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Epidemiologia Distribuição mundial Principalmente entre crianças de oito meses a 10-12 anos. Crianças: à falta de hábitos higiênicos nessa idade; Adultos: infecção com esse parasito pode conferir certo grau de resistência às infecções subsequentes. No nosso país a prevalência é de 4% a 30%. Epidemiologia Aspectos importantes: Ingestão de cisto na água proveniente de rede pública, Um dos agentes etiológicos da "diarréia dos viajantes" que viajam para zonas endêmicas. Transmissão fecal-oral por atividade sexual O cisto resiste até dois meses no meio exterior, em boas condições de umidade e temperatura. Epidemiologia É resistente ao processo de cloração da água e sobrevive durante muito tempo embaixo das unhas. Encontrada em ambientes coletivos: enfermarias, creches, internatos etc., As creches são ambientes que apresentam certas condições que favorecem a transmissão de Giardia. (1-4 anos de idade 20% a 60%) Babás e manipuladores de alimentos crus (saladas, maioneses etc.) podem ser fonte de infecção. Classificação Tipos de Giardia Hospedeiros Giardia duodenalis* Vários mamíferos, inclusive humanos, aves e répteis Giardia muris Roedores, aves e répteis Giardia agilis Anfíbios Giardia psittaci Periquitos Giardia ardeae Garças azuis Giardia microti Roedores conhecidos como rato almiscarado e camundongo-do-campo *Giardia lamblia e Giardia intestinalis • Um dos principais parasitos humanos Morfologia Oval ou elipsóide, parede cística (quitina) 12 µm de comprimento por 8µm de largura. 2-4 núcleos (duplas estruturas internas) Número variável de fibrilas (axonemas de flagelos) Morfologia 20µm de comprimento por 10µm de largura Face dorsal: lisa e convexa Face ventral: côncavo Superfície ventral - disco adesivo DA Duas estruturas em forma de vírgula: corpos medianos CP 2 núcleos N 4 pares de flagelos (anteriores, ventrais, posteriores e caudais) N CPAX DA Trofozoíto Trofozoíto Mecanismos de adesão Múltiplos mecanismos Ação hidrodinâmica: propulsão dos flagelos e a força de sucção do disco ventral - processo físico de adesão. Receptores: superfície do parasito Contração das proteínas do disco ventral Ciclo biológico Ingestão de cistos Desencistamento (estômago) Completado no duodeno e jejuno (intestino delgado) Multiplicam por divisão binária longitudinal Encistamento (ceco) Ciclo biológico Ingestão de cistos Desencistamento (estômago) Completado no duodeno e jejuno (intestino delgado) Multiplicam por divisão binária longitudinal Encistamento (ceco) Transmissão Ingestão de cistos maduros Ingestão de águas superficiais sem tratamento ou deficientemente tratadas (apenas cloro); Alimentos contaminados (verduras cruas e frutas mal lavadas) Mãos contaminadas, em locais de aglomeração humana (creches, orfanatos etc.); Pessoa a pessoa entre membros de uma família ou em creches, quando se tem algum indivíduo infectado; Através de contato sexual Contato com animais domésticos infectados com Giardia de morfologia semelhante à humana. Patogenicidade Não ocorre invasão da mucosa Processo principalmente mecânico Parasitas aderem e recobrem a parede do duodeno “tapete” (impede absorção) Perda de microvilosidades quando o parasita descola diminui a absorção intestinal Diarréia “mecânica” Sintomas Variável: Assintomática Sintomática: Diarréias brandas e auto-limitantes à diarréias crônicas e debilitantes 1. Aguda (até 2 meses), intermitente e auto-limitante Dores abdominais (cólicas) Diarréia (fezes pastosas ou líquidas: muco + gordura 2. Crônica, má absorção intestinal e perda de peso 3. Crianças: diarréia crônica, dor abdominal, anorexia e perda de peso Diagnóstico Parasitológico de fezes Cistos em fezes sólidas (método de flutuação pelo sulfato de zinco (método de Faust e cols.). Preparações com cistos podem ser coradas comTricômio ou com Hematoxilina Ferrica. Trofozoítas em fezes líquidas ou aspirado de duodeno método direto e, caso seja necessário, podem ser feitos esfregaços corados pelo método da Hematoxilina Ferrica. Pode requerer exames repetidos (3 amostras) Imunológico ELISA - pesquisa de Ags nas fezes Diagnóstico Parasitológico de fezes Tratamento Metronidazol (Flagil): 15 a 20mg/kg durante sete a dez dias consecutivos, para crianças, via oral. A dose para adultos e de 250mg, duas vezes ao dia; Tinidazol (Fasigyn): dose única de 2g para adulto e lg para crianças, sob a forma líquida, este produto também é apresentado sob a forma de supositórios, com bons resultados; deve-se repetir a dose uma semana depois; Furazolidona (Giarlam): 8 a 10mg por kg de peso por dia (máximo de 400mgldia) durante sete dias, para crianças. Para adultos, a dose e de 400mg em 24 horas, em duas ou quatro vezes por dia, durante sete dias; Secnidazol (Secnidazol): a dose para adultos é de 2g, em dose única de quatro comprimidos, de preferência a noite, tomados em uma das refeições. Crianças com menos de cinco anos: 125mg, duas vezes em 24 horas,por cinco dias. Profilaxia Medidas de higiene pessoal (lavar as mãos) Destino correto das fezes (fossas, rede de esgoto), Proteção dos alimentos e tratamento da água. Saneamento básico Animais domésticos (cães e gatos) podem ser reservatórios Tratamento e vacinação aos animais Tratamento precoce do doente Buscar a fonte de infecção (crianças sem sintomatologia, babás, manipuladores de alimentos, etc.) e tratá-la.
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