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ATIVIDADE D. INTERNACIONAL PRIVADO

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FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – FUPAC
 FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS DE UBÁ
ATIVIDADE EXTRACLASSE ORIENTADA (A.E.C.O) 
10º PERÍODO
A DAMA DOURADA
Baseado em uma historia real, o filme conta a história de Maria Altmann, uma mulher judia que entra com uma ação contra o governo da Áustria para recuperar uma pintura que pertencia à sua família tomada pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, pintada por Gustav Klimt chamada “A Dama Dourada”.
Maria acompanhada de seu marido teve que fugir para os Estados Unidos quando os nazistas chegaram a Viena. Passado cinquenta anos, Maria veio a descobrir que o governo austríaco havia criado uma comissão de restituição às vítimas do holocausto. Para tanto ela precisaria de um advogado e contratou Randol Schoenberg, com a intenção de recuperar o quadro que na verdade é um retrato de sua tia Adele. 
Vale ressaltar, que o quadro era muito importante e valioso e para abrir um processo na justiça austríaca, seria necessário um depósito judicial no valor de 1,8 milhão de dólares, valor este que nenhum dos dois possuía.
Apesar disso, Maria propôs que a disputa se encerrasse na reunião com os funcionários do governo austríaco, permitindo que quadro ficasse na Áustria com a condição de que reconhecessem que o quadro havia sido retirado de forma ilegal de sua família. O pedido foi negado, então ela exigiu a devolução dos quadros que pertenciam, originalmente, a sua família.
Mesmo que a tentativa de recuperação da obra falhou, Randol começa a pesquisar maneiras de recuperar quadro. Ele encontra um livro sobre as obras de Gustav Klimt, e descobre que o museu austríaco havia iniciado uma atividade comercial com os EUA na qual os Estados Unidos não poderia processar a Áustria por atos praticados durante a guerra, pois estes são considerados atos de império sendo protegidos pela imunidade de jurisdição dos Estados, ou seja, o “Princípio do Par In Parem Non Habet Judicium” sendo que era a impossibilidade de um Estado exercer jurisdição sobre outro Estado. No entanto, por se tratar de atividade comercial com os Estados Unidos a Áustria não agiu como Estado, mas sim como particular fazendo com que perdesse sua imunidade de jurisdição, podendo Maria processar o governo da Áustria nos Estados Unidos.
Randol decide pedir aio seu chefe a permissão de levar o processo adiante, mas não consegue, uma vez que, o seu chefe alega que mesmo que seja possível processar o governo austríaco em uma corte americana, não existe nenhum mecanismo de execução entre EUA e Áustria. A Áustria perdeu sua imunidade de jurisdição quando o museu que possuía os quadros de Klimt iniciou atividades comerciais com os EUA, já que a comercialização do livro pode ser caracterizada como um ato de gestão, ou seja, mas a imunidade de execução continua intacta. Mesmo que o governo americano decidisse a favor de Maria, não seria possível tomar às obras a força caso a Áustria não quisesse entregá-las.
Randol abandona seu emprego para se dedicar integralmente ao caso de Maria. A justiça americana declara que a Áustria não possui um sistema adequado para julgar o caso devido à quantia para iniciar o processo e o caso é encaminhado ate à Suprema Corte dos Estados Unidos. Com a permissão da Suprema Corte o governo austríaco aceita a participar de uma arbitragem na Áustria. 
A arbitragem é utilizada como um método alternativo na solução de conflitos, um meio extrajudicial em que as partes submetem questões litigiosas existentes ou futuras ao crivo de um árbitro ou de um tribunal arbitral. Vale ressaltar que nem todas as matérias podem ser submetidas a um juízo arbitral. Em geral, somente questões patrimoniais são admitidas. 
Com a arbitragem, no ano de 2006, Maria consegue recuperar o quadro e o mesmo está exposto em Nova Iorque. 
SUELLEN TEODORICO XAVIER

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