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PSICOLOGIA GERAL I AULA 08 1. As políticas sociais muito pouco têm contribuído para amenizar as condições de vulnerabilidade da família pobre. Neste caso, caberia então: à família permanecer como matriz do processo civilizatório, como condição para a humanização e para a socialização das pessoas. à família trabalhar com o conjunto de seus membros pois, se um deles está precisando de assistência, sua família não necessariamente estará também ao Estado pensar em políticas públicas de caráter universalistas, que assegurem proteção social e que reconheça a família como sujeito de direitos ao Programa Saúde da Família ¿ PSF, do Ministério da Saúde (Brasil,2002) estabelecer estratégia em termos de política pública que centralize seu foco na família em relação ao acesso a bens à família uma providencia, já que, ela não consegue suportar seu sustento, tendo em vista sua situação de vulnerabilidade socioeconômica. 2. A pobreza, a miséria, a falta de perspectiva de um projeto existencial que vislumbre a melhoria da qualidade de vida, impõe a toda a família uma luta desigual e desumana pela sobrevivência,ao mesmo tempo em que além, da vulnerabilidade: a privação de deveres atinge a todos de forma muito profunda, à medida que produz a banalização de sentimentos, dos afetos e dos vínculos a injustiça social nem sempre dificulta o convívio saudável da família, favorecendo o desequilíbrio das relações e a desagregação familiar a situação dos vínculos familiares resulta da miserabilidade, a que estão sujeitas quaisquer famílias, sendo esta a mola propulsora para a sua desestruturação. a questão da família pobre aparece como a face mais cruel da disparidade econômica, da desigualdade social o ser humano é complexo e contraditório, ambivalente em seus sentimentos e condutas, capaz de esperar construir e de destruir 3. No cenário contemporâneo atual, no qual se evidenciam grande desenvolvimento e progresso associado às novas tecnologias, encontram-se, sem dúvida, diversos pontos positivos: as distâncias se reduziram e o conhecimento científico permitiu desvendar enigmas seculares da vida humana. No entanto, são os efeitos drásticos deste processo que se constituem em um dos principais problemas a ser enfrentado nos dias de hoje. Percebe-se então que a vulnerabilidade passa a ser compreendida a partir: da prática como construção social, enquanto produto das transformações societárias de um conjunto de características, de recursos imateriais ou simbólicos e de habilidades inerentes a indivíduos ou grupos bem como a política de assistência social do ajuste entre ativos e a estrutura de oportunidades, provenientes da capacidade dos atores sociais de aproveitar oportunidades em outros âmbitos socioeconômicos da capacidade de enfrentamento que os grupos sociais têm às mudanças e aos desafios que o meio natural e social impõe da exposição a riscos de diferentes naturezas, sejam eles econômicos, culturais ou sociais, que colocam diferentes desafios para seu enfrentamento 4. No contexto,atual evidencia-se o fato de que as crianças consideradas abandonadas, assim como tantas outras crianças que fazem parte da realidade brasileira e que carecem das condições mínimas de sobrevivência, necessitam de ajuda urgentes e concretas. Esta realidade mudará quando: se combater todas as formas de estereótipos e preconceitos em relação às crianças e suas famílias, o que comporta fator de risco na vida dos sujeitos em qualquer situação as crianças provenientes de famílias que carecem das condições mínimas de sobrevivência, absorverem seus próprios projetos cotidianamente violados e negados. se fortalecerem a implementação de políticas públicas capazes de garantir a qualidade social e a concretização dos direitos à cidadania a vida familiar concentrar certas condições para sua sustentação e para a manutenção de seus vínculos e a realidade estabelecer elo capaz de amenizar as estratificações das famílias em geral for ressaltada a urgência da mudança de paradigma em relação à implementação de programas sociais e que visualizem sempre o alvo descrito Gabarito Comentado 5. Atualmente, no século XXI, não é diferente de tempos atrás, pois os segregados naturalmente pela sociedade vivem abandonados, sem as mínimas condições de dignidade para se viver. A situação de vulnerabilidade social e o risco social se configuram neste caso devido: à dificuldade em como garantir o núcleo familiar se não há propriedade, alimentação, assistência médica, saneamento básico, educação, justiça e segurança social, a violência cotidiana a que estão submetidos, necessidade de se buscar o sustento da casa ao aspecto material que vai sendo afetado gradativamente, como também a esfera propriamente subjetiva, política e ideológica que pauta as ações e práticas concretas da classe trabalhadora, somente. às escolas de hoje, que enfrentam desafios como políticas culturais e educacionais desarticuladas, falta de continuidade de programas e projetos pedagógicos, parcos recursos. ao planejamento de ações que favoreçam a dispersão entre as crianças e os adolescentes e entre estes e os contextos, como a escola, a família, a comunidade, as instituições religiosas ao papel da sociedade que é o de se fortalecer enquanto rede social de apoio e de solidariedade aos seus pares 6. A pobreza, a miséria, a falta de perspectiva de um projeto social que vislumbre a melhoria da qualidade de vida, impõe a toda a família uma luta desigual e desumana pela sobrevivência. As consequências a que está sujeita a família pobre precipitam a ida de seus filhos para as ruas e na maioria das vezes, o abandono da escola, a fim de ajudar no orçamento familiar. Neste caso, a vulnerabilidade pode se encontrar: no núcleo da sua sobrevivência material e espiritual, o instrumento através do qual viabilizam seu modo de vida. na urgência da mudança de paradigma em relação à implementação de programas sociais mais consequentes e que visualizem sempre a família como alvo na situação cultural que mais tem contribuído para a desestruturação da família,repercutindo diretamente e de forma vil nos mais vulneráveis desse grupo, os filhos na vida familiar que não depende de condições para sua sustentação e manutenção de seus vínculos. nas famílias pobres, marcadas pela fome e miséria, onde a cada representa um espaço de privação, de instabilidade e de esgarçamento dos laços afetivos e de solidariedade 7. A gravidade do quadro de pobreza e miséria, no Brasil, constitui permanente preocupação e obriga a refletir sobre suas influências no social e, principalmente, na área de atuação junto a família, na qual as políticas públicas ainda se ressentem de uma ação mais expressiva.Neste caso, para minimizar esta problemática,deve-se observar que: o Estado deve assegurar direitos e propiciar condições para a efetiva participação da família no desenvolvimento de seus filhos a crise econômica a que está sujeita a família pobre precipita a ida de seus filhos para a rua e, na maioria das vezes, o abandono da escola os investimentos públicos brasileiros, na área social, devem estar cada vez mais vinculados ao desempenho da economia. essa crise está sujeita a materializar-se na vida de grande parte da população que nem sempre é atingida diretamente pela ineficácia ou inexistência de políticas públicaso Estado deve reduzir suas intervenções na área social e depositar na família uma carga que ela pode ou não suportar 8. Com o enfraquecimento do Estado nacional e social, indivíduos e grupos que sofreram as mudanças socioeconômicas e que intervieram desde os meados dos anos 1970, sem ter a capacidade de controlá-las, encontram-se em situação de vulnerabilidade. A diminuição da vulnerabilidade desses grupos está ligada: à exposição a riscos e baixa capacidade material, simbólica e comportamental de famílias à concentração da renda em algumas classes sociais à retomada do crescimento econômico do país dentro de um novo modelo à possibilidade de, num futuro próximo, ocorrer uma perda de qualidade de vida pela ausência de ação preventiva. à concentração da renda que continuará produzindo indigentes do mercado informal de trabalho.
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