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Fisiopatologia das dislipidemias primárias

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Metodologia
Este estudo constitui-se de uma revisão da literatura especializada, realizada em agosto de 2017, no qual realizou-se uma consulta a livros e periódicos presentes na Biblioteca da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) – campus de Carazinho, majoritariamente ‘Lehninger Princípios de bioquímica, Livro por Albert Lehninger’ e por artigos científicos selecionados através de busca no banco de dados do scielo e da bireme, a partir das fontes Medline e Lilacs. A pesquisa dos artigos foi realizada entre 17 e 25 de agosto de 2017. A busca nos bancos de dados foi realizada utilizando às terminologias cadastradas nos Descritores em Ciências da Saúde criados pela Biblioteca Virtual em Saúde desenvolvido a partir do Medical Subject Headings da U.S. National Library of Medicine, que permite o uso da terminologia comum em português, inglês e espanhol. As palavras-chave utilizadas na busca foram bioquímica, dislipidemias e patologias do metabolismo lipídico. Os critérios de inclusão para os estudos encontrados foram à abordagem terapêutica do emprego das dislipidemias no que se refere à hipercolesterolemias, e estudos comparativos entre esta e outras formas de dislipidemias primárias. Logo em seguida, buscou-se estudar e compreender os principais parâmetros e forma de aplicação empregados nos estudos encontrados, de acordo com os parâmetros funcionais e fisiopatológicos dos casos dislipidêmicos.
Fisiopatologia das dislipidemias primárias
	O colesterol, os triglicerídeos e os fosfolipídeos são transportados na corrente sanguínea sob a forma de complexos lipoproteicos denominados de lipoproteínas. A disfunção destas lipoproteínas plasmáticas é um dos fatores de risco mais reconhecidos da arteriosclerose responsável por eventos cardiovasculares, como sejam os enfartes do miocárdio, tromboses, angina, acidentes vasculares isquémicos, falência cardíaca. (WALKER R; EDWARDS C; 2013)
	O acúmulo de quilomícrons e/ou de VLDL no compartimento plasmático resulta em hipertrigliceridemia e decorre da diminuição da hidrólise dos triglicérides destas lipoproteínas pela lipase lipoprotéica ou do aumento da síntese de VLDL. Variantes genéticas das enzimas ou apolipoproteínas relacionadas a estas lipoproteínas podem causar ambas alterações metabólicas, aumento de síntese ou redução da hidrólise. (HARRISON, 2013)
	O acúmulo de lipoproteínas ricas em colesterol como a LDL no compartimento plasmático resulta em hipercolesterolemia. Este acúmulo pode ocorrer por doenças monogênicas, em particular, por defeito no gene do receptor de LDL ou no gene da apo B100. Centenas de mutações do receptor de LDL foram detectadas em portadores de hipercolesterolemia familiar, algumas causando redução de sua expressão na membrana, outras, deformações na sua estrutura e função. Mutação no gene que codifica a apo B100 pode também causar hipercolesterolemia através da deficiência no acoplamento da LDL ao receptor celular. Mais comumente, a hipercolesterolemia resulta de mutações em múltiplos genes envolvidos no metabolismo lipídico, as hipercolesterolemias poligênicas. Nestes casos, a interação entre fatores genéticos e ambientais determina o fenótipo do perfil lipídico. (HARRISON, 2013)
	O aparecimento de lesões arterioescleróticas deve-se fundamentalmente ao aumento do transporte e retenção da LDL plasmática através da parede endotelial para a matriz extracelular do espaço sub-endotelial. Uma vez na parede arterial, a LDL é modificada quimicamente através de oxidação e este estado oxidado leva a uma resposta inflamatória, mediada por imunomoduladores e citoquinas. A inflamação repetida e sua reparação, leva à formação de placas fibrosas cuja rotura provoca a subsequente trombose coronária. A hiperlipedemia primária ou de origem genética, está classificada em várias categorias conforme o perfil fenotípico de dislipidemia. A hiperlipidemia pode ser secundária à utilização de diferentes tipos de medicamentos, tais como: progestagénios, diuréticos tiazidicos, glucocorticoides, B-bloqueadores, isotretionina, inibidores da protease, ciclosporina, mirtazepina, sirolimus. (WELLS B; DIPIRO J; 2013)
Referências
BROWN, W.V.; GOLDBERG, I.J.; YOUNG, S.G. JCL Roundtable: Hypertriglyceridemia due to defects in lipoprotein lipase function. Journal of Clinical Lipidology, v. 9, p. 274-280, 2015.
BRUCKERT, E. Recommendations for the management of patients with homozygous familial hypercholesterolaemia: overview of a new European Atherosclerosis Society consensus statement. Atherosclerosis Supplements, v. 15, p. 26-32, 2014.
DÍAZ, J.D.G. et al. Trastornos del motabolismo lipídico. Medicine, v. 12, n. 19, p. 1059-1071, 2016.
DI TARANTO, M.D.; D’AGOSTINO, M.N.; FORTUNATO, G. Functional characterization of mutante genes associated with autosomal dominant familial hypercholesterolemia: Integration and evolution of genetic diagnosis. Nutrition, Metabolism and Cardiovascular Diseases, v.25, p. 979-987, 2015.
