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_____________________________________________________________________________________ Cálculo II – Profa. Adriana Cherri Coordenadas Polares Existem vários sistemas de coordenadas que mostram a posição de um ponto em um plano. O sistema de coordenadas polares é um deles. No sistema cartesiano, as coordenadas são números chamados de abscissa e ordenada, que são medidas das distâncias orientadas a dois eixos fixos. No sistema polar, as coordenadas consistem de uma distância e da medida de um ângulo em relação a um ponto fixo e a uma semirreta fixa. O ponto P fica bem determinado através do par ordenado (r, ), em que |r| representa a distância entre a origem e o ponto P e representa a medida, em radianos, do ângulo orientado AÔP. Quando AÔP for descrito no sentido anti-horário, > 0, caso contrário, < 0. Exemplos: Representar em um sistema de coordenadas polares, os seguintes pontos: a) 2, 4 P b) 2, 4 P c) 4, 3 P d) 4, 3 P O ponto P pode ter um número ilimitado de pares de coordenadas polares, pois podemos representar esse ponto da forma: (P, +2k), kZ Relação entre o sistema de coordenadas cartesianas retangulares e o sistema de coordenadas polares Para nos referirmos às coordenadas cartesianas e polares de um ponto P, fazemos a origem do primeiro sistema coincidir com o polo do segundo sistema, o eixo polar com o eixo positivo dos x e o raio para o qual = /2 com o eixo positivo dos y. x A y _____________________________________________________________________________________ Cálculo II – Profa. Adriana Cherri Supondo que P seja um ponto com coordenadas cartesianas (x, y) e coordenadas polares (r, ), distinguimos dois casos: r > 0 r < 0 Portanto: r > 0: cos x r e y sen r r < 0: cos x r e y sen r Desta forma, temos: Utilizando estas equações, podemos deduzir uma relação muito usada: x 2 = r 2 cos 2 y 2 = r 2 cos 2 x2 + y2 = r2(cos2 + sen2) r2 = x2 + y2 2 2r x y Portanto, Exemplos: a) Encontrar as coordenadas cartesianas do ponto cujas coordenadas polares são 7 4, 6 b) Encontrar (r, ) supondo r < 0 e 0 2 para o ponto P, cujas coordenadas cartesianas são 3, 1 x = r cos y = r sen _____________________________________________________________________________________ Cálculo II – Profa. Adriana Cherri Representação gráfica O gráfico de F(r,) = 0 é formado por todos os pontos cujas coordenadas polares satisfazem a equação. Geralmente, a equação em sua forma explícita é dada por r = f (). Os seguintes procedimentos podem auxiliar no esboço do gráfico: Calcular os pontos de máximo ou de mínimo; Encontrar os valores de para os quais a curva passa pelo pólo; Verificar simetrias: Se a equação não se altera quando substituímos r por –r, existe simetria em relação à origem; Se equação não se altera quando substituímos por –, existe simetria em relação ao eixo polar (ou eixo dos x); Se equação não se altera quando substituímos por ( – ), existe simetria em relação ao eixo = /2 (eixo dos y). Exemplo: A curva r = 2(1 – cos ) é dada por: Equações de reta a) = 0 ou = 0 + n, n Z: reta que passa pelo polo e faz um ângulo de 0 ou 0 + n radianos com o eixo polar. b) r sen = a e r cos = b, a, bR: retas paralelas aos eixos polar e /2, respectivamente. _____________________________________________________________________________________ Cálculo II – Profa. Adriana Cherri Circunferências a) r = c, c : circunferência centrada no polo e raio |c| b) r = 2a cos: circunferência de centro no eixo polar, tangente ao eixo = /2: se a > 0, o gráfico está a direita do polo; se a < 0, o gráfico está a esquerda do polo. [r = 2a cos a>0] [r = 2a cos a<0] c) r = 2b sen: circunferência de centro no eixo /2 e que tangencia o eixo polar. se b > 0, o gráfico