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Histologia Oral COMPLEXO DENTINA PULPAR

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Histologia Oral 06/06
Complexo Dentina-Polpa
A dentina e a polpa possuem uma relação intima por toda a vida do dente.
Dentina
	A dentina é um tecido mineralizado de natureza conjuntiva que constitui a maior parte do dente, sendo recoberta pelo ESMALTE na porção coronária pelo CEMENTO na porção radicular. A dentina aloja no seu interior um tecido conjuntivo não mineralizado (a polpa dentaria). È produzida pelos ODONTOBLASTOS, sua matriz orgânica apresenta colágenos dos tipos I (85%), III e V (5%) e de constituintes não colágenos (10%), é uma estrutura avascular que não apresenta células no seu interior, apenas prolongamentos odontoblastos (Fibrilas de Tomes) estão dentro dos seus túbulos que percorrem desde a polpa até a junção amelodentinária. 
	Características Gerais da Dentina:
- Tecido conjuntivo mineralizado;
- Avascular;
- Acelular;
- Prolongamentos Odontoblastos;
-Estrutura tubular;
- Elasticidade (função amortecedora para o esmalte);
- Amarelada (da cor ao dente, ao decorrer da vida sua cor fica mais intensa);
Desenvolvimento (dentinogênese) 
A dentina e a polpa se originam da papila dentária, durante o processo de formação da dentina, denominado dentinogênese, células da periferia da papila dentária (polpa primitiva) diferenciam-se em odontoblastos, que são as células responsáveis pela formação da dentina. O restante da papila dentária constitui a polpa no dente formado. Durante a dentinogênese, duas etapas podem ser diferenciadas: a formação da dentina coronária e a formação da dentina radicular. Ainda convém diferenciar o momento inicial da dentinogênese, quando surge a primeira camada de dentina, denominada dentina do manto, da formação do restante da dentina, chamada circumpulpar. Contudo, o primeiro evento da dentinogênese é a diferenciação das células formadoras, os odontoblastos, a partir de células ectomesenquimais.
Tipos de Dentina
Dentina Primária:	
•Dentina do Manto: é formada pelos pré-odontoblastos (em fase de diferenciação) e sua mineralização depende das vesículas da matriz, tem menor porcentagem de matéria mineral comparada com a da dentina circumpulpar. É a camada mais externa da dentina, é a dentina que se forma juntamente com o esmalte a junção amelodentinária e a porção onde se é secretada as substancias (tufelina e enxameia) responsáveis pela adesão do esmalte a dentina.
•Dentina Circumpulpar: é a maior parte em espessura total da dentina. Compreende a dentina peritubular e a intertubular, é a dentina que envolve os túbulos dentinários. 
•Dentina peritubular: constitui a parede dos túbulos dentinários, sendo hipermineralizada em comparação com a intertubular. É formada por toda a vida e pode obliterar os túbulos, durante estímulos de cárie e abrasão, formando assim a dentina esclerótica.
• Dentina Intertubular: Ocupa a maior parte da dentina preenchendo os espaços entre os túbulos.
• Dentina Interglobular: São áreas de dentina hipomineralizadas localizadas nas áreas mais externas da dentina coronária. São resultados da fusão inadequada dos glóbulos de mineralização.
• Linhas incrementais de Von Ebner: Como a formação de dentina segue ciclos de longas fases de mineralização seguidas de fases de repouso, fica determinado linhas perpendiculares aos túbulos, que demarcam o início e o termino de cada fase. 
• Camada Granulomatosa de Tomes: durante a formação da dentina radicular, os prolongamentos odontoblásticos se ramificam profusamente, dando a esta dentina um formato granuloso.
• Pré-Dentina: camada não mineralizada que permanece mesmo no dente totalmente formado que separa a dentina mineralizada da camada de odontoblastos adjacente.
• Dentina Secundária: estruturalmente similar a dentina primária, é depositada em todas as paredes do dente de forma fisiologia durante a vida do indivíduo. Esta deposição ocorre preferencialmente da lingual dos dentes anteriores e na oclusal dos posteriores.
• Dentina Reacional: Estruturalmente irregular e depositada na tentativa dos odontoblastos de formar uma barreira contra estímulos nocivos.
Polpa
Tecido conjuntivo frouxo, não mineralizado, vascular e povoado por diversos tipos celulares como: odontoblastos, células indiferenciadas, fibroblastos, células endoteliais, neurônios e células da glia, hemácias e células do sistema imune, podemos considerar que ela tem duas camadas periféricas, a camada de odontoblastos e a região subodontoblástica.
• Camada Odontoblástica: é a camada mais externa da polpa, se localiza logo abaixo da pré-dentina é formada por odontoblastos dispostos um ao lado do outro, unidos por junções comunicantes. Deve se lembrar que este odontoblastos tem prolongamentos que avançam para o interior da dentina.
• Região subodontoblástica: A região subodontoblástica se divide em duas sub-regiões, sendo uma pobre em células e a outra rica em células:
• Zona Pobre em células: região com menor número de células, é atravessada por prolongamentos das células adjacentes, vasos sanguíneos, linfáticos e fibras nervosas amielínicas.
• Região Rica em células: Constituída por indiferenciadas que emitem seus prolongamentos para a zona acelular.
•  Região Central da polpa: Tecido conjuntivo frouxo singular, devido sua organização e sua localização, rodeado por dentina. As células mais abundantes são os fibroblastos com aspecto fusiforme e longos prolongamentos, sendo encontrados em diversos estágios de atividade. Também são encontradas células indiferenciadas. Células do sistema imune podem ser encontradas, sobretudo, no estado inflamatório.
	
