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B3, B4 E DESDOBRAMENTO DE B2

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DESDOBRAMENTO DE B2
Fisiológicos x patológicos.
Valvas podem fazer som ao abrir se deficientes.
B1 bate com o pulso. Palpar preferencialmente o pulso carotídeo, mas apenas com muita segurança. Onda de pulso de sangue sendo ejetado pelo ventrículo para a aorta é sincronizado com B1, que é o som sistólico.
B1 melhor audível nos focos mitral e tricúspide; mais alta. B2, nos focos aórtico e pulmonar.
Bulhas hipofonéticas em insuficiência; valva não fecha, então não faz barulho.
Coração esquerdo bate antes do direito.
Valvas aórtica e pulmonar são mais superficiais, mais facilmente audíveis. Componente aórtico muito mais alto que o pulmonar.
Desdobramento fisiológico de B2: Inspiração profunda gera pressão intratorácica negativa, que facilita o retorno venoso, aumentando a quantidade de sangue a chegar ao VD, que fica ainda mais atrasado que o VE, o que leva a pulmonar a fechar depois da valva aórtica enquanto o paciente estiver segurando a respiração após a inspiração profunda. À expiração, valvas voltam a fechar ao mesmo tempo, formando B2. Manobra de Rivero-Carvalho. Útil para entender se um som é do coração direito ou esquerdo; estará mais alto caso do coração direito.
Desdobramento de B2 só é audível no foco pulmonar, visto que o fechamento da valva pulmonar não é audível no foco aórtico.
Desdobramentos patológicos: amplo, paradoxal e fixo. Este ocorre apenas na comunicação interatrial: sangue passa da direita para a esquerda.
Desdobramento amplo (patológico): presente em doenças que naturalmente retardam o coração direito, como a hipertensão arterial pulmonar. Doenças do coração esquerdo com aumento de pressão geram aumento de pressão retrogradamente, podendo causar hipertensão arterial pulmonar, sobrecarregando o coração direito, produzindo insuficiência cardíaca direita e congestão sistêmica, produzindo edema; normalmente hipertensão pulmonar é causada por eventos à esquerda. Coração direito não está preparado para ejetar sangue contra uma pressão tão elevada, demorando mais tempo para ejetar; sístole demorada, levando a valva pulmonar a fechar atrasada em relação à valva aórtica. Outra causa possível é a estenose pulmonar, bem como bloqueio do ramo direito (normalmente já mais lento que o esquerdo, o que explica os eventos serem anteriores à esquerda) – situação na qual o ramo esquerdo causará a contração do lado direito, tardiamente. Nessa situação, haverá desdobramento mesmo à respiração normal. A inspiração lenta aumentará esse desdobramento.
Desdobramento paradoxal (patológico): desdobramento estará desaparecido na inspiração e presente na expiração. É “ao contrário” do fisiológico. Ocorre quando eventos atrasam o coração esquerdo, como a estenose aórtica, que aumenta o tempo necessário pelo VE para ejetar, atrasando o fechamento da valva aórtica. Outra causa possível é o bloqueio do ramo esquerdo, na qual o coração direito contrai antes do esquerdo. Valva aórtica fecha depois da pulmonar. Não ocorre na insuficiência mitral, apenas se muito avançada. À inspiração, valva pulmonar atrasa, desaparecendo o desdobramento.
B3: surge no enchimento ventricular rápido em coração dilatado; a hipertrofia excêntrica aumenta a cavidade da câmara, adelgaça a parede ventricular e desorganiza, distende e afrouxa as cordas tendíneas e músculos papilares. No enchimento ventricular rápido em um ventrículo dilatado, frouxo, e desorganizado, o sangue se choca contra os músculos papilares e cordas tendíneas ocasionando vibração, que provoca o som da B3, similar a uma bulha. Audível nos focos mitral e tricúspide, já que é um som ventricular. Final da fase de enchimento ventricular rápido; som diastólico. Audível melhor na campânula. Sinal de disfunção sistólica. Possível em atletas profissionais, em crianças e idosos. Está mais próxima de B3, posterior a ela (1, 2, 3).
Manobra de Rivero-Carvalho permite identificar se as bulhas patológicas são no lado direito ou esquerdo.
B4: presente à contração atrial; som diastólico. Está mais junta da B1, anterior a ela (4, 1, 2). Presente na hipertrofia concêntrica, na qual há diminuição da cavidade e dificuldade de relaxamento do VE, sendo o enchimento ventricular rápido afetado, com baixa quantidade de sangue passando e sobrando sangue no átrio, que se esvazia em contração vigorosa, provocando som similar a uma bulha; é a B4. Sinaliza disfunção diastólica. Confundível com o reforço pré-sistólico da estenose mitral. Audível nos focos mitral e tricúspide.

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