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TEORIA GERAL DO PROCESSO UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
TEORIA GERAL DO PROCESSO
EDMILSON CARNEIRO DA SILVA 
MATRICULA: 626601
PROF.: JOSÉ RAIMUNDO
RECIFE
NOVEMBRO/ 2017
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
Conhecimento é o alimento da alma. 
(Platão)
RECIFE
NOVEMBRO/ 2017
INTRODUÇÃO
 O surgimento do Direito na sociedade tem com objetivo primordial promover a paz social e o bem comum entre todos, seja regulando direitos e garantias fundamentais de todo o cidadão, impondo normas e regras a serem seguidas pela sociedade e pelos poderes públicos, seja conciliando e dirimindo conflitos por meio do Poder Judiciário. 
O Direito Processual Civil é uma das áreas do Direito, e se concretiza por meio do exercício da jurisdição estatal, dando solução aos conflitos de interesses, por meio de efetiva aplicabilidade de todo o ordenamento jurídico vigente.
Dentre as espécies de intervenção de terceiras admitidas no nosso ordenamento jurídico, este estudo se deterá, tendo como base uma análise doutrinária e jurisprudencial.
NATUREZA JURÍDICA
O Direito Processual Civil é uma das áreas do Direito, e se concretiza por meio do exercício da jurisdição estatal, dando solução aos conflitos de interesses, por meio de efetiva aplicabilidade de todo o ordenamento jurídico vigente.
Proporcionar uma solução a determinado conflito, é tão importante quanto propor uma solução em um menor espaço de tempo possível, efetivando direitos e garantias de modo mais célere e imediato. Para tanto, em face do interesse da sociedade de ter um conjunto de normas que proporcione maior agilidade e rapidez processual, evitando prejuízos e danos irreparáveis, busca-se constantemente aprimorar o Direito em busca de satisfazer e dar segurança às partes. Um dos institutos o qual o Código de Processo Civil vigente prevê, é o da Intervenção de Terceiros na relação jurídica processual já existente. Intervir em um processo significa ingressas na relação processual, fazendo-se parte, o que consequentemente implica na modificação da relação jurídica processual já existente. Terceiro é o indivíduo que não figurava como parte desde o início da propositura da ação, mas que dela passa a participar voluntariamente ou por imposição legal.
NATUREZA DA INTERVENÇÃO 
Amicus curiae é termo de origem latina que significa “amigo da corte”. Diz respeito a uma pessoa, entidade ou órgão com interesse em uma questão jurídica levada à discussão no Poder Judiciário. Originalmente, amicus é amigo da corte e não das partes, uma vez que se insere no processo como um terceiro que não os litigantes iniciais, movido por um interesse jurídico relevante não correspondente ao das partes. Diante de uma razão maior, porém, qual seja um critério social preponderante para o desfecho da ação, intervém no feito visando a uma decisão justa.
De fato, sua utilidade é servir como fonte de conhecimento em assuntos controversos de importância pública em face de uma provocação feita pelo próprio órgão, ou seja, o amicuscuriae, por conta própria, solicita ao Poder Judiciário o ingresso na ação. Como consequência, o Magistrado, considerando a questão e a representatividade do postulante, poderá, por despacho irrecorrível, admitir sua intervenção, desde que efetuada no prazo de 30 dias, contados do pedido de recebimento das informações ao réu.·.
É o que dispõe o § 2.º do art. 7.º da Lei n. 9.868/99, que regula a ação direta de inconstitucionalidade e a declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo no Supremo Tribunal Federal (STF).
O propósito é saber qual a natureza da intervenção do amicus curiae no controle concentrado de constitucionalidade efetuado pelo STF, o qual, inclusive, foi objeto de questão de Direito Constitucional na prova da 2.ª fase do 179.º Concurso da Magistratura do Estado de São Paulo.
Oposição, nomeação à autoria, denunciação da lide, chamamento ao processo e, por interpretação lógica, assistência são modalidades de ingresso na ação de terceiros cujo interesse seja o julgamento da causa favoravelmente a uma das partes.