está acima do polo; se b < 0, o gráfico está abaixo do polo. Exemplo: Esboce a curva com equação polar r = 2 cos _____________________________________________________________________________________ Cálculo II – Profa. Adriana Cherri Limaçons: São equações do tipo: r = a b cos ou r = a b sen , a, b Se b > a , o gráfico tem um laço. Se a = b, então o gráfico é conhecido como cardeoide. Se b < a, o gráfico não tem um laço Exemplo: Esboce a curva r = 1+2 cos _____________________________________________________________________________________ Cálculo II – Profa. Adriana Cherri Lemniscata: São equações do tipo: r 2 = ± a 2 cos 2 ou r2 = ± a2 sen 2, a Rosáceas: São equações do tipo: r = a cos n ou r = a sen n, a e nN Se n é par, temos uma rosácea de 2n pétalas Se n é ímpar, temos uma rosácea de n pétalas Exemplo: Esboce a curva r = cos2 _____________________________________________________________________________________ Cálculo II – Profa. Adriana Cherri Espirais Espirais hiperbólicas (a > 0) r = a (>0) r = a (<0) Espirais parabólicas Espiral de Arquimedes (a > 0) Espiral de logarítmica _____________________________________________________________________________________ Cálculo II – Profa. Adriana Cherri Comprimento de arco de uma curva dada em coordenadas polares Seja C uma curva dada pela equação polar r = f (). Utilizando as equações x = r cos y = r sen temos que x = f() cos y = f() sen que podem ser consideradas equações paramétricas da curva C, para [0,1]. Derivando essas equações, temos: `( )cos ( )sen dx f f d `( )sen ( )cos dy f f d Elevando ambos os lados das equações ao quadrado e somando, temos: 2 2 2 2( `( )cos ( )sen ) ( `( )sen ( )cos ) dx dy f f f f d d 2 2 2 2 2 2 2 2 `( ) cos 2 `( ) ( ) cos sen ( ) sen `( ) sen 2 `( ) ( )sen cos ( ) cos f f f f f f f f 2 2 2 2 2 2`( ) cos sen ( ) cos senf f 2 2`( ) ( )f f Substituindo este resultado na fórmula do comprimento de arco de uma curva dado por suas equações paramétricas, temos que o comprimento de arco de uma curva dado em coordenadas polares é dado por: 𝒔 = 𝒇′(𝜽)𝟐 + 𝒇(𝜽)𝟐 𝒅𝜽 𝜽𝟏 𝜽𝟎_____________________________________________________________________________________ Cálculo II – Profa. Adriana Cherri Exemplos a) Calcular o comprimento de arco da cardioide r = 1 + cos. b) Determine o comprimento da espiral r = e, [0, 2]. c) Calcular o comprimento de arco da cardioide r = 1 + sen. _____________________________________________________________________________________ Cálculo II – Profa. Adriana Cherri Área de figuras planas em coordenadas polares Seja f uma função contínua e não negativa no intervalo fechado [α,β]. Seja R a região limitada pela curva cuja equação é r = f () e pelas retas = α e = β Considere uma partição P de [α,β] definida por: α = 0 < 1 < 2 < ... < i-1 < i < ... < n = β Para cada [i-1, i], i = 1, ..., n, consideramos um setor circular de raio f(ρi), e um ângulo central i, em que i-1 < ρi < i e i = i - i-1 Desta forma, a área do i-ésimo setor circular é dada por: 21 ( ) 2 i if Como há um desses setores circulares para cada um dos n subintervalos, temos uma área aproximada igual a An, sendo: 2 2 1 1 1 1 ( ) ( ) 2 2 n n n i i i i i i A f f _____________________________________________________________________________________ Cálculo II – Profa. Adriana Cherri A medida em que n cresce, cada i, i = 1, ..., n, torna-se pequeno e An aproxima-se da área da região delimitada por = α, = β e r = f (). Portanto 2 1 1 lim ( ) 2 n i i n i A f Pela definição de integral temos que: Exemplos: a) Encontre a área da região delimitada pela cardioide r = 2+2 cos. b) Encontre a área da região R interior à cardioide r = 2+2 cos() e exterior ao círculo r = 3.
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