenvolvimento.
Vale salientar que para Freud o comportamento ulterior que o indivíduo viesse a apresentar - quer normal quer patológico - só seria explicado a partir do histórico das fases de organização provisória do seu desenvolvimento psicossexual.
E a estreita sujeição do desenvolvimento geral ao desenvolvimento libidinal explica este corolário inevitável na idade adulta um distúrbio funcional, na esfera genital, está necessariamente vinculada a perturbações do comportamento de ordem afetiva e inversamente as perturbações psicoafetivas fazem-se acompanhar sempre de um comportamento sexual característico.
Freud comparou o desenvolvimento psicossexual a um exército que avança deixando em cada fase algumas tropas. Todavia para que esse exército não se enfraqueça é fundamental que esse número não seja elevado (fixação num estágio). Sempre que o prazer for frustrado ou exagerado, numa determinada fase. pode ocorrer a fixação. Por outro lado, como foi dito, a forma como cada fase foi vivenciada é determinante no comportamento futuro do indivíduo, como se expressa Kline: Se o complexo de castração for dominante o homem pude vir a ter medo das mulheres.
Assim, a visão de genital sem pênis ativa o complexo de castração, assim como a ideia da menstruação. Para esses, então, o homossexualismo é a solução.
Podem-se ver resultados semelhantes em mulheres. Assim, deve-se esperar que a negação da inveja do pênis leve afirmação de que as mulheres são tão boas quanto os homens, se não superiores, que clitóris é superior ao pênis como instrumento de sexualidade, que os homens não podem reagir as mulheres tão bem como as mulheres a eles. Na verdade, toda a panóplia do feminismo moderno, com sua ênfase no lesbianismo e na masturbação (Por exemplo Irigaray, 1974) pode ser vista como uma negação da inveja do pênis.
Em resumo, podemos dizer que o modelo do desenvolvimento psicossocial proposto por Freud, considera que haja nos primeiros anos de vida uma progressão de experiências relacionadas com o desabrochar biológico-sexual do indivíduo e que ele seria para sempre afetado por essas experiências sexuais infantis. Particularmente, com relação ao complexo de Édipo, pois este tem se constituído, ao longo da história da psicanálise, no ponto central de referência da psicopatologia. Os psicanalistas procuram determinar, a partir dele, nos diversos tipos patológicos, os modos de sua posição e de sua resolução. 
Fonte: https://gruposerbh.com.br/textos/artigos/artigo15.pdf
QUESTÕES
A pessoa com tendências exageradas com limpeza mostra fixação e/ou frustrações na fase chamada por Freud de:
Anal.
Por qual motivo, Freud via uma impossibilidade no ato de educar?
Por causa do conflito de desejos entre professor e aluno.
Para Freud, o instinto sexual, a manifestação dinâmica do que na vida mental chamamos de libido, é básico para a constituição do:
Eu.
A libido para Freud representa:
O instinto sexual.
O método de investigação utilizada e legitimada por Fred como técnica:
Da associação livre.
Qual é a fase empregada na aquisição dos conhecimentos necessários à luta pela vida?
Latência.
No processo de desenvolvimento psicossexual, o indivíduo encontra prazer no seu próprio corpo, isto é, o corpo é erotizado e há um desenvolvimento progressivo que levou Freud a indicar as fases do desenvolvimento sexual.
A respeito dessas fases, é correto afirmar:
O período de latência caracteriza-se pela diminuição das atividades sexuais, um intervalo na evolução da sexualidade, que se prolonga até a puberdade.
TEORIA DO DESENVOLVIMENTO DE ERIK ERIKSON
Erick Erikson postulou uma teoria acerca do desenvolvimento humano em oito estágios psicossociais. Os primeiros quatros estágios são decorrentes do período de bebê ao decorrer da infância, e os últimos estágios são referentes à idade adulta e a velhice. No entanto, Erikson enfatiza a importância da adolescência, visto que a transição entre o período de adolescência e idade adulta é um fator de grande relevância para a formação da personalidade do sujeito.
Erikson apresentou os estágios em termos de qualidade básica do ego que surge em cada estágio, discutiu as forças do ego que surgem nos estágios sucessivos e descreveu e ritualização peculiar de cada um. Este era por ele referido como uma maneira lúdica e culturalmente padronizada de experienciar uma vivencia na interação quotidiana de uma comunidade.
