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Prof. Vinicius Nejaim CAPÍTULO 2 Análise do Ambiente de Marketing Análise Ambiental Prof. Vinicius Nejaim Ambientes de Marketing Macroambiente As mais amplas forças da sociedade que afetam todo o microambiente. Nesse conjunto, estão consagradas as forças demográficas, econômicas, naturais, tecnológicas, políticas e culturais. Microambiente As forças que estão mais próximas da companhia e que afetam a sua capacidade para servir os seus diversos Clientes – a empresa, fornecedores, canais de Marketing, mercados de Clientes, concorrentes e públicos. Análise Ambiental Prof. Vinicius Nejaim Macroambiente Variáveis • Demográficas • Econômicas • Político-Legais • Socioculturais • Tecnológicas • Ambientais Análise Ambiental Prof. Vinicius Nejaim Macroambiente (Variáveis) Demográficas • Aumento da população e tendências de crescimento; • Mudança da estrutura etária de uma população; • Mudança familiar; • Aumento do nível de escolaridade da população. Econômicas • Melhoria da distribuição e mudanças no poder de compra; • Mudança nos padrões de gastos dos consumidores Análise Ambiental Prof. Vinicius Nejaim Macroambiente (Variáveis) Político-Legais Sabe-se que o ambiente político-legal é constituído principalmente por leis, agências governamentais e grupos de pressão. As leis, principalmente no Brasil, devem ser vistas com grande atenção, pois elas podem inviabilizar um produto, serviço ou empreendimento. Socioculturais • Persistência dos valores culturais; • Mudanças nos valores culturais secundários Análise Ambiental Prof. Vinicius Nejaim Macroambiente (Variáveis) Tecnológicas As novas tecnologias não podem ser ignoradas pelas empresas por dois motivos: são as fontes de novos mercados e oportunidades; substituem a tecnologia antiga (a empresa pode mesmo falir por não substituir a sua tecnologia). Ambientais • Escassez de recursos; • Aumento do custo da energia; • Aumento da população; • Intervenção governamental na gestão de recursos naturais. Fonte: adaptado de Kotler e Armstrong (2003) Análise Ambiental Prof. Vinicius Nejaim Microambiente Variáveis • A Empresa; • Fornecedores; • Intermediários de Marketing; • Clientes; • Concorrentes. Análise Ambiental Prof. Vinicius Nejaim Microambiente (Variáveis) Empresa Seus Departamentos e Áreas Fornecedores Eles são um elo importante no sistema geral da empresa de oferta de valor ao consumidor e podem afetar seriamente o Marketing, pois devemos considerar a disponibilidade do seu fornecimento – atrasos, greves de trabalhadores, quedas de abastecimentos, que podem originar custos e alterar o nível de satisfação dos Clientes. Um aumento nos custos de suprimentos pode forçar a alta dos preços, o que pode prejudicar o volume de vendas da empresa. Análise Ambiental Prof. Vinicius Nejaim Microambiente (Variáveis) Intermediários do Marketing • Revendedores (atacadistas e varejistas); • Empresas de distribuição física ou operadores logísticos; • Agências de serviços de Marketing; • Intermediários financeiros Análise Ambiental Prof. Vinicius Nejaim Microambiente (Variáveis) Clientes • Mercados de consumidores: consistem em indivíduos e famílias que compram bens e serviços para consumo pessoal. • Mercados de negócios (business markets): compram bens e serviços para utilizarem posteriormente no seu próprio processo produtivo. • Mercados de revenda: compram produtos e serviços para voltarem a vender, obtendo assim uma margem de lucro. • Mercados institucionais: são constituídos por diversas instituições (escolas, hospitais, prisões) que fornecem produtos e serviços às pessoas que estão ao seu cuidado. • Mercados governamentais: são constituídos por agências de governo que compram os seus bens e serviços, tendo em vista a produção de serviços públicos ou a transferência dos bens e serviços para os que necessitam. • Mercados internacionais: consistem nos compradores que estão em