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TRABALHO DE PROCESSO CIVIL II

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TRABALHO DE PROCESSO CIVIL II 
CONTESTAÇÃO
RECONVENÇÃO
REVELIA
ALINE CAROLINE OLIVEIRA DA ROCHA
GLAYCE KELLY GOMES
JANAÍNA MARTA
LUCIANA ESTEFANIA
MARCIO PAMPLONA
RENATA ALBUQUERQUE
RITA DE CÁSSIA BRANDÃO
SANDRA FERNANDES CIRIBELE
CONTESTAÇÃO 
Instrumento de defesa exercido pelo réu. É a ação do réu (art. 335 NCPC),
Contraposição formal ao direito de ação (materializado na inicial).
Momento no qual o Réu deve trazer todas as alegações de cunho material e processual 
(art.336 NCPC).
Em regra: Rito ordinário: 15 dias úteis a contar da citação (art.231 NCPC);.
 Rito sumário: audiência de conciliação (art.334 NCPC);
 Rito especial: audiência de instrução e julgamento.
 (Se prazo diverso não houver sido fixado – atenção ao mandado de citação).
Se o réu for: MP, Ente Público, Réu representado por Defensor ou Litisconsorte com advogado diferente do outro: prazo em dobro. (arts. 180, 183, 186 e 229 CPC/15).
REGRAS
Concentração da defesa ou regra da eventualidade- art.336 NCPC (o Réu deverá alegar toda a sua defesa na contestação, sob pena de preclusão) ;
Ônus da impugnação especificada- art.341 NCPC (presumem-se verdadeiros e existentes os fatos não impugnados, esse ônus não se aplica quando a defesa tiver sido apresentada por defensor público, advogado dativo ou curador especial.).
Os fatos devem ser impugnados especificamente, sob pena de serem considerados existentes – presunção de veracidade. 
CARÊNCIA DE AÇÃO:
Legitimidade de parte (art.338/339 NCPC);
Interesse processual do autor;
Possibilidade jurídica do pedido;
Falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar (art.337/XII NCPC).
OS REQUISITOS DA CONTESTAÇÃO SÃO SEMELHANTES AOS DA PETIÇÃO INICIAL
Nome e prenome das partes (qualificação não é necessária, se corretamente já feita na inicial);
Endereçamento ao juízo da causa;
Documentos indispensáveis; requerimento de provas;
Dedução dos fatos e fundamentos jurídicos da defesa.
A contestação deve vir em forma escrita, excepcionada a hipóteses da contestação nos juizados Especiais Cíveis, que pode ser feita pela forma oral.
Relativa ao direito material e ao conflito de interesses deduzido em juízo;
A defesa que nega o fato constitutivo do direito do autor ou as consequências jurídicas atribuídas a ele é direta.
Se dividem em:
DILATÓRIAS OU IMPRÓPRIA: o máximo que o réu poderá conseguir com o acolhimento da sua alegação é a renovação do prazo para apresentação de sua resposta .
Art. 337 NCPC
I – inexistência ou nulidade da citação;
II – incompetência absoluta e relativa (não pode conhecer de oficio a incompetência relativa).
III – incorreção do valor da causa;
IV – inépcia da petição inicial;
VIII – conexão e continência – continência é apenas espécie de conexão;
IX – incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
XI – ausência de legitimidade ou de interesse processual.
XII – falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII – indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
Defesa Processual – Preliminares - Art. 337 NCPC
 DEFESA PEREMPTÓRIA OU PRÓPRIA: Trata-se de defesa alegada pelo réu, que se acolhidas levará à extinção do processo, são as chamadas defesas peremptórias.
Art. 337
V – perempção;
VI – litispendência;
VII – coisa julgada;
X – convenção de arbitragem (não pode conhecer de oficio ).
Defesas que podem ser alegadas após a contestação
Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando:
I – relativas a direito ou a fato superveniente;
II – competir ao juiz conhecer delas de ofício;
III – por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição.
