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Página 1 de 2 Direito Penal I/Curso de Direito Prof.ª: Michelle Melo Abath 2º período (Analista Judiciário – TCE SP -2007) Para a doutrina finalista o dolo integra a a) Culpabilidade b) Tipicidade c) Ilicitude d) Antijuridicidade e) Punibilidade RESPOSTA: letra B. COMENTÁRIOS: Para a teoria finalista, dolo e culpa integram o fato típico. (Analista Judiciário – TCE SP -2007) Os crimes que resultam do não fazer o que a lei manda, sem dependência de qualquer resultado naturalístico, são chamados de a) Comissivos por omissão b) Formais c) Omissivos próprios d) Comissivos e) Omissivos impróprios RESPOSTA: letra C. COMENTÁRIOS: Nos crimes omissivos próprios inexiste o dever jurídico de agir, de forma que deve existir na lei uma previsão expressa sobre a omissão do agente. Portanto, comete um crime omissivo próprio aquele que não faz o que a lei manda. Ademais, os crimes omissivos próprios não dependem da configuração do resultado, devendo o agente responder pelo crime em razão da omissão, independente de acontecer um resultado trágico ou não. Aqui, o agente responde pela omissão e não pelo resultado. Exemplo: omissão de socorro (artigo 135, CP) Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: (Tribunal de Justiça do DF, 2013, CESPE) A respeito do direito penal, julgue os itens que se seguem. Considera-se crime toda ação ou omissão típica, antijurídica e culpável. ( ) Certo ( ) Errado RESPOSTA: Certo COMENTÁRIOS: Prevalece no direito penal brasileiro, a teoria tripartite, onde crime, segundo o critério analítico, possui três elementos: Fato típico, ilicitude (também denominada por alguns como antijuridicidade) e culpabilidade. Ademais, em direito penal, são relevantes tanto as ações (crime comissivo) como as omissões (crime omissivo). (Delegado de Polícia/SP –2008): Professor que, falando ao telefone, assiste impassível ao afogamento de seu instruendo adolescente, durante sessão prática de natação, comete crime A. omissivo impróprio. B. omissivo próprio. C. omissivo por comissão. D. comissivo impróprio. E. comissivo próprio RESPOSTA: letra A. COMENTÁRIOS: O caso em tela trata de um crime omissivo impróprio, também chamado comissivo por omissão, pois o professor de natação possui o dever jurídico de agir em relação ao aluno, sob pena de responder pelo resultado. Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. Mãe que deixa de amamentar o filho, causando-lhe dolosamente a morte, pratica crime: a) comissivo próprio. b) omissivo próprio. c) omissivo puro. d) omissivo impróprio. RESPOSTA: letra D. COMENTÁRIOS: O caso em tela trata de um crime omissivo impróprio, também chamado comissivo por omissão, pois a mãe possui o dever jurídico de agir em relação ao filho, sob pena de responder pelo resultado. Página 2 de 2 Direito Penal I/Curso de Direito Prof.ª: Michelle Melo Abath 2º período Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. (OAB/CESPE –2008.1.SP) Assinale a opção correta quanto às formas de exteriorização da conduta típica. A. O crime de seqüestro exige uma conduta omissiva. B. O crime de omissão de socorro é classificado como omissivo impróprio. C. A apropriação de coisa achada é delito de conduta omissiva e comissiva ao mesmo tempo. D. A apropriação indébita previdenciária é crime de conduta comissiva, apenas. RESPOSTA: letra C. COMENTÁRIOS: O crime de sequestro exige uma conduta comissiva (ação). O crime de omissão de socorro é classificado como omissivo próprio. A apropriação de coisa achada é delito de conduta omissiva e comissiva ao mesmo tempo, pois exige que o agente após achar a coisa (ação) deixe de devolvê-la ao verdadeiro dono (omissão). A apropriação indébita previdenciária é crime de conduta mista, requer ação e omissão do agente. Se alguém causa a morte de outrem porque, tendo o dever jurídico de agir para impedir o resultado, omitiu-se, comete crime a) omissivo próprio. b) omissivo puro. c) comissivo próprio. d) comissivo por omissão. RESPOSTA: letra D. COMENTÁRIOS: Sempre que se trata de “dever jurídico de agir” é crime omissivo impróprio, previsto no artigo 13, do Código Penal, também chamado de crime comissivo por omissão. Tal crime é assim chamado porque, embora o agente tenha sido omisso, responderá pelo resultado como se tivesse praticado uma ação. Segundo a teoria causal, o dolo causalista é conhecido como dolo normativo, pelo fato de existir, nesse dolo, juntamente com os elementos volitivos e cognitivos, considerados psicológicos, elemento de natureza normativa ( real ou potencial consciência sobre a ilicitude do fato ). ( ) Certo ( ) Errado Vide resposta e comentários na atividade 3. A coação irresistível, de que trata o artigo 22 do Código Penal, é causa de a) atipicidade. b) exclusão de ilicitude. c) exclusão de antijuridicidade. d) exclusão da culpabilidade RESPOSTA: letra A. COMENTÁRIOS: a coação física irresistível é causa de atipicidade, pois esta é uma das causas de exclusão da voluntariedade da conduta, excluindo a própria conduta do agente. Portanto, estando excluída a conduta, não há que se falar em fato típico, pois esse último possui como elementos a conduta, o resultado, o nexo causal e a tipicidade. (FCC-2010-TCE RO-PROCURADOR) No dolo eventual, a) o agente, conscientemente, admite e aceita o risco de produzir o resultado. b) a vontade do agente visa a um ou outro resultado. c) o sujeito prevê o resultado, mas espera que este não aconteça. d) o sujeito não prevê o resultado, embora este seja previsível. e) o agente quer determinado resultado. Vide resposta e comentários na atividade 3.
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