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Proferido na Capela Real de Lisboa em 1655, o “Sermão da Sexagésima” é um dos mais importantes sermões de Pe. Antônio Vieira. Grande orador, ele mesclava sua formação jesuítica com a estética barroca, fazendo de seus sermões a expressão máxima do Barroco em prosa sacra e um dos principais meios de difusão da ideologia e da literatura da Contra-Reforma.O sermão desenvolve a temática religiosa e, ao mesmo tempo, predomina nele uma das características do estilo barroco: o conceptismo, visto que sua principal preocupação é o conteúdo, é a discussão da arte de persuadir. Para tanto faz uso da metalinguagem: Vieira reflete sobre o poder da arte de pregar por sermões ao mesmo tempo em que está proferindo um sermão. Para isso o pregador se vale de analogias, comparações, metáforas, o mesmo estilo de pregar de Jesus, que consistia em utilizar correspondências alegóricas, de conhecimento geral, para que seu discurso seja assimilado e compreendido de forma prática. Quiasmo  uma figura de linguagem ou uma figura de música em que elementos são dispostos de forma cruzada.
A história, escrita em forma de poesia, é dividida em três partes, sendo que foram escritas em diferentes momentos da vida do autor: antes, durante e depois do seu envolvimento com a Inconfiência Mineira, o qual lhe rendeu um período de prisão. Os anos exatos de publicação foram 1792, 1799 e 1812. Na primeira parte encontramos muitas características do arcadismo, como a exaltação ao bucolismo, a vida em harmonia com a natureza, a racionalidade, e a expectativa por um casamento. Nas duas outras partes o tom é de tristeza, lamento e devaneios misturados a lembranças do passado. Isso se dá por conta do tempo vivido no cárcere que influencia radicalmente na história. Apesar de algumas características do pré-romantismo e dos avanços no estilo de escrita, a obra é situada no Arcadismo, conservando a distância entre o “eu” e a palavra, e tendo em seus versos presente forte racionalismo. O estilo de Tomás Antonio Gonzaga é simples, com versos claros e diretos, sem o uso de alegorias como se observava nos autores anteriores a ele, e ganha méritos de alguns críticos por não possuir a tão falada superficialidade árcade.

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