Defesa Processual – Preliminares - Art. 337 NCPC
RECONVENÇÃO
A reconvenção é demanda do réu contra o autor no mesmo processo em que está sendo de mandado. É o contra-ataque que enseja o processamento simultâneo da ação principal e da ação reconvencional.
Natureza: declaratória, condenatória e constitutiva.
– Trata-se de um incidente processual que amplia o objeto litigioso do processo.
Réu – reconvinte  Autor – reconvindo
Julgamento: mesma sentença – mas são ação autônomas, inclusive com condenações independentes às verbas de sucumbência.
O princípio observado é o da economia processual e deve, necessariamente, haver conexão entre as causas.
Reconvenção pode ser proposta tanto pelo réu, como por um terceiro em litisconsórcio, assim como pode ser proposta pelo réu contra o autor e um terceiro (art. 343, 3º e 4º). Mas não se pode propor reconvenção contra apenas o terceiro, o autor-reconvindo deve manter relação jurídica com este.
REQUISITOS DA RECONVENÇÃO
Além dos pressupostos processuais exigidos em todas as demandas (requisitos da petição inicial), deve o reconvinte obedecer os seguintes requisitos:
– Haja causa pendente – pressupõe a existência de uma lide pendente, não existe reconvenção autônoma, pois seria uma contradição ao termo;
– Observância do prazo de resposta – deve ser apresentada junto com a contestação sob pena de preclusão;
– Competência do juízo – o da causa principal deve ser competente para a reconvenção;
– Compatibilidade de procedimento – procedimento da reconvenção tem que ser compatível com o procedimento da ação principal;
– Conexão – ser conexa com ação principal;
– Interesse processual – se puder alcançar o efeito prático com a contestação, não se admite reconvenção;
– Cabimento – cabível no procedimento comum, mas há procedimentos que vedam expressamente a reconvenção – no caso dos juizados especiais cíveis.
– Despesas processuais – na justiça estadual caberá a lei de cada estado definir se há ou não custas processuais da reconvenção – na justiça federal não há custas processuais.
PEDIDO CONTRAPOSTO E RECONVENÇÃO
Pedido contraposto: é uma demanda mais simplificada do que a reconvenção, e sua amplitude é limitada pela lei. Nos juizados especiais deve ser restrita aos “fatos da causa”; nas possessórias admite-se somente o pedido de indenização.
Reconvenção: é uma demanda de variada natureza, basta ter conexão com a ação principal ou com os fundamentos de defesa.
ASPECTOS PROCEDIMENTAIS
Proposta a reconvenção, o autor (reconvindo) será intimado na pessoa do seu advogado, para apresentar uma resposta dentro do prazo de 15 dias úteis. O réu (reconvinte), intimação via publicação no diário oficial.
Se a ação principal for extinta, a reconvenção prosseguirá. A reconvenção permanece mesmo que extinta a ação principal. O que prova ou reforça a ideia de que a reconvenção é uma ação.
A reconvenção pode ser proposta pelo réu ou por um terceiro em litisconsórcio, ou contra o autor e um terceiro em litisconsórcio. Não é permitido que apenas o terceiro proponha a reconvenção.
A reconvenção por se tratar de uma medida de caráter incidental, além dessas condições e pressupostos comuns a qualquer ação, deve preencher alguns pressupostos e condições específicas: 
a) Tempestividade: a reconvenção será apresentada simultaneamente com a contestação, mas não no mesmo prazo. O STJ tem uma decisão que considera que devem ser apresentadas simultaneamente, inclusive no mesmo prazo; 
b) Existência de um processo em curso e em fase de resposta: o réu, para oferecer a reconvenção, deverá faze-la como mecanismo de resposta. Embora a lei exija um processo em curso e seu caráter incidental, deverá existir uma autonomia entre a ação principal e a reconvenção; 
c) Forma: A reconvenção deve ser proposta dentro da contestação. 