outros países. Análise Ambiental Prof. Vinicius Nejaim Microambiente (Variáveis) Concorrência • Concorrência Pura; • Concorrência Monopolista; • Oligopólio; • Monopólio Análise Ambiental Prof. Vinicius Nejaim Microambiente (Variáveis) (Concorrência) Concorrência Pura Muitos vendedores de produtos idênticos e cada vendedor tem uma participação relativamente pequena no mercado. Tanto compradores como vendedores podem entrar facilmente no mercado. Exemplo: mercados de hortifrutigranjeiros Análise Ambiental Prof. Vinicius Nejaim Microambiente (Variáveis) (Concorrência) Concorrência Monopolista Muitos vendedores de produtos similares, mas com alguma diferenciação, e cada vendedor tem uma participação relativamente pequena no mercado. Exemplo: Bancos competem com outros bancos, cooperativas de crédito e instituições de poupança e empréstimos para fornecer serviços financeiros a indivíduos e empresas. Nesse sentido, forçam os profissionais de Marketing a encontrar maneiras de distinguir seus produtos Análise Ambiental Prof. Vinicius Nejaim Microambiente (Variáveis) (Concorrência) Oligopólio Poucos vendedores de produtos muito similares controlam a maior parte do mercado. Exemplo: Viagens aéreas e serviço telefônico fixo. Esses são setores com altos custos iniciais, o que é uma razão importante para a existência de um pequeno número de concorrentes. Análise Ambiental Prof. Vinicius Nejaim Microambiente (Variáveis) (Concorrência) Monopólio Uma única empresa vende um produto em uma área de mercado, possuindo grande controle sobre os preços que cobra. Os monopólios, porém, estão diminuindo muito na economia brasileira. As empresas telefônicas já foram monopólios nas regiões a que atendiam, mas a privatização e leis federais estimularam a concorrência no setor. CADE: Conselho Administrativo de Defesa Econômica Fonte: Adaptado de Churchill Jr. e Peter (2000) Ambiente Corporativo Prof. Vinicius Nejaim Rivalidade Entre Concorrentes Entrada de Concorrentes Potenciais Poder dos Compradores Poder dos Fornecedores Produtos Substitutos Cinco forças competitivas de Porter Públicos Prof. Vinicius Nejaim Públicos Públicos Público é um grupo que tem um atual ou potencial interesse ou que cause impacto na capacidade de uma empresa atingir os seus objetivos. 1. Financeiro: influencia a capacidade da empresa de obter fundos (inclui bancos, casas de investimento e stakeholders). 2. Mídia: publica notícias, artigos e editoriais. Entre eles estão os jornais, revistas, emissoras de rádio e televisão. 3. Governamental: a empresa deve considerar as medidas tomadas pelo governo. Os profissionais de Marketing devem consultar advogados da empresa para informar sobre questões relacionadas à segurança dos produtos e à propaganda enganosa, entre outras. 4. Grupos de interesse (ações de cidadãos): as decisões de Marketing de uma empresa podem ser questionadas por organizações de consumidores, grupos ambientais, grupos minoritários e grupos de pressão. Públicos Prof. Vinicius Nejaim Públicos Públicos 5. Locais: nesta categoria estão incluídos associações comunitárias e moradores da região da empresa. Atente-se, por exemplo, na postura que muitas empresas têm adotado, promovendo encontros de atendimento, respondendo a questões e participando em causas da comunidade. 6. Geral: a companhia deverá preocupar-se com as atitudes do público geral em relação a seus produtos e atividades, pois, como se sabe, a imagem pública de uma organização afeta as suas vendas. 