O amicus curiae, por sua vez, não se inclui nas hipóteses acima, conquanto considerado fenômeno de uma intervenção atípica, porque o “amigo da corte” não pretende que a ação seja julgada a favor de ou contra uma das partes, mas sim colabora para uma decisão justa do Poder Judiciário, por meio de uma participação meramente informativa.
Colaborador da corte e não das partes, e, se a intervenção de terceiros no processo, em todas as suas hipóteses, é de manifesta vontade de alguém que não faz parte originalmente do feito para que ele seja julgado a favor de um ou de outro, o amicus curiae, por seu turno, somente procura uma decisão justa para o caso, remetendo informações relevantes ao julgador.
Sua natureza jurídica, portanto, é de colaborador informal das partes como base de aperfeiçoamento do processo, uma verdadeira intervenção atípica, não se olvidando de que o Procurador-Geral da República, membro do Ministério Público Federal, também intervém nas mencionadas ações, cumprindo papel semelhante (arts. 8.º e 19 da Lei n. 9.868/99). Enquanto o Parquet patrocina interesse social e defesa do regime democrático, o amicuscuriae pratica intervenção meramente informativa, sem intenção de que um ou outro saia vencedor da demanda.
*Promotor de Justiça e Professor de Direito Constitucional e Administrativo do CJDJ - Complexo Jurídico Damásio de Jesu
ASSISTÊNCIA SIMPLES
Quando um terceiro interessado deseja auxiliar uma das partes da vitória do feito, este deve fazer o pedido de assistência simples, desta forma, exercerá os mesmos poderes e estará sujeito aos mesmos ônus processuais que o assistido, então, se o assistido não recorrer sobre determinada decisão, o assistente também não poderá recorrer.
Entretanto, embora a atuação do assistente seja limitada aos atos praticados pelo assistido, o assistente também poderá ser considerado substituto processual do assistido em caso de revelia ou omissão. Cabe ressaltar que, ainda que haja a Assistência simples, a parte principal poderá reconhecer a procedência do pedido, desistir da ação ou renunciar ao direito que se funda a ação ou transigir sobre direitos incontroversos.
Em havendo o trânsito em julgado da sentença do processo em que o assistente interviu, este não poderá discutir na justiça a decisão em processo posterior salvo se alegar e provar que, foi impedido de produzir provas suscetíveis de afetar o resultado da sentença em decorrência do estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido e no caso de provar que desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu.
A assistência simples está disciplinada nos Arts. 121 à 123 do NCPC.
Assistência Litisconsorcial
A Assistência Litisconsorcial estará configurada quando o terceiro intervier no processo com a intenção de formar um litisconsórcio ulterior (posterior), sempre que a sentença irá influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido. Isto ocorre, pois o assistente litisconsorcial tem relação direta com a parte adversa do assistido. Neste caso o assistente defende o próprio direito em juízo, em litisconsórcio com o assistido.
Um exemplo claro desta situação é uma ação de despejo entre locador e locatário, e que ainda há um contrato de sublocação. Neste caso, o sublocatário poderá intervir como assistente litisconsorcial do locatário, já que será influenciado pelo resultado da sentença a ser proferida na demanda.
Esta subdivisão da assistência está disciplinada no Art. 124 do NCPC
Denunciação da Lide
A Denunciação da Lide (Arts. 125 a 129) é a modalidade de intervenção provocada onde o Autor e Réu pretendem resolver demanda regressiva contra um terceiro, onde aquele que eventualmente perder a demanda já aciona um terceiro para que este o indenize em ação de regresso. Simplificadamente,pode-se dizer que a Denunciação da Lide nada mais é do que uma ação de regresso incidente a um processo já existente.
Há uma inovação nesta modalidade, no NCPC, ao deixar de torná-la obrigatória, e sendo cabível apenas em duas hipóteses:
Ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido para denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam, neste caso, é permitido uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato da cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação;
Àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.
O NCPC ainda traz uma novidade, pois, caso a denunciação da lide seja indeferida, deixe de ser promovida ou não for permitida, o direito regressivo poderá ser exercido por ação autônoma que poderá ser distribuída por dependência.
