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APOSTILA QUEST INTER

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 Sobre carta rogatória 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES INTERDISCIPLINARES – AULA 1 
 
 
1. Em operação conjunta do IBAMA com a Polícia Federal, Theo foi flagrado vendendo ave migratória nati-
va da floresta amazônica e ainda confessou possuir em casa outras espécimes da fauna silvestre, sem a 
devida anuência da autoridade competente. Diante do caso concreto, com relação à suspensão condicio-
nal do processo e nos termos da Lei nº 9.605/1998, que dispõe sobre sanções penais e administrativas de 
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, assinale a alternativa correta. 
 
A) Nos crimes ambientais, é viável e possível a prorrogação do prazo de suspensão condicional do processo, por 
mais um ano além do máximo previsto, que é de quatro anos, dependendo a declaração de extinção da punibili-
dade de laudo que comprove ter o acusado adotado todas as providências inerentes à reparação integral do dano. 
B) Nos crimes ambientais, a reparação do dano ambiental deve ocorrer até o término do prazo da suspensão 
condicional do processo, não se admitindo prorrogação. 
C) Nos crimes ambientais, a suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de condenação a pena 
privativa de liberdade não superior a quatro anos. 
D) Nos crimes ambientais, a pena de multa poderá ser aumentada até cinco vezes, ainda que aplicada no valor 
máximo, tendo em vista o valor da vantagem econômica auferida. 
 
2. Considere que Fernando, empregado da padaria Pão & Etc, ao dirigir veículo da empresa para a entrega 
de encomendas, no horário regular de trabalho, tenha atropelado Maria e que esta tenha falecido em de-
corrência do acidente. Considere, ainda, que Fernando tenha sido condenado, por sentença judicial transi-
tada em julgado, pela prática do referido homicídio culposo. Vale ressaltar que o juiz não fixou, na senten-
ça, o valor para reparação do dano. Nessa situação, a respeito da ação civil ex delicto, assinale a opção 
correta. 
 
A) Tendo em vista a sentença condenatória, a ação civil ex delicto poderá ser ajuizada diretamente através de 
uma ação de execução, tanto em face de Fernando como da empresa empregadora, responsável civil por ato de 
seu preposto. 
B) O juiz criminal incorreu em erro, uma vez que deveria ter fixado os valores de reparação do dano na própria 
sentença penal condenatória. 
C) A sentença penal condenatória, neste caso, poderá ser executada em face de Fernando perante o juízo cível 
competente, precedida da necessária liquidação da sentença, uma vez que o juiz criminal não chegou a fixar os 
valores mínimos de reparação no processo criminal. 
D) Fixado na sentença penal condenatória valor para reparação dos danos causados pela infração e considerados 
os prejuízos sofridos pelo ofendido, a execução cível estará limitada ao valor ali fixado. 
 
3. Felipe, adolescente de 15 (quinze) anos, subtraiu para si uma bolsa contendo documentos pessoais e 
aparelho de telefone celular da idosa Silvia, em via pública, no Centro de São Paulo, mediante grave ame-
aça pelo emprego de arma de fogo e violência consistente em uma coronhada na cabeça da vítima. Polici-
ais Militares foram alertados e, após diligência, encontraram o menor com os objetos da vítima e com a 
arma de fogo. O menor foi levado à delegacia de polícia, onde verificou a autoridade policial que o adoles-
cente já cometera outros três atos ilícitos nas mesmas circunstâncias, motivo pelo qual o delegado lavrou 
o competente auto de prisão em flagrante em detrimento de Felipe, encaminhando-o à carceragem. Neste 
caso, a medida adotada em sede policial está 
 
A) correta, já que Felipe foi capturado, logo após à infração, com objetos/instrumentos relacionados à conduta 
praticada. 
B) correta, devendo o auto de prisão em flagrante ser encaminhado ao juízo competente para fins de realização 
da audiência de custódia. 
C) errada, uma vez que Felipe é penalmente inimputável, motivo pelo qual deveria o delegado de polícia ter lavra-
do auto de apreensão, encaminhando o menor ao Juízo da Infância e Juventude para fins de adoção do procedi-
mento por ato infracional indicado no Estatuto da Criança e do Adolescente. 
D) errada, já que Felipe somente poderia ser autuado em flagrante na presença de seus responsáveis ou do Mi-
nistério Público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. Frederico, enquanto aguardava atendimento na fila de um Banco, é reconhecido por Sulamita como 
aquele que a havia estuprado 1 mês atrás. Sulamita chama a polícia, que prende Frederico, conduzindo-o 
até a delegacia, onde é lavrado o flagrante. Encerrado o inquérito, Frederico é denunciado pelo Ministério 
Público pela prática do estupro de Sulamita e, apesar da prova produzida no sentido de que o mesmo, 
naquela data e horário, estaria na festa de uma amiga, o pedido é julgado procedente e Frederico conde-
nado a uma pena de 8 anos de reclusão. Indignado com a decisão, Frederico interpõe recurso de apelação. 
O recurso de apelação é acolhido e a decisão é reformada para absolver Frederico por insuficiência de 
provas. Neste caso: 
 
A) Frederico poderá ajuizar ação de responsabilização civil em face do Estado, buscando a reparação pelo erro 
judiciário. 
B) Como a defesa havia sustentado a tese de negativa de autoria, não poderia o Tribunal ter absolvido Frederico 
por insuficiência de provas. 
C) A prisão de Frederico foi válida, uma vez que o mesmo foi reconhecido de imediato pela vítima Sulamita. 
D) A prisão em flagrante de Frederico foi ilegal e, embora não tenha direito a reparação do dano pelo erro judiciá-
rio, poderá pleitear indenização em face da ilegalidade da prisão. 
 
5. Determinado Deputado Estadual é apontado, em uma investigação, como o autor de crime doloso con-
tra a vida. O seu advogado, ao tomar conhecimento de que o Ministério Público oferecera denúncia peran-
te o Tribunal de Justiça, elabora longo arrazoado, no qual sustenta, basicamente, que embora a Constitui-
ção Estadual garanta aos membros da Assembleia Legislativa a prerrogativa de foro perante o Tribunal de 
Justiça, a competência do Tribunal do Júri para os crimes dolosos contra a vida configura garantia consti-
tucional fundamental, devendo esta prevalecer sobre a prerrogativa fixada exclusivamente nas Constitui-
ções Estaduais. 
 
À luz da sistemática constitucional e do posicionamento jurisprudencial acerca da matéria, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) O foro por prerrogativa de função, previsto na Constituição Federal ou na Estadual, prevalece sobre qualquer 
outro, incluindo a competência do tribunal do júri. 
B) Embora a competência do tribunal do júri prevaleça sobre o foro por prerrogativa de função previsto exclusiva-
mente na Constituição Estadual, a prerrogativa dos Deputados Estaduais configura verdadeira simetria àquela 
definida pela Constituição Federal aos Deputados Federais, motivo pelo qual, ainda que se trate de crime doloso 
contra a vida, deverão ser julgados perante o Tribunal de Justiça do Estado em que exercem a função. 
C) O foro por prerrogativa de função, previsto na Constituição Federal ou na Estadual, jamais prevalece sobre as 
competências específicas, como a do tribunal do júri. 
D) Nas situações em que haja foro por prerrogativa de função, o tribunal competente, em se tratando de crime 
doloso contra a vida, deve ser organizado de forma semelhante ao júri popular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO: 
 
1- A 2- C 3- C 4- D 5- B

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