7. Interno: nesta categoria estão incluídos os seus funcionários, gerentes, diretores e voluntários.Grandes empresas utilizam boletins internos e outros meios para informar e motivar seu público interno. Segmentação de Mercado Prof. Vinicius Nejaim Segmentação de Mercado “Um processo de divisão do mercado em grupos distintos de consumidores que têm necessidades ou características em comum e, este processo procura selecionar um ou mais segmentos alvo através de um mix de produtos” (SCHIFFMAN & KANUK, 1998). Critérios: Geográficos; Demográficos; Psicográficos ou; Comportamentais; Bases para Segmentação de Mercado Prof. Vinicius Nejaim Bases para Segmentação (Mercado Consumidor) 4 Principais Formas 1. Segmentação Geográfica; 2. Segmentação Demográfica; 3. Segmentação Psicográfica; 4. Segmentação Comportamental Bases para Segmentação de Mercado Prof. Vinicius Nejaim Bases para Segmentação (Mercado Consumidor) Segmentação Geográfica Consiste na divisão do mercado em diferentes unidades geográficas, como nações, estados, regiões, províncias, cidades ou bairros. A empresa pode optar por operar em todas as áreas ou concentrar-se numa delas, mas tendo presente as diferenças geográficas nos desejos e necessidades. As diferenças geográficas podem estar associadas, por exemplo, a aspectos culturais ou climáticos. Bases para Segmentação de Mercado Prof. Vinicius Nejaim Bases para Segmentação (Mercado Consumidor) Segmentação Demográfica Consiste em dividir o mercado em grupos com base em variáveis como idade, sexo, ciclo de vida da família, renda, ocupação, religião, grau de instrução, raça e nacionalidade. Este tipo de segmentação é bastante usado e são facilmente mensuradas. A maioria das empresas segmenta o mercado combinando duas ou mais variáveis demográficas, como sexo e idade. • Etnia: Perceber aspectos mais fortes ou necessidades específicas numa determinada comunidade étnica. • Ciclo de vida: importante nos mercados de lazer, por exemplo, no turismo, em que se constroem pacotes diferentes; • Sexo: tradicionalmente comum no mercado de vestuário, nos cabeleireiros, na cosmética ou nas revistas, mas que se alastra para outras áreas, como o ramo automóvel. • Renda: frequente em produtos ou serviços como carros, barcos, vestuário, cosméticos ou viagens. Bases para Segmentação de Mercado Prof. Vinicius Nejaim Bases para Segmentação (Mercado Consumidor) Segmentação Psicográfica Trata-se da divisão do mercado de compradores baseada na classe social, no estilo de vida ou em características de personalidade. Pessoas no mesmo grupo demográfico podem ter diferentes formas psicográficas. • Classe social: Produtos ou serviços para classes sociais específicas, baseando- se em características que lhes sejam apelativas. Exemplo: produtos caros. • Estilo de vida: Os produtos que compram refletem o seu estilo de vida. Exemplo: produtos de luxo, produtos verdes ou de determinadas variantes de produtos de grande consumo, como os chocolates. • Personalidade: várias empresas “atribuem personalidade” aos seus produtos que corresponda à personalidade dos consumidores. Exemplo: caso de produtos como os cosméticos, cigarros, seguros e bebidas alcoólicas. Bases para Segmentação de Mercado Prof. Vinicius Nejaim Bases para Segmentação (Mercado Consumidor) Segmentação Comportamental Constitui-se na distribuição dos consumidores em grupos, baseando-se em seu conhecimento, atitudes, usos ou respostas perante um produto. Muitos acreditam que as variáveis comportamentais são as que melhor definem um segmento. • Por “Ocasião”: É o caso de produtos como chocolates, flores, cartões e outros que são oferecidos no Dia das Mães ou dos Pais, ou o peru de Natal. • Busca de Benefícios: Agrupamento dos consumidores de acordo com os benefícios que aqueles esperam obter do produto. Exemplo: pastas de dentes. São-lhes associados quatro tipos de segmentos por benefício: econômico, medicinal, cosmético e sabor. Cada tipo destes tem características demográficas, comportamentais e psicográficas especiais. • “Status” de Usuário: Alguns mercados são segmentados em “não usuários”, “ex-usuários”, “usuários potenciais”, “usuários pela primeira vez” e “usuários regulares”. • A posição da empresa no mercado: Vai influenciar a sua estratégia quanto a estes segmentos. Por exemplo: uma empresa líder de mercado pode preocupar-se mais em atrair os usuários