O direito de regresso também poderá ser discutido em ação autônoma quando, na denunciação sucessiva, no caso do denunciado sucessivo, quer não pode promover nova denunciação.
Ao que diz respeito a citação do denunciado, esta deverá ser requerida na petição inicial, sendo o denunciante o autor ou na contestação no caso do denunciante ser o réu, sendo este o momento processual para exerce-la. Sendo deferido, o juiz, de ofício, mandará proceder a respectiva anotação pelo distribuidor nos termos do parágrafo único do artigo 286 do NCPC.
No caso da denunciação ser feita pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição de litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial, devendo ser procedida à citação do réu. Porém sendo ela feita pelo réu, o artigo 128 do NCPC, traz 3 consequências que podem ocorrer.
Denunciado contestar o pedido do Autor: nesta hipótese, o processo prosseguirá, formando na ação principal um litisconsórcio entre o denunciante e denunciado;
Denunciado for revel: ocorrendo tal situação, o denunciante poderá deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente oferecida, bem como abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva;
Denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal: neste caso, o denunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso. Todavia, pontua-se que a confissão do denunciado não prejudica a defesa do denunciante (réu) na ação contra o autor.
O julgamento da demanda principal será conjunto com a denunciação à lide, e, sendo o pedido da ação principal julgado procedente, poderá o autor requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação deste na ação regressiva.
A denunciação da lide, embora seja ação autônoma, possui dependência em relação à ação principal, ou seja, só haverá necessidade de julgar a denunciação se a ação principal for julgada contra o denunciante, situação em que o juiz terá que analisar o direito de regresso do denunciante e, relação ao denunciado. Em relação a sucumbência, se a ação principal foi improcedente, então significa que a denunciação da lide foi desnecessária e assim o denunciante pagará as verbas de sucumbência em relação ao denunciado.
Por fim, pontua-se que, com o NCPC, não é mais cabível a denunciação per saltum, ou seja, quando o adquirente, denominado evicto, quiser exercer os direitos resultantes da evicção, poderá notificar qualquer componente da cadeia negocial, ou seja, o alienante imediato ou alienantes mediatos, demandando assim em face daquele que não possui qualquer relação jurídica de direito.
CHAMAMENTO AO PROCESSO
O Chamamento ao Processo, é o direito do réu de chamar para ingressar no pólo passivo da ação, os corresponsáveis por determinada obrigação.
Diferencia-se da Denunciação da Lide, pois a Denunciação da Lide se tem a ação de regresso e deve-se demonstrar que o denunciado é que deverá responder pela condenação, por outro lado, no Chamamento ao Processo, a condenação é solidária. Apenas o réu pode se utilizar desta modalidade, portanto, não é obrigatória e visa a economia processual, já que não é necessário um novo processo de cognição exauriente par regular a corresponsabilidade.
Cabe o Chamamento ao Processo nas seguintes hipóteses:
Do afiançado, na ação em que o fiador for réu;Dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;
Dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum.
O chamamento ao processo deve ser realizado pelo réu no ato da contestação, sob pena de preclusão. Se não realizar o pedido na contestação, em caso de sucumbência, terá que ajuizar nova ação contra os corresponsáveis.
Além disso, a citação deverá ser promovida em 30 dias sob pena de ficar sem efeito o chamamento, este prazo é peremptório, e corre a partir do despacho do juiz que deferir a citação dos corresponsáveis. O prazo de 30 dias, não é para a realização do ato em si, mas sim para que o réu cumpra as condições necessárias a realização da citação, como por exemplo o pagamento de custas, cópias, endereços e etc.
A sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que satisfizer a dívida, para que possa exigi-la integralmente do devedor principal ou de cada um dos codevedores na proporção da sua quota.
INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
A desconsideração da personalidade jurídica é um instituto previsto no Código de Defesa do Consumidor (art. 28) e no Código Civil (art. 50), que permite o acesso ao patrimônio particular dos sócios, para adimplir as obrigações assumidas pela sociedade, quando a pessoa jurídica houver sido utilizada abusivamente, como no caso de desvio de finalidade, confusão patrimonial, liquidação irregular, dentre outros.