Ação principal – reconvenção
Causa de pedir – iguais – causa de pedir
Pedido – iguais – pedido
Fundamento da defesa – Reconvenção
Fundamento da defesa – igual – causa de pedir
 d) Identidade de procedimento: a lei exige que haja uma compatibilidade procedimental entre a ação principal e a reconvenção, ou seja, por analogia, devem ser observados os requisitos para a cumulação de pedidos.
Ainda que o procedimento seja diferente, se entre os pedidos puder haver uma adaptação, a reconvenção é admitida. Na reconvenção, os pedidos seguem como se fossem ordinários; 
e) Competência: a reconvenção permite a chamada prorrogação da competência (competência relativa), ou seja, é admitida a reconvenção desde que seja competente o mesmo órgão julgador, se a incompetência for relativa. Não se admite reconvenção se for caso de incompetência absoluta.
REVELIA
A revelia é um ato-fato processual, consistente na não apresentação tempestiva da contestação (art. 344, NCPC). Revelia não é um efeito jurídico, esta encontra-se no mundo dos fatos e é um ato-fato jurídico.
EFEITOS
a) Efeito material: presunção de veracidade das alegações de fato feitas pelo demandante (art. 344, CPC);
b) Os prazos contra o réu revel que não tenha advogado fluem a partir da publicação da decisão (art. 346, CPC);
c) Preclusão em desfavor do réu do poder de alegar algumas matérias de defesa (efeito processual, ressalvadas aquelas previstas no art. 342 do CPC);
d) Possibilidade de julgamento antecipado do mérito da causa, caso se produza o efeito material da revelia (art. 355, 11, CPC).
Não haverá efeitos da revelia quando:
– Tratar-se de direitos indisponíveis;
– Se houver pluralidade de réus, algum deles contestar;
– Se a inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere de substância do ato;
– Se as afirmações do autor forem contraditórias às provas anexas.
Alteração do pedido ou causa de pedir
O autor, mesmo diante da revelia, não poderá aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, salvo promovendo nova citação do ré u, a quem será assegurado o direito de responder no prazo de quinze dias (art. 329, 11, CPC).
Efeitos da Revelia: se o réu deixar de se defender no prazo legal, ocasionará várias consequências:
1ª) Presunção de verdade dos fatos alegados pelo autor: No caso de o réu contestar a cautelar e deixar de se defender no processo principal, o entendimento dominante da doutrina é de que o Juiz deverá estender a defesa da cautelar para o processo principal, visto que as demandas correm no mesmo juízo. O réu revel, entretanto, não será aplicado a ele o efeito da presunção da verdade. 
2ª) Os prazos correrão contra o revel independentemente de intimação: 
No caso de o réu se tornar revel, todos os prazos para ele começarão a correr não na intimação, mas sim no momento em que os atos são praticados e publicados. 
O fato de o réu ser revel não leva à aplicação de todos os efeitos da revelia.
Após a revelia, se o autor, eventualmente, quiser alterar o pedido ou a causa de pedir, deverá, obrigatoriamente, requerer nova citação do réu para responder à demanda. O réu, porém, somente poderá contestar o que foi objeto de alteração, não havendo possibilidade de contestar toda a demanda. 
Nas hipóteses em que o Juiz não aplica a penalidade de presunção de verdade, deve se determinar o prosseguimento da demanda com a especificação de provas pelo autor.
CONCLUSÃO
	A nova forma procedimental prevista no novo Código de Processo Civil, que entrou em vigor no dia 18 de março de 2016, modifica significativamente a forma de defesa prevista no CPC revogado.
	Com as novas alterações, não haverá mais necessidade em se falar em “formas de defesa”, mas apenas em contestação do réu, haja vista a concentração de todas as modalidades possíveis de defesa.
	A nova maneira de o réu se defender aponta para a simplificação do processamento da ação, pois a manifestação da parte será feita sob todas as questões discutidas, de uma única vez e em uma única peça processual.
REFERÊNCIAS
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SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras linhas de Direito Processual Civil. 23º ed. São Paulo. Editora Saraiva, 2004. 
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