FERNÁNDEZ, A.J. et al. Protocolo diagnóstico de las hipertrigliceridemias. Medicine, v. 11, p. 1174-1176, 2012.
LU, H.; DAUGHERTY, A. Atherosclerosis. Arteriosclerosis, Thrombosis and Vascular Biology, v. 35, p. 485-491, 2015.
MATA, P. et al. Hiperlipidemia familiar combinada: documento de consenso. Atención Primária, v. 46, n. 19, p. 440-446, 2014.
SANTOS, R.D. et al. I Diretriz Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar (HF). Sociedade Brasileira de Cardiologia, v. 99, n. 2, 2012.
SILVA, P.M. Metabolismo lipídico e diagnóstico das dislipidemias primárias. Fatores de Risco, n. 38, p. 10-25, 2015.
STEIN, E.A.; RAAL, F.J. Polygenic familial hypercholesterolaemia: does it matter?
Lancet, v. 381, p. 1255-1257, 2013.
TURGEON, R.D.; BARRY, A.R.; PEARSON, G.J. Familial hypercholesterolemia:
Review of diagnosis, screening, and treatment. Canadian Family Physician, v. 62, p. 32 – 37, 2016.
XAVIER H. T., et al. V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arquivo Brasileiro de Cardiologia, v. 101, n. 4, 2013.
AUTORES FALTAM>:
Biossíntese de ácidos graxosà 22,500 resultadosà 15 foram selecionados para leitura e apenas 5 destes se encaixaram o objetivo da pesquisa (google acadêmico)
O que é uma gordura trans? 2010. Disponível em: <http://files.msjoseoliveira.webnode.com.br/200000296-1b3f21c38f/O%20que%20%C3%A9%20uma%20gordura%20Trans%20-%2004-CCD-9509.pdf> Acesso em: 16 ago. 2017.
O tecido adiposo como centro regulador do metabolismo. 2006. Disponível em: <https://www.researchgate.net/profile/Miriam_Fonseca-Alaniz/publication/7016716_The_adipose_tissue_as_a_regulatory_center_of_metabolism/links/55145d360cf283ee08356475.pdf> Acesso em: 16 ago. 2017.
Modificação de óleos e gorduras por biotransformação. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/qn/v27n1/18823.pdf> Acesso em: 16 ago. 2017.
Ácidos graxos: uma revisão. 2002. Disponível em: <http://sban.cloudpainel.com.br/files/revistas_publicacoes/47.pdf> Acesso em: 16 ago. 2017.
Entendendo a gordura os ácidos graxos. 2002. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=8fdzDancvKMC&oi=fnd&pg=PR13&dq=bioss%C3%ADntese+de+%C3%A1cidos+graxos&ots=RlDcOVIpTm&sig=X0sVsEBnOWPWi4OXhFpHbYfNREc#v=onepage&q&f=false> Acesso em: 16 ago. 2017.
Princípios de bioquímica. Capítulo 9, 16 e 20.... pg 179, 355 e 477
Introdução
	Os lipídeos desempenham uma grande variedade de funções, são a principal forma de armazenamento de energia na mioria dos organismos e os principais constituintes das membranas celulares. São compostos quimicamente diversos que possuem a característica de insolubilidade em àgua. Os lipídeos desempenham papéis cruciais como cofatores enzimáticos, transportado- res de elétrons, pigmentos fotossensíveis, âncoras hidrofó- bicas para proteínas, chaperonas para auxiliar no enovela- mento de proteínas de membrana, agentes emulsificantes no trato digestivo, hormônios e mensageiros intracelulares.
	A dislipidemia (ou hiperlipidemia) estará presente quando o colesterol total é elevado, seja devido ao valor da LDLou dos triglicerídeos ser elevado ou pelos valores do HDL estarem abaixo dos referenciais, ou ainda pela combinação de ambos os fatores. O risco de doenças cardiovasculares aumenta com a alteração dos lipídeos no plasma frequentemente ocasionando patologias secundárias. Grande parte dos autores atribui risco mínimo à um valor de colesterol total abaixo de 200 mg/dL.
Conclusão
	A partir dos achados bibliográficos pode-se concluir que a biossíntese lipídica depende da homeostasia do organismo, os estudos sugerem que exercícios físicos, uma dieta balanceada e se necessário fármacos de auxilio podem salvaguardar o individuo de doenças coronárias, hipertensão e diabetes que tem relação direta com as dislipidemias. 
	Para uma não ocorrências das dislipidemias secundárias decorrentes do uso de alguns medicamentos seriam necessárias maiores investigações individuais antes da administração destas drogas, uma opção seria a farmacogenética que possibilitaria um controle sobre as ações de longo prazo que os mesmos causam com detecção ante caso patológico.
	O tratamento dos distúrbios dislipidêmicos são os mesmos fatores de sua prevenção, dieta e drogas reguladores de metabolização. A profilaxia tanto como o tratamento são de extensão vital, sendo necessários para alcançar-se uma vida produtiva e de bem estar para com o seu organismo.

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