Container

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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
Graduação em Engenharia Mecânica
ARTUR PRATES DE MORAIS
AUGUSTO ELIAS CRUZ E CAMPOS
FABRÍCIO AUGUSTO BRAGA SANTOS
GUSTAVO MATOS FERREIRA
OTON MATHEUS RIBEIRO
CONTÊINER: 
A CAIXA QUE ENCONLHEU A TERRA
Belo Horizonte
2013
Artur Prates de Morais
Augusto Elias Cruz e Campos
Fabrício Augusto Braga Santos
Gustavo Matos Ferreira
Oton Matheus Ribeiro
CONTÊINER: 
A CAIXA QUE ENCONLHEU A TERRA
Trabalho apresentado à graduação de Engenharia Mecânica, disciplina Introdução à Engenharia Mecânica da faculdade Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais.
 Orientador: Marcio Machado de Oliveira 
Novembro 2013
Belo Horizonte
SUMÁRIO
1 – Antecedentes Históricos-----------------------------------------------------------------------------03
2 – A invenção do contêiner ----------------------------------------------------------------------------05
3 – Evoluções do contêiner------------------------------------------------------------------------------07
4 – Características -----------------------------------------------------------------------------------------09
5 – Como a invenção do contêiner mudou a humanidade------------------------------------10
6 – Referências Bibliográficas--------------------------------------------------------------------------13
ANTECEDENTES HISTÓRICOS
O transporte de cargas, principalmente no início, deparou-se com muitas dificuldades no carregamento e descarregamento dos produtos, devido aos métodos manuais, pois exigia um trabalho brutal de força humana, havia riscos de danos às cargas, aos manipuladores, ao meio ambiente, além da facilidade de roubo. 
Alguns equipamentos conseguiram suprir a necessidade desse processo por certo tempo, como por exemplo, sacas, os toneis e o pallet. As sacas eram utilizadas principalmente para o transporte de grãos, porem o tempo gasto para o transporte, a perda do lucro, a eficiência da entrega eram de péssima qualidade. Os toneis/barris, utilizados desde tempos remotos, séculos antes de Cristo, que foram utilizados para o armazenamento e transporte de vinho pelo povo da Mesopotâmia, são recipientes cilíndricos feitos de madeira, que transportam majoritariamente líquidos. Por fim o pallet, que por sua vez, é uma unidade que, na sua forma, assemelha-se a um estrado. Principalmente construído de madeira, podendo também ser de alumínio, aço, plástico, fibra, polipropileno. O pallet pode ser utilizado para a unitização de diversos tipos de produtos e facilita o transporte, manuseio e armazenagem destes produtos. 
Figura 1 - Pallets
Figura 2 - Barril
Figura 3 - Sacas de Café
No entanto, percebeu-se que esses equipamentos ocupavam muito espaço, sendo considerados com alto índice de estiva e o que mais importava para os armadores era o espaço, pois quanto maior o espaço maior é a capacidade de carga. A partir daí surgiu à necessidade de encontrar um equipamento que suprisse esta necessidade.
Observou-se que o transporte precisava de um processo que fosse mais eficiente, que pudesse atender a demanda. A partir daí buscou-se um melhor enquadramento que atendesse a todos os quesitos de boa qualidade, performance e custos que atendam ao transporte de carga e por consequência encontraram o contêiner. 
Figura 4 - Transporte Marítimo dos contêineres
A INVENÇÃO DO CONTÊINER
No ponto de vista do comércio mundial, nenhuma invenção teve mais impacto do que o contêiner. O impacto no comércio foi irreversível. O custo do frete caiu de 20% para 1% do valor final da mercadoria – uma queda de 95%. Os portos viram sua produtividade avançar rapidamente a partir de 1970 e ajudaram a deslanchar o comércio global – as exportações mundiais cresceram 500% de 1980 para cá.