potenciais, enquanto empresas menores concentram-se nos usuários regulares. • Índice de Utilização: Grupos de pequenos, médios e grandes consumidores (usuários). • “Status” de Lealdade/Fidelidade: Os consumidores são completamente fiéis – compram uma marca sempre. Outros são normalmente fiéis – são leais a 2 ou 3 marcas de um determinado produto. Outros consumidores não mostram nenhum tipo de fidelidade a nenhuma marca. Este tipo de segmentação é limitado pelo poder de compra das pessoas. • Atitude perante o produto: Entusiastas, positivas, indiferentes, negativas ou hostis relativamente a um produto. Segmentação de Mercado Prof. Vinicius Nejaim Níveis Segmentação • Marketing de Massa; • Marketing de Segmento; • Marketing de Nicho; • Marketing Local; • Marketing Individual ou Marketing Customizado Segmentação de Mercado Prof. Vinicius Nejaim Níveis Segmentação Marketing de Massa A empresa se preocupa com produção, distribuição e promoção de massa de um produto para todos os compradores. • Vantagem: Cria um mercado potencial maior, que permite alcançar economias de escala, transformadas em preços mais baixos ou em margens maiores; • Desvantagens: É cada vez mais difícil encontrar um produto ou Marketing mix que cative os diferentes consumidores. Como consequência deste último aspecto as empresas tendem a adotar a segmentação dos mercados em detrimento do Marketing de massa. Exemplo: Henry Ford, com o seu modelo T; a Coca-cola quando vendia seus refrigerantes em apenas uma embalagem. Segmentação de Mercado Prof. Vinicius Nejaim Níveis Segmentação Marketing de Segmento Esforço de adaptação da oferta da empresa de forma a corresponder o mais próximo possível às necessidades de um ou mais segmentos. • Vantagens: A empresa consegue atuar de forma mais eficiente, direcionando seus produtos e serviços, canais de distribuição e comunicação aos consumidores que pode servir melhor. A empresa consegue também atuar de forma mais eficaz ao moldar seus produtos, serviços e programas às necessidades de segmentos definidos cuidadosamente. Segmentação de Mercado Prof. Vinicius Nejaim Níveis Segmentação Marketing de Nicho Consiste em focar a atividade da empresa em subgrupos de segmentos. Nicho é um grupo mais restrito de compradores. As empresas identificam nichos dividindo um segmento em vários subsegmentos. Os nichos de mercado são bem menores. As empresas de nichos conhecem bem melhor as necessidades de seus consumidores. • Vantagens: O segmento de mercado atrai vários concorrentes, já o nicho atrai um ou alguns concorrentes. O nível de entendimento das necessidades dos consumidores alcançado pelas empresas que atuam em nichos permite que estas cubram um excedente no preço. O Marketing de nicho oferece a empresas menores uma oportunidade de competir, ao concentrar seus recursos limitados no atendimento a nichos que podem não ser importantes para grandes concorrentes. Exemplo: O segmento de veículos utilitários pode ser dividido em picapes para serviços leves e veículos utilitários esportes. Segmentação de Mercado Prof. Vinicius Nejaim Níveis Segmentação Marketing Local É o Marketing voltado para as características regionais e locais dos consumidores, com programas e produtos preparados sob medida, conforme a necessidade e os desejos de grupos de comunidades locais. • Vantagens: Abordagem mais eficaz às necessidades de consumidores que se distingam de forma pronunciada em termos regionais oulocais. • Desvantagens: Possibilidade de aumentar os custos de produção e de Marketing, por reduzir as economias de escala. Possibilidade de criar problemas logísticos. A imagem da marca pode ficar diluída, como consequência da variação do produto e da mensagem em função dos locais diferentes. Segmentação de Mercado Prof. Vinicius Nejaim Níveis Segmentação Marketing Individual ou Customizado Consiste na adaptação dos produtos e programas de Marketing às necessidades e às preferências