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• Hemograma completo – deve ser sempre solicitado (medida do bem-estar do paciente, rastreio de infecções). Identifica: – Anemia hemolítica aguda (picadas de abelhas, aranhas do gênero Loxosceles e dapsona) – Perdas sanguíneas (acidente botrópico, derivados cumarínicos, etc.). – Leucocitose com neutrofilia e desvio à esquerda (muitas intoxicações e envenenamentos, principalmente em acidentes com animais peçonhentos). Principais exames laboratoriais de rotina utilizados no âmbito das análises toxicológicas - HEMOGRAMA • Provas de coagulação – tempo de coagulação (TC), tempo da protrombina (TP), tempo da tromboplastina parcial ativada (TTPA), contagem de plaquetas e dosagem de fibrinogênio no plasma. Indicam: – Hepatopatia alcoólica e Hepatotoxicidade causada por paracetamol, ferro e paraquate. (fígado – sintetiza fatores de coagulação). – Ingestão de raticidas cumarínicos (anticoagulantes). – Acidentes ofídicos venenos botrópicos ativam o fator X e protrombina e possuem ação semelhante à trombina, convertendo o fibrinogênio em fibrina coagulação intravascular disseminada, alteração da função plaquetária, plaquetopenia. Porém, tb possuem ação hemorrágica (hemorraginas, que provocam lesões na membrana basal dos capilares). – Acidentes por Lonomia hipofibrinogenemia e hipoagregação plaquetária sem alteração na contagem de p´laquetas hemorragia. Principais exames laboratoriais de rotina utilizados no âmbito das análises toxicológicas - COAGULAÇÃO • Glicemia Nos casos de envenenamentos: – Hiperglicemia geralmente é leve e transitória. Nos casos de hiperglicemia grave ou sustentada (>500 mg/dL) pode ocorrer desidratação e distúrbios hidroeletrolíticos (coma hiperosmolar). – Hipoglicemia grave (<40 mg/dL) ou sustentada pode causar rapidamente lesão cerebral permanente. Principais exames laboratoriais de rotina utilizados no âmbito das análises toxicológicas - GLICEMIA Fonte: http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mIV.ex.com.htm Principais exames laboratoriais de rotina utilizados no âmbito das análises toxicológicas - GLICEMIA • Provas de função renal –insuficiência renal aguda (IRA): aumento de uréia e creatinina séricas, hiperpotassemia, hiperfosfatemia, hiperuricemia, hipercalcemia etc. • Prevenção da lesão renal tratamento específico para cada toxina ou agente tóxico em tempo hábil, além da infusão de fluidos EV nos casos de rabdomiólise ; Hemodiálise, se necessário. • Alteração da função renal se deve a: – Ação nefrotóxica direta (ex.: mercúrio) – Precipitação maciça de mioglobina (devido à rabdomiólise), hemoglobina (decorrente de hemólise) ou de cristais de oxalato de cálcio nos túbulos renais (ex. etilenoglicol). – Secundária ao choque causado por hipovolemia ou colapso cardiovascular. Principais exames laboratoriais de rotina utilizados no âmbito das análises toxicológicas - FUNÇÃO RENAL Fonte: http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mIV.ex.com.htm Principais exames laboratoriais de rotina utilizados no âmbito das análises toxicológicas - FUNÇÃO RENAL • A função renal também deve ser especialmente monitorada nos casos de terapia com agentes quelantes, como a deferoxamina nas intoxicações por ferro e o Na2EDTA (edetato dissódico de cálcio) nas intoxicações por chumbo, pelo risco de desenvolvimento de IRA. • Para minimizar a toxicidade desses agentes é importante assegurar o volume urinário adequado antes e durante o tratamento. Principais exames laboratoriais de rotina utilizados no âmbito das análises toxicológicas - FUNÇÃO RENAL • Provas de função hepática – Dosagem de bilirrubinas, a atividade de protrombina e as aminotransferases (ALT ou TGP – alanina aminotransferase e AST ou TGO – aspartato aminotransferase). • Se a lesão hepática for grave, as provas de função hepática (como bilirrubina e tempo de protrombina) continuam a se deteriorar, mesmo com os níveis de transaminases dentro dos valores referenciais de normalidade. • Comprometimento da função hepática pode resultar em hemorragias devido à produção insuficiente dos fatores de coagulação vitamina K dependentes. Nos