Figura 5 – Contêiner usado pelo navio Sea-Land
No último século, um empresário norte-americano do ramo de transporte rodoviário, Malcolm McLean, encontrou numa caixa metálica a solução ideal para levar cargas. McLean começou no ramo de transportes com um único caminhão e tornou-se dono de uma das maiores transportadoras dos Estados Unidos. Em 1937, enquanto aguardava a carga de seu caminhão ser retirada pelos estivadores, observava a lenta e atabalhoada descarga de fardos de algodão, que estava sendo empilhados no cais e depois – bem outra penosa operação – transferida para o porão dos navios. Ele concluiu que a operação seria muito mais rápida se a carreta pudesse ser colocada diretamente sobre o navio. Assim, evitando várias operações, da fazenda produtora para o navio, com segurança e a custo menores. McLean trabalhou durante duas décadas para colocar sua ideia em prática. Com a deflagração da 2º Guerra Mundial (1939/45) as experiências e a evolução das ideias de  Malcon foram prejudicadas, sobretudo o aproveitamento do contêiner na área internacional, limitando-se a respectiva  utilização do transporte  interno americano, fluvial e de cabotagem. Assim, somente  três décadas depois, o navio da Sea-Land- empresa que o próprio Malcon fundara – deu inicio ao uso do contêiner no transporte internacional.
Figura 6 - Malcolm McLean:O inventor do contêiner
A vitoriosa carreira empresarial de Malcom  começou na década de 1930 com a pequena empresa de caminhões, a McLean Trucking.Depois, já com os contêineres em circulação marítima, em 1955, criou a Pan Antlantic Steamship Co., que, em 1960, transformou-se na Sea-Land Industries Inc. Em 1990 essa empresa associou-se (e depois vendida) ao poderoso grupo dinamarquês que domina a navegação mundial, criando a Maersk Sea-Land Inc.
EVOLUÇÃO DO CONTÊINER
A adoção do contêiner causou imediata e importante repercussão na marinha mercante e na construção naval, que passou a produzir equipamentos especializados, como navios porta-contêineres, pontes-rolantes (que movimentam os contêineres entre o cais e o navio), bem como os próprios contêineres. 
O sucesso do contêiner só foi possível graças à padronização de suas dimensões. Para que isso ocorresse, países e empresas engalfinharam-se num conflito que se arrastou por toda a década de 60 do século passado. Havia certo consenso sobre a altura e a largura das caixas. Elas não poderiam ser tão amplas a ponto de não circular pelas rodovias e ferrovias nem tão altas a ponto de não passar por baixo de viadutos. O embate deu-se em torno do comprimento. Cada transportadora queria impor o seu. Nos Estados Unidos, as duas maiores empresas de transporte marítimo usavam caixas de comprimentos distintos, de 35 pés e de 24 pés, o que provocava o caos. "Se o tipo de contêiner usado por uma empresa de transportes não servisse nos navios ou trens de outras, cada companhia precisaria ter uma enorme frota para atender apenas os seus clientes", diz o economista americano Marc Levinson no livro The Box – How the Shipping Container Made the World Smaller and the World Economy Bigger (A Caixa – Como o Contêiner Tornou o Mundo Menor e Ampliou a Economia Mundial), lançado recentemente nos Estados Unidos. A falta de padronização impedia ainda que os contêineres feitos nos Estados Unidos pudessem ser usados na Europa, e vice-versa. O impasse só se dissolveu no fim da década de 60, quando a International Organization for Standardization (ISO), uma associação internacional que busca estabelecer padrões, definiu e publicou cinco dimensões básicas a ser seguidas – duas, a de 6,06 metros (20 pés),denominado de TEU (Twenty Equivalent Unit), e a de 12,19 metros (40 pés), tornaram-se mais populares. Definidos os padrões, o contêiner, como uma linguagem simples e universal, passou a circular por todo o mundo.
Foi rápida e impressionante a evolução técnica dos navios para o transporte de contêineres. Das 50 unidades conduzidas pelo Fairland, em 1966, em 2000 o porta-conteinêres Regina Maersk já podia transportar 7 mil TEUs. E em 2013, entrarão em operação osgigantescos porta-contêineres, também da dinamarquesa Maersk Line (a líder mundial do setor), medindo 400 metros, com capacidade para 14 mil TEUs. Com tripulação reduzida, (cerca de 15 pessoas) um desses moderníssimos navios transportará tantos contêineres quanto o conjunto de 280 cargueiros de 50 anos atrás, quando se iniciou o sistema.
Santos foi o primeiro porto sul-americano a receber contêineres, trazidos pela empresa norte-americana Moore McCormack Lines, Inc., em 1965, a bordo de seu navio Mormacdawn.