Este instituto também contempla a Desconsideração da Personalidade Jurídica Inversa, que nada mais é do que o acesso ao patrimônio da sociedade para adimplemento das obrigações pessoais do sócio.
Tal incidente é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução de título extrajudicial, sendo instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, nos casos em que lhe couber intervir no processo, devendo haver para tanto, a observância dos requisitos legais dos artigos 28 do CDC e/ou 50 do Código Civil.
Uma vez instaurado, o incidente deverá ser imediatamente comunicado ao distribuidor para as anotações devidas e qualquer alienação feita após isso, será considerada fraude à execução.
Vale ressaltar que tal modalidade de intervenção terá grande impacto na área empresarial, sobretudo na recuperação judicial, pois em havendo o concurso de credores, aquele que pedir por primeiro o incidente também terá a preferência sobre os bens encontrados.
Outro ponto que merece ser destacado é que, embora o Novo CPC não traga isso de forma expressa, no incidente de desconsideração é cabível o pedido das tutelas provisórias de urgência, isso porque como estas estão dispostas na parte geral do Código, têm aplicabilidade a todas as fases e procedimentos do Diploma, contanto que preenchidos seus requisitos para ser concedida, devendo apenas o pedido ser feito.
A instauração do incidente será dispensada se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que o sócio ou pessoa jurídica será citado. O sócio ou pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 dias. É importante ressaltar que, para se evitar problemas, como a possível dilapidação do patrimônio ou a ocultação de bens, com o contraditório prévio trazido pelo artigo 135, é recomendável pedir juntamente com o incidente a tutela antecipada, por exemplo, no pedido do incidente já pedir em sede de tutela de urgência o bloqueio on-line dos bens.
Uma vez citado, o sócio ou pessoa jurídica será parte no processo, e não pode mais se defenderpor meio de Embargos de Terceiro, apenas pela manifestação a que diz respeito o Art. 135 do NCPC, onde poderá se defender seja demonstrando que não estão presentes os requisitos para a desconsideração, manifestando-se no sentido de obter provimento jurisdicional favorável ao responsável originário, bem como em nome dos princípios do contraditório, ampla defesa e devido processo legal, alegar outras matérias afetas ao mérito do incidente, tais como excesso de execução, cálculos incorretos, dentre outros.
Finda a instrução o incidente será resolvido, em regra, por decisão interlocutória que pode ser recorrida mediante o recurso de Agravo de Instrumento, nos termos do artigo 1015 do NCPC. Porém caso a decisão que resolver o incidente for proferida pelo relator, caberá o recurso de Agravo Interno.
Finalmente, uma vez acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou oneração de bens, havida em fraude á execução, será ineficaz em relação ao requerente.
AMICUS CURIAE
Outra novidade trazida pelo NCPC, o Amicus Curiae é uma modalidade de intervenção, tanto espontânea quanto provocada, onde um terceiro, sem interesse jurídico, irá instruir o poder judiciário para que a decisão por este proferida seja mais qualificada, motivada. Ou seja. O Amicus Curiae irá qualificar o contraditório trazendo mais subsídios para a decisão do juiz, apresentando dados proveitosos à apreciação da demanda, defendendo, para tanto, uma posição institucional.
A partir do Novo Código, tal intervenção pode ser aplicada em todos os graus de jurisdição.
Ressalta-se que o Amicus Curiae não pode ter interesse jurídico na causa, apenas institucional, pois se assim fosse, estaríamos diante de outra modalidade de intervenção, a Assistência.
Será admitido pelo juiz ou relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, de ofício ou a requerimento das partes, mediante decisão irrecorrível, cabendo ao juiz ou relator definir os poderes do Amicus Curiae.
Tal intervenção não implica em alteração de competência nem autoriza a interposição de recurso, salvo o caso de Embargos de Declaração ou no caso da decisão julgarem o incidente de resolução de demandas repetitivas.
CONCLUSÃO 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVIM, Eduardo Arruda. Direito Processual Civil. 3 ed. rev., atual. E ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010.
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios; LENZA, Pedro. 
Direito Processual Civil Esquematizado. 4 ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva,

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