Estágios Psicossociais de Erikson
A teoria psicossocial de Erik Erikson reside no amplo quadro das teorias psicodinâmicas da personalidade. Esses estágios se concentram na orientação de um indivíduo em relação a si mesmo e aos outros; são incorporados aspectos de ordem social e sexual do desenvolvimento da pessoa e de seus conflitos pessoais.
As teorias da personalidade são tentativas de formular ou representar aspectos significativos do comportamento dos indivíduos e que a produtividade dessas tentativas deve ser julgada principalmente em termos de quão efetivamente elas servem como um estímulo para a pesquisa. (HALL et al 2000).
Confiança x Desconfiança
No primeiro estágio a criança deve adquirir a habilidade básica de confiança no ambiente a partir da interação com as pessoas significativas que cuidam dela. Assim, se estabelece a primeira relação social do bebê. Desse modo, quando a criança não tem suas necessidades básicas atendidas, poderá desenvolver um comportamento de insegurança, desconfiança e ansiedade, o que indica a formação de alguns traços de personalidade.
Autonomia x Vergonha e Dúvida
Durante o próximo estágio a criança vai aprender habilidades de linguagens, aprender a manipular objetos, ou seja, surge um senso confortável de autonomia. Algumas críticas em excesso direcionadas à criança nessa época podem gerar sentimentos de dúvidas ou vergonha a respeito de si mesmo. Em uma explanação mais completa sobre a vergonha, Erikson ressalta que se trata, na verdade, de raiva dirigida a si mesmo, já que pretendia fazer algo sem estar exposto aos outros, o que não aconteceu. A vergonha precederia a culpa, sendo esta última derivada da vergonha avaliada pelo superego (Erikson apud RABELLO, 2006).
Iniciativa x Culpa
O terceiro estágio é responsável pelo desenvolvimento do estágio psicossexual genital-locomotor ou a capacidade da iniciativa. Nesse momento, a criança está mais avançada tanto física quanto mentalmente, consegue planejar suas tarefas e pode associar a autonomia e à confiança, a iniciativa, pela expansão intelectual. A relação entre confiança e autonomia, possibilita à criança um sentimento de determinação para a iniciativa. Com a alfabetização e a ampliação de seu círculo de contatos, a criança adquire o crescimento intelectual necessário para apurar sua capacidade de planejamento e realização (Erikson, 1987, p.116)
Diligência x Inferioridade
Nesse estágio, a criança tem a necessidade de controlar a sua fértil imaginação e direcionar sua atenção ao processo da educação formal. Nesse momento, a criança aprende as recompensas da diligência e da perseverança. O interesse pelos seus brinquedos abre espaço as novas atividades mais produtivas com outros instrumentos. Nessa fase o ego está sensível, dessa forma, se existir um nível de exigência muito alto ou se existirem algumas falhas, a criança poderá desenvolverum nível de inferioridade considerável.
Identidade x Confusão de Identidade
A quinta fase foi reconhecida como a que mais Erikson realizou produções científicas, tendo dedicado um livro completo a questão da crise de identidade. Esse estágio é vivido pelo adolescente como uma busca pela sua identidade, que foi construída pelo seu ego nas fases anteriores.
Esse sentimento de identidade se expressa nas seguintes questões, presentes para o adolescente: sou diferente dos meus pais? O que sou? O que quero ser? Respondendo a essas questões, o adolescente pretende se encaixar em algum papel na sociedade. Daí vem à questão da escolha vocacional, dos grupos que frequenta, de suas metas para o futuro, da escolha do par, etc. (RABELLO, et al 2006).
A preocupação do adolescente em encontrar o seu papel na sociedade provoca uma confusão de identidade, afinal, a preocupação com a opinião do outro faz com que o adolescente modifique as sua forma de ser no mundo, remodelando sua personalidade muitas vezes em um período muito curto, seguindo o mesmo ritmo das transformações físicas que acontecem com ele.
Intimidade x Isolamento
No estabelecimento de uma identidade definida, o sujeito estará pronto para unir-se à identidade de outrem. Essa fase é caracterizada por esse momento da união, o que sugere à associação de um ego ao outro. Para que haja uma associação positiva é necessário que o indivíduo tenha construído um ego forte e autônomo, para assim, aceitar o convívio com o outro ego, numa perspectiva mais íntima. Quando isso não acontece, isto é, o sujeito não construiu um ego seguro, a pessoa irá preferir o isolamento, numa tentativa de preservar esse ego.