Funções da polpa
 	Devido a presença dos odontoblastos produtores da matriz orgânica da dentina e envolvidos também na mineralização da mesma. Essa função formadora ocorre durante toda a vida do dente.
- Nutritiva: a polpa é responsável pela nutrição da dentina através dos odontoblastos e seus prolongamentos e pelos elementos nutrientes contidos na substância intercelular amorfa.
- Sensorial: responsável pela sensibilidade dentinária, onde a maioria dos feixes nervosos termina no plexo subodontoblástico (plexo de Raschkow, que é coberto pela bainha de Neumann) na zona acelular, como pequenas terminações nervosas e fibras amielínicas mais espessas. Alguns túbulos dentinários possuem uma fibra nervosa no seu interior junto ao prolongamento odontoblástico, entretanto, o mecanismo da sensibilidade ainda não está perfeitamente explicado e possivelmente há vários fatores relacionados entre si.
Inervação do dente e sensibilidade dentino-pulpar
Nervos que contêm fibras sensoriais provenientes do nervo trigêmeo e ramos simpáticos do gânglio cervical superior penetram pelo forame apical e pelos forames acessórios como grossos feixes. Esses feixes, constituí-dos tanto por axônios mielínicos como amielínicos, atravessam a polpa do canal radicular, chegando, assim, até́ a câmara pulpar. Nessa região, ramificam-se profusa- mente em direção à periferia da polpa, especialmente na região subodontoblástica em que constituem um plexo nervoso característico denominado PLEXO de RASCHKOW. A dor de origem dentinopulpar tem características especiais, sendo que até o momento não existem bases conclusivas para explicar sua exata natureza.
Seja qual for o estímulo no complexo dentina-polpa (bacteriano, térmico, mecânico ou químico), a sensibilidade é sempre traduzida como dor. Além disso, regiões diferentes da dentina têm graus de sensibilidade dolorosa também diferentes. Assim, maior sensibilidade dolorosa existe tanto na dentina superficial, próxima à junção amelodentinária, quanto na dentina profunda, próxima à polpa. Para explicar a sensibilidade dolorosa dentinária, têm sido formuladas três teorias, denominada hidrodinâmica, é a mais cotada para explicar a sensibilidade dentinária. Esta baseia se no fato de os túbulos dentinários estarem preenchidos pelo fluido dentinário, no espaço periodontoblástico, quando ocorre o prolongamento, ou na totalidade do túbuloe canalículos se não houver prolongamento na den- tina superficial. Dessa maneira, uma vez atingida a den- tina, os diversos estímulos produziriam leve movimentação desse líquido, gerando com isso, ondas que acabariam alcançando as fibras nervosas da porção inicial dos túbulos e do plexo subodontoblástico. As junções oclusivas focais entre os odontoblastos, portanto não zonulares, possibilita- riam a transmissão das ondas pelos espaços intercelulares para a região subodontoblástica. Esta teoria explica a razão pela qual a dentina superficial, na qual os túbulos dentinários saco mais profusamente ramificados, é extremamente sensível, mesmo quando não há prolongamento odontoblásticos e terminações nervosas nessa região.
Suprimento Vascular da Polpa
Seguem o mesmo trajeto das fibras nervosas. São ramos (capilares) das artérias alveolares superiores e inferiores. As veias atravessam longitudinalmente o canal radicular, recebendo ramos colaterais da polpa radicular. Os vasos linfáticos estão sempre presentes, se originam na polpa coronária e se dirigem ao forame apical. Com o passar da idade os números de vasos sanguíneos e linfáticos, assim como o de neurônios diminuem e o tecido frouxo pulpar fica mais rígido pela deposição de colágeno.

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