dos consumidores considerados individualmente. Este é o segmento mais subdividido que se possa ter. É o segmento de um comprador, Marketing customizado ou Marketing um a um. Dentro do Marketing individual temos o self Marketing, que é uma forma de Marketing individual em que o consumidor assume mais responsabilidade para determinar que produtos e marcas comprar. Exemplo: a compra pela internet, em que o consumidor escolhe que itens, por exemplo, quer no seu carro. A tendência atual é o direcionamento dos mercados para a individualização e a personalização dos mercados. Padrões de Segmentação de Mercado Prof. Vinicius Nejaim Padrões de Segmentação de Mercado Segmentos de Mercado podem ser identificados de diversas maneiras. Uma delas é a partir de segmentos por preferências. Suponha que perguntasse aos compradores de sorvete quanto valor eles dão à doçura e à cremosidade do produto. Três modelos diferentes a seguir: • Preferência homogêneas • Preferência difusas • Preferência conglomeradas Padrões de Segmentação de Mercado Prof. Vinicius Nejaim Padrões de Segmentação de Mercado (a) Preferências homogêneas Doçura C re m o s id a d e (c) Preferências conglomeradas C re m o s id a d e Doçura (b) Preferências difusas C re m o s id a d e Doçura Padrões de Segmentação de Mercado Prof. Vinicius Nejaim Padrões de Segmentação de Mercado • Preferência Homogêneas: Mostra um mercado em que todos os consumidores têm praticamente a mesma preferência. O mercado não mostra nenhum segmento natural. • Preferências Difusas: As preferências dos consumidores podem ser dispersas por todo o espaço, indicando que eles têm preferências variadas. • Preferência Conglomeradas: O mercado pode revelar um banco de preferências distintas chamadas segmentos de mercados naturais. Identificação dos Mercados-Alvo Prof. Vinicius Nejaim Critérios básicos para Avaliação dos Segmentos Atratividade do Segmento Tamanho e taxa de crescimento do segmento. Atratividade Estrutural Considerar os efeitos de concorrentes, produtos substitutos e poder dos compradores e fornecedores (cinco forças de Porter) Objetivos da Empresa e Recursos disponíveis Compatibilidade entre o investimento necessário para atingir o segmento, e as competências, recursos e objetivos (curto, médio e longo prazos) organizacionais. Estratégias de Cobertura dos Mercados-Alvo Prof. Vinicius Nejaim Estratégias de Cobertura dos Mercados-Alvo 1.Marketing Indiferenciado (ou Marketing de Massa); 2.Marketing Diferenciado; 3.Marketing Concentrado. Estratégias de Cobertura dos Mercados-Alvo Prof. Vinicius Nejaim Estratégias de Cobertura dos Mercados-Alvo 1.Marketing Indiferenciado (ou Marketing de Massa); M1 M2 M3 P1 P2 P3 Cobertura Ampla Também chamado de Cobertura Ampla. A empresa tenta atender a todos os grupos de consumidores, com todos os produtos de que eles possam precisar. Todo o mercado recebe o mesmo programa Estratégias de Cobertura dos Mercados-Alvo Prof. Vinicius Nejaim Estratégias de Cobertura dos Mercados-Alvo 2. Marketing Diferenciado Especialização Seletiva A empresa seleciona vários segmentos que sejam atraentes e apropriados e desenvolve produtos direcionados para cada um. Diversifica o risco da empresa M1 M2 M3 P1 P2 P3 Estratégias de Cobertura dos Mercados-Alvo Prof. Vinicius Nejaim Estratégias de Cobertura dos Mercados-Alvo 3. Marketing Concentrado Segmento Único (Marketing de Nicho) P1 P2 P3 M1 M2 M3 P1 P2 P3 M1 M2 M3 Especialização por Produto P1 P2 P3 M1 M2 M3 Especialização por Mercado Posicionamento de Mercado Prof. Vinicius Nejaim 1ª Etapa • Identificação das possíveis Vantagens Competitivas 2ª Etapa • Escolhendo as Vantagens Competitivas certas 3ª Etapa • Selecionando uma Estratégia de Posicionamento Três etapas do processo de posicionamento Posicionamento de Mercado Prof. Vinicius Nejaim 1ª Etapa Identificação das possíveis Vantagens Competitivas •Diferenciação de produto; •Diferenciação de serviços; •Diferenciação