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BIORREMEDIAÇÃO SAMARCO

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Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Departamento de Meio Ambiente
Microbiologia
NOMES: Amanda Ângela Pereira Duarte, Arthur Ferreira Perônico, Eduardo Augusto de Andrade Moreira, Luthiana Gabriela Ferreira Moreira Rodrigues, Rodrigo Rodrigues Aguiar.
1- APRESENTAÇÃO DA EMPRESA.
Watú Consultoria Ambiental é uma empresa que tem como principal objetivo, auxiliar industrias e corporações de médio e grande porte a se adequarem às exigências previstas nas resoluções da CONAMA e outros órgãos responsáveis, contando com uma equipe multidisciplinar de qualidade e metodologias viáveis e eficientes. À mais de 10 anos no mercado, a empresa se orgulha de suas origens, usando o nome de Watú em homenagem à tribo indígena que um de seus fundadores descendem. A empresa está em fase de assinar um acordo com a mineradora Samarco, para tratar uma grande tragédia provocada pela mesma. Machado e Moura (2016) relatam de forma sucinta o que ocorreu:
No dia 5 de novembro de 2015, o Brasil presenciou um dos maiores desastres ambientais e o pior acidente provocado pela atividade mineradora no país. A tragédia ocorreu após o rompimento das barragens do Fundão e de Santarém da mineradora Samarco, que é controlada pela Vale (antiga Vale do Rio Doce) e pela empresa anglo-australiana BHP Billiton, no município de Mariana (MG).
2 - INTRODUÇÃO
 Ao decorrer dos anos, o ser humano desenvolveu novas tecnologias e mecanismos para auxiliar a qualidade de vida, contudo a utilização dos mesmos geram ações e consequências que impactam no ambiente. 
A indústria mineradora é um dos principais setores da economia do país, tendo uma importante participação no desenvolvimento, desde que, seja operada com responsabilidade social, estando sempre presentes os preceitos do desenvolvimento sustentável. 
Infelizmente essa é uma atividade altamente impactante para o meio, gerando diversas externalidades, entre elas estão: a geração de áreas degradadas, conflitos de uso do solo e inúmeras alterações ambientais como, por exemplo, a contaminação dos sistemas fluviais e do solo. 
Desta forma o acidente provocado em Mariana pela mineradora SAMARCO, atingiu uma grande extensão, entre elas a maior prejudicada foi o Distrito de Bento Rodrigues e o Rio Doce.
Apesar de todos estes impactos o Rio Doce já sofria grandes impactos provenientes de outras atividades industriais: 
Além de um enorme contingente populacional, a drenagem do rio Doce também recebe considerável carga poluidora proveniente da extração mineral e de diferentes atividades industriais. Siderúrgicas, fábricas de celulose, usinas de açúcar e de álcool, frigoríficos, curtumes e a descarga “in natura” nos mananciais de esgotos domésticos contribuem para a progressiva perda da qualidade da água do rio Doce e dos principais afluentes (ANA, 2001).
 Deste modo são desenvolvidas muitas técnicas para controlar os impactos provocados pelas mesmas, entre elas está a biorremediação.
Biorremediação é um processo no qual organismos vivos, normalmente plantas, micro-organismos ou suas enzimas, são utilizados tecnologicamente para remover (remediar) ou reduzir poluentes no ambiente. O processo metabólico que tem se mostrado mais apto em biodegradar moléculas xenobióticas (moléculas estranhas ao ambiente natural) recalcitrantes (moléculas de difícil degradação) nos processos de biorremediação, é o microbiano, uma vez que os micro-organismos desempenham a tarefa de reciclar a maior parte das moléculas da biosfera, participando dos principais ciclos biogeoquímicos e representando, portanto, o suporte de manutenção da vida na Terra (GAYLARD; BELLINASO; MANFIO, 2005). 
Sendo assim este trabalho tem como objetivo tentar solucionar o problema ocorrido em Mariana, utilizando alguns métodos de biorremediação. 
3 – PROPOSTA DE PROJETO.