casos graves, encefalopatia hepática pode levar ao coma e óbito em 5-7 dias. Principais exames laboratoriais de rotina utilizados no âmbito das análises toxicológicas - FUNÇÃO HEPÁTICA • Principais agentes hepatotóxicos: paracetamol, alguns cogumelos, metais (ferro, arsênico, cromo), tetracloreto de carbono e outros hidrocarbonetos clorados, etanol, halotano, nitrosamina, fenol, fósforo, tálio, ácido valpróico, paraquate, bifenilas policloradas etc. – lesão hepatocelular direta (ex. cogumelos tóxicos), – produção de metabólitos hepatotóxicos (ex. paracetamol e tetracloreto de carbono) – trombose hepática (ex. plantas que contêm o alcalóide pirrozilidina). Principais exames laboratoriais de rotina utilizados no âmbito das análises toxicológicas - FUNÇÃO HEPÁTICA • Enzimas musculares – rabdomiólise: níveis séricos elevados de creatinoquinase (CK), desidrogenase lática (LDH), aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase (ALT) e aldolase • Causas de rabdomiólise: incluem convulsões repetidas, hiperatividade muscular, hipertermia e toxicidade celular direta. Principais exames laboratoriais de rotina utilizados no âmbito das análises toxicológicas - ENZIMAS MUSCULARES Principais exames laboratoriais de rotina utilizados no âmbito das análises toxicológicas - ENZIMAS MUSCULARES Fonte: http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mIV.ex.com.htm • Urinálise: aspecto geral, tiras reagentes e avaliação microscópica. Usos: – Controle do pH urinário nos casos em que há indicação de alcalinização para aumentar a excreção de fenobarbital e salicilatos. – Urina pigmentada: (marrom) destruição de células musculares e de hemácias (presença de mio e hemoglobina na urina). Confirmação: tiras reagentes para urinálise (rç com grupamento heme). Falso-positivo: traumatismos por sondagem. Diferenciação entre entre mio e hemoglobina: imunoeletroforese e imunodifusão – Hematúria (macro e/ou microscópica) em intoxicações ou envenenamentos nos quais os pacientes estejam apresentando sangramentos; – Cristalúria nas intoxicações por etilenoglicol devido à formação de oxalato de cálcio. Principais exames laboratoriais de rotina utilizados no âmbito das análises toxicológicas - URINÁLISE • Gasometria arterial – avaliação da função respiratória, detecção de distúrbios ácido-base e cálculo do hiato aniônico (anion gap). • Monitoramento do pH sangüíneo quando a administração de bicarbonato for necessária para aumentar a excreção de certos toxicantes e proteger os rins da deposição de mioglobina. Normal: 8-16 mmol/L Principais exames laboratoriais de rotina utilizados no âmbito das análises toxicológicas - GASOMETRIA ARTERIAL Anion gap = ( [Na+] ) - ( [Cl-]+[HCO3 -] ) • Eletrólitos – para determinação de sódio, potássio, hiato osmolar (osmolar gap) e hiato aniônico (anion gap). • Alterações nos níveis plasmáticos de sódio (hipo e hipernatremia) não são frequentes durante as intoxicações. • Alterações do nível plasmático de potássio (hiper e hipocalemia): várias drogas e toxinas podem alterar as concentrações plasmáticas de potássio. Os níveis plasmáticos de potássio dependem da ingestão e liberação de potássio pelos músculos, do uso de diuréticos, da função apropriada da bomba de ATPase, do pH plasmático e da atividade beta-adrenérgica. Principais exames laboratoriais de rotina utilizados no âmbito das análises toxicológicas - ELETRÓLITOS Principais exames laboratoriais de rotina utilizados no âmbito das análises toxicológicas - ELETRÓLITOS Principais exames laboratoriais de rotina utilizados no âmbito das análises toxicológicas - ELETRÓLITOS * intoxicações por teofilina, cafeína e agonistas beta-2:concentrações de potássio normais, apesar da concentração plasmática estar diminuída devido ao seu transporte para dentro da célula. Nesses casos, o paciente não necessita de reposição imediata de potássio. * Intoxicação por bário: profunda hipocalemia, com fraqueza dos músculos respiratórios e parada cardiorrespiratória, necessitando, portanto, de precoce reposição de potássio. * Associação de diuréticos e digitálicos
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