de pessoas; •Diferenciação através do canal de distribuição; •Diferenciação através da imagem. Posicionamento de Mercado Prof. Vinicius Nejaim 2ª Etapa Escolhendo as Vantagens Competitivas certas Nem todos os atributos de um produto são elementos diferenciadores no mercado, podendo criar custos para a empresa ou benefícios para o consumidor. Dessa forma, é importante fazer uma seleção adequada dos atributos a promover distinguindo-se dos concorrentes. A diferença merece ser destacada quando satisfaz os seguintes critérios (KOTLER, ARMSTRONG, 2003): – Importância: O atributo oferece um benefício elevado ao consumidor; – Distinguibilidade: A concorrência não oferece a diferença ou a empresa pode oferecê-la de um ou mais modos diferentes; – Superioridade: A diferença é superior a outras maneiras como os Clientes poderiam obter o mesmo benefício. – Comunicabilidade: A diferença é comunicável e visível para os consumidores. – Antecipação: Os concorrentes não podem copiar facilmente a diferença. – Acessibilidade: Os compradores podem pagar para ter essa característica (a diferença). – Lucratividade: A empresa pode introduzir a diferença de maneira lucrativa. Posicionamento de Mercado Prof. Vinicius Nejaim 3ª Etapa Selecionando uma Estratégia de Posicionamento O posicionamento total de uma marca é chamado de proposição de valor da marca (mix total de benefícios sobre os quais a marca é posicionada) e responde à seguinte pergunta: Por que eu deveria comprar a sua marca? Os profissionais podem posicionar a oferta de várias maneiras (KOTLER, 2000): – Por atributos (específicos do produto): tamanho, tempo de existência, desempenho. – Por benefícios: o produto é posicionado como líder em certo benefício; por exemplo, reduz as cáries, faz emagrecer. – Por ocasiões de uso: posicionamento do produto como o melhor para algum uso ou aplicação, por exemplo, cerveja “bock”, que é cerveja de inverno. – Por usuário: posicionamento do produto como o melhor para algum grupo de usuário. – Por concorrentes: comparação de uma empresa com outra direta ou indiretamente, alegando que o produto é melhor que o do concorrente. – Por preço ou qualidade: o produto é posicionado como o que oferece o melhor valor. Comunicação do Posicionamento Prof. Vinicius Nejaim Comunicação do Posicionamento • Após definir a estratégia de posicionamento, é necessária uma efetiva comunicação aos Consumidores-alvo. • A comunicação aos Consumidores-alvo deve ser realizada através de todas as variáveis do composto de Marketing • O posicionamento não representa tanto o que o produto é, mas como uma empresa deseja que os seus Consumidores-alvo o percebam. Atividade Prof. Vinicius Nejaim Na mira de lucros gordos “Com apoio de nutricionistas, Unilever avança em segmentos voltados para a boa forma” Fonte: Nelson Blecher, Revista Exame, 16/08/2004 O lançamento nacional da Slim-Fast, uma linha de produtos para regime que se tornou a mais vendida da Unilever Foods nos Estados Unidos, é um bom exemplo de como algumas corporações quese especializaram no mercado de massa começam a reescrever suas regras. Dois anos atrás, portanto bem antes da estreia no promissor nicho de substitutos de refeições, que por aqui movimenta acima de 250 milhões de reais a cada ano, a Unilever investiu 10 milhões de reais em pesquisas e estudos clínicos, além de ter patrocinado eventos médicos com palestras a cargo de especialistas americanos no campo da obesidade. Nesse meio tempo, voluntários se submeteram a um regime com os substitutos de refeições. Em seguida, a empresa contratou e treinou equipes de nutricionistas que darão esclarecimentos aos consumidores a respeito de dietas em supermercados e através de postos de atendimento telefônico. Para completar, dúvidas poderão ser esclarecidas por meio de um site da internet especialmente desenhado para a Slim-Fast, com cerca de 200 receitas. Fica clara a intenção de formar uma