 O projeto de recuperação do Rio Doce consiste na utilização de técnicas de biorremediação utilizando microrganismos autóctones. O primeiro passo a ser dado será a construção de duas represas situadas no estado Espirito Santo e o fechamento parcial das comportas das hidrelétricas, para que ocorra o tratamento utilizando as acácias negras. Após a decantação devido a coagulação dos materiais em suspensão, será efetuada a dragagem do corpo de fundo da barragem hidrelétrica, com o material dragado será feito tijolos para a construção civil. Para garantir uma melhora expressiva da qualidade da agua, será implantado o sistema de wetlands que será capaz de remover desde os materiais em suspensão até metais pesados. 
3.1 PROCESSOS QUE SERÃO UTILIZADOS: 
3.1.1 Acácia Negra.
 O polímero de acácia negra é um coagulante líquido, que acelera o processo de decantação da lama presente na água. Este tipo de acácia consegue realizar este procedimento, pois tem em suas moléculas taninos. Vanacôr (2005) descreve de forma clara como este método ocorre:
Os taninos são moléculas compostas por anéis aromáticos policíclicos com uma elevada massa molar, na ordem de 500 Dalton a 3.000 Dalton. Os taninos são constituídos de pequenas unidades (monômeros), e por isso são considerados polímeros. A cadeia carbônica é longa e por esse motivo são capazes de estabelecer ligações com as partículas presentes na água, aglutinando-as e transformando-as em partículas relativamente grandes. VANACÔR, R. N. (2005, p.188)
Desta forma a substância interage com o material inorgânico que está em suspensão (óxidos e hidróxidos metais e argila), tornando-o mais compacto e "pesado". Isso faz com que a lama presente na água decante. 
A vantagem do polímero é o fato do mesmo ser orgânico (e não trazer prejuízos para a saúde) e de custo médio, se comparado com outras tecnologias. 
Os floculantes, utilizados em processos de tratamento de águas e que, por sua origem vegetal, não apresentam os inconvenientes e as contraindicações dos similares de origem química; os dispersantes, usados como aditivos nos processos onde é necessária a aspersão de líquidos; VIEIRA, R (2015, p.23).
3.1.2 DRAGAGEM 
Após a decantação da lama, feita pelo polímero da acácia negra, ocorrera a dragagem, ou seja, a remoção dos sedimentos que se encontram no fundo do corpo d'água. O autor Goes (2004) descreve como e quais equipamentos são utilizados neste processo: 
Para a realização do processo hidráulico de dragagem são utilizados equipamentos como bombas de dragagem que fazem a sucção e o recalque de parte do substrato aspirado, podendo ser triturado por ação mecânica ou por ação hidráulica (com fortes jatos d’água). São utilizados dois principais equipamentos nesse processo: dragas auto transportadoras e as dragas de sucção onde a principal diferença entre as duas é a presença de uma cisterna para armazenamento do sedimento dragado na auto transportadora. Nas dragas de sucção é necessário uma embarcação auxiliar (GOES FILHO, 2004).
A lama que será dragada, tem por fim a fabricação de tijolos, para a construção civil.
 3.1.3 FABRICAÇÃO DE TIJOLO:
Após a decantação da lama e a dragagem da mesma, o rejeito será usado para a fabricação de tijolos artesanais e reconstrução de casas populares, hospitais e escolas. Gama, E (2016, p 12) descreve como seria este processo:
 Com a tecnologia da UFMG – uma planta-piloto de calcinação flash, que transforma compostos mineralógicos em materiais ligantes de alta resistência – a lama é transformada em um composto limpo e atóxico chamado Metakflex. Esse composto produz tijolos impermeáveis e até sete vezes mais resistentes do que o tijolo de barro comum.GAMA (2016)
O processo de fabricação, funciona da seguinte forma: depois de captada, a lama passa por uma filtração, sendo transformada em um composto limpo e atóxico chamado Metakflex. Depois, ganha o formato de tijolo por um processo ecológico que não envolve emissão de gases. O relatório feito por LUIZA, C, F, descreve a porcentagem que pode ser aplicada: 
Foram utilizados como materiais para os concretos experimentais o cimento CP V; como agregado miúdo natural (AMn ) a areia do Rio Fonseca localizadono distrito de Fonseca em Alvinópolis, Minas Gerais e o rejeito de barragem de minério de ferro (RBMF) que foi utilizado como adição de 0,5%, 5%, 10% e 50% às amostras e em substituição à areia com os mesmos percentuais; e a brita como agregado graúdo natural (AGn ). Além disso, foram produzidas dosagens com agregados naturais apenas como testemunho e análise comparativa dos resultados de concretos com e sem resíduos incluídos à sua composição. UFOP (2016)
No processo há duas alternativas: uma é captar os rejeitos de forma bruta e aplicar na elaboração de pré-fabricados, como tijolos, blocos de pavimentação urbana, canaletas e postes, e a outra é separar da lama, a areia, a argila e o minério de ferro, sem a utilização da água.