Generatividade x Estagnação
Essa fase consiste no momento em que o indivíduo se preocupa com o que gerou o que foi gerado. Preocupa-se com a transmissão de valores de pai para filho e sente que sua personalidade foi enriquecida, somada. Dessa forma, acredita-se que seu conhecimento foi repassado e que deixou um pouco de si nos outros. Caso isso não aconteça, o sujeito acredita que toda a sua construção não foi produtiva, uma vez que não terá como dar prosseguimento aos seus projetos.
Integridade x Desespero
Nesse estágio é feita uma reflexão sobre sua vida, sua história, o que fez e o que deixou de fazer. Entretanto, esse movimento retrospectivo pode ser vivenciado de diferentes formas. O indivíduo pode entrar em um período de desespero por acreditar que sua vida chega ao fim e não há mais tempo para realizações e desejos, ou ainda, pode sentir a sensação de dever cumprido e de integridade, repassando com sabedoria o conhecimento adquirido ao longo da vida.
Erikson (1987), faz uma ressalva acerca das crises e de suas consequências na construção da personalidade. Em suas palavras:
“uma personalidade saudável domina ativamente seu meio, demonstra possuir uma certa unidade de personalidade (...). De fato, podemos dizer que a infância se define pela ausência inicial desses critérios e de seu desenvolvimento gradual em passos complexos de crescente diferenciação. Como é, pois, que uma personalidade vital cresce ou, por assim dizer, advém das fases sucessivas da crescente capacidade de adaptação às necessidades da vida – com alguma sobras de entusiasmo vital?” (Erikson, 1987, p. 91)
Erick Versus Freud
Erikson identificou o tributo de Freud para o entendimento do desenvolvimento, mas demarcou-se deste perspectivando o desenvolvimento de uma óptica não patológica. Apercebendo-se de que persistiu excessivamente no domínio da sexualidade e das relações familiares. (Luís Rodrigues, 2001: p.273).
A diferença básica entre a teoria psicanalítica de Erick Erikson da Teoria Psicanalítica Clássica de Sigmund Freud reside no fato de que esse teórico adotou uma concepção global do desenvolvimento humano, visto que, para Erikson o desenvolvimento do indivíduo abarca todo o ciclo vital e não é assente em termos psicossexuais, o meio sociocultural influencia nesse processo.
Uma das grandes disparidades entre tais teóricos se implica no fato de Erikson ter como base da sua teoria, uma psicologia do Ego e não exatamente uma psicologia do Id ou das pulsões inconscientes. Ao contrário da teoria freudiana, ressaltou que o ego não é um mero gestor, e ego, se configura como uma energia positiva, e está envolvimento num melhor enquadramento da pessoa no mundo.
É possível concluir que a perspectiva do desenvolvimento humano eriksoniano situa-se em uma vertente sociocultural, baseando nos conflitos do ego e contrapondo-se ao movimento do Id e pulsões inconscientes. Nesse aspecto, entende-se que os estágios psicossociais do desenvolvimento se apresentam como um arcabouço teórico que a psicologia dispõe para explicar os processos do ciclo da vida.
A partir de Erikson o conceito do ego emerge em uma posição ampliada, em que assume novas dimensões, sendo considerado um modelo criativo devido a sua versatilidade para explicar e resolver as diferenças surgidas em cada fase.
Fonte: https://psicologado.com.br/psicologia-geral/desenvolvimento-humano/o-desenvolvimento-humano-na-perspectiva-de-erick-erikson
QUESTÕES
Para Erikson, a identidade: 
Depende de uma constante reorganização durante o processo de desenvolvimento.
Segundo Erikson, a existência de um ser humano depende em todos os momentos de três processos de organização que devem se complementar:
Biológico, psíquico e comunal.
Para Erikson a identidade:
Depende de uma constante reorganização durante o processo de desenvolvimento.
Na teoria do desenvolvimento psicossocial de Erik H. Erikson, que abrange todo o curso de vida (desde o nascimento até a velhice), cada estágio da vida apresenta uma tarefa ou um desafio principal relacionado ao "eu" e aos outros, e com o qual as pessoas devem lidar de algu- ma maneira. O desafio do primeiro estágio é:
Confiança versus Desconfiança
No que diz respeito ao desenvolvimento psicossocial, a teoria de Erick Erikson (1902-1994) compreende o desenvolvimento da personalidade como produto de nossas interações sociais. Em seus estudos, também identificou uma sucessão de estágios no decorrer do desenvolvimento, caracterizados pelo fato de:
Abrangerem todo o período de vida e envolverem uma questão ou crise que precisa ser resolvida, como uma bifurcação em uma estrada, cuja resolução influencia o desenvolvimento.

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