espécie de comunidade de consumidores, transplantando para os negócios um modelo desenvolvido por ONGs. “Estamos mudando a forma de enxergar e nos relacionar com o consumidor”, diz Tom Almeida, gerente de Marketing da Unilever. “É claro que os produtos vendidos em massa sempre continuarão a existir, mas a corporação hoje busca também explorar mercados ainda pequenos, mas com bom potencial”, completa Frank Wisbrun, um executivo holandês responsável pela área de novos negócios da Unilever na América Latina. A aquisição da marca de sorvete artesanal Ben & Jerry, nos Estados Unidos, foi um indício disso. Atividade Prof. Vinicius Nejaim A Slim-Fast, criada pelo empresário americano Daniel Abrahams, foi incorporada pela Unilever em 2000 ao custo de 2,3 bilhões de dólares. Outro sinal está na nova missão de negócios da Unilever, recentemente anunciada. Uma das seis tendências detectadas que serviram de base para o documento é justamente a preocupação generalizada com a obesidade. De acordo com os estudos, 200.000 mortes são registradas a cada ano na América Latina por causas associadas à doença. Há, atualmente, cerca de 7,5 milhões de brasileiros das classes A e B e idade acima de 20 anos com excesso de peso, segundo a Unilever. É esse o público visado pelos três itens iniciais da Slim-Fast, um substituto para cada refeição – pó para shake, bebida e barras de cereais, que introduzem sabores tropicais de tortinha de banana com canela, pão de mel e laranja com chocolate. Para ter uma ideia da expectativa da Unilever a respeito desse lançamento, basta dizer que sua última novidade de marca chegou às prateleiras há sete anos, a linha de sucos Ades. Só com a Slim-Fast, a Unilever deve faturar neste ano 800 milhões de dólares nos 12 países em que a linha é comercializada. “Projetamos vendas de 50 milhões de reais no Brasil até o final do próximo ano”, diz Almeida, que no momento negocia espaços nobres nos supermercados para sua linha de gerenciamento de peso – uma categoria que, com o reforço de um gigante como a Unilever, dona de marcas como Maizena, Knorr, Cica e Kibon, deve atrair novos concorrentes. A princípio, Almeida imaginava que os produtos poderiam ser comercializados num kit, mas a ideia foi abandonada quando as pesquisas apontaram a preferência dos consumidores pela compra de unidades. Atividade Prof. Vinicius Nejaim 1. Qual o público-alvo da marca Slim-Fast? 2. De acordo com o que vimos na apostila, os segmentos devem ser avaliados segundo tamanho, potencial de crescimento e atratividade, em relação aos objetivos e recursos da empresa. Esse é um mercado considerado atrativo? Qual o tamanho do mercado? 3. Quais foram as bases de segmentação utilizadas pela empresa para conseguir tal estratégia? REFERÊNCIAS Prof. Vinicius Nejaim AFFONSO NETO, A. Gestão de Marketing. Universidade de Brasí- lia: Centro de Educação a Distância, 2005. CHURCHILL JR, G.A.; Peter, J.P. Marketing: criando valor para os Clientes. São Paulo: Saraiva, 2000. COBRA, M. Administração de Marketing. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1992. FERREIRA, F.H.G. Segmentação de mercado. Biblioteca Temática do Empreendedor – Sebrae, 2003. Disponível em: Acessado em: jan. 2010. KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. 9. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003. KOTLER, P. Administração de Marketing. 10.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000. LAS CASAS, A.L. Administração e Marketing: conceitos, planejamento e aplicações à realidade brasileira. São Paulo: Atlas, 2006. PORTER, M.E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. 7.ed. Rio de Janeiro: Campus, 1986. SCHIFFMAN, L.G.; KANUK, L.L. Consumer behavior. New Jersey: Prentice Hall, Upper Saddle River, 1998. TAVARES, M.C. Planejamento Estratégico: a opção entre o sucesso e o fracasso empresarial. São Paulo: Harbra, 1991.
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