 3.1.3 WETLANDS COM PLANTAS FLUTUANTES. 
 A utilização de wetlands construídas como sistemas de tratamento de águas residuais têm se intensificado nestas últimas décadas, este projeto consiste na utilização de macrófitas flutuantes que tem como principal objetivo a melhoria da qualidade da água, agindo na remoção de nutrientes, sólidos em suspenção e contaminantes de esgotos urbanos e industriais. 
A espécie mais estudada é a Eichornia crassipes da família das pontederiáceas, pelas suas características de robustez associada à uma grande capacidade de crescimento vegetativo. Esta planta recebe diferentes nomes populares no Brasil, sendo conhecido como aguapé, baroneza, mururé, pavoá, rainha do lago, uapé e uapê. (WOLVERTON, 1989: SALATI, 1987). 
A utilização desta planta é devida a grande resistência que esta possui a meios hídricos com um elevadas variações de nutrientes, pH, substâncias tóxicas, metais pesados e variações de temperatura. 
Grande parte dos sólidos em suspensão são removidos por sedimentação ou por adsorção nas raízes das plantas. 
Cargas elétricas associadas ao sistema radicular do aguapé reagem com partículas coloidais, causando a adsorção das mesmas. Desta forma, 6 estas partículas são removidas do líquido e são posteriormente decompostas lentamente por microorganismos associados à risosfera das plantas (WOLVERTON, 1989: SALATI, 1987)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
ANDREAZZA,R et al. Biorremediação de áreas contaminadas com cobre. Disponivel em:<http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?pid=S0871 018X2013000200001 &script=sci_ arttext>. Acesso em: 24 mai 2016.
BARRETO, M. L. Mineração e desenvolvimento sustentável: desafios para o Brasil. Rio de Janeiro: CETEM/MCT, 2001. 215p.
EUGÊNIO, C,G,F. MINERAÇÃO E MEIO AMBIENTE NO BRASIL.Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Disponível em: <http://www.em.ufop.br/ceamb/petamb/cariboost_files/miner_c3_a7_c3_a3o_20e_20meio_20ambiente.pdf>. Acesso em: 22 mai 2016.
MURILO, C, C. MG.BIOTA. Instituto Estadual de Florestas — MG Diretoria De Biodiversidade.Disponivel em: < http://ief.mg.gov.br/images/stories/MGBIOTA/mgbiota11/mgbiot_%20v.2n.5.pdf#page=5>. Acesso em: 26 mai 2016.
PAULO,J,S,S. Impactos ambientais causados por mineração. Disponível em:< http://www.registro.unesp.br/sites/museu/basededados/arquivos/00000429.pdf>. Acesso em: 27 mai 2016.
SALATI, E,F. Utilização de sistemas de WETLANDS Construídas para tratamento de águas. Disponível em:<http://www.ambiente.sp.gov.br/pactodasaguas/files/2011/12/sistema-wetlands.pdf>. Acesso em: 28 mai 2016.
WAIHUNG, L.; Chua, H.; Lam, K. H. A comparative investigation on the biosorption of lead by filamentous fungal biomass. Chemosphere, v.39. p. 2723-2736, 1999. 
PROFISSIONAIS RESPONSÁVEIS.
Bióloga Marinha: _______________________________________
Consultor Ambiental:____________________________________
Geógrafo: _____________________________________________
Químico Ambiental: _____________________________________
Técnico Ambiental: ______________________________________

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