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Microbiologia Rhabdoviridae

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Rhabdoviridae e Picornaviridae 
Jady Lopes , Cybele Milena e Rayra Martins 
São Luís – MA 
Novembro, 2017
 Família Rhabdoviridae 
 Características: 
 
 Formato de bastão ; 
Pertence a ordem Mononegavirales; 
Possuem genoma de RNA-linear, não segmentado e de polaridade negativa ; 
Essa família de vírus infecta plantas (baciliformes) e vertebrados (formato de cone)
 
 fonte: madagascar - Adry Tiana - educatión 
Família Rhabdoviridae
 Compreende 6 gêneros : 
Vesiculovirus
Cytorhabdovirus 
Novirhabdovirus 
Lyssavírus
Nucleorhabdovirus 
Ephemerovirus 
Infectam vértebrados
Família Rhabdoviridae
 O Rhabdovirus contêm cinco proteínas principais:
 Grande RNA-polimerase RNA-dependente (G); 
 Glicoproteína superficial (GP); 
 Nucleoproteína(N) ; 
 Proteína componente 
 da polimerase viral (P); 
 Proteína da matriz (M) ; 
 
Fonte: Microbiology and immunology 
Família Rhabdoviridae
 Replicação - citoplasmática
Enzima viral faz a transcrição do RNA;
A transcrição é regulada por sistema chamado de “atenuação da transcrição”;
Assim N>P>M>G>L;
A região leader é transcrita e migra até o núcleo inibindo a transcrição celular.
Fonte: Rhabdoviruses 
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária 
  
Ordem:  Mononegavirales        
       Família:  Rhabdoviridae
               Gênero:  Lyssavirus
                          Estirpe:  vírus da raiva.
 Perspectiva histórica: 
  O estudo científico desta doença se iniciou com Pasteur, o qual em colaboração com Thuillier, Roux e Chamberland concluiu, em 1881, que o órgão alvo do vírus rábico é o SNC  
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária 
 Replicação viral 
O vírus entra na célula hospedeira por fusão do seu envelope com a membrana celular. 
Toda a replicação ocorre no citoplasma. A replicação envolve, primeiro, a transcrição do genoma viral para mRNA pela polimerase viral. 
Mais tarde, usando os produtos desta transcrição, há a produção de muitas cadeias simples de RNA positivas, que vão ser usadas para a síntese do RNA genômico. 
Usando a cadeia de RNA como molde, a polimerase transcreve 5 fragmentos subgenômicos de mRNA. 
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
 Replicação viral
Genoma do vírus da raiva 
Fonte: Universidade de Évora 
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
 Mecanismo de infecção: 
 A infecção começa quando a proteína G promove a interação do vírus com a membrana da célula hospedeira (O vírus da raiva tem uma afinidade extraordinária para o tecido nervoso).
 Após a ligação à célula hospedeira via proteína viral G, o vírus é absorvido para dentro da célula através da membrana plasmática. 
 Dentro da célula, o vírus congrega-se dentro de endossomas que baixam imediatamente o pH e à medida que o pH varia, a conformação da proteína G muda de tal forma que faz com que a membrana viral se funda com a membrana endossomal. Isto leva à expulsão de proteínas virais e RNA para dentro do citoplasma. 
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
 Mecanismo de infecção: 
Uma vez no citoplasma, a proteína viral L transcreve cinco mRNAs do genoma do RNA usando nucleótideos livres do citoplasma da célula hospedeira.
O genoma de RNA viral é replicado usando um complexo composto pelas proteínas L e P.
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
 Propriedades físicas do vírus : 
 O vírus da raiva é inativo por agentes químicos tais como o éter, a formalina (1%), cresol (3%) e por agentes físicos tais como fervura . 
Também é destruído pela pasteurização e na saliva seca perdendo a sua virulência em poucas horas, mas nos cadáveres putrefatos pode residir até 45h após a morte. O frio é um excelente conservante. 
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
 Ciclos
URBANO – caninos e felinos
RURAL – bovinos e equinos
AÉREO – morcegos
SILVESTRE – associado a espécies silvestres
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
 Hospedeiros 
 Hospedeiros naturais
Morcegos, guaxinins, raposas, cães selvagens.
 Hospedeiros Terminais
Bovinos, equinos, caninos e felinos. 
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
 Transmissão: 
O vírus é transmitido, principalmente, a outros animais e humanos através do contato com a saliva do animal infectado (mordidas, arranhões, lambidelas numa ferida aberta ou numa mucosa). 
No entanto há evidências de infecções devidas a: exposições ao tecido nervoso do animal raivoso, exposições respiratórias – transmissão por aerossóis (no caso dos morcegos), vacinas defeituosas. 
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
 Transmissão: 
Transplantes de córnea (único exemplo de transmissão direta humano-humano), visto que não se conduzem testes de raiva em órgãos destinados para transplante.
 
