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PROPRIEDADES DOS ANTICORPOS Professora: Clarissa de França Anticorpos Mediadores da imunidade humoral São glicoproteínas solúveis produzidas plasmócitos após a estimulação com uma macromolécula (antígeno). Tem a capacidade de se ligar ao antígeno, pertencem a um grupo de proteínas chamados imunoglobulinas. Anticorpos Depois que o sistema imunológico entra em contato com um antígeno (proveniente de bactérias, fungos, etc.), são produzidos anticorpos específicos contra ele. As principais ações dos anticorpos são: a) Neutralização de bactérias, vírus e toxinas b) Aglutinação c) Precipitação de proteínas (ex. toxinas) Anticorpos d) Opsonização (recobrimento) de antígenos facilitando a fagocitose por macrófagos. e) Ativação de outras células de defesa, como Eosinófilos: em reações alérgicas e Células NK. f) Ativação do sistema complemento Anticorpos Especificidade: Antígenos distintos (ou parte deles) provocam respostas específicas. As partes de um antígeno reconhecidas pelos linfócitos são chamadas de DETERMINANTES ou EPÍTOPOS. Diversidade: O sistema imune é capaz de responder a uma grande variedade de antígenos. Memória: Exposição do sistema imune a determinado antígeno aumenta sua habilidade para responder novamente àquele antígeno Aspectos do sistema imune Expansão clonal: Os linfócitos sofrem considerável proliferação após encontro com o antígeno. Autolimitação: Todas as respostas imunes normais diminuem com o decorrer do tempo depois da estimulação antigênica (em grande parte devido a eliminação do antígeno). Discriminação do próprio e não-próprio: Capacidade de reconhecer, responder e eliminar antígenos estranhos (não próprios) e não reagir nocivamente às substâncias do indivíduo (próprio). Aspectos do sistema imune Teoria da seleção clonal No organismo, existem milhões de anticorpos de superfície de células B específicas para cada antígeno. Somente as células B ativadas, após o primeiro contato com um determinado antígeno, sofrerão modificações (expansão clonal) e diferenciação em plasmócitos e células de memória. Resposta imune adaptativa Resposta imune adaptativa CLASSIFICAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE Classificação da resposta imunológica a) Primária e secundária b) Ativa e passiva c) Inata e adaptativa d) Humoral e celular RESPOSTA IMUNE ADAPTATIVA PRIMÁRIA É a resposta imunológica que ocorre quando o organismo entra em contato pela primeira vez com o antígeno (Formação de células memória). RESPOSTA IMUNE ADAPTATIVA SECUNDÁRIA Já houve contato prévio com o antígeno (Resposta mais rápida e mais intensa) RESPOSTA IMUNE ATIVA É aquela em que o indivíduo recebe o antígeno e o organismo tem que trabalhar para formar a sua defesa. RESPOSTA IMUNE ATIVA NATURAL: É aquela adquirida pela infecção natural. ARTIFICIAL: É aquela induzida por vacinas. RESPOSTA IMUNE ATIVA VACINAS: Preparação antigênica fraca que induz a resposta imunológica sem promover o desenvolvimento da doença. Microrganismos vivos (Ex: Varíola bovina), atenuados (vacinas inativadas) ou fragmentos de microrganismos (Ex: poliemielite, tétano e difteria) aplicados via subcutânea ou oral para indução da produção de anticorpos ou resposta imune primária. RESPOSTA IMUNE ATIVA VACINAS: Objetivos: induzir a produção de células de memória. Assim um segundo contato com o mesmo antígeno, desencadeia a resposta imune secundária , mais rápida e intensa na produção de anticorpos mais específicos, prevenindo o desenvolvimento da doença. RESPOSTA IMUNE PASSIVA É aquela resultante dos anticorpos pré-formados. Transferência de Anticorpos para outro organismo. RESPOSTA IMUNE PASSIVA IMUNIDADE PASSIVA NATURAL: É obtida através de anticorpos da mãe (IgG) que atravessam a placenta para o feto ou nos primeiros dias de amamentação. IMUNIDADE PASSIVA ARTIFICIAL: É adquirida pela inoculação de anticorpos pré-formados em outro animal. Fases das respostas imunológicas Aplicações dos anticorpos Os Acs específicos podem ser usados para a detecção de proteínas e células específicas, sendo portanto, aplicados nas áreas de saúde e em pesquisas para o diagnóstico de doenças. ANTÍGENOS E ANTIGENICIDADE Estruturas que se ligam à moléculas imunologicamente ativas, os anticorpos. Imunógenos: são antígenos com capacidade de provocar uma reação imunológica específica contra eles, ou seja, levam à produção de anticorpos e linfócitos. Haptenos: são antígenos que se ligam a anticorpos específicos, porém não são capazes por si só de provocar uma resposta imune, pois não possuem características químicas para tal. *carreadores Antígenos Vírus, bactérias ou protozoários, possuem na sua composição vários determinantes antigênicos ou epitopos (parte mais externa). Estes epitopos funcionam individualmente como antígenos/imunógenos individuais. Os anticorpos se dirigem apenas contra essas partes Antígenos Fatores que influenciam a resposta do sistema imunológico ao estímulo imunogênico Grau de diferença: o quanto a estrutura é diferente de estruturas próprias de nosso organismo. Distancia de relação filogenética: As células de camundongo são muito imunogênicas no homem. Acesso do epitopo do antígeno às celulas de reconhecimento: Quando o epitopo está na região externa da estrutura, ela tende a ser mais imunogênica. Frequência da administração do imunógeno: Administrações múltiplas aumentam a imunogenicidade. Fatores que influenciam a resposta do sistema imunológico ao estímulo imunogênico Os antígenos presentes na natureza podem ser imunógenos fracos ou potentes. Resposta imunológica acima do normal: processo alérgico Falha no reconhecimento de um componente do próprio corpo: auto-imunidade Tolerância imunológica Refere-se a uma estado de não-reatividade O aspecto mais importante da tolerância é a autotolerância, que impede que o organismo elabore um ataque contra seus próprios constituintes. Tolerância imunológica- potencial para auto-agressão S.I.: grande diversidade de receptores para antígenos específicos que podem se tornar auto-reativos. As células que possuirem receptores semelhantes devem ser eliminadas, funcional ou fisicamente. Dessa forma, a auto-reatividade deve ser evitada por processos que ocorrem durante o desenvolvimento Tolerância imunológica- potencial para auto-agressão Antígenos indutores de tolerância: TOLERÓGENOS e devem ser distinguidos dos imunógenos, que geram respostas imunes. Tolerância aos antígenos próprios: é propriedade fundamental do sistema imune; Perda: leva às doenças auto- imunes. Normalmente todos os antígenos próprios são tolerógenos. Tolerância imunológica- potencial para auto-agressão Muitos antígenos estranhos podem ser imunógenos ou tolerógenos, dependendo de sua forma fisicoquímica, dose, e via de administração Assim, os mecanismos responsáveis pela indução da tolerância nos linfócitos determinam como o sistema imune diferencia entre o próprio e o não-próprio, e também como o sistema responde a diferentes formas de antígenos estranhos.
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