CARACTERÍSTICAS
O container é um recipiente utilizado para o transporte de cargas entre levado normalmente por trens ou navios de grande porte. Feito na maioria das vezes de aço de alta resistência a corrosão o container pode também ser produzido por meio da madeira. Com o tempo foi necessária uma padronização dos tamanhos dessas caixas de metal para facilitar a identificação e reserva de espaço nos navios e foi decidido que o menor tamanho seria de 20 pés (6,1 metros de comprimento x 2metros de altura).
O peso próprio do container varia de 3180kg até 4.900 e suporta uma carga de ate 25580kg. Existem alguns tipos de container que podem variar de acordo com a carga transportada, como mostrado a seguir:
Dry box: usado para cargas comuns, como roupas e móveis, que não requerem nenhum tratamento especial, como de temperatura, apenas que a não entrada de água.
Isolantes: para cargas que não possam ser expostas a mudanças bruscas de temperatura, alguns containers são ventilados e possuem um sistema para aquecimento.
Refrigerados: assim como as isolantes, não podem ser submetidos a uma mudança brusca na temperatura, porém são refrigerados, mantendo constantes as condições do seu interior.
Tanque: destinado ao transporte de líquidos, devem ser completamente lacrados.
Animais: destinado ao transporte de animais, devem permitir uma boa ventilação no seu interior.
Figura 7 - Contêiner
COMO A INVENÇAO DO CONTÊINER MUDOU A HUMANIDADE
O contêiner pode ser considerado uma das invenções com maior impacto na viabilização da globalização. Esta caixa de metal, com tamanho padronizado, que pode ser transportada por navios, trens e caminhões levando das mais diversas mercadorias revolucionou o comercio mundial. A utilização do contêiner reduziu não só o custo de mão de obra, mas também o prazo para entrega da mercadoria, além de proporcionar melhor aproveitamento do espaço nos navios. Há cinquenta anos, encher um navio cargueiro com mercadorias levava até uma semana de trabalho ininterrupto, a tarefa exigia centenas de estivadores, que, sindicalizados, transformavam os portos em centros de roubalheira e ineficiência. Mas após a implantação dos contêineres, um único trabalhador operando uma grua, faz o mesmo trabalho em um dia. 
Ninguém sabe o número ao certo, mas estima-se que existam hoje perto de 20 milhões dessas caixas metálicas em atividade. O problema é que grande quantidade destes containers é descartada nos portos após a sua utilização, pois é mais viável economicamente comprar uma nova peça do que transportá-la vazia ao ponto de partida. A construção civil, responsável por mais de 50% dos resíduos sólidos no Brasil, viu na reutilização de containers uma opção ecológica de moradia. O empreendimento já é tendência na Europa, Ásia e Estados Unidos, e aos poucos vem ganhando adeptos no Brasil.
Um exemplo de uso comercial é a loja da grife esportiva Puma, a Puma City, do escritório Lot-Ek, montada com 24 containers de 40 pés, foi criada para ser facilmente desacoplada e transferida para nova locação, é um belo exemplo da composição arquitetônico que pode ser obtida ao se trabalhar o balanço possibilitado pela estrutura própria do objeto.
Figura 8 - Loja da Puma
Mais um exemplo de utilização de TEU (sigla para tweenty feet equivalent unit ou resumidamente unidade de vinte pés), o projeto do escritório Urban Space Management cria “cidades” modulares de containers com usos variados, comercial, habitacional ou misto.
Figura 9 - Escritório Urban Space Management
A solução encontrada pela empresa Tempo Housing, o projeto de habitação estudantil Keetwonen na Holanda, é um dos maiores complexos habitacionais em containers do mundo, tendo surgido como resposta às dificuldades em se construir moradias para estudantes, com baixo custo de construção e curto prazo de execução.
Figura 10 - Habitação estudantil Keetwonen na Holanda
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
http://port.pravda.ru/cplp/brasil/28-06-2006/11732-brasconteiner-0/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Container_(transporte)
http://portosenavios.com.br/revista-impressa/colunas/58-port-e-export/14350-conteiner-a-simples-e-genial-invencao
http://webradioagua.org/index.php/mundo-agua/item/1315-casa-container-%C3%A9-tend%C3%AAncia-sustent%C3%A1vel-de-moradia
http://www.projetoblog.com.br/2011/containers-e-construcao-civil/#more-3057