O contato da pele intacta com urina, sangue ou fezes de um animal não constitui fator de exposição, exceto nos morcegos . Em zonas onde há morcegos hematófagos como na América do Sul, estes são os principais disseminadores da doença em rebanhos .
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
 Sintomas: 
O período de incubação é variável, uma vez que depende da localização e severidade da mordedura, da quantidade de vírus presente na saliva, iidade do animal e da sua espécie. 
 No cão oscila entre os 15 e 90 dias, no Homem entre 20 e 60 dias e no cavalo entre 21 a 90 dias, podendo prolongar-se até 4 meses. Nos ovinos, caprinos, suínos entre 21 e 90 dias, nos bovinos 20 a 80 dias e nos felinos 14 a 60 dias.
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
 Sintomas no homem: 
  É caracterizado pela não especificidade dos sintomas.
 Entre eles estão incluídos dor de cabeça, febre, fatiga, garganta inflamada, náusea, vômitos, tosse e desconforto gastrointestinal. 
  Pode haver febres de 40 C° com alguns dos seguintes sintomas: irritabilidade, movimentação excessiva ou agitação, confusão, alucinações, agressividade, pensamentos bizarros ou anormais, espasmos musculares, posturas anormais, apreensão (convulsões); fraqueza ou paralisia (a pessoa não consegue mover certas partes do corpo), sensibilidade extrema a luzes brilhantes, sons ou toques; aumento da produção de saliva ou lágrimas.
 Pode haver também, perda da capacidade de fala devido à medida que as cordas vocais paralisam. 
 Frequentemente, sofre ataques de pânico e depressão nervosa, com acessos de fúria, delírio, alucinações visuais e auditivas. Como os animais, o Homem torna-se hidrófobo, sofre espasmos violentos quando vê ou tenta beber água
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
 Sintomas no cão: 
A forma furiosa é a mais importante e evolui em 3 períodos distintos: o melancólico, o de excitação e o de depressão. 
O período melancólico corresponde ao período em que o animal aparenta tristeza, tem reflexos lentos e isola-se, evitando ruídos e luz intensa (fotofobia). 
Em certas regiões do corpo surgem escoriações visto que o animal se coça até se mutilar, mas sem manifestar dor. Durante este período vagueia durante longos períodos, com a língua pendente devido a paralisia da maxila e a baba a escorrer.
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
Sintomas no cão: 
Se alguém pretende acariciá-lo procura morder a mão. O período de excitação caracteriza-se por uma inquietação intensa, traduzindo-se em acessos de fúria. Neste estádio o animal apresenta um comportamento violento e agressivo, porque perde o medo dos humanos podendo morder vigorosamente e viciosamente qualquer coisa: paus, pedras, erva, outros animais e humanos sem ser provocado .
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
 Sintomas em animais selvagens: 
A principal característica dos animais selvagens infectados é a perda de
medo de seres humanos podendo apresentar-se anormalmente dóceis. 
A doença pode ser crônica e inaparente em morcegos e provavelmente em doninhas e outros mustelídeos e às vezes nas ratazanas e ratos. 
Sintomas nos felinos: 
Nos felinos, a evolução é muito semelhante à do cão, mas na fase furiosa, o animal é muito mais agressivo do que o cão e tem maior tendência para esconder-se em locais isolados. 
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
 Sintomas no cavalo : 
 No cavalo, a doença, manifesta-se por inquietação, excitação e forte prurido na zona da mordedura. O animal tem uma atitude agressiva, e forte tendência para morder, o que os leva à automutilação. 
No termo da evolução da doença o animal apresenta paralisia progressiva, dificuldade em engolir e febre. 
 Sintomas em ruminantes e suínos : 
 Nestes animais, o quadro clínico no que respeita à excitação, pouco difere entre eles, embora com manifestações próprias de cada espécie. Os ruminantes não mostram tendência para morder. 
Nos bovinos a raiva assume sobretudo a forma paralítica, com elevada salivação, sufocação, ausência de ruminação, esforço retal e paralisia dos membros posteriores.
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
Diagnóstico viral 
Tecido – encéfalo, em equinos também medula espinhal.
Animais pequenos podem ser enviados ao laboratório inteiros.
Amostras devem ser mantidas sob refrigeração.
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
 Diagnóstico viral
 O principal método utilizado é a Imunofluorescência.
 Inoculação intracerebral em camundongos lactentes – cultivos celulares.
Histopatologia - observação dos corpúsculos de Negri
PCR
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
Fonte: micro especial 
 Diagnóstico sorológico: 
 Utilizado para avaliar eficácia de vacinas ; 
Profilaxia : 
Vacinação ; 
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
Ordem:  Mononegavirales        
       Família:  Rhabdoviridae
               Gênero:  Vesiculovirus
                          Estirpe: Estomatite vesicular VSV
As espécies susceptíveis à infecção pelo vírus da EV são cavalos, burros, mulas, bovinos, suínos, lhamas e humanos. Caprinos e ovinos são resistentes e raramente apresentam sinais clínicos. A enfermidade ocorre apenas na América, apesar de casos já terem sido relatados na França e na África do Sul.
 
 
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
 Transmissão: 
Depende de insetos como vetores, sendo citadas as moscas da espécie Lutzomia shamnnoni e da família Simuliidae. Depois de ter sido introduzido em um rebanho, o microrganismo pode ser transmitido pelo contato direto entre os animais infectados, além dos fômites contaminados com o fluido das vesículas ou saliva. 
Os humanos podem ser contaminados pelo contato com animais infectados, tanto pela saliva dos mesmos quanto pelos fluidos vesiculares
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
 Sinais clínicos : 
O vírus tem um período de incubação de dois a oito dias, mas já foram encontrados casos em que as vesículas desenvolveram-se em 24 horas. 
O primeiro sintoma é a salivação excessiva com posterior formação de vesículas cujos fluidos são importantes no mecanismo de transmissão da doença. Essas últimas aparecem nas tetas (em bovinos, podendo levar a mastite com perda da função mamária), língua, no interior e exterior dos lábios, focinho e patas (a coroa do casco é particularmente afetada). 
Após a erosão das vesículas, as úlceras provocam anorexia e recusa a beber. O animal perde muito peso e rebanhos leiteiros apresentam perda na produção.
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
Sinais clínicos: 
A enfermidade raramente é fatal em bovinos e equinos, mas tende a ser letal em suínos. Os animais se recuperam em duas semanas, a menos que infecções bacterianas estejam associadas.
 Bovino com extensa salivação Bovino com teta erodida 
 
Fonte: Beef point 
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
Fonte: center vet
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
 Diagnóstico – material
Liquido vesicular, saliva, mucosa afetada.
Deve ser feito rapidamente, diferencial de Febre Aftosa.
ELISA (Ag. ou IgG/IgM)
Fixação do Complemento
RT-PCR
Imunofluorescência
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária
 Prevenção : 
Controle de insetos e manter animais em estábulos secos. A quarentena e isolamento dos animais infectados é importante para se evitar a transmissão
 Tratamento: 
Sintomático 
Família Rhabdoviridae